História Ele me odeia? - Capítulo 6 - Fim

          POVS KATSUKI

       Havia chegado na sala e não tinha ninguém. Estava tão distraído, pensando em como finalmente estava junto ao meu Deku, que nem percebi Kirishima se aproximando.

       - Sabia que você é uma gracinha Ka-chan?

      - Me deixa em paz. - Respondi seco - E desde quando eu te dei intimidade pra ne chamar assim?

     - Que tal nós irmos ao cinema hoje à noite?

    - N- fui interrompido quando ele me jogou contra a parede. Kirishima iria me beijar se a porta não fosse aberta.

    Avistei Deku com um semblante de total decepção.

      - DEKU!!

                    (...)

     Acordei depois de pensar diversas vezes na cena que ocorrerá no colégio.
Mandei mensagens para Deku na noite anterior e ele não respondeu nenhuma. Liguei e ele não atendeu uma vez sequer.

     Droga! Ele entendeu tudo errado e agora não me deixa explicar! Foi tudo culpa do maldito Kirishima, agora Deku não quer olhar na minha cara.

      Finalmente tomei coragem e levantei da cama. Fiz minhas higienes matinais e fui para o colégio. Não estava com fome. Só quero encontrá-lo.

Cheguei ao colégio um pouco em cima da hora. Ele não estava la. Havia faltado.

           (...)

        O som do sinal anúnciou o intervalo e Uraraka, amiga de Deku veio até mim.
        - É verdade que traiu o Deku-kun?

     - É claro que não. E como sabe disso?

    - Óbvio que ele me contou, né! Ele não quer falar com você, não é?

     - É.

   - Por que você não me conta o que aconteceu. Quem sabe eu possa te ajudar, porque se depender do Deku-kun as coisas nunca serão resolvidas.

   Contei o acontecido a ela e a mesma ouviu com muita atenção.

    - A solução é : se ele não atende suas ligações, nem lê suas mensagens e falta ao colégio para te evitar, vá à casa dele.
    - Eu ia fazer isso mesmo.

     - Então o faça!

      - Você é uma boa pessoa.

    - Sei disso. - Disse se gabando - Tenho certeza de que quando Deku souber o que realmente aconteceu ele vai te perdoar.

    - Espero que sim.

   - Eu também, afinal, não é qualquer um que vai acabar com o meu casal. Bom, eu já vou. Até qualquer hora.

     - Até.

    Dito isso ela se retirou da sala.

                  (...)

    Toquei a campainha e logo alguém veio me atender.

     - O que você quer aqui? - Disse Deku de modo rude.

      - Nós precisamos conversar.

   - Não precisamos não. Tchau. - O empedi de fechar a porta.

    - Deku, por favor. Tem que saber o que verdadeiramente aconteceu. - O esverdeado soltou um suspiro que demonstrava cansaço.
     - Entra antes que eu mude de ideia.

     Entrei rapidamente e sentei-me, junto à ele.

      Estava novamente sozinho em casa.
Soltei um suspiro e comecei.
    - Antes de mais nada, quero te falar uma coisa Deku. Eu gosto muito de você. Muito mesmo. Há tempos, quando reparei que minhas atitudes em relação a você estavam erradas e passei a ver e admirar o ser humano que você é, foi  inevitável não gostar de você. 

Agora, eu peço que me escute. Já faz um bom tempo que Kirishima vem me cantando. Ele nunca fez nada de mais. Não sei o que aconteceu naquele dia pra do nada, ele tentar me beijar. Eu juro pra você que não aconteceu nada. Por favor me perdoa. Eu realmente não quero ver você mal. Só quero que seja feliz e de preferência ao meu lado. - A essa altura as lágrimas de Deku já transbordavam em seu rosto.

- Você jura?
        - Sim, eu juro. - Após dizer isso ele se jogou em cima de mim e me abraçou.
        - Eu te perdoo. - E me apertou mais em seu abraço. - Eu também quero ficar com você. - Dito isso o puxei para um beijo. 

Encerramos o selar, porém não afastamos nossos rostos.

    - Você realmente pensou que eu te trocaria pelo Kirishima?

      - Bem...

   - Você é mesmo um bobo. Eu só tenho olhos pra você.

   - Isso é muito bom. - Eu sorri, ele é mesmo um bobo.

  - O que você acha de matarmos a saudade? - Falei com um sorriso malicioso nos lábios.
    - Não é uma má ideia. 

(...)

Estavamos jogando vídeo game, porém o jogo não estava sendo levado a sério já que trocávamos beijos e carícias a todo momento. O jogo e as carícias cessaram assim que escutamos batidas na porta.

- Bebê, está aí? - Nessa hora Deku corou, deixando-o mais lindo do que já era. - Posso entrar?

      - Sim mãe. Pode entrar.

      Ela abriu a porta e veio até nós.

    - Ora, ora! Você trouxe o Katsuki-chan.

    - Oi tia.

  - Oi querido. O que querem para o jantar meninos?

     - Pode ser qualquer coisa. - Falei.

    - Eu acho que você deve ir para a casa Ka-chan. Já é tarde e seus pais devem estar preocupados.

    - Não estão. Já enviei uma mensagem falando que vou dormir aqui, coisinha fofa.

     - Coisinha fofa? - Perguntou a mãe de Deku surpresa.

    - Sim. Eu e Deku estamos namorando. - Ela levou um tempo para processar as palavras, mas logo abriu um sorriso. 

   - Isso é sério filho? - assentiu com a cabeça. - Como você está namorando e nem me fala?

      - Eu ia contar na hora certa.

- Ta bom. Eu só te digo uma coisa Katsuki-chan. Cuida bem do meu bebê.

- Irei cuidar.

- Sendo assim, que tal uma pizza?

        - Eu topo. - dissemos eu e Deku em uníssono.

        - Então vamos lá para baixo.

    Deku foi na frente ligar para a pizzaria.

Assim que descemos Deku estava sentado no sofá, assistindo televisão.   

Me aproximei e juntei nossos lábios em um longo selar.

      - Nunca mais ouse duvidar do que eu sinto por você. - disse e lhe dei um forte abraço.

E de mãos dadas, seguimos para a cozinha sorridentes como os dois adolescentes que éramos.