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História Electric Heart - Uma possivel outra vida


Escrita por: Semideusadorock

Notas do Autor


Hey cerejinhas, tudo bem?
Boa leitura!

Capítulo 12 - Uma possivel outra vida


POV- Thalia

Entramos em mais uma cabana, ao longe podia se ouvir uma vila mais movimentada do que a maioria, o sol começava a nascer e mesmo assim pessoas já trabalhavam. Jason abriu a porta adentrando o recinto e indicando que nós entrássemos.

— Vamos descansar um pouco, depois organizamos o plano, o que acham? — o loiro sugeriu trancando a porta e caminhando até um amontoado de pele mais isolado, se deitando ali.

Nico revirou os olhos e foi para o lado oposto não muito de bom humor. Annabeth deu de ombros, mas assim que ela encostou na cama apagou, o que indicava que ela não dormia talvez a dias até para ter nos alcançado.

Respirei fundo e caminhei até o Di Ângelo deitando ao seu lado e me virando de frente para ele, que me olhou curioso.

— Confia nele? — indaguei baixo e ele sorriu de canto.

— Sabe que ele te ouve, né? — retorquiu, desviando a imensidão negra de seus olhos para o Grace que fitava o teto desinteressado. — Não sei, vamos ver o que acontece.

Assenti minimamente e me mexi tentando adormecer, estava cansada de ficar andando por horas pela floresta, mas assim que fechei os olhos a preocupação de tudo que poderia estar acontecendo fora daquela cabana, também tudo que teríamos que enfrentar e parecia que com a presença de Jason eu vivia me perguntando como teria sido minha vida se tivesse sido criada junto dele.

Eu estaria contra meu pai também? Como estou agora, como ele está! Essa guerra estaria acontecendo? Seria eu a lidera-la?

Abri os olhos e encarei o teto de madeira, fiquei um tempo assim, até desviar o olhar para Nico e vê-lo dormindo tranquilamente. Ouvi alguém se mexendo e isso me fez sentar. Jason tinha se levantado e agora estava mais afastado se sentando contra a parede depois de pegar uma maça e dar uma mordida.

— Deve estar cheia de perguntas — ele comentou sem olhar para mim, mas sabia que era comigo que ele estava falando. Assenti minimamente e ele sorriu. — Vem aqui, pode faze-las se quiser.

Olhei Nico dormindo, sabia que mesmo naquele estado sua guarda estava levantada, era impressionantemente assustador. Mas me levantei com cuidado e andei com cautela até estar perto de meu irmão que indicou com o olhar que eu me sentasse ao seu lado e foi o que eu fiz.

— Notei que andou treinando, mas não imagino seu namoradinho sendo um bom professor, vocês controlam elementos completamente diferentes, não deve ter te ensinado nada realmente bom, sem falar que ele não é muito paciente — o loiro comentou dando mais uma mordida na maça — o que quer saber?

— Como é? O castelo? Zeus? — perguntei e ele soltou uma risada interna abaixando o olhar e assentindo.

— O castelo é quase sem vida, Zeus não deixa ninguém além de mim, Piper e ele mesmo circular lá dentro, ele é paranoico e uma vez até me fez sair de lá com medo de que eu o matasse, mas ele é um psicopata sádico, consegue ser pior do que o pior lado de seu namoradinho, ele mata por diversão, sem nenhuma estratégia, nenhum motivo, com o tempo ele se tornou um monstro pior do que o pai, pelo menos o pai dele não tentava se fingir de santo, um péssimo pai se quer saber, tem sorte que não ter crescido lá, não sei o que você passou, mas Zeus com certeza faria pior, sempre achei que era por você ter sido sequestrada logo depois de seu nascimento, mas com o tempo, de acordo com que eu fui crescendo notei que ele simplesmente era assim mesmo...

O silêncio se instaurou na cabana, eu tinha os olhos desfocados, eu me lembrava vagamente de Zeus, o tinha visto na festa que Nico tinha dado, mesmo a distância eu o tinha visto, mas eu lembrava da pose de Jason, o quanto ele tinha tido coragem de enfrentar Nico, lembrava de tudo que tinha acontecido.

— Como foi sua vida? — meu irmão questionou arrancando-me de meus devaneios, me fazendo balançar a cabeça para desviar-me completamente.

— Fui escrava ela inteira — ri minimamente.

— Entendo, faz sentido na verdade — ele molhou os lábios e deu de ombros dando mais uma mordida na maça.

— O que pode me falar sobre meus poderes? — questionei, lembrando dele falando do treinamento.

— Ok, nós herdamos a água de nosso pai, o aprendizado de nossa mãe, mas o raio é completamente sem explicação, Zeus não o controla e não faz ideia desse poder em nós dois, eu imaginei que você o tivesse também, mas era só um palpite — ele suspirou — eu pesquisei um pouco e pode ter algo relacionado com o livro que o pai do Di Ângelo queria, que pode conceder poderes como a imortalidade por exemplo.

— Como assim? — questionei em choque.

— Vejamos, nunca foi registrado na história alguém com poder de eletricidade, mas quando eu estava estudando sobre o elemento água eu aprendi algumas coisas interessantes, nós temos mais poderes do que o normal, todo e qualquer corpo vivo tem-se maior porcentagem de água do que qualquer outra coisa, sem água um ser vivo no máximo sobrevive três dias, considerando seres como o Di Ângelo e a Chase...

— É, mas existe outros elementos mais destrutivos, o ar por exemplo, não sobreviveríamos sem ar...

— Verdade, a maioria não, mas não precisamos dele para respirar debaixo d’água, se alguém, como o Di Ângelo tentar tirar o ar dos nossos pulmões podemos o inflar de água e será a mesma coisa de estarmos nadando, não fará diferença, mas se seu namoradinho tentar encher o pulmão dele de ar para não se afogar isso não durará muito tempo, pois o corpo precisa buscar oxigênio do exterior, e quando ele for buscar é o suficiente para imundar o pulmão dele com o líquido e mata-lo afogado, sem falar que se drenar toda e qualquer água do corpo dele estará morto do mesmo jeito, mas essa não é a questão, estou falando que nosso elemento está literalmente ligado a vida, assim como a eletricidade, nosso corpo ele funciona por impulsos elétricos do nosso cérebro, é assim que mandamos informações para nosso corpo, como andar, respirar, e que nossos órgãos funcione, impulsos elétricos, e é a única parte do nosso corpo que não se regenera, destrua um neurônio e ele não vai poder fazer você se curar novamente, é por isso que envelhecemos, por isso que eventualmente temos problemas de saúde, com o tempo nossos impulsos elétricos diminuem a frequência, até simplesmente pararem, podemos cortar esses impulsos simplesmente, redireciona-los se estudarmos bem, para curar, ou para matar, afinal tudo tem que estar em perfeita harmonia, e temos a vantagem do aprendizado de nossa mãe, podemos simplesmente entender tudo isso simplesmente com esforço, nem ao menos precisamos que alguém nos explique, na tentativa e erro podemos aprender sozinhos e no máximo levará alguns dias..

— Eu não aprendo tão rápido assim — respondi e ele riu.

— Com alguém que não entende como seus poderes funcionam, imagino que o Di Ângelo tenha atrasado apenas seu aprendizado, posso te ensinar se quiser, mas acredito que sozinha descobrirá coisas que eu nem sei, afinal precisamos colocar nosso cérebro pra funcionar.

Assenti mordendo o lábio inferior, aquilo parecia fazer algum sentido.

— Vocês são opostos, podem ser felizes juntos sem problemas, mas você não tem que se tornar ele, Thalia, pense por si só e não o tema acima de tudo, não é mais uma escrava e mesmo se fosse, é terrivelmente mais forte do que ele, mesmo que seu CP seja apenas dois mais baixo do que o dele, ainda sim água ganha fogo, vocês são namorados, ele não é seu dono.


Notas Finais


Beijos e até!


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