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História Em busca do coração perdido dos reis - Caras respostas, não chutem minha cara.


Escrita por: batata0905

Notas do Autor


Olá olá olá
Já estava na hora, eu pessoalmente gostei bastante de esquecer esse cap, espero que gostem também

Capítulo 17 - Caras respostas, não chutem minha cara.



Por un segundos eu fiquei sem reação, será que eu deveria esperar alguma espécie de permissão dela para me levantar ou falar?Eu não sabia então fiquei ali olhando pro chão meio constrangida até que sua vez irrompeu novamente do silêncio.
-Você...Você já pode se levantar e falar agora - disse a rainha meio sem jeito, ela parecia jovem, talvez com uns 17 anos, apesar disso sua postura deixava bem claro que ela tinha nascido para governar.
-Ah, certo- eu disse me levantando e passando as mãos nos joelhos para tirar poeira imaginária.
-Espere um momento, sim? Mal posso ouvir-te daqui- então ela se levantou daquele trono gigante pulou em direção a um dos braços da cadeira e apertou um botão escondido na pedra que liberava escadas na lateral do artefato. Ela desceu por elas correndo e se direcionou até mim- Oi, como dizia temos muito o que conversar.
-Sim, majestade, tenho tantas perguntas a fazer e me disseram que você teria as respostas.
-Eu tenho algumas, mas serão as respostas que você irá querer ouvir? 
-Qualquer coisa que ajude a melhorar a sensação de que estou descendo um barranco no escuro- ela riu jovialmente com minha fala.
-Talvez eu devesse começar te ajudando falando que espécie de lugar é esse não é? Siga-me, por favor.
 Ela saiu andando em direção a parte de trás do trono e apertou outro botão na parte de trás, de perto a parte azul do trono de pedra parecia brilhar de maneira mística, uma porta se abriu na pedra fazendo pouco barulho, por trás dela uma escada descia até onde a vista alcançava,uma a uma tochas se acendiam com fogo azul magicamente em direção ao andar de baixo. A rainha tomou a liderança e entrou na passagem secreta me puxando consigo, assim que entrei a porta se fechou atrás de mim.
-Bom, você não foi incinerada quando entrou- disse ela assentindo e olhando ao redor- Quer dizer que é parte do seu destino ver o que há lá embaixo. Álias prazer o meu nome é Calíope, - ela disse estendendo a mão, abria boca para me apresentar- eu já sei o que você é, aquela bobagem toda do dom da profecia, não é?
-Eu não sei, creio que sim
-Sabe, eu sei dos seus sonhos, é muito estranho sonhar a respeito de sonhos, e eu sonhei a respeito dos seus.
-Então, o que isso significa? Que sou uma profetisa?
-Basicamente, mas o seu dom não veio do berço, apareceu confrome a necessidade, sobre isso só li relatos.
Assenti em silêncio, eu queria perguntar sobre a coisa do jardim e a folha mas eu decidi esperar.
Descemos em silêncio até que as claustrofóbicas escadas entalhadas na pedra se abriram em uma enorme caverna, um campo de futebol caberia ali dentro, era cheia de cristais no teto e nas paredes roxos, azuis e rosas para todo lado. Nas paredes haviam desenhos gigantes que brilhavam em azul como o trono andar de cima, eles pareciam contar uma história assim como murais de igreja, a caverna inteira brilhava com luz azulada. Era um lugar grandioso, exalava poder e magia.
-Tudo que conhecemos sobre nossa origem, nossa história...veio dessa caverna, cada desenho conta um pedaço da formação desse lugar, e cabe a mim proteger esse legado, aprecie a vista, apenas membros da família real e os primeiros moradores deste lugar a viram.
Eu não falei nada, estava boquiaberta, então apenas assenti com a cabeça veemente.
-A nossa história começou no seu mundo sabia? Há eras aquele lugar fora tomado de magia poderosissíma, selvagem, a essência mais pura do poder. Mas sua raça apareceu, cada atrocidade cometida por vocês, cada ser machucado por crueldade, cada gesto impulsionado pela sua cobiça e vaidade, forçou essa força a se reprimir, a força vital do seu mundo. É uma pena, a humanidade tinha potencial para ser tão grandiosa e honrada, mas vocês seguiram outro caminho- ela se virou para o mural logo atrás de mim, nele apareciam pessoas ligeiramente disformes, mas ainda pessoas, queimando uma aldeia simplória. O mural parecia ter um movimento, bem leve, quase imperceptível, mas se movia, era isso que tornava sua imagem embaçada.
-Eu sei que você vê, o movimento é o que está ocorrendo, cada cena mudou a história de vocês, foi um momento decisivo, é algo poderoso demais para ser enquadrado assim.- ela falou com seriedade- Como você já deve saber, sua raça cometeu inúmeros pecados.- ela disse me empurrando com o ombro pela caverna, era uma sequência de imagens que mostrava cada erro grave que a raça humana tinha cometido, o museu da desgraça, bem ali na nossa frente,o holocausto, a caça às bruxas, Roma queimando, e seguia até que se separava do resto da caverna e continuava por um corredor isolado em sua parte de trás- Essa parte sempre ganha novos murais...Vamos ao que nos interessa.  
Voltamos até o começo da caverna e seguimos por um corredor diferente, viramos a esquerda. Tinha murais maiores menos aterrorizantes, cada um deles mostrava uma epóca.
-A essência do seu planeta precisava de uma maneira segura de se manifestar sem que fosse usada como arma, uma espécie de doença atingiu seu mundo, ele ficava preso numa espécie de  repetição. Entenda que o tempo não é algo palpável ou sequer plausível é muito mais complexo que isso, está tudo sempre ocorrendo ao mesmo tempo que nada está, porém nosso cérebro não processa isso por isso vemos o que vemos, sentimos o que sentimos. Esse lugar existe há milhares de anos e ao final de cada era um território surge aqui, com pessoas, que acham que estão no seu mundo vivendo em uma respectiva epóca.Cabe ao meu povo passar a verdade a eles, e cabe a eles aceitá-la ou não.
Eu ainda observava os murais desse mundo se formando, cada território sendo anexado, as pessoas passando conhecimento as outras.
-Esse mundo é na verdade uma válvula de escape, um efeito colateral de uma doença que vocês causaram, mas como você pode ver, não somos perfeitos, ainda temos resquício de sua personalidade, afinal nós somos uma raça próxima a sua, quase uma mutação, então é claro que estamos fadados a cometer erros ás vezes piores do que os do outro mundo. Esse mundo também está adoecendo, Hout. Sempre esteve, desde o momento em que fora criado estávamos destinados a repetir seus erros.
- Esse mundo continuaria em paz, mas aqui as coisas são diferentes, assim como a essência do mundo se manifesta como poder, a bondade e a maldade também, e é claro que algumas pessoas querem tirar vantagem disso para si. Existem pessoas que querem apenas ver o mundo queimar. E eu não vou permitir que esse mundo queime. Você entende? A magia desse mundo nada mais é que a manifestação do bem e do mal.
Eu ainda olhava os murais, minhas mãos tremiam um pouco então eu segurei a barra do vestido para que parassem. Eu estava com medo do que eu era, eu tirei do ódio, poder. Olhei para minhas mãos, naquela luz azulada bruxuleante eu parecia um cádaver.
 


Notas Finais


E então?
O que acharam?
Comentem!
Bjins de neon


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