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História Em busca do coração perdido dos reis - Só queria estar indo tomar chimarrão


Escrita por: batata0905

Notas do Autor


Eaeeeee
Advinha que tomou vergonha na cara, eu só quero dormir agora
nos vemos lá nas notas finais

Capítulo 21 - Só queria estar indo tomar chimarrão



Pela manhã quando saímos eu ainda ouvia os tambores, flautas e liras reverberando na minha cabeça, festas jamais foram meu forte mas aquela fora excepcionalmente agitada, logo após eu garantir a Europa que não contaria o seu segredo ainda tive que fazer sala para alguns membros da coorte , quando cheguei no quarto para dormir já passava da uma da manhã, agora estávamos no Chefe que corria, com suprimentos e roupas novos em folha , enquanto o sol subia no céu de maneira preguiçosa.
O plano era ir até o litoral do Reino do Leste e pegarmos um barco para que não tivéssemos que atravessar o deserto outra vez, agora nossa próxima parada era o Reino do sul (bah tchê!), antes que saíssemos a rainha Calíope me puxou de canto:
-Vocês estão indo ao Reino do Sul para pedir reforços, precisaremos da ajuda deles para que tenhamos qualquer chance de vencer esse mal que nos assola- seu tom soturno (e o fato de que ela provavelmente não entenderia), me deixou sem vontade de perguntar sobre cacetinhos- Entendam, vão precisar de muita determinação, Almáquio pode ser...difícil às vezes. Entreguem a ele um pergaminho com o selo real que foi colocado em seus suprimentos- ela disse quase que para si mesma a primeira parte. Ela me abraçou- Saiba que pode ver no Reino do Leste um aliado, e que pode ver em mim uma amiga.
Foi uma bonita despedida, com frutas frescas e muitos suprimentos para nós, eu a avaliaria em quatro de cinco estrelas, até mesmo Europa havia me puxado para um abraço, o ato de afeto não a impediu de dizer em meu ouvido umas ameaças.
-Se contar para alguém eu irei te empalar pessoalmente- ela se afastou sorrindo- Boa sorte!
Depois de mais ou menos uma hora com o Chefe correndo, e mais uma com ele andando, o ar parecia queimar menos nossas gargantas, alguns insetos chegavam a zumbir perto de nossos ouvidos, nós suávamos não só graças ao calor mas agora também a umidade crescente. 
Quando o sol já estava alto no sol encontramos um largo que corria lentamente , ao seu redor um tapete de relva se estendia por uns metros, tivemos que parar para admirar o rio e entrar para um mergulho. E com tivemos quis dizer que Charlie havia me implorado.
-Por favor, por favor, por favor! Vamos, princesa, eu cresci no Reino do norte, lá os rios passam grande parte do ano congelados, eu não posso perder essa oportunidade!
-Tá legal! Mas se eu me atrasar pra batalha do fim do mundo eu vou falar pra grande Força do mal que foi culpa sua!
Descemos do cavalo, e Charlie no mesmo momento se jogou no rio com roupa e tudo e alguns segundos depois apareceu com a água nos ombros, rindo. Eu não me demorei a entrar, estava realmente muito bom, contrastando com o calor que estava sentindo, o cabelo cobria minha cara, o puxei para trás apenas pra ver Charlie me olhando, malicioso.
-O que é?
-AAAAAAAAH- disse ele me erguendo pela cintura e me jogando de novo na água, rindo.
-Desgraçado- disse cuspindo água com um sorriso no rosto. Ficamos ali mais uma hora brincando, eu ensinando Charlie a boiar, o Chefe pastando em algum canto, naquele momento aquele era quase o paraíso, nosso paraíso particular. Nos sentamos na relva com os pés no rio e comemos algumas frutas do suprimento.
-Eu às vezes me sinto culpada por gostar desses momentos aqui- disse olhando para meus pés submersos, estava com o vestido todo molhado- Como se eu traísse minha família.
-Eu às vezes esqueço que eu já tive uma família- ele estava deitado de olhos fechados ao meu lado, estava sério, quando ele falava coisas tão intímas eu tinha medo que parasse a qualquer momento, então fiquei em silêncio- Eu lembro muito pouco de como era, fui vendido muito novo, acho que tinha uns 7 ou 8 anos. Eu lembro que eu tinha muitos irmãos, eu lembro do quão imunda era a casa em que vivia, eu lembro dos rostos das pessoas que me botaram no mundo. Eles não são meus pais, só me fizeram existir. Eu sempre pensei no que falaria pra eles se os encontrasse, o quanto eu gostaria de ter ajudado aquelas crianças estranhas, meus irmãos...eles foram tão egoístas.
-Eu não posso te prometer nada quanto a eles, mas você tem uma família. Assim como eu tenho uma família nesse mundo. Ninguém passa por tanto assim sem virar família.
-Nós somos família?- ele disse entreabrindo os olhos com um sorriso relutante no rosto
Assenti seriamente pra ele, então ele me puxou para o chão e me abraçou, eu fui pega de surpresa por um momento e depois de alguns segundos eu retribui o abraço, minha cabeça estava encostada em seu peito e seus braços estavam minhas costas. Decidi ficar por lá mesmo e ele apoiou o queixo no topo da minha cabeça. Fechei os olhos na esperança de congelar aquele momento pra mim, de revisitá-lo quando quisesse. Depois de alguns minutos o Chefe relinchou como qum diz " Tá, muito lindo, mas temos hora pra salvar o mundo", não me pergunte como um relincho pode significar isso, mas aquele significou. Me sentei e dei um último mergulho antes de subir de novo no cavalo.
Depois de mais uma hora de galope chegamos em uma região com palmeiras e caminhos abertos em meio a matagais, uma vila de pescadores, supus, com casinhas coloridas tomava lugar ao longe, e a mais ou menos três quilômetros de distância estava o mar, cristalino e esverdeado, nos dirigimos a vila conforme nossas instruções e fomos a cabana de aluguel de barcos, que descobrimos que era a tal graças a meu finissimo instinto e o fato dela ser indicada por uma placa que dizia apenas "BARCOS AQUI"
Dentro da cabana de madeira, pintada de um rosa chiclete desbotado pela maresia, havia apenas um homem sentado em uma cadeira de balanço, um chapéu de palha lhe cobria o rosto, ele trazia no corpo vestes coloridas porém assim como a cabana em si, pareciam puídas e sua pele era morena pelos prováveis anos ao sol.
Ele ergueu levemente o chapéu ao nos ver e perguntou com um tom de voz arrastado:
-O que esses forasteiros fazem no meu estabelecimento?- a última palavra se enrolou em sua língua.
-Ordens de Sua Majestade, a rainha Calíope, precisamos de seu melhor barco.- disse Charlie.
-Hum, e eu sou a Rainha do Reino Antigo-disse o homem, vireri para meu companheiro e nos entreolhamos como quem diz: "tá aí algo que não se quer ver"
-Escute, bom senhor, temos de fato ordens da rainha Calíope, precisamos ir ao Reino do Sul.


Notas Finais


Isso é tudo p-p-pessoal!
Até a próxima
bjus de luz


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