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História Em Meio a Madrugada ( Near x Mello ) - - A Noite dos Meninos!! Pt. 2!


Escrita por: Mocchiato_Coffee

Notas do Autor


Oii ._.

Tudo bom?

Então, eu nn sei o que dizer ;-;

Vamos todos fingir que eu disse algo super legal, ok?

~ Boa leitura!! ♡

Capítulo 20 - - A Noite dos Meninos!! Pt. 2!


Fanfic / Fanfiction Em Meio a Madrugada ( Near x Mello ) - - A Noite dos Meninos!! Pt. 2!

Near

Matt estendeu sua mão para ajudar Mello a descer de cima da cama. No dia em que fomos assistir aquele filme juntos, eu pensei que as coisas não poderiam melhorar; e olhe só!

É gratificante não ficar apenas sozinho. Embora goste de ficar só às vezes, chega uma hora em que a solidão começa a apertar seu peito e lhe preencher de vazio, até sentir que não há mais um sentido em praticamente nada.

Os dois foram até o banheiro do quarto colocar os pijamas. Devem ser bem próximos para terem intimidade de se trocarem juntos. Matt já deve ter visto Mello de formas bem mais íntimas; não que isso me deixe incomodado, só...

Meu peito doía quando pensava que nunca faria parte de sua vida como o ruivinho. Eu queria muito ser seu amigo. Sentei-me na cama os esperando, assim que o fiz, ouvi um estrondo e, em seguida, o som de uma risada, que identifiquei ser a de Matt, afinal, não tinha mais ninguém naquele cômodo que gargalhava como um ganso tendo uma convulsão daquele jeito!

Corri até lá, hesitando inicialmente, porém abrindo a porta em seguida; eu tentei, juro que tentei... mas não consegui segurar a risada!

Mello estava caído na banheira vazia, com uma das toalhas em sua cabeça, cobrindo-lhe o rosto. Sinceramente, e eu só os deixei sozinhos por menos de cinco minutos...

— O que aconteceu aqui?! – Disse, já com a barriga doendo de tanto rir.

— Eu coloquei a camisa do Mello em cima de um cabideiro. – Matt falava em meio aos risos. – Ele pulou pra tentar pegar, escorregou no tapete, e caiu ali!

Ele começou a rir novamente, sentando-se na privada por não conseguir mais permanecer de pé.

Mello resmungou algo baixinho, estendi-lhe a mão para o ajudar, sendo puxado para dentro da peça de cerâmica, caindo em cima de si, o que aparentemente me causou nervosismo. Ele tirou a toalha do rosto, jogando-a em Matt, acertando sua face.

— Isso é por ir na onda do Matt, cotonete! – Bagunçou meus cabelos. Eu ri.

O ruivinho jogou a camisa do pijama para o amigo, que tirou a que estava utilizando; uma preta, de um material que lembrava couro, e a vestiu. Só então reparei que ele já usava as calças do conjunto; não que eu tenha olhado pra "lá" nem nada do tipo, só percebi mesmo...

É, Mello está certo. Eu sou mesmo um anão tarado.

Me levantei de onde estava meio que deitado, o outro fez o mesmo em seguida. Apaguei as luzes do banheiro, e nos dirigimos ao quarto.

— Certo! Agora que já fizemos o cosplay da ovelha, o que vem agora?

— Nós vamos assistir algo! – Falou Mello, saindo pela porta. Fomos atrás, passando pelos corredores e descendo as escadas até a sala.

Ele se jogou em um dos sofás, me sentei ao seu lado. Era bom ficar perto dele. E o terceiro de nós se acomodou na outra ponta. Decidimos ( Depois dos dois quase se matarem para ver quem escolhia ) que iríamos assistir 'Annabelle'; segundo meus amigos, esse era um clássico, então era inaceitável que eu nunca tivesse visto.

Parecia interessante, me disseram que era sobre uma bonequinha que passa a viver com uma família gentil. Parecia ser divertido! Porém, nos primeiros vinte minutos do filme, me dei conta de que havia sido terrivelmente enganado.

Catapimbas! Aqueles... charlatões!

As cenas que eram de terror para mim, eram como a comédia mais hilária para os dois idiotas, que se divertiam vendo cada reação amedrontada minha. Ao final do filme, confesso que mal conseguia piscar os olhos direito; ficava imaginando aquele espírito assustador aparecendo, e me arrepiava só de pensar em tal coisa.

(...)

Durante o resto da noite, ainda assistimos 'Meninas Malvadas'; jogamos Monopoly e Candy Land, e fizemos guerra de travesseiros! Pedi ( Implorei, no caso. ) para deixarem as histórias de terror para outro dia, o que rendeu a Matt boas gargalhadas, enquanto Mello o repreendia.

Já era um pouco tarde, 23:00 horas, Matt acabou dormindo, então fui montar quebra-cabeças. O loirinho havia ido beber água.

Mello

Matt havia dormido e Near ficou montando quebra-cabeças no quarto. Estávamos nos divertindo muito, acho que principalmente o baixinho. Fico muito feliz em vê-lo bem, quase que como um instinto. Ele se tornou importante para mim, afinal, acho que somos amigos.

Não tinha muito o que fazer, então resolvi andar um pouco pela casa; aproveitei a distração de que estavam todos entretidos e fui conhecer o lugar. Ei, não é errado bisbilhotar nesses casos! Se fosse algo que não deveria ser feito, os anfitriões me forneceriam algum entretenimento para não precisar vagar por aí!

Enfim, eu havia andado uns dois corredores, eles eram todos espaçosos. O tapete carmim do piso de madeira escura me auxiliava a não fazer muito barulho ao caminhar. Fitei as paredes cor vinho, reparando nos detalhes dourados; "É arabesco", pensei. As pinturas eram em sua maioria uns quadros idiotas de um monte de gente que já deviam ter morrido, mal dei importância.

Meus olhos pararam então em um quadro em específico; eram Roger, Near, e um outro garoto, que não soube dizer quem era. Seus cabelos eram bem escuros e despenteados, possuía círculos escuros sob os olhos, e trajava uma camisa larga. Esquisitão.

Resolvi dar de ombros e continuei andando, virei uma esquina, mas com a inoportuna sensação de ter escutado um som de passos, por mais baixo que fosse. Ignorei. Geralmente mansões assim são mal assombradas mesmo, normal, mas agora as imagens daquele maldito filme vieram à minha cabeça!

Tentei dissipar esses pensamentos e continuei meu tour, indo até uma porta enorme de mogno, adentrando o cômodo; era uma biblioteca! O lugar possuía estantes do mesmo tipo de madeira que o resto do casarão; uma lareira de pedras cinzentas, cujo fogo lançava sombras nas duas poltronas escuras que ficavam à sua frente, sob um tapete de urso daqueles que deveriam ser mais caros do que sei lá... o Matt! Não que ele valesse alguma coisa, mas né...

Continuei bisbilho...conhecendo o lugar, até ouvir algo:

— O que está fazendo? – Parei. Reconheci então aquela voz de tom indiferente, sentindo meu interior ficar morno.

— Apenas andando um pouco. E você? – Me virei para si. – Tá me seguindo...? – Sorri.

— Não, mas você adoraria que eu estivesse. – Ele se aproximou.

— Desde quando você diz coisas desse tipo, Near...? – Apoiei as costas em uma das estantes.

Ele deu de ombros. Sua expressão parecia um pouco... desconfortável?

— Lá estava muito chato, não tinha nada pra se fazer!

— Você poderia montar quebra-cabeças comigo. – Sugeriu, se aproximando mais alguns passos.

— Ah, claro, depois iríamos fazer o quê? Jogar bingo e tricotar? – Revirei os olhos.

— Quem sabe...? – Ele sorriu.

— Sinceramente, você gosta de coisas bem duvidosas, sabia...? – Arqueei as sobrancelhas.

— Ah, sim, e como gosto... – Ele olhou para baixo discretamente. - Então, veio ler?

— Ler...? Por diversão? Eu tenho cara de que pra você...? – Cruzei os braços.

— Pra mim, você tem cara de quem não sabe ler, mas relevemos... – Ora!

— Mas você tá bem atrevidinho hoje, não é?!

— Talvez esteja. – Ele sorriu mais, parando em minha frente. Aquela conversa não estava tomando rumo algum! Resolvi mudar de assunto.

— Então... você costuma vir aqui? Na biblioteca, digo. – Perguntei, olhando para a janela que estava ao meu lado, observando o céu escuro

— Na verdade, não. Eu só vim aqui algumas vezes para ler um livro.

— Qual livro? – Indaguei.

- Ah... bem...eu não quero... dizer... - Ele falou baixo.

- Vai, por favor! - Pedi. Aquilo estava atiçando minha curiosidade!

Ele olhou para o piso, e seguiu pelo corredor de estantes em passos lentos. Fui atrás.

Passávamos por entre as várias categorias de livros, desde romance, até terror. Matt odeia leitura, teria passado mal ali, provavelmente!

Olhei para Near novamente, ele estava em minha frente, virou para a esquerda, e parou em frente à uma estante menor, empoeirada, localizada nos fundos, bem no canto do cômodo.

- O que é... - Comecei.

Ele esticou o braço, alcançando um livrinho colorido na antepenúltima prateleira. Era um livro infantil...?

- Você promete... não contar pra ninguém? - Ele disse, olhando para mim de relance, parecia hesitar.

- Ah, bem... sim, prometo! - Eu estava começando a ficar curioso, sentia meu coração acelerar e o estômago se embrulhar com a ansiedade do que estava por vir.

- Near... você... tem certeza...? Não irei ficar magoado se mudar de ideia... - Falei, tentando amenizar as coisas.

Ele apenas sacudiu a cabeça negativamente e respirou fundo; vi seus ombros subirem e descerem.

- Eu... vinha aqui apenas para ler esse livro. - Disse, de costas para mim.

Abri a boca para dizer algo, mas a fechei quando o mesmo continuou.

- Roger me disse uma vez, que quando me encontrou, ele; o livrinho, estava ao meu lado. Eu vinha aqui todos os dias até os 8 anos, para vê-lo.

- Porque... você gostava da história...?

- Porque pensava que isso poderia ter alguma pista sobre meus pais, não que eu me importe com eles, mas é... desagradável, não saber de onde veio.

- Ah... eu sinto muito... de verdade. - Foi a única coisa que consegui dizer, não sabia o que falar para tentar o consolar, por mais que quissesse muito mesmo resolver aquilo.

- Não sinta. - Ele disse. - A sua experiência foi pior do que a minha. Você chegou a conhecer seus pais, deve sentir falta deles. Quanto à mim; não se pode sentir falta de algo que nunca teve.

Olhei para suas mãos, ele estava apertando um dos punhos, como naquela vez no Mint&Latte. Via sua mão se comprimir ainda mais, até os nós de seus dedos ficarem esbranquiçados.

- Mas isso não importaria para quem não teve uma família. - Ele falou. - Às vezes, eu gosto de imaginar que meus pais eram dois idiotas, que simplesmente não me queriam. - Consegui notar, mesmo minimamente, que sua voz estava ficando embargada e mais baixa, levemente turva.

- Como assim...? - Perguntei, com um pouco de receio de sua resposta.

Ouvi uma risadinha de sua parte. Era amarga, e sem humor algum.

- Não quero pensar que a vida me tirou as duas pessoas que realmente me amavam. - Seu timbre estava cada vez mais inaudível.

Andei até si, mesmo hesitante. Eu sentia um vazio no âmago, sentia meu peito pesado. Vê-lo assim me entristecia.

Coloquei a mão em seu ombro, e o virei lentamente para mim. Foi de cortar o coração. Seus olhos estavam levemente avermelhados, enquanto o maxilar estava travado, como se faz quando não quer chorar.

Olhei para seu rosto, mas o outro mirava o piso de madeira, como se não conseguisse sustentar o olhar. Desci a mão de seu ombro para o punho frio que permanecia cerrado firmemente, forçei um pouco para que ele abrisse os dedos; assim, os entrelaçando aos meus, e enfim, o aproximando o bastante para rodear os braços ao seu redor, em um abraço.

O escutei fungar algumas vezes. Eu me sentia horrível. Ele não teria que dizer tudo isso se eu não tivesse perguntado sobre o maldito livro.

- Sinto muito mesmo... - Falei, o apertando mais. - Tá tudo bem, não precisa se conter sempre... - Disse dedilhando seus cabelos.

- O-Obrigado... Mello. - Ele falou com a voz ainda falha. Senti seus braços; que antes pendiam ao lado de seu corpo, se entrelaçarem em minha volta também. Eu gostava de o ter perto de mim.


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Notas Finais


Então...

Vamos fingir que eu disse outra coisa muito interessante e fascinante, sim?

Aliás... hm... vocês gostam de morango? ( Eu preciso de pelo menos uma interação com os meus sobrinhos!! )


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