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História Em Meio a Máfia(Jikook) - 35-Capítulo


Escrita por: T_Hyungg

Notas do Autor


Espero que gostem!😁

Capítulo 35 - 35-Capítulo


*Narr on*


Mesmo que não fosse percebido ou notado, algo havia mudado na grande casa dos Wang.

Yeonjun, o jovem alfa de 20 anos, não residia mais naquele local. E ninguém poderia culpar-se por não reparar. Afinal, ele se manteve tão fora da história justamente para não ter atenções indesejadas para si.

Acontece que nas últimas semanas, ele passou a viver em um pequeno apartamento próximo do consultório ao qual se empenhava para fazer parte.

E hoje seria seu tão esperado dia para o começo dos estágios.

Colocou, organizadamente, tudo que precisaria dentro de sua bolsa e saiu, imaginando por todo caminho se não havia esquecido algo.

Na porta da clínica, não tinham mais do que cinco ou seis pessoas. Verdadeiramente, não era qualquer um que conseguia estar alí.

—Bom dia. —um homem trajando jaleco veio da recepção ao encontro dos jovens. —Vocês devem ser nosso novo grupo de estagiários. —sorriu gentilmente, ganhando o coração das duas moças que estavam à frente se derretendo. —É um prazer. Eu sou o doutor Enrico Martino e esta é minha clínica, aberta claro para ensinar e preparar novos e futuros médicos como vocês.

Os jovens bateram palmas, sentindo-se mais descontraídos.

—Cada um de vocês terá um modelo à se seguir aqui, que os ensinarão e lhes ajudarão tanto com a parte teórica quanto com a prática. Entenderam? —viu o coro gritar "SIM" em uníssonos. —Ótimo! Sigam para a última sala do corredor e lá serão escolhidos os seus hyungs.

As duas moças e os três jovens obedeceram. Porém, um permaneceu parado alí na entrada.

—O que você está fazendo aqui? Não me lembro de termos consulta marcada para hoje. —Enrico franziu o cenho ao finalmente perceber a presença de Yeonjun.

—O que acha que estou fazendo? Sou seu novo estagiário.

—Você? —o encarou incrédulo. —Que surpresa. Eu não sabia que se interessava por medicina. 

—É... Foi uma decisão recente.

—E sua mãe concordou com isso? —arqueou a sombrancelha. 

—Acha que eu estaria aqui se a resposta fosse não? —revirou os olhos.

—Certo. —decidiu não prolongar o assunto. Conversar com jovens era um saco. —Siga sua turma até a última sala. Lá eles te designarão para um hyung da clínica.

—Eu já tenho um hyung nessa clínica. —deu dois passos à frente. —Você.

—O quê?

—Quero que seja o modelo ao qual eu vou seguir.

—Não. —negou sem pensar.

—Por acaso você esqueceu do meu problema? E se eu tiver uma crise no pulmão de novo? E se derrepente eu não conseguir mais respirar e precisar de ajudar? E se-...

—Você conhece os procedimentos. É só seguir os cuidados à risca que nada disso vai acontecer.

—Tá... Mas você sabe, não é? Eu sou jovem e consequentemente posso acabar esquecendo de algo no meio da rotina corrida, como tomar os remédios por exemplo ou-...

—É por isso, que pretendo deixar seu hyung informado sobre sua situação. —o cortou, já irritando-se.

—Tudo bem. —deu de ombros. —Só fico preocupado por você, sabe? Quero dizer, você é quem mais conhece e entende da minha condição. Se algo acontecesse comigo, o que eu espero que não, você é quem sairia terrivelmente prejudicado.

—O que quer dizer? —estreitou os olhos.

—Longe de mim querer insinuar algo, mas... Você conhece minha família. Acha mesmo que meu pai ou até mesmo minha mãe deixariam você sair vivo se algo acontecesse comigo dentro do seu consultório? —sorriu discretamente.

—Seu pirralho. —mostrou seus dentes truncados.

—Me chame do que quiser, hyung. —zombou vitorioso.

Enrico sentiu-se adotando um filho. Aquele moleque ousado na sua frente não se parecia em nada com o intelectual caladão que ele costumava examinar.

Nos primeiros dias, Yeonjun foi posto como atendente na recepção. Pois, devido ao seu problema, não poderia atender pacientes em situações de riscos reais. 

Mas com o tempo, Enrico foi obrigado a trocar seu cargo, afim de ficar mais perto e poder vigiá-lo melhor. Tudo isso decorreu pelo fato do manipuladorzinho ter afirmado que estava sentindo leves dores no tórax, o que preocupou excessivamente o médico.

Agora, o jovem ajudava-o a organizar os tubos de sangue coletados para exames, que ficavam na sala fria.

E enquanto revisava algumas fichas, percebeu de relance que Yeonjun não tirava os olhos de si. Ato que depois de meia hora se tornou irritante.

—Algum problema? —virou-se diretamente para ele.

—Não. 

—Quer me falar alguma coisa? 

—Na verdade sim. Achei que nunca perguntaria. 

O loiro revirou os olhos, voltando sua atenção para os papéis.

 —Eu gostaria de perguntar se você me deixaria viver em um dos dormitórios para funcionários daqui da clínica.

—Não. Só há três dormitórios e eles estão sendo ocupados por mim.

—Você não pode estar usando três quartos.

—Sim, eu posso e uso. Um é para meus momentos de reflexão, o outro serve para meus cochilos da tarde e no outro eu durmo para acordar no dia seguinte e viver essa rotina irritante com você novamente. —sorriu, fingindo gentileza. —Mas, espere aí. Por que quer usar meus dormitórios? 

—Porque eu... Quero evitar gastos desnecessários com o apartamento.

—Apartamento? —parou o que estava fazendo. —Está morando em um apartamento?

—Sim. —confessou neutro.

—A sua mãe está sabendo disso?! Ou melhor, seu pai está sabendo disso?!

—Não, eles não sabem. —disse sincero, arrancando uma breve risada do doutor.

—O quê? Não me diga que sua fase rebelde chegou atrasada?

—Eu não estou me "rebelando". —imitou o jeito do outro falar. —Apenas sou maior de idade e acho que minhas escolhas só dizem respeito à mim.

—Olha, você é bem mais maduro que muitos jovens da sua faixa etária. E sei que suas escolhas só cabem à você, mas me admira que não tenha informado sobre suas decisões nem mesmo para sua mãe.

—E você realmente acha que ela me apoiaria, ou que pelo menos me ouviria antes de surtar de preocupação? —indagou com a voz embargada. —Sabe de quantas coisas ela me obrigou a se afastar com a desculpa de que "era para minha própria segurança"?

—Você sabe que não eram desculpas.

—Ah, não?! Me afastar da escola, dos meus amigos, tirar minha infância e minha juventude?! Me tornar o filho ao qual a existência é esquecida ou quem sabe, até mesmo ignorada! —esbravejou. —Pode não ter sido uma desculpa, como você disse, mas por muitas vezes ela foi usada como tal!

O alfa de fios azulados respirou fundo, recuperando o fôlego que perdeu com tantas palavras.

—Mas eu não a odeio. —tornou sua expressão neutra novamente. —Ela é minha mãe e eu compreendo as atitudes exageradas dela para me proteger, mas... Já chega. É hora de sair. Sair do esconderijo que ela me colocou à salvo de tudo. Do mundinho confinado que ela fez só para mim. Eu quero viver. Quero estudar com outros alunos, trabalhar sem supervisão de guardas e morar em qualquer lugar, que não seja à mesma casa daqueles que esqueceram que eu também tinha uma vida.

Enrico levantou-se de onde estava, parando ao seu lado. Remexeu brevemente no bolso do seu jaleco, retirando em seguida uma chave de lá.

—Quarto número 3. Tem duas camas, então escolha a que quiser. O banheiro e a área de serviço ficam no corredor. —informou lhe entregando a chave.

—Sério? —soou surpreso.

—Pegue logo, antes que eu mude de ideia. —ameaçou, fazendo Yeonjun tomar a mesma depressa de sua mão.

—Aliás, não quero que ninguém saiba que estou aqui. Caso falem com você.

—Se possível, prefiro não me envolver nos seus dramas familiares. Por isso, pretendo ficar bem longe de qualquer contato com seus pais e irmãos. —voltou para sua mesa. —Mas que fique claro, se eles te pegarem, eu não tenho nada haver, entendeu?

—Entendido. —confirmou sem hesitar.

Ah, saco... Pelo visto esse garoto lhe traria problemas de um jeito ou de outro...



Notas Finais


[Dicas-Dúvidas-Comentários]
Até, anjinhos!( ̄~ ̄)❤


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