História Em Meio Ao Caos - SasuNaru (Naruto) - Capítulo 8 - Surpresa!!

— Naruto

Sakura me ligou bem cedo, explicou todos os horários e claro, Hinata pegou o celular de minha mão e anotou tudo para que eu não me esquecesse ou confundisse algo. 

O plano era até que simples; festa surpresa, só nós dois. Sem segundas intenções, só um tempo juntos, como amigos que não se vêem faz um mês. Comprei um bolo, confetes, pisca-pisca... Ok, o pisca-pisca foi só porque eu adoro coisas brilhantes e queria uma desculpa pra poder comprar. 

Antes de viajarem, tudo já estava certo. Sakura e eu combinamos cada detalhe, desde o início da viagem deles até hoje. Tanto que estou com a chave do apartamento dele esse tempo todo. Entro lá diariamente para checar se tudo está no lugar. Pelo oque Sakura disse ele tem um problema gigantesco com organização. Então é melhor que eu deixe tudo arrumado, só por precaução. 

– Ei! É melhor ir logo... – Hinata disse parando na porta de meu quarto. 

– Ah, ok – me levantei, jogando todas as coisas em uma mochila e sai, mas antes deixei um beijo estalado na bochecha dela.

– Interessante é que eu não ganho um tchau desses, né? – Shikamaru disse com aquela cara de quem foi obrigado a sair da cama. 

– Não fica com ciúme, Shika – molhei o dedo indicador com saliva e enfiei no ouvido dele. – Eca! Tá precisando fazer uma limpezinha aí, cara. 

Hinata gargalhava logo atrás, vendo Shikamaru pulando de nojo enquanto tentava secar o ouvido. Shikamaru não riu com a gente, muito pelo contrário, lançou um olhar mortal para mim e minha reação foi... Correr. Corri saindo de casa e fui direto pro carro. Que por sinal também não é meu, mas não me lembro de que é... Não tem problema, o importante é que não é roubo, eu acho. 

Assim que entrei na casa de Sasuke, aquele cheiro doce e azedo ao mesmo tempo subiu pelo ar. Era o mais puro Sasuke, quase conseguia vê-lo e senti-lo aqui só pelo cheiro. E olha... Queria ter tempo suficiente pra ficar entrando e saindo dessa casa pelo resto do dia. 

Comecei deixando o bolo na geladeira e então notei que eu não tinha compro nada que pudesse enfeitar o lugar. Ok... Essa vai ser difícil. Peguei os pisca-piscas e olha, não imaginei que fosse ter que usar eles pra alguma coisa de verdade, a ideia era só enrolar eles em mim e fingir ser uma árvore de natal ambulante.  

Passei eles por toda a sala, enrolando nos móveis e jogando pelos ares. Depois peguei os confetes e com um tutorial consegui dar um jeito para que quando ele passasse pela porta, voasse confete pra todo lado. 

Na teoria não tinha muito mais oque fazer. Sakura havia enviado outra mensagem, "Já estamos a caminho, chegamos em três horas e meia.". Queria saber como ela consegue ser tão específica com horários, mas não vem ao caso. Tenho três horas e meia para não fazer absolutamente nada. Só preciso me manter acordado. 

Foi com esse pensamento, que me deitei no sofá pensando em como seria ver ele de novo. Afinal, Sakura iria inventar uma ótima desculpa para fazê-lo subir aqui sozinho logo depois de uma viagem tão longa. 

Pensei nisso por tanto tempo que assim que notei, uma chave estava fazendo barulhos na fechadura. Levantei o mais rápido que pude e ao olhar, a porta estava começando a se abrir. Passei as mãos pelo rosto tentando disfarçar a cara de sono e deixei o meu melhor sorriso a mostra. 

No segundo seguinte, vi aqueles tênis, um azul e um laranja, dando um passo a frente e boom!!... Confetes voaram pra todo lado. Pensando bem agora, se ele não gosta de bagunça, talvez odeie o fato de ter tanto papel pelo chão. 

Assim que pude vê-lo, um sorriso diferente habitava seu rosto. Parecia feliz, era tão lindo... Mal posso acreditar que consegui passar tanto tempo sem observar esse sorriso. 

– Naruto? – ele perguntou batendo a mão para tirar o papel de seu cabelo. 

– Eu!! – gritei animado me aproximando dele. 

Pareceu quase que instantâneo. Assim que nossos olhares finalmente se encontraram, senti todo o meu corpo formigar. Senti vontade de pular nele e o abraçar, nunca mais soltar, viver ali, junto dele. Por um mísero segundo meu cérebro gritava para que eu me contesse e ficasse quieto ali, esperando por uma reação dele. 

Como o esperado, não ouvi meu cérebro, mas antes que eu me rendesse a ele. Sasuke pulou, jogando a mala para o chão e me abraçou. O segurei como se fosse a coisa mais preciosa do mundo pra mim. E talvez realmente fosse... 

– O que...? – ele disse confuso após nos soltarmos. 

– Surpresa!! – sorrimos juntos mais uma vez. – Olha, eu fiz um bolo pra você. 

Notei o espanto em seu rosto, mas ele não pareceu com medo de provar, então corri até a geladeira e voltei com o bolo em mãos. Ele estava sentado no sofá com uma caixa amarela nas mãos. Deixei o bolo em cima da mesa de centro e me sentei ao seu lado, observando cada mínimo detalhe de seu rosto. 

– Eu comprei isso pra você... – falou me entregando a caixinha. 

Abri tentando esconder a ansiedade. Oque não deu muito certo. Tirei de dentro, uma tigela. Era laranja por dentro e por fora tinha várias desenhos do big ban enfeitando a mesma. Ótimo! Agora sempre que for comer ramen, vou me lembrar do Sasuke. 

– Não precisava disso – falei com um sorriso e dei um abraço rápido para agradecer. – Agora come o bolo.

– A gente pode conversar um pouco antes? Não 'to com muita fome ainda... – ele parecia com medo do pedido, como se pudesse me ofender de alguma maneira. 

Simplesmente sorri assentindo. Logo um silêncio se instalou no local. Normalmente nós não sentiamos a necessidade de puxar assunto sempre, mas parecia até errado ficar quieto depois de tanto tempo. 

– Senti sua falta – meu coração acelerou ouvindo ele dizer isso. Procurei seus olhos e a sinceridade neles me fazia flutuar. 

– Também senti a sua... – falei coçando a nuca. – Como foi a viagem? 

– Teria sido melhor se você estivesse lá – ele disse com um sorrisinho. Com certeza leu um livro de cantadas no caminho pra cá.

– Não fala assim... – peguei sua mão o olhando. Será que isso é flertar? – Agora pode ficar comigo o tempo que quiser... Sou todinho seu... 

– Isso soou meio estranho... – ele disse acompanhado de uma risadinha. 

– Ah, então vai dizer que não me quer só pra você e exclusivamente você, poder beijar? – assim que disse percebi que talvez tivesse cometido o maior erro de todos. 

– Não, é claro que eu quero – ele admitiu. 

A conversa levava um rumo meio estranho, mas acho que talvez eu devesse beijar ele, não sei, parece que é oque ele quer. Me aproximei devagar e ele fazia o mesmo. Encarei aqueles olhos tão pretos que pareciam estar me levando para outra dimensão e passei a mão pelo seu cabelo, tirando ele da frente dos olhos e o colocando para trás.

Peguei em sua bochecha e assim que finalmente toquei meus lábios nos dele, senti como se meus divertidamente fizessem uma festa, com fogos de artifício e tudo mais. Até que antes de aprofundarmos o celular dele tocou e ele riu. 

– É a Karin... – ele disse pegando o celular. Meu Deus porque minha prima ligaria pra ele bem agora? E de onde ele conhece minha prima? – É rapidinho... 

Assim que atendeu o telefone, escutei um grito típico dos Uzumaki do outro lado. Meu corpo ainda queimava, não conseguiria dormir sem beijar Sasuke hoje. 

– Yo Karin! – falei pegando o celular da mão dele. – Liga mais tarde que agora eu 'to quase morrendo de vontade de beijar esse emo e você me atrapalhou. Tchau, priminha. 

Desliguei o celular o joguei no outro sofá. Sasuke estava rindo com oque eu disse, mas é a verdade e meu Deus, ela fala demais. Não pensei meia vez e puxei ele o beijando. Agora sem enrolação. Acho que ele queria isso tanto quanto eu, já que correspondeu rápido mais intenso ainda. Meu corpo que antes queimava, agora parecia um vulcão, nunca me senti tão beijando alguém.

Quando percebi estava o deitando no sofá, que por sorte era grande e ficando com metade do corpo sobre ele. O beijava de uma forma intensa, mais ainda sim tentava mostrar que não queria só o beijar, gostava dele, gostava muito, e queria que ele gostasse tanto de mim quanto parece gostar do meu beijo. 

Poderia passar o resto da noite ali, apenas o beijando e pensando em como ele poderia ser tão fofo e gostoso ao mesmo tempo. Poderia até dar um passo a mais, mas me parece cedo demais pra isso... Logo nos separamos por falta de fôlego, dei um selinho nele e ele sorriu, molhando os lábios e o mordendo. Não falei nada, apenas aproveitei que estávamos tão próximos e acariciei um pouco mais seu rosto. Cada centímetro conseguia ser perfeito. E cada mísero suspiro dele me fazia o amar ainda mais...