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História Em memória do meu melhor amigo - II - O Plano: Primeira fase


Escrita por: EmilyCSouza

Capítulo 3 - II - O Plano: Primeira fase


II

O Plano: Primeira fase

 

 

 

País do Vento. Nação do Ar. Bosque dos Ventos Uivantes.

Com base no plano que lhe foi orientado, o primeiro ataque viria do bosque.

Toda a área em cinco quilômetros de distância entre a cidade e a costa praiana estava tomada pelo seu batalhão e Ino tentava a todo custo controlar o nervosismo.

Quando entrou para o exercito estava ciente das batalhas que travaria e, ao virar um oficial com patente superior ao de Tenente, ficou claro que deveria separar o emocional do profissional.

Claro, seus homens são como seus irmãos e perder quaisquer deles iria acabar consigo, no entanto, isso era uma coisa que não poderia ser evitada. Conviver com o peso e alguns arrependimentos é o destino certo de quem vive no exército.

Fez sinal ´para o seu Tenente. Chouji, verificou se as posições dos soldados condizia com o mapa montado na sala do Líder. Bateu dois dedos no seu braço esquerdo, deslizando o dedo mindinho por debaixo do olho direito. Os soldados bateram duas vezes contra o peito. Chouji então retornou para seu posto ao lado da Capitã.

Fechou a mão e bateu somente uma vez no peito. Ino assentiu e passou a se mover. Agora que já foi verificado as posições e se os soldados estavam conscientes do papel de cada um, Ino poderia atacar.

Correram em silencio por entre as arvores. A primeira linha de defesa foi abatida pelos Snipes escondidos no topo das arvores. Continuaram avançando, Ino e Chouji acertando quando um ou outro soldado inimigo aparecia.

Para que a Retaliação funcionasse, precisavam infiltrar o máximo possível do batalhão, e depois que tomassem a cidade, a missão de Ino é derrubar o QG. Essa era primeira fase de execução do plano.

A Capitã e um terço do batalhão ficou pertos das primeiras casas, abaixados e escondidos. Tenente Akimichi passou por eles, o resto dos soldados o seguindo. Rodearam a parte principal da cidade; o lado norte onde o QG precisaria se movimentar pelo centro para contra-atacar.

Os cidadãos foram retirados da linha de fogo e rendidos. Antes que a tropa inimiga os alcançasse, vinte soldados escoltaram os civis para a costa, onde o Navio estava ancorado e o Sargento Nara Shikamaru esperava para iniciar a fase dois do plano.

Um pequeno barulho de interferência se fez presente nos ouvidos da Capitã e do Tenente. Os comunicadores foram acionados, o que deixava claro que a batalha teria seu início.

Os primeiros tiros foram ouvidos e o coração da Yamanaka pulou em expectativa e medo. Respirou fundo se acalmando. Tudo o que poderia fazer agora era confiar no treinamento dos seus soldados e acreditar que eles ficariam bem.

Os escudos foram abertos e os soldados ergueram uma muralha ao redor de Chouji. Ele observava tranquilamente a manifestação inimiga. Depois que quinze minutos com poder de fogo aberto da Nação do Ar, Chouji acenou para os soldados a sua esquerda.

Pequenas brechas entre um escudo e outro foram abertas, seus melhores atiradores agachados. Fez um gesto com a mão direita autorizando eles a abrir fogo.

Quem visse o olhar tranquilo e o semblante calmo de Chouji não diria que ele estava no campo de batalha observando todo tipo de arma de fogo sendo usada contra eles. Procurou uma goma de mascar entre o equipamento.

— Relatório.

Sorriu fechado ao ouvir a voz do seu companheiro, e superior, Shikamaru (a vida não é justa, não quando o mais preguiçoso entre eles tinha a patente mais elevada).

— Sem baixas civis ou militares. Soldados inimigos abatidos, não posso dizer com precisão quantos mortos.

— Ótimo, avancem.

Todos andaram de forma sincronizadas. A linha de frente de defesa já foi dizimada e mais da metade do exercito inimigo já havia caído. Apertou o minúsculo botão do seu comunicador.

— Capitã, avance para o prédio ENSEI.

Ino olhou para seus soldados e apontou para o Prédio escuro de vinte andares com a cabeça. Os que estavam atrás dela se esgueiraram primeiro, verificando a área e dando cobertura a ela. Ino avançou quando o primeiro soldado, que já estava atrás do prédio, bateu na coxa; gesto que dizia que ela poderia ir sem precisar desviar o caminho.

Correu desviando das casas mais afastadas. Rodeou o prédio ficando na lateral. A localidade era boa e sua vista estava limpa. Clicou no comunicador.

— Primeira marca alcançada.

Chouji olhou para a construção, podendo ver dois soldados de vigília. Acenou para os soldados a sua esquerda, estes também abrindo brechas no escudo e se pondo a abrir fogo.

O resto da tropa inimiga foi alvejada. Escudos recolhidos, Chouji viu Ino ao longe assentindo. A equipe tática tomou a frente e Chouji os seguiu.

— Estamos avançado com rapidez, o batalhão limpo e completo. Segunda e terceira marca alcançadas, iniciar então cobertura completa, Sargento. — Chouji comunicou.

— Entendido, Tenente. A Capitã Mitsashi já alcançou a decima marca, soldados a postos.

Cruzou mais uma vez o olhar com seu Tenente, e se voltou para seguir para a quinta marcação; esta a mais próxima do QG. Ficou no centro, sua equipe a rodeando.

Sem acreditar, viu uma granada ser jogada contra eles.

— Recuar. — gritou.

Porém foi tarde de mais para os soldados que estavam cinco metros a frente dela. A explosão foi grande, e arremessou seu corpo por dois metros.

Ino se remexeu, parte do braço queimado e feridas no lado direito do seu rosto. Seu ouvido estava zunindo e sua vista embaçada. Sentiu seu corpo ser levantado e teve um apoio a andar; seu braço esquerdo apoiado nos ombros do seu Tenente.

— Aguente firme, Capitã. Vamos leva-la para a enfermaria montada no Navio.

Ino imediatamente negou.

— Não fui abatida, estou perfeitamente bem. Preciso de água para jogar no rosto e de uma arma para acabar com aqueles desgraçados.

— Eu não vou deixar que volte, Ino.

— Isso é uma ordem soldado.

Chouji a colocou no chão. Estavam perto do prédio, então não demoraria para voltar ao campo de batalha. Pegou a garrafa com água e jogou no seu rosto. Mordeu os lábios para controlar a dor. Suas pernas estavam bem e, tirando o resto e o braço, não houve mais ferimentos. Sua visão já estava voltando ao normal, porém não conseguia ouvir nada com o ouvido direito.

Seu comunicador também foi prejudicado com a explosão.

— Você vai sair com minha equipe e vai seguir por fora. — Chouji avisou. — Eu e o resto do batalhão vamos abater essa nova tropa.

Ino concordou. Bebeu um pouco de água e se concentrou no rosto preocupado do amigo. Voltou a olhar a garrafa em suas mãos, mordendo os lábios para controlar as emoções. Seus homens estavam mortos, e os que sobreviveram estavam feridos.

Sabia bem que a probabilidade de isso acontecer era grande, mas ver e estar no meio dos acontecimentos era outra coisa, ganhava outra proporção.

— Eles jogaram uma granada em uma área civil. — exclamou enojada.

Chouji concordou, fazendo um breve curativo com um pedaço de pano na mão cortada da sua Capitã.

— Quero você na retaguarda.

Ino soltou uma risada irônica.

— Eu sou sua Capitã, não sigo a suas ordens.

Chouji olhou com seriedade para ela, — Estou falando com a Ino, não com a Capitã Yamanaka.

Demorou um pouco, mas Ino assentiu resignada.

Sentindo seu equilíbrio de volta, Ino se levantou e seguiu para atrás das casas, seguindo por fora na área civil. Chouji retornou para seu posto, a parede feita pelos escudos seguia firme.

— Eu quero duas equipes de dez homens abrindo o espaço para possamos avançar. Não permitam que joguem novos explosivos e reconheçam o poder de armamento do inimigo. Sem mais surpresas!

Bateram continência e seguiram por entre as casas e lojas.

Ino voltou a se armar e deu a volta entre as casas mais afastadas da batalha. Também recebeu um novo comunicador.

Pararam um pouco depois de onde sua equipe foi abatida, e o estrago que a granada provocou foi devastador. Viu sem acreditar que a explosão também atingiu soldados da Nação do Ar, os uniformes cor de gelo manchados de vermelho; alguns desmembrados.

Comparado com eles, seu batalhão estava muito bem. O uniforme da Nação da água estava com o uniforme azul marinho mais sujo pela terra do que pelo sangue.

A oitava marcação estava muito bem vigilada, oito inimigos a rodeando. Não era pra menos, sendo que o QG deles estavam a um quilômetros de distância.

Fez sinal para seus soldados continuarem parados, mirou bem neles e atirou. Em pouco minutos, todos estavam caídos no chão, sem saber o que havia atingindo-os.

Correu para a ultima casa antes do centro, onde estava a QG. Agora aguardariam Chouji aparecer. Em hipótese nenhuma poderia se arriscar em abate-los, seu dever era esperar o caminho ser aberto para render o QG. Após isso, com o País do Vento em suas mãos, dariam início a segunda parte do plano.

 

 

País do Vento. Nação do Ar. Área Empresarial.

TenTen e seus homens continuavam espalhados atrás dos grandes prédios empresariais, cercando o local e aguardando para dar reforço ao batalhão da Capitã Yamanaka.

Cerca de dez minutos atrás Shikamaru, Sargento da Nação do Ar, comunicou o grave ataque com explosivos que o batalhão dele sofreu. TenTen ficou receosa com o significado da ação dos soldados inimigos; contra-atacar com armamento pesado em área civil sugere o quão inescrupuloso o líder é e que ele não medira atos para matar a todos que estão ali – incluindo os próprios cidadãos.

  — A equipe da Capitã Yamanaka aguarda para invadir o QG, — pode ouvir o tom apressado do Sargento. — Capitã Mitsashi avance.

Fechou os olhos por alguns segundos, respirando fundo. Concentrou-se na batalha que viria a seguir, e lembrou-se do fato de que era a melhor atiradora de todo seu batalhão, com uma mira melhor do que a do próprio Coronel Uchiha, e por isso eles ficariam bem.

Fez sinal de avante, seus soldados correndo e passando por si. Não demorou para entrarem na batalha, e por um segundo, TenTen não soube o que fazer.

Quase todos os soldados que ela viu antes de saírem do Navio estavam mortos no chão. Não gravemente feridos ou desfalecidos; quase todos se encontravam no chão com os olhos abertos e sem vida.

Com a mão tremendo apertou o botão para ligar o comunicador.

— O batalhão da Nação do Ar está praticamente aniquilado, — disse no tom menos histérico que pôde. — O que ocorreu aqui?

— Snipes nos telhados, — quem respondeu foi Chouji, Tenente da Capitã Yamanaka, TenTen pode reconhecer a voz mais enrolada e ofegante. — Eles atacaram de surpresa e muitos foram mortos assim. Depois que descobrimos a artimanha, nossos Snipes se posicionaram e abateram os inimigos. — a voz se abaixou mais, — Isso nos custou algumas perdas também.

Acenou em concordância mesmo que ele não pudesse ver e correu para se proteger atrás de uma loja quase que completamente destruída. Observou o redor; muitas áreas destruídas, porém os tanques já se encontravam danificados. Olhou para cima, e com alivio constatou que realmente os Snipes não estavam nos telhados.

Montou o tripé para sua Sub-Metralhadora de emprego coletivo modelo 50 M2 HB com rapidez, velocidade esta que treinou muito durante os seus dezoito anos como militar.

Olhou pela mira para os inimigos bem a tempo de ver um dos soldados com uniforme branco pegando uma granada. Clicou rápido no comunicador.

   — Tenente Akimichi, saia dai imediatamente. — praticamente gritou, o desespero fazendo seu coração bater com força. — Granada atrás de você!

O aperto no seu peito doeu ao ponto de ter de segurar o local pelo seu uniforme vermelho – característica da Nação do Fogo. Quase não respirou observando Chouji correr para longe da granada. Foi um imenso alivio quando a granada explodiu, porém não atingiu nenhum dos seus aliados.

Mesmo não o conhecendo mais do que doze horas, TenTen jamais suportaria ver um aliado morrer na sua frente. Eles fizeram uma aliança, então teria de cuidar deles também.

— Obrigada, Capitã.

Surpreendentemente, não era Chouji lhe agradecendo. A voz agradecida pertence a Yamanaka, que estava com a voz embargada. Não era surpresa, contudo. Estar no exercito era estar em uma enorme família, e cargos superiores costumavam ser ainda mais próximos, o que não seria diferente com a Capitã e seu Tenente.

— Meu dever proteger os meus, — respondeu simples.

— Capitã, sempre molenga. — revirou os olhos ao ouvir a voz e a risada do seu Tenente.

Hozuki Suigetsu era bastante sem noção para falar assim com sua Capitã. TenTen não desgostava dele, mas também não morria de amores. As vezes ela simplesmente queria meter uma bala entre os olhos de peixe morto.

— Assim que essa batalha terminar, você vai responder pela sua insolência, Tenente Hozuki.

Mais uma risadinha, — Hai.

Ele nunca levava nada a sério e, aproveitando a súbita raiva que ele provocava, TenTen atirou entre os olhos do soldado inimigo – mesmo que não pudesse ver a bala como queria já que este estava de costas para si.

 

 

País da Nevoa. Ponte União.

Minato mexeu o ombro de vagar, sentindo seus ligamentos reclamarem pelo peso da sua arma.

Sem interesse no soldado caído aos seus pés, olhou ao redor procurando Izuna. Ele estava tranquilo também, encostado no início da ponte.

Virou os olhos pra a longa ponte atrás deles, pensando em ir para as tendas, mesmo que os feridos sejam poucos e as baixas também. Voltou-se para os últimos disparos contra a barreira do País da Nevoa. Bom, estava na hora de avançar para as colinas, algumas horas e invadiriam a cidade.

Acenou serio para Izuna, que correspondeu.

Voltou para o lado do País da Fumaça onde as tentas foram montadas.

Estava um pouco impaciente, o avanço não sendo suficiente para alentar seu mau-humor.

Assim que montaram as barreiras, seu batalhão levantou escudos e atacou. Minato estava com sua própria proteção, e não demorou para que ele quebrasse a primeira linha, a segunda aberta e ele já na metade da ponte; seus soldados o seguindo.

Foi decepcionantemente fácil, ele mesmo havia atingido 60% dos inimigos.

Claro, a defesa de verdade estava por trás da enorme colina, esperando seu avanço com emboscadas tolas. Pelo tempo que passou, Fugaku já devia estar a caminho dos Mares Negros.

Mais algumas horas e poderiam iniciar a fase dois do plano. Isso sim serviria para acalmar a crescente raiva que estava sentindo desde que seus civis da sua Nação foram atacados injustamente.

 

 

Nação do Ar. Cidade do Gás Venenoso.

Representantes de todo o exercito estavam parados na frente da mesa do grande Líder.

— Foram anos de injustiça com nosso povo, — Shimura falou calmo. — Zombaram do nosso poder e usaram nossa franqueza para nos submeter. Meu pai acreditou que haveria uma melhora, “homens perdidos tendem a ferir aqueles que tentam ajudar”, foi o que ele disse quando perguntei o porque de eles continuarem a recusar nossas claras boas intenções com a aliança proposta.

Os olhares do Marechal e Coronel encaravam serio o líder, concordando com os pensamentos do mesmo. Danzou parou em frente a eles, se misturando, criando a confiança necessária para que eles o seguisse.

— Hoje nos vamos levantar e mostrar ao mundo que a Nação do Ar é maior do que eles jamais imaginaram. — todos concordaram. — Nada poderá nos deter e nada ficara em nosso caminho. Não há piedade por nossos inimigos, não há remorso em nossas escolhas e não há volta em nossas palavras.

Continuaram em silencio. Danzou sorriu minimamente. A vitória daquela guerra seria sua.

— Dispensados.


Notas Finais


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