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História Em nome da vingança - Jeon Jungkook - Acertando os pontos


Escrita por: hyesie

Notas do Autor


B O A
L E I T U R A!

Capítulo 39 - Acertando os pontos


Fanfic / Fanfiction Em nome da vingança - Jeon Jungkook - Acertando os pontos

Taehyung:

Precisamos nos ver de novo, o que acha?

Estava pensando em Daegu mais uma vez.

Suspirei ao ver a mensagem de Taehyung. Seria um pouco difícil explicar para ele tudo o que havia acontecido. Foi tão repentino e confuso que nem eu sabia contar para alguém. Na verdade, seria complicado falar o que houve para todo mundo. Eu rejeitava todas as ideias de perdoar e voltar para Jeongguk e, de repente, agora estava cuidando dele em sua casa. Era no mínimo uma falta de palavra da minha parte, mas eu não me importava com isso nesse momento. A única coisa que me deixava alegre hoje era saber que finalmente havíamos nos acertado. Iríamos com calma e isso é muito significante para mim.

— Minhyuk? — Chamei assim que abri a porta. Era por volta das quatro da tarde e a casa estava silenciosa. Eu havia dormido ao lado de Jeongguk e acordei mais tarde do que gostaria. — Park?

— Aqui — o loiro apareceu no andar de cima. Ele enxugava os cabelos. — Onde estava? Liguei pra um monte de gente e ninguém sabia de você.

— Eu estou bem e, já que é o meu amigo, é só isso que importa, não é? — Joguei a minha bolsa no sofá e cruzei os braços. Park franziu o cenho e iria falar quando o interrompi. — Só achei que você seria amigo o suficiente pra dizer que está em um relacionamento desde a época em que namorávamos.

— Como é?

— Hari. Você está com a Hari — fui até a minha bolsa e peguei o meu celular. Antes de voltar para cá, peguei o celular de Jeon, que ainda usava a mesma senha da época que namorávamos, e passei as fotos para mim. — Não tem vergonha de ficar com a mulher que eu te disse que não gostava? Minhyuk, eu te contei tudo o que aconteceu entre ela e Jeongguk. Eu te disse que aquela mulher torrava a minha paciência.

— Não sei do que está falando.

— Ah, é? — Ri soprado. — Você vai optar por continuar mentindo? — Abri a pasta de fotos. — Você falava tanto do Jeongguk, mas está fazendo exatamente a mesma coisa.

— Olha, você deve ter entendido errado — desceu às pressas. — Eu só fiquei com ela porque estava triste com o nosso término. Faz pouco tempo.

— Mentira! — Gritei. — Aqui tem foto do ano passado — ergui o celular na sua direção com a tela virada para ele. — Tem vídeos e fotos em vários lugares e situações — segui falando alto. — Não tem como sustentar sua mentira, Park Minhyuk.

— Eu posso explicar.

— Por que justamente a Hari? Queria me magoar, era isso?

— Eu não sabia que era essa Hari — disse baixo. — Ela não me deu nenhuma pista no primeiro encontro, foi isso.

— Ela não te falou da vida que tinha?

— Quem vai contar que usava drogas e tinha um estúdio de tatuagens clandestino? — Arqueou as sobrancelhas. — Ela omitiu e só me disse depois, mas aí eu já estava envolvido.

— E por que não me disse nada? — Gritei novamente. — Teríamos terminado de um modo descente.

— Porque eu tinha medo de te magoar — falou choroso. — Porra, a Hari estava de novo entre você e o seu namorado! Eu sabia que se sentiria mal assim que soubesse.

— Eu juro a você que me sinto pior por saber que você me enganou durante esse tempo inteiro.

— Mas eu continuo te amando — disse rapidamente e eu ri alto, sem vontade. — Eu juro, (s/n).

— Cala a boca, Minhyuk. Não me faz ter nojo de você — neguei com a cabeça quando ele fez menção em se aproximar. — Eu ainda estou disposta a ajudar, mas com uma condição — o loiro me olhou atentamente. — Você tem que parar de insistir nessa mentira de dizer que me ama. Se continuar, nossa parceria vai se tornar impossível.

— Então, nós vamos continuar namorando? — Sorriu.

— Óbvio que não. Nós vamos acabar com essa farsa porque você me enganou ao invés de ser sincero como eu fui contigo.

— Mas...

— Eu esperava saber que você tinha arranjado alguém — o interrompi. — Mas como você não estava dando a mínima pra mim, eu vou fazer o mesmo contigo agora.

— O que quer dizer com isso?

— O nosso namoro de mentira está encerrado. Eu até posso ajudar a sua mãe, mas como uma simples amiga.

— Não, não faz isso — pediu se aproximando de repente, desobedecendo o meu pedido mudo.

— Já está feito — dei alguns passos para trás, distanciando-nos. — Fiquei sabendo que a Hari gosta de você e fico muito feliz pelos dois. Vocês merecem muito amor nessa vida.

— Quem te passou essas fotos? Foi ela, não foi? — Riu sem vontade. — Ou foi o Jeongguk?

— Não interessa quem me contou a verdade sobre o que acontecia no nosso relacionamento falido — falei com rapidez. — O que interessa é que eu vou embora hoje mesmo e que você deve sair da minha frente pra que eu possa subir e pegar as minhas coisas.

— Eu não posso permitir que você vá embora — seus olhos brilhavam por causa de lágrimas presas. — Por favor, (s/a), fica — me abraçou com força.

— Minhyuk, para — pedi enquanto tentava empurrá-lo.

— Fica aqui. Eu acabo com a Hari hoje. Agora.

— Qual foi a parte de que eu não me importo com isso que você não entendeu? — Gritei ainda empurrando-o para longe. — Não quero saber se vai ficar com ela ou não. Nunca existiu amor nessa merda de namoro e você vai perceber isso, mas bem longe de mim. Eu não quero mais! Já chega! — Empurrei-o pelo peito, mas o seu abraço só se intensificou. — Eu estou acabando com isso dessa forma porque você não foi honesto comigo, só por isso.

— Você não pode me abandonar.

— Não estou abandonando. Eu disse que ia te ajudar, não disse?

— Não é a mesma coisa.

— Minhyuk, me solta — pedi de novo enquanto tentava me desvencilhar.

— Fica comigo, (s/n).

— Me solta! — Gritei em plenos pulmões, já desesperada. Ele iria me apertar até me machucar, era isso?

— Solta a (s/n), seu idiota — a voz fina de Haneul ecoou pela sala e eu suspirei de alívio. Nesse momento, agradeci aos céus por não ter trancado a porta quando entrei. — Jisub, bate nele! — Disse com simplicidade e o noivo veio correndo até nós dois.

— Vai soltar por bem ou por mal?

— Até parece que eu iria machucar a (s/n) — Park disse me soltando lentamente. Corri até a minha amiga e ela me abraçou sem demora. — Não queria te fazer mal, (s/a) — ele disse rapidamente ao me ver assustada. — Eu juro. Acredita em mim.

— Me ajuda a pegar as minhas coisas? — Perguntei a Haneul, ignorando o loiro.

— Claro. Se tem uma coisa que eu vou fazer hoje, é ajudar você a tirar até os fios de cabelo dessa casa — disse com seriedade enquanto encarava Minhyuk, provocando-o.

— Eu fico aqui esperando — Jisub disse no mesmo tom que o da minha amiga. Como eles sabiam que eu estava aqui? Só se... Jeongguk. Eu realmente te amo, seu desgraçado esperto.

— Eu não queria que fosse assim — Minhyuk disse baixo quando subi correndo. — Me perdoa por mentir, (s/n) — gritou em completo desespero. Eu achei que esse momento poderia ser mais fácil por ele já estar com outra pessoa, mas não. Estava sendo bem complicado para o Park. — Eu gosto de você de verdade.

— Para, cara — Jisub disse. — Não tem mais jeito.

Entramos no quarto e recolhemos tudo o que era meu dali, fazendo o mesmo nos demais cômodos. Até a minha escova de dentes eu havia pegado. Minhyuk continuava pedindo desculpas enquanto eu andava apressadamente pela casa e recolhia tudo o que era meu em silêncio. Ainda estava um pouco surpresa com o que havia acontecido e lamentei ao perceber que Jeon podia ter razão. Park seria capaz de me bater? Se Haneul e Jisub não tivessem aparecido, ele teria me atacado?

— Mesmo com a cena deplorável que você protagonizou aqui, eu continuo disposta a te ajudar com a sua mãe — falei séria. — Se ela precisar de algo que estiver ao meu alcance, me avise.

— (s/n), por favor, vamos nos resolver.

— Não tem o que fazer, Minhyuk. Já estávamos separados e agora é só a oficialização disso — nos encaramos com firmeza. Ele tinha as bochechas molhadas de lágrimas. — Não vou deixar de fazer o que eu quero por consideração a você.

— Eu estava confuso, com medo de...

— Boa sorte com o seu emprego e eu espero de coração que os seus jogos façam sucesso — sorri brevemente. — Tchau, Minhyuk.

Haneul e Jisub me levaram para a casa dos meus pais e me confirmaram que Jeongguk havia pedido para que eles fossem até mim e me dessem suporte. Era claro que Jeon não confiava nem um pouco em Minhyuk e, agora, eu começava a achar que ele estava certo. A insistência de Park não foi um bom sinal e o fato de ele ter me prendido daquela forma me assustou de verdade. Parando para refletir, acredito que Min não seria capaz de me bater; mas, naquele momento, cheguei a pensar na possibilidade.

— Eu já sabia que vocês estavam fingindo um namoro — o meu pai disse sorridente. — Só esperava que me dissesse, mas você preferiu se limitar a sua mãe.

— Contei pra pouquíssimas pessoas porque tive medo de que a mãe dele descobrisse de alguma forma.

— Ela está com uma doença misteriosa, não é?

— Mãe, você contou tudo mesmo — cerrei os olhos para ela que negou rapidamente.

— Ela não contou nada. Eu ouvi vocês duas conversando — ele disse ainda sorrindo. — Bom, não importa agora. Um namoro torto como aquele não terminaria bem, de qualquer modo — deu de ombros e se aproximou. — Seja bem-vinda novamente — beijou a minha testa e me abraçou. — Seu lugar é aqui.

— Obrigada, pai.

Com a ajuda da minha mãe, arrumei o meu quarto e guardei tudo em seus devidos lugares. Me sentia feliz, como se um peso gigantesco tivesse saído das minhas costas. Após comer e tomar banho, me arrumei para ir até a casa de Jeongguk. Já era noite e eu devo confessar que estava com saudades daquele homem complicado e daquela boca linda que ele tem. Desci e encontrei a minha mãe sentada no sofá enquanto digitava algo em seu celular.

— Quem é? — Perguntei ao me aproximar.

— A sua avó — sorriu. — Ela está com saudades e eu acho que poderíamos ir vê-la no fim do ano.

— Pode organizar que nós iremos — beijei a sua bochecha e coloquei o meu celular na bolsa.

— Vai encontrar o Jeongguk?

— Isso. Ele não mandou mensagem e eu fiquei preocupada, além de que também quero vê-lo e saber se está tudo bem.

— É bom ficar nessa área do “sem compromisso” — fez aspas com os dedos e riu fraco. — Você foi muito inteligente — sorriu. — Se algo te incomodar, é só se afastar dele.

— Exatamente.

— Boa sorte com o Jeongguk de novo. Eu realmente acho que vocês fazem um casal bonito e que tem um grande potencial pra formar uma família maravilhosa.

Saí de casa com isso na cabeça. Construir uma família com Jeongguk? Eu não conseguia deixar de sorrir apenas com a possibilidade. Tantas noites sonhei acordada com o momento em que teria um bebê, fruto do nosso amor, nos braços. Jeon também já chegou a falar bastante sobre isso, principalmente na época em que terminamos a escola, e até tinha os nomes definidos para as futuras crianças. Lembrar-me disso causava um frio na barriga e ansiedade tomava conta de mim. Eu queria viver esse momento ao lado dele e esperava que tudo desse certo daqui adiante.

Taehyung:

 Você não respondeu e agora estou preocupado.

Aconteceu algo?

Ainda sentada no carro e prestes a sair de casa, decidi que deveria respondê-lo e tentar marcar um encontro para conversarmos. Eu não deveria dar explicações sobre as minhas decisões para Taehyung, mas lhe devia uma justificativa para o meu afastamento a partir de agora. Kim provavelmente deve ter criado expectativas sobre nós dois, assim como eu criei em determinado momento, e não era justo simplesmente me afastar e cortar relações.

(S/N):

Aconteceu. Eu preciso conversar com você.

Por favor, me encontre assim que voltar.

Taehyung:

Você não vem me encontrar?

E o Park?

(S/N):

Isso não tem mais importância.

Me avise quando estiver na cidade e eu vou te encontrar.

Taehyung:

Você vai pedir para que eu me afaste, não é?

Eu já sei como funciona.

(S/N):

Prefiro conversar pessoalmente.

Não esqueça de me avisar.

Taehyung:

Certo.

Era óbvio que ele estava chateado, mas isso certamente aconteceria de qualquer modo. Taehyung gosta mesmo de mim e certamente já se sentia frustrado pelo que vai ouvir. Por um momento, até cheguei a cogitar a possibilidade de ficar com ele; mas, no meio do caminho, acabei perdendo o foco mais uma vez. E, bem, aqui estou eu tentando dar certo com Jeon Jeongguk novamente. Muitas pessoas me achariam a maior das idiotas por querê-lo de volta depois de tudo o que aconteceu entre nós, mas eu realmente não me importava. Se Jeon conseguisse atingir as minhas expectativas, eu reataria sem hesitar.

— Como se sente? — Parei na sala ao ouvir a voz de uma mulher. Não era estranha. — Fui até a Softway e a sua secretária me disse que você sofreu um acidente.

— Sim, eu bati o carro em um poste — a voz de Jeon era contida. Caminhei lentamente na direção do escritório, onde eles estavam, e me concentrei para ouvir tudo. — Eu preciso...

— Mas o que houve com o seu pé? — Ela o interrompeu.

— Foi só uma luxação.

— Precisa de ajuda? Eu posso ficar aqui e cuidar de você — disse com rapidez. Jeongguk iria responder, mas calou-se ao me notar parada na porta. A moça estava de costas e eu prontamente a identifiquei quando virou-se para me olhar. Era a tal Kitana. — Ah... — riu fraco e se levantou, saindo da ponta da cama.

— (s/n)... — ele começou a falar, mas se interrompeu. Parecia estar nervoso.

— Como vai? — Perguntei para a moça e sorri, mesmo que não estivesse com a mínima vontade de fazer isso.

— Eu vou muito bem — ela retribuiu o meu sorriso do mesmo modo. — Bom, eu tenho que ir agora.

— Não, eu vou deixar vocês dois à vontade — falei. Estava com ciúmes, mas não queria fazer o papel da ex-namorada inconveniente. — O Hisoka está aqui? — Olhei para Jeongguk que estava praticamente paralisado naquela cama.

— N-Não... Na verdade, eu não sei — o moreno engoliu em seco. — Fica aqui, ela já está indo embora — olhou para a moça que assentiu. — Eu só preciso te dizer uma coisa, Kitana.

— Eu não quero participar da conversa — pedi em tom normal. — É um assunto de vocês e...

— Nós não tivemos nada, (s/n) — ela me interrompeu. — Não tem que pensar dessa forma — riu fraco. — Foi algo carnal, apenas. E devo acrescentar que só aconteceu três vezes — olhou para Jeon com receio, talvez indecisa se deveria ter contado ou não. O moreno sorriu fechado em resposta. — Nos encontrávamos pra conversar, na maior parte das vezes, ou apenas jogar — riu. — Eu sempre soube que o Jeongguk pertencia a uma única mulher e não deveria confundir a atenção que ele me dava com amor, esse era o acordo — sorriu abertamente para mim, mas eu permaneci séria. Estava completamente chocada com tudo o que acabei de ouvir. Para mim, os dois tinham um caso sólido. — Espero que as coisas deem certo entre vocês agora.

— Vai dar — ele disse baixo e me encarou esperançoso.

— Vocês tinham um acordo? — Perguntei.

— Sim. Era pra ser o mais simples possível — ela disse calmamente. — Eu ia até ele e depois partia sem precisar dizer nada ou marcar um próximo encontro — deu de ombros. — Nunca me opus porque é divertido. Passar um tempo com o Jeongguk é muito bom — a morena riu parecendo se recordar de algo. — A nossa parceria foi boa enquanto durou.

— Acho que vocês precisam conversar melhor. Eu ainda estou confusa e...

— Não precisa — ela me interrompeu de novo. — Vocês estão juntos e eu respeito isso. De verdade — a mulher sorriu para nós dois alternadamente e se aproximou de Jeongguk. — Estou voltando para o Japão, mas eu volto se precisar de mim.

— Acho que não vou precisar — Jeon riu após piscar o olho para ela. — Já causamos ciúmes na (s/a) e está tudo bem agora.

— Você se importa se eu... — ela se interrompeu após me encarar. 

— Não, tudo bem — respondi ao entender o que ela queria. Kitana se aproximou para beijar a testa de Jeon e eu me peguei pensando se aquele carinho todo seria um problema algum dia.

— Tchau — Jeongguk disse antes de vê-la se afastar. Kitana saiu após piscar o olho para mim e eu caminhei até o rapaz apreensivo. — Não estávamos fazendo nada antes de você chegar, eu juro.

— Eu acredito em você.

— É? — Assenti. — Tão fácil?

— Além de querer reconstruir a confiança, eu sei que você está falando a verdade só por ver o nervosismo estampado no seu rosto — gargalhei e ele revirou os olhos. — Acha que ela misturou as coisas?

— Não, Kitana é muito centrada. Ela me vê como um amigo, eu a conheço bem.

— É? A conhece bem? — Cerrei os olhos e ele arregalou os seus. — Não era um simples acordo? — Perguntei enquanto retirava os sapatos.

— Não foi isso que eu quis dizer — falou rápido. — Ela sempre respeitou o acordo com disciplina, nunca confundiu nada — assenti enquanto me acomodava sobre suas coxas. Jeongguk estava assustado e eu ri quando percebi isso. — Está sentando em um pobre acidentado? — Sorriu abertamente e posicionou as mãos na minha cintura.

— Está doendo? — Perguntei preocupada. — Eu vou sair.

— Não — apertou o local que segurava e me manteve sentada ali. — É só um drama leve — piscou o olho e eu ri novamente.

— Hisoka providenciou a cama? — Ele assentiu com a cabeça. — Eficiente.

— Ele só mandou um funcionário da casa trazer, não é como se tivesse carregado a cama.

— Você é tão chato — murmurei antes de rir. Jeon pressionou os lábios.

— O que acha de me dar um beijinho?

— Jeon Jeongguk pedindo um beijinho? — Ele fez bico e eu não contive a risada alta. — Você está ficando muito mimado, é sério.

— Mimado? Você ainda nem me deu banho! — Falou alto, empolgado.

— Te dar banho?

— Me beija primeiro — puxou-me ao seu encontro enquanto eu ainda ria.

— Está com medo de que eu fuja depois de descobrir que vou ter que te ajudar a tomar banho? — Apoiei as minhas mãos em seu peito e lhe dei um selinho.

— Exatamente.

— Você sabia que eu não sou a sua babá? — Perguntei enquanto raspava os meus lábios sobre os seus.

— Não? — Neguei com a cabeça. — E nem a minha enfermeira?

— Nem a sua enfermeira. Eu sou uma dentista, sabia? — Perguntei causando a sua risada. — Não tenho vocação pra dar banho em aproveitadores.

— Aproveitadores?

— É. Você está usando a sua condição pra ter vantagens comigo.

— Ah, é mesmo? — Nós rimos. — Mas isso dói de verdade, está bem? Não é sempre, mas dói.

— Você vai chorar? — Provoquei-o, brincando.

— Se não me beijar agora, eu vou — abraçou-me pela cintura e eu juntei os nossos lábios mais uma vez, porém agora iniciando um beijo lento.

Eu notava que, assim como eu, Jeongguk não queria beijos apressados. Aproveitar o momento em que estávamos unidos daquela forma era mais importante para ele também. Quanto mais durasse o beijo, melhor; e fazer isso lentamente prolonga o tempo, ele era esperto e sabia bem. As suas mãos apertavam a minha cintura e me puxavam ainda para mais perto do seu corpo quente. Eu me limitava a segurar a sua camiseta e me manter intacta sobre as suas coxas, pois o que menos queria era me mover e atingir um local inadequado.

— Jeongguk, eu acho que... Céus! — A voz de Hisoka preencheu o silêncio do escritório de repente. Separamo-nos com pressa e eu praticamente pulei para fora da cama, assustada.

— N-Não estávamos... Não fizemos nada — falei com rapidez enquanto arrumava a minha blusa.

— Não precisa se explicar, senhorita (s/n) — o homem riu fraco, sem graça. — Eu só me assustei.

— Você não tem que entrar sem bater, não é? — Jeon falou sério.

— Achei que você estava sozinho.

— Você não é pago pra achar nada — rebateu com grosseria e eu o encarei com incredulidade. — O que foi? — Perguntou para mim.

— Você não pode ser grosso desse jeito com o seu amigo.

— Ele está na posição do meu funcionário agora.

— Vai me dizer que tem isso? — Arqueei a sobrancelha e cruzei os braços.

— Claro que tem — riu fraco. — Não é? — Olhou para Hisoka.

— Sim, tem — o homem riu também. — Senhorita, eu já estou acostumado com essas mudanças de humor repentinas. Ele é bem rabugento.

— Pode me chamar pelo nome, Hisoka.

— Eu prefiro manter assim, pelo menos em horário de trabalho — disse com gentileza e eu assenti, olhando para Jeongguk em seguida.

— Pede desculpas.

— O quê? — Arregalou os olhos, surpreso.

— Você não pode tratar ninguém assim, mesmo que ele seja o seu funcionário. Vamos lá, seja um homem coerente.

— Mas...

— Jeon Jeongguk! — Repreendi-o.

— Tudo bem — bufou. — Me desculpa por dizer a verdade, Hisoka — o mais velho de nós riu e eu neguei com a cabeça. Jeon soltou o ar com força e encarou o funcionário com impaciência. — Desculpa por ter sido grosso com você, Hisoka! — Falou mais alto e eu sorri abertamente.

— Hisoka?

— Está desculpado, senhor Jeon — ele respondeu sorridente.

— Ótimo. Agora vá.

— Jeongguk, você não tem jeito — agora foi a minha vez de bufar. — Ah, Hisoka, parabéns pela rearrumação relâmpago — falei apontando para o escritório. Tudo estava confortável para que Jeongguk ficasse ali durante essa semana.

— Obrigado, senhorita. Eu fiz tudo com muito empenho — abaixou um pouco a cabeça e eu sorri. Mesmo com o mau-humor de Jeongguk, Hisoka gostava muito dele. — A senhora Jeon esteve aqui — sorriu fechado para Jeon que logo cerrou os olhos. Certamente o moreno não queria que eu soubesse.

— Esse assunto não te diz respeito. Some.

— Jeongguk! — Repreendi mais uma vez.

— Ele é intrometido demais! — Aumentou o tom de voz.

— Eu já estou acostumado, senhorita (s/n) — o homem disse em meio ao riso. — Vou até a Softway pra reorganizar a agenda do senhor Jeon e se precisar de qualquer coisa, estou a postos.

— Certo.

— Estou falando pra ela, senhor Jeon — olhou para o chefe com deboche e agora foi a minha vez de rir. — Você deve se limitar à sua posição de acidentado e fazer o que dissermos.

— Hisoka, eu...

— Ele tem razão — interrompi Jeongguk. — Se precisar de algo, eu te chamo — o homem nos reverenciou e se foi com pressa. Jeon permaneceu emburrado por mais alguns minutos e mal respondeu as minhas perguntas, pelo menos até eu fazer uma em especial e o seu sorriso se abrir imediatamente. — Hora do banho. Vamos?


Notas Finais


E aqui a gente inicia a pausa por tempo indeterminado. Eu não vou colocar o status de hiatus (ou como queiram escrever) porque acho forte demais pra essa situação kkkkkkk só preciso arrumar tudo aqui e em breve estaremos de volta, até porque ideias não faltam e tudo já está bem programado. O único problema é o tempo mesmo.

Pra quem achar legal relembrar tudo o que aconteceu até aqui, eu publicarei os capítulos passados no wattpad durante esse tempo e o meu perfil lá tem o mesmo nome que o daqui. Então passem lá, deixem o voto e digam o quanto o JK é vacilão.

Quando menos esperarem, ENDV voltará. Eu garanto.

B E I J Ã O ❤❤


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