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História Em outra realidade - Ajudar o próximo...


Escrita por: Flau

Notas do Autor


Genteeeeeeee, Como dizem: quem é vivo sempre aparece.
Desculpa mesmo a demora, se disser que não vai se repetir to mentindo, mas prometo tentar postar mais frequentemente.
Voltando ao capitulo, Preciso saber a opinião de vcs, passei tanto tempo fazendo esse parto que não sei distinguir se a criança saiu bonita ou feio rsrs, esta bom ou ruim? E, além disso, fiz algumas alterações na narrativa, pois achei necessário ter uma visão de terceira pessoa, se é uma mudança permanente ou ocasional só o tempo dirá!
Desculpe os erros.
Falei d+, espero que gostem!

Capítulo 5 - Ajudar o próximo...


Enquanto sofria a dor profunda da solidão e com as lágrimas misturando e escorrendo com os pingos da chuva, Vic notou um carro parado a frente do ponto e já fazia determinado tempo. – De novo, não! – O coração quebrado, restaurou-se em segundos parando na boca e a sensação de medo retornou mais rápido que o esperado. A pouca luz imperava e dificultava a percepção, tentou se colocar de pé, porém a dor no tornozelo foi intensa, deixando evidente que tinha sofrido mais que pequenos arranhões. A posição mais defensiva que conseguiu foi à fetal, e fechando os olhos idealizei que tudo não passava de um sonho.

Sentiu uma mão pressionar seu ombro, e rendida aos fatos, observou.

– Chica, ¿qué pasó? – A moça... Paola, sim esse é seu nome. Os globos oculares denunciavam seu expando em ver a face inchada de choro da menina, colocou seu casaco bege de algodão sobre a adolescente. – Que aconteceu? – repetiu.

– Cai. – Falou com a voz fina demais, limpou a garganta e tentei mais uma vez – Meu tornozelo. – segurou o local em questão.

– Puede levantar? – negou com a cabeça – Te ayudaré. – Em meio a tudo Victoria conseguiu enxergar uma segurança vinda da voz, e da mesma forma que antes, balançou a cabeça assentindo.

Com o corpo apoiado em Carosella, caminharam desfavoravelmente, contudo, quando Tori foi sentar no ponto de ônibus, Paola a encarou confusa.

- Obrigada! – Disse a menina. A expressão de Paola foi de confusa para pensativa.

- Definitivamente no! Vai a mi casa! – Falou autoritária.

- Não preciso, eu vou ficar bem. Pode ir grata pela ajuda.

- O que le hace pensar que voy deixá-la aqui! – Um tanto a contra gosto da menina, foram em direção ao carro.

 

   Colocando o corpo da adolescente no banco do carona, a chef deu a volta entrando ela mesma no automóvel e o trancando em seguida. O percurso foi rápido, e Paola compartilhava sua atenção entre o transito livre e a menina que parecia tão pequena dentro do seu casaco.

   O veiculo parou em frente a uma casa com algumas pichações nos muros.

- Agradeço muito por me ajudar, mas eu estou melhor e a chuva já diminuiu. – Falou Victoria.

- No puedo deixar-te ir, salvou mi vida aquele dia, é o mínimo que puedo hacer.

- Eu... – Paola cortou-a.

-Por favor. Fique?! – Talvez, fosse à compaixão que emanava de seus poros, ou a falta de opção, o fato é que, temporariamente, a garota aceitou o convite. Ainda com Paola servindo de apoio, as duas entraram na casa.

 A adolescente ao entrar sustentou-se em uma parede e observou atenta aquela simples e pequena casa, suas pupilas buscavam entender cada detalhe desde as cores neutras, porém vivas, até a decoração rústica e meio mediterrânea.

- Te importaria esperar um poco? Vou dispensar a babá. – A cozinheira, recebeu como resposta um breve sorriso amarelo, tímido e um aceno de cabeça. - Volto rápido. Sente-se – Subiu as escadas vagarosamente.

Victoria por sua vez, mesmo tendo seus pés implorando por descanso, teve vergonha, pois se sentiu mais suja que nunca, estava pingando por conta da água da chuva, aqueles moveis tão limpos mereciam permanecer da mesma forma.

 Será que devo ir embora? – A resposta ao seu sussurro interno não foi encontrada, todavia, o ruído na escada apontava o provável retorno da dona da residência acompanhada da babá de sua filha.

–  Gracias pelo serviço, Vanda. – Disse Paola nos últimos degraus da escada.

Vanda que aparentava vinte e poucos anos ao se direcionar a saída, deparou-se com a figura da menina. – na mesma posição que chegou – Victoria não se incomodou com os olhos curiosos e ate enojados da babá, infelizmente, havia se adaptado a tais reações.

– Tenham uma boa noite. – Abrindo sua sombrinha, despediu-se com um movimento curto de cabeça.

Com a atenção voltada uma pra outra, a argentina iniciou categórica:

– Quieres comer alguma cosa?

– Na verdade, será que posso tomar um banho? – A adolescente perguntou com as bochechas avermelhadas.

– Ahh... Sí, sí. Claro que puede! – Mesmo respondendo a mulher demorou um tanto para sair do modo automático e realmente entender o que a menina lhe pedia. – Venga!

Apesar da dificuldade de movimentação está presente por seu tornozelo ainda latejar, seguiu por um curto corredor, com três cômodos, sendo um a cozinha e o outro uma aconchegante sala de jantar, o que restara era o único com porta, e identificado como banheiro, pois foi onde pararam.

– Aquí. – Disse Paola. Paredes em tom amadeirado, Box de vidro, enfim, comum e elegante. – Tiene toalhas limpas e sabonetes no armário sob a pia. Se necessitar de algo é só chamar. Daqui a poco trago roupas pra trocar. – Foram as instruções passadas antes da porta se fechar.

Para não ser levada novamente por suas crises existenciais a adolescente tratou de despir-se e entrar no chuveiro. A água morna foi o conforto para o frio, e de imediato todo seu corpo relaxou, tentou se limpar ao máximo dos cabelos aos pés. Com o banho quase finalizado ouviu batidas na porta.

– Guapa, trouxe roupas mais quentes e confortáveis. – Seu sotaque tão acentuado encantou a menina.

– Ok, obrigada. – Com os braços pra fora do banheiro, pegou uma blusa verde - um tanto grande - e um short de algodão.

– Desculpe o tamanho, fiz o melhor que pude. – Mesmo sem ser visto, o sorriso podia ser sentido em ambas as partes.

– Tudo bem, estão ótimas. Grata! – Sem muita insegurança responde.

Vestida, na medida do possível, foi tomada por um cheiro maravilhoso, a barriga não demorou a marcar presença e o ronco era ouvido a metros de distancia. O aroma tão incrível a levou para a cozinha.

– Hummm! Que cheiro bom. – Encostou  no balcão. E logo se arrependeu, pensou ter sido intrometida, não queria que a dona da casa pensasse mal dela, porém o cheiro realmente estava esplêndido.

A chefe virada para a panela, ao notar a companhia deu-lhe atenção.

– No sabia o que iria comer, mas para esse clima uma sopa seria una boa opción.

– Parece estar ótimo!

– Sente, vou servir. – Pegou a concha, um prato e virou para o fogão.

Ao sentir a sopa em sua boca teve certeza que se tratava da melhor de toda sua curta vida, quando o liquido quente passou pela garganta, foi o final ao frio.

- Como esta o tornozelo? – Acomodadas à mesa na sala de jantar, perguntou a argentina, enquanto a menina comia. – Parece un poco inchando. Esta certa que no quieres ir ao medico?

- Ainda dói, mas não precisa de médico. – Falou com medo de ser contrariada.

- Puedo ver? – Referiu-se ao tornozelo.

- Sim. – Terminando a sopa, afastou-se da mesa dando passagem.

Com muito cuidado Paola segurou a perna da garota, e mais de perto pôde concluir que não se faria necessário um medico, e sim, de muito repouso e uma bolsa de gelo.

- Vamos hacer así: enquanto arrumo um lugar que puedas dormir, deixamos una bolsa de gelo nisso, ok?!

- Ok! – sorriu em tom mais leve.

E foi feito segundo o combinado, enquanto Victoria esperava no sofá da sala, Paola colocava um colchão inflável no quarto de sua filha e transferia a mesma para a cama do outro quarto, ao menos aproveitaria pra passar as horas que ainda lhe restavam para ficar com sua pequena mais próxima.

Ao voltar ao andar inferior o relógio de parede marcava quase 04h00min, seus planos de voltar para o Arturito cedo teriam que ser cancelados.

– Chica, vamos subir! – Victoria havia adormecido no sofá. Carosella acariciou a face da menina que ao sentir o toque da mulher logo abriu os olhos.

- Desculpe, acho q peguei no sono – bocejou.

- Todo bien. Esta amanhecendo e você estava cansada. O quarto está pronto, vamos subir? – Lhe estendeu a mão.

Seguiram sem dizer mais nada até o quarto de Francesca.

- Esta noite, dorme aquí – se referiu a acomodação - sei que o colchão no és muy cómodo, mas... – A menina que até então aparentava sonolência, cortou a argentina.

- Dona Paola... – começou com tom baixo. – muito obrigada. – A sinceridade passada naquela simples frase fez com que o coração de Paola derretesse e os olhos inundassem, antes mesmo que algo pudesse ser dito, o silencio foi quebrado por um pequeno e fino choro vindo do quarto ao lado.

- Tengo que ir. – Limpando a garganta continuou – Mi pequeña me chama. Boa noite!

- Boa noite, dona Paola!

Após acalmar sua pequena, tomou um banho rápido e se deitou. Religiosidade nunca foi seu forte, mas naquele momento mais do que em qualquer outro, ela agradeceu por ser tão afortunada, e acariciando os fios loirinhos e observando a respiração compassada de sua filha, adormeceu.


Notas Finais


"Quando se tem o peso do mundo nas costas, é difícil se abrir para as pessoas, confiar nelas. Mesmo quando só querem o melhor para você" - Once Upon a Time

Até o próximo milênio! #Brinks
Uma ultima coisinha, o que acharam do portunhol?
Criticas, sugestões e elogios são sempre bem-vindos
Bjinhos!!!


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