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História Em uma dose de Bourbon - SuperCorp - Caramba Alex


Escrita por: Japanix

Notas do Autor


Obrigada pelos comentários no último capítulo. Vocês me ajudaram a ficar inspirada! ❤

Capítulo 11 - Caramba Alex


Os dias que se sucederam após os acontecimentos entre as "vizinhas" passou de forma lenta.
Lena se empenhava cada vez mais no trabalho, para tentar esquecer aqueles olhos azuis.
Do outro lado da rua, Kara sofria cada vez mais com seus pesadelos e as lembranças do passado, sempre que ouvia Jack, o saxofonista, tocar uma música pela manhã. Enquanto isso, Alex se sentia incomodada, quando saía pela manhã para se exercitar ou comprar algo para o café e ter que dar de cara com a morena de sorriso lindo e cabelos castanhos, do outro lado da rua, sempre fazendo movimentos que aos olhos da ruiva, eram de extrema beleza e diria até erótico. Sempre que a via, sentia seu coração acelerado,  sua garganta seca e sua intimidade completamente molhada, e com isso, sempre se praguejava e terminava o dia na cama de alguma garota na qual ela nunca se lembraria o nome, como já era de costume.

POV KARA

Era uma sexta-feira, e já se passava das 20hrs. As ruas estavam repletas de moradores e turistas, a mistura do Blues e do Jazz era ouvida a quarteirões, e eu estava me sentindo sufocada e precisava beber alguma coisa mais forte que as cervejas que tinha na geladeira.

- Ei - chamo a atenção de Alex que estava jogada no sofá - Que tal sairmos essa noite? - pergunto encarando minha irmã.

- E para onde vossa majestade deseja ir? - pergunta em tom de deboche.

- Tem um bar ótimo aqui na esquina - digo dando de ombros e rindo logo em seguida.

Sei que não deveria ir lá, estou evitando aqueles olhos verdes.

- Ah Kara, não sei. Não quero ir lá - exclama Alex.

Percebi que minha irmã ficou tensa, e logo me lembrei do episódio em que Alex travou na primeira vez em que estivemos naquele lugar.

- Você está com medo de olhar naqueles olhos amendoados e ter que lhe dar com aquele sorriso estonteante da outra dona do bar? - pergunto a encarando.

- O-que? - se atrapalha ao responder - Além de uma possível alcoólatra, resolveu usar drogas irmãzinha?

Eu sabia que essa a ironia de Alex era sua válvula de escape quando se sentia indefesa. Eram anos de convivência, e a maioria das pessoas na base de treinamento tinham medo dela por esse motivo. A imagem de quem nunca se abala, era algo que Alex tentava passar desde que nosso pai havia morrido.

- Então tá bom, eu vou sozinha! - digo me levantando - Talvez eu beba além da conta, e me envolva em uma briga - e essa foi minha cartada final, eu sabia que Alex jamais me deixaria sozinha.

- Ok Danvers, você venceu - diz dando um suspiro e se levantando e indo em direção ao seu quarto.

Uma hora depois, estávamos descendo e indo em direção ao bar. Ao adentrar o local, pude ver o quão  cheio já estava, mais ao fundo pude ver um homem no palco cantando um cover desastroso de Livin' On A Prayer. Notei que as pessoas ao redor riam de sua performance.

- Que ótimo, noite de Karaokê! - bufo - Agora que preciso beber de verdade - digo olhando para Alex que ri do meu descontentamento.

Caminho em direção ao bar, e vejo uma moça loira fazendo alguns drinks. Senti algo incômodo dentro de mim por ver que não se tratava da dona de olhos verdes, e por instinto olhei a minha volta e não a vi em lugar nenhum.

- Ela não está aqui - levo um susto ou ouvir alguém ao me lado dizendo aquilo.

Ao me virar, notei a presença da outra responsável pelo local. E pude ver o olhar de Alex em cima da garota que trajava um jeans preto e justo rasgado nos joelhos, coturnos pretos, uma blusas preta que ia até a metade de seu abdômen definido, e uma camisa flanela preta com vermelha por cima. A garota era estilosa e extremamente bonita, era obrigada a reconhecer.

- As duas patetas vão ficar me encarando ou vão querer alguma coisa? - diz me tirando dos meus devaneios, mas Alex parecia estar do mesmo jeito.

- Vou querer duas tequila - digo dando um leve sorriso.

- Ei, vai ficar com essa cara ou vai chegar na garota? - pergunto dando um peteleco na cabeça de Alex.

- E-ela não faz meu tipo - diz Alex com uma falsa expressão de desdém.

- Conta outra Alex - exclamou e vejo a morena vir em nossa direção com três doses de tequila nas mãos.

- Um bride - diz erguendo seu shot - Essa é por conta da casa.

- E ao que estamos brindando? - pergunto após virar a minha bebida.

- A você - diz de forma simples

- A mim? - pergunto com o cenho franzido.

- Você é bem lenta em! - diz me encarando - Um brinde a você por ter sido a vítima do primeiro oral da Lena.

Naquele momento ouvi Alex engasgar com o shot que ela ainda não havia bebido.

- A patricinha de olhos verdes te chupou? - diz Alex em um tom exasperado e com uma feição indignada.

Antes que eu pudesse formular uma resposta para a minha irmã, sou interrompida pela garota ao meu lado.

- Escuta aqui sua ruiva abusada, Lena não é uma patricinha como você se referiu. Minha irmã é uma garota corajosa e que trabalha duro pra manter o que tem, de forma honesta! - esbraveja encarando Alex com uma cara nada boa.

Quando eu achei que a situação não podia piorar, ouço minha irmã retrucar.

- Ah claro que as duas não são patricinhas privilegiadas. Vocês devem ser aquele típico caso de garotas entediadas da mansão onde moram, e que resolveram se aventurar no mundo e ganharam um prédio chique do papai, para brincarem de casinha até se cansarem e voltarem para o castelo de conto de fadas! - diz Alex em seu famoso tom de ironia.

- O que está acontecendo aqui? E quem você pensa que é para falar com ela assim? - estremeço ao ouvir aquele sotaque maravilhoso.

- Só disse a verdade princesa! - diz Alex dando de ombros.

- Já chega Alex! Que merda você tem na cabeça? - digo de forma severa.

- A verdade dói irmãzinha - diz Alex - Enquanto nós vamos para o inferno lutar pelo nosso país, elas brincam de faz de conta! Essas garotas não sabem nada sobre sofrer, tem a vida perfeita.

Eu não sabia o que tinha dado em Alex, minha irmã nunca havia dito isso para civis. Algo se passava dentro dela, e eu iria descobrir o que era.

Vejo a garota sair rumo aos fundos do lugar com os olhos marejados.

- Não sabe o que é sofrer? Todas nós temos uma história senhorita. - dizia a garota que agora eu sabia se chamar Lena.

- Ela não perdeu o pai em uma guerra! - rebateu Alex em um tom amargurado.

- E é aí que você se engana - rebateu de forma firme - O pai dela era um piloto de caça da Força Aérea Americana, ensinou tudo sobre aviões para ela. E quando ela tinha 9 anos, o avião dele caiu em uma zona de guerra no Vietnã e a mãe ela nem chegou a conhecer. - suspirou - Encontrei ela quando, tínhamos 16 anos, estava faminta e machucada, havia fugido do orfanato onde fora deixada após a morte do pai. Na verdade não foi eu que a encontrei, foi ela que me encontrou. É a minha heroína - diz com um sorriso iluminado ao falar sobre a irmã.

- M-me d-desculpe! - ouvi Alex gaguejar.

- Não é a mim que tem que pedir desculpas - diz de forma branda e indo na direção que a morena havia ido - E cuidado senhorita Danvers, um dia sua presunção pode ser a sua ruína!

Diz dando as costas e desaparecendo na meia luz do lugar.

- Que merda eu fiz? - ouço Alex dizer com um semblante triste e arrependido - Eu não sei o que aconteceu. Kara eu magoei uma garota que perdeu alguém como perdemos nosso pai, alguém que perdeu um dos nossos! - exclamou.

- Alex, essa moça desestabiliza você? - perguntei esperando que minha irmã fosse sincera comigo.

- N-não, eu só perdi a cabeça. Apenas isso! - exclamou e logo se foi em direção a saída do local.

Que bela noite! 


Notas Finais


Desculpe se houver algum erro!

E novamente, me deixem saber o que estão achando, e se o capítulo tiver sido bom, posto mais dois ainda hj!


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