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História Emails e Acordos - Descobertas nos Limites


Escrita por: Lenna_wy

Notas do Autor


Olá olá
Demorei mas estamos aqui né

Boa leitura, anjos.

Capítulo 9 - Descobertas nos Limites


EMAILS E ACORDOS.

LE_WY

Uma semana se passou e os pais de Donghyuck precisaram viajar para visitar uma parente que havia adoecido. Renjun e Donghyuck estavam morando apenas os dois por aqueles dias.

Após a chegada de Shotaro, os dois Lee's entraram em semana de provas na escola o que ocasionou na ausência de Donghyuck no palácio. Era a penúltima prova daquela semana. Logo acabaria e o loiro poderia descansar depois de passar dias estudando e cuidando da casa. Lee Donghyuck apenas queria uma cama quentinha para dormir.

O Príncipe Mark Lee também não estava muito diferente visto que o platinado também teve muito trabalho com o conselho do Reino. Recentemente, os Reinos de Osaka e Neo City estão finalizando alguns acordos para oficializar o noivado do Príncipe Shotaro e Sungchan. Como Mark é o herdeiro ao trono, o mais velho tem como obrigação estar presente e assinar cada decisão feita pelos Reis. Mark também estava cansado, e talvez um pouco entediado.

O Lee estava em seu quarto resolvendo alguns assuntos pendentes. O lápis preto pendia entre seus dedos enquanto o mesmo fingia ler os contratos de lei em sua mão. Seus olhos fitavam perdidamente a palavra acordo e em seus pensamentos pairavam em um certo loiro excêntrico.

A semana de provas de Donghyuck veio como uma parede e Mark não aceitava muito bem o fato de os dois apenas trocarem emails. Não que o Lee mais velho estivesse com saudades ou coisa parecida. Ele jamais sentiria falta daquele desastrado, mas seu pai sempre mandava abraços e pedia para perguntar como o Lee mais novo estava, e é óbvio que era apenas por isso. Mesmo que Mark tenha puxado assunto uma ou duas vezes para saber como o dia do mais novo tinha ocorrido.

O Lee suspirou audível e se espreguiçou na cadeira próxima a sua mesa de trabalho. Jogou o lápis para o lado, logo pegando o mouse para abrir seu email que infelizmente estava sem nenhuma notificação de Donghyuck.

Mark podia detestar o mais novo, mas nunca negaria que o trabalho parecia bem fácil quando o mesmo tagarelava ao seu lado enquanto mexia em seus pertences ou nos livros de seu quarto. Donghyuck tinha o poder de lhe fazer sorrir com facilidade e tudo parecia menos chato quando se tinha aquele moleque para discutir por qualquer bobagem.

— Filho?

A voz calma e doce de Taeyong chegou aos ouvidos de Mark que procurou rapidamente pelo pai em sua porta. Sorriu e indicou que o mais velho entrasse em seu quarto, prontamente sendo atendido.

— Como está o trabalho? — o Lee mais velho questiona ao beijar os fios acinzentados de Mark.

— Por enquanto, tudo certo. Devo terminar pelo período da noite… — o mais novo diz e seu pai sorri acentindo — Precisa de algo?

— Não, mas…— o Lee morde o lábio inferior contendo um sorriso. — É que meu genro traz uma alegria muito grande para o Palácio, queria combinar algumas coisas com ele, mas como precisou viajar para fazer as provas, apenas sinto falta das ideias dele. — ajeita alguns papéis da mesa — Queria poder trazer ele de volta logo…

Mark sorriu pequeno e quis concordar sorridente, mesmo sem querer dar o braço a torcer. O Príncipe também sentia falta daquele pequeno trocço de alegria e gritaria.

— Por que? — Mark questiona fingindo não ligar muito.

— Ele é muito divertido. — Taeyong diz dando de ombros — Até o Jaehyun já perguntou por que não teve nenhum um grito essa semana. Shotaro disse que queria comer bolo de chocolate, mas o Jaemin não mexe com nada doce. — Faz biquinho — Eu gosto de ver ele dançando ou discutindo com você. Ele sempre acaba quebrando um dos vasos feios do seu pai. Me deixa muito alegre.

— Você gosta mesmo dele, não é?

— Sim, acho que você também gosta muito dele de verdade. — Taeyong diz sorrindo de lado vendo o filho franzir o cenho. — As vezes você age como se o relacionamento de vocês fosse de mentira, mas eu vejo nos olhos de vocês dois que os sentimentos são reais…

Mark suspirou e encarou seu email aberto, o Lee não queria decepcionar seu pai, mas a relação dos dois sempre seria algo combinado. No entanto, ele não poderia fugir do fato de que os dois talvez tivessem algo de especial entre eles. O Príncipe poderia negar até o fim daqueles três meses que não sentia nada por Haechan. Mas o carinho e a falta que sentia do mais novo era visível, assim como o brilho nos olhos do mais velho que denúnciavam sua admiração por aquele garoto.

— Também sinto falta dele…

— Eu sei que sim. — Taeyong diz sorrindo. — Por que você não compra algo para presentear o Haechan?

— Hum? Sério?

— Sim. Algo bem discreto mas especial. — o Rei diz sorrindo animado — Você pode sair com seu irmão e comprar algo bem bonito. E amanhã você pode até ir buscá-lo para vir aqui.

— Certo, amanhã eu saio cedo com Jeno. — sorri mas vê seu pai dá um pulinho animado. — O que você está aprontando, pai? — Mark questiona.

— Nada além de um jantar para comemorar os bons relacionamentos dessa família. — Taeyong diz dando de ombros — Está tudo tão bem que você viu ontem a noite? O tempo fechou! — fez biquinho — Uma pena que não caiu uma gota d'água.

— Relacionamentos não mudam a meteorologia.

— Mas faz solteiro rabugento virar um cachorrinho dócil. — Diz ajeitando a coroa.

— Pai! — Mark cruza os braços rindo.

— Você é rabugento igual o seu pai, Minhyung!

[…]

— Você tá comendo e nem fez pra' mim?

Donghyuck estava na cozinha de sua casa. O Lee comia em silêncio um belo miojo de galinha caipira e seu irmão mais novo pegou o Lee no ato do crime. Se Chittaphon sonhasse com o Lee comento besteiras em sua ausência, Donghyuck seria um garoto morto. Mas não era como se Renjun fosse contar para o Lee mais velho que o irmão estava comendo um copo de câncer.

— O seu tá no microondas. Demorou muito no banho princesa! — Donghyuck resmunga — Não me deixa esquecer de levar o lixo para fora, tenho que me livrar das evidências.

Renjun afirma rindo baixinho. Chittaphon era um pai muito cuidadoso com a saúde de seus filhos. Mesmo que sejam uma família simples, a qualidade da alimentação era prioridade para o Lee mais velho, e todos obedeciam tal pedido, mesmo que as vezes Johnny, Renjun e Donghyuck burlassem o sistema para comer cup noodles e caixas grandes de chocolate.

— Estava tentando ver se minha mente esvaziava e a prova de cálculo descia pelo ralo com todas as preocupações. — O Lee mais novo diz se sentando de frente para Donghyuck — Ainda bem que amanhã é o último dia de prova.

— Sim... — Donghyuck suspira. — Não vejo a hora desse ano acabar.

— É verdade. — Renjun diz enquanto comia lentamente. — Hyung, você não foi ao teatro essa semana. Nem seu amigo veio buscar você.

— Ah… — sorri sem jeito. — Pedi folga, então tá tudo bem. Vou no domingo por lá… Tenho certeza que o Mark não vai se importar…

— Mark? Que Mark? — Renjun franzi o cenho — Você não ia com o Jaemin? E Mark não era o psicopata?

Donghyuck quis se afogar por falar demais. Havia esquecido que o irmão não sabia do acordo com Mark. Como fugir agora? Donghyuck sorriu amarelo e se levantou para tomar um copo de água.

— A-ah.. Mark é o dono da peça que o participo, sabe? Ele é um pouco chato, deve ser mal de Mark por que ele tem o mesmo nome do psicopata né? — omitiu — E Jaemin que me apresentou para ele sabe…

— Entendi… — Renjun sussurra ainda achando muito esquisito. Mas logo sorriu — Eu acho o Jaemin muito bonitinho, quando é que você vai trazer ele aqui de novo?

Donghyuck suspirou aliviado mas logo virou para olhar o irmão que terminava de comer.

— Eu já disse que ele tem namorado, é quase noivo dele.

— E quem disse que eu tenho ciúme? — Renjun provoca fazendo Donghyuck jogar um pano de prato no menor — Estou brincando, só quero fazer amigos. E eu gostei muito dele, me senti confortável…

— Jaemin é um cara muito simpático, quem sabe um dia vocês não conversem direito…

[…]

Donghyuck estava quase matando Alice e Bruce por pensamento. Era humilhante fazer prova com sua mesa toda pichada de frases de bullying.

"Você mente. Ninguém namora você. Ninguém quer um garoto tão idiota." "Você já terminou de pagar o garoto que fingiu namorar você, ou sua família ainda precisa vender pão?"

Era ridícula aquela situação. Nem com Mark na história aqueles babacas pararam de encher sua paciência. Mas o lado bom era que não haviam agredido fisicamente ou mexido com Renjun. O mais novo parecia nem saber da tal história de o mesmo já ter alguém. Alice e Bruce agiam apenas dentro da sala do Lee mais velho.

Donghyuck terminou sua prova aos trancos e barrancos. Mas finalmente, Lee Donghyuck estava livre mentalmente. Saíra quase saltitando da sala, encontrou com seu irmão logo em frente.

— Acabou? — Renjun questiona vendo o Lee sorrir cansado.

— Sim, aleluia!

— Você pode me esperar na entrada, então? — o mais novo pergunta recebendo um aceno. — Preciso falar com a diretora sobre uma questão do grêmio escolar para a formatura.

— Certo.

— Cuidado com os dois patetas. Eles já saíram.

Donghyuck revirou os olhos e acentiu vendo o irmão caminhar para a direção. Sem pressa o Lee foi até a portaria da escola. Estaria tudo bem se não fosse por Bruce colocar o pé no caminho do Lee que se desequilibrou e caiu ao chão do pátio da escola.

— Olha só, você cai como um fracassado. — Donghyuck ouviu Bruce dizer e se aproximar puxando o cabelo do Lee. — Uma pena que você esteja sozinho, sem seu irmão ou até mesmo sem o seu comparsa.

— Me deixa em paz, inferno! — o Lee chuta o estômago do mais baixo que se afasta. Donghyuck se levanta. — Será possivel que você não cresce? Pelo amor de Deus, eu já tenho alguém.

— Eu não acredito nesse seu namoro. — Donghyuck urrou de ódio. Bruce era literalmente um saco. Não tinha paz nem quando estava fazendo o que queriam. — Talvez eu devesse, falar com o seu irmão sobre seu namoro… Acho que ele não sabe muito, já que vive com o grêmio como o nerd de merda que ele é. Vai ficar tão magoadinho...

Donghyuck sempre foi a favor da paz. Mesmo que ele as vezes tivesse vontade de arrastar no asfalto aquele projeto de valentão em miniatura que era Bruce. Estava pronto para falar umas poucas e boas quando seu corpo foi abraçado por trás e sua bochecha recebeu um selar doce.

O Lee virou-se rapidamente e encontrou Mark Lee vestido em roupas simples de moletom negro. O Lee estava com os cabelos pintados agora em um loiro cor de manteiga de fazenda. Donghyuck nunca admitiria em voz alta. Mas Mark Lee conseguiu ficar mais bonito, e o sorriso do Príncipe era o mais lindo que ele já havia visto ele lhe oferecer.

— Mark… — Donghyuck sussurra.

— Cheguei, babe… — Mark diz baixinho — Desculpa a demora!

— O que você… — Donghyuck olhou em volta e percebeu que a maioria dos alunos encarava ele abraçado com Mark. Era constrangedor, ouvia os cochichos sobre como Mark era bonito e o Lee tinha sorte, mas também ouvia coisas ruins e frases de inveja. Donghyuck sorriu e abraçou o Lee pelo pescoço encenando um pouco. — Tudo bem, eu só estava conversando com o Bruce. — Olhou por cima do ombro o mais baixo bufar e abrir a boca para falar algo — Ele ainda não acredita que você namora comigo.

— Ah não? — Mark se faz de bobo ao entender a situação. — Não se preocupe, ele é insignificante, não vai mudar o fato de que somos um casal e ele não tem mais chance. — Mark diz e solta o Lee indo até Bruce. — Você devia voltar para a sua namoradinha e deixar meu garoto em paz.

— Quem você acha que é? Isso aqui é tudo mentira.

Mark gargalhou. Bem alto chamando atenção de todos os alunos. — Sinto muito que ainda não acredite. Mas vou te ajudar a ver com os próprios olhos que é real. — o Lee sorriu e voltou para próximo de Donghyuck se abaixando para ficar de joelhos de frente para o mais novo. — Ei, Donghyuck? Você aceita namorar comigo?

Mark sorriu divertido. Donghyuck riu mas no fundo queria matar o Lee. Aquilo era literalmente uma exposição geral, tudo podia desandar se outras pessoas soubessem. Mas naquele momento, Donghyuck apenas conseguia pensar no quão bonito era Mark Lee, e que talvez ele quisesse que o acordo nunca tivesse existido.

— Claro que sim.

Mark se levantou puxando o Lee pela cintura para beijar sua testa. Mas logo virou para Bruce — Viu, agora ele é meu namorado.

— Eu vou desmascarar vocês! Principalmente você, seu pobretão metido a rico. Vou expor seu trabalho sujo…

Mark riu em deboche — Sinto muito, mas eu sou de um lugar que rapidamente mandaria você pro inferno se não calar essa boca.

— Você acha que um merda como você é o que, o Príncipe? — Bruce gargalhou fazendo Mark bufar e Donghyuck arregalar os olhos, a brincadeira já estava nos limites, se Mark levasse pro pessoal já seria um perigo para a segurança do Lee.

— E se eu…

— Chega, Mark. — Donghyuck se coloca na frente do Lee. — Vamos embora.

— Espera. — Tentou voltar para a discussão mas o Lee simplesmente arrastou o mais velho para longe da escola. Donghyuck puxava Mark pela gola de moletom. O mais novo estava tão preocupado com a segurança do mais velho que nem notou quando chegou ao mesmo beco de onde selaram seu acordo. Apenas soltou o Lee quando confirmou que estavam seguros. — Yah, Donghyuck.

— Você tá ficando maluco? — Donghyuck grita e bate no ombro do mais velho. — Se aquele bando de marginal descobre que você é o Príncipe, não vai dar tempo nem de avisar seus pais do sequestro.

— Isso não iria… — Mark resmunga e o loiro cruza os braços. — Tá, talvez eu tenha exagerado no personagem.

— Sim. É só pra' fingir que somos namorados. — o Lee diz batendo o pé no chão. — Não quero que Lee Taeyong me condene a prisão perpétua por matar o Príncipe Herdeiro.

— Seu namorado também… — Mark diz rindo — Você aceitou tá.

Donghyuck riu divertido tombando a cabeça para o lado ao ver o Lee colocar as mãos no bolso do moletom timidamente.

— Ninguém merece, vida difícil essa minha de Namorado do Príncipe Herdeiro.

— Sinta-se honrado... — Mark diz e Donghyuck empurra seu ombro. — ai, para de me bater.

— Isso é puro acordo. — O Lee diz e Mark suspira afirmando — Mas não ultrapasse mais os limites…

— Certo! — Mark diz sorrindo — Mas, mudando de assunto, meu pai vai fazer um jantar e mandou eu vir buscar você. — Donghyuck sorriu acentindo — Vamos? — ofereceu a mão para o mais novo que riu aceitando.

Os Lee's entrelaçaram os dedos prontos para caminhar até o carro do mais velho. No entanto, alguém estava parado no meio do caminho.

— Injunnie… — Donghyuck sussurra arregalando os olhos.

— Quando você ia me contar que tava namorando o Príncipe?


Notas Finais


Misericórdia. Renjun pegou os Markhyuck no pulo


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