História Emma Ross - Baleado

Luke e Ravi chegaram à loja de conveniência para comprar pipoca e ao entrarem eles passaram por algumas prateleiras à procura do produto, mas antes que pudessem encontrar foram surpreendidos pela presença de alguém conhecido:

— Luke? — era a voz de Alan, ele se aproximou dos dois irmãos — Oi!

— Oi, Alan... Que surpresa.

— Você deve ser o Ravi, não é? — perguntou o atleta, simpático.

— Sim, prazer em finalmente conhecer o namorado do meu irmão! — respondeu o indiano, mas Luke ficou um pouco desconfortável.

— Na verdade, não estamos namorando! — esclareceu o mais velho.

Luke fez questão de dizer aquilo porque achava que Alan ia pensar que ele falava para os irmãos que estavam namorando, mas o asiático não se importou, até deu risada.

— Olha, Ravi, ali estão os pacotes de pipoca! — disse Luke, mostrando a prateleira — Pega alguns e pode ir logo pagar no caixa, eu vou daqui a pouco.

— Entendi...

Ravi sabia que o irmão queria conversar com Alan, então pegou a pipoca e saiu andando, porém ao chegar na fila de pagamentos ficou surpreso ao ver quem também estava lá.

— Senhorita Chesterfield? — chamou o garoto.

— Em todo lugar que vou esses Ross detestáveis me perseguem.

— Bom, eu nem sabia que você estava aqui.

— Conte outra!

Enquanto os dois conversavam, Luke e Alan passavam lentamente pelos corredores da loja, os dois também pareciam estar envolvidos num assunto importante.

— Quero que você fique sabendo que eu não ando espalhando por aí que nós estamos namorando! — avisou Luke, sério.

— Fica frio, Luke! — ele respondeu sorrindo — Eu gosto muito de você, sabia?

— Sim, eu sei... — Luke deu um sorriso tímido.

— Acho você fofo desde o ano passado quando namorava aquela Connie Thompson.

— Aquilo não deu muito certo, a Connie sempre foi meio sinistra! — disse o moreno, rindo.

O asiático ficou observando a beleza de Luke enquanto ele ria, parecia hipnotizado e não resistiu ao dar um beijo no Ross, o que deixou o garoto de sardas surpreso, mas feliz também. Enquanto todos estavam distraídos, um homem suspeito de capuz entrou no mercadinho sem ninguém notar e ele iria cometer algo inacreditável.

— Emma, me espera! — gritava Vanessa enquanto seguia a amiga irritada.

A loira saiu da casa de festas com raiva da outra e quase foi atropelada ao atravessar a rua, mas por sorte Vanessa agarrou seu braço e puxou-a de volta para a calçada.

— Aquele carro quase te atropelou! — exclamou a morena, agora irritada também.

— Estou enjoada de ouvir sua voz.

— E eu estou enjoada desse seu comportamento, Emma! Você está bêbada, vamos para casa e amanhã conversamos.

A cacheada puxou sua amiga e a colocou no banco da frente do carro, então deu partida e seguiram para a casa de Vanessa sem trocar nenhuma palavra. Ao chegaram lá, Souhaila viu quando as duas entraram pela porta da frente.

— Aconteceu alguma coisa, meninas?

— Não, vovó! Vamos para o quarto dormir agora.

— Tudo bem, querida! — a idosa respondeu sua neta, acreditando nela.

Emma subiu as escadas rapidamente e foi para o quarto, ela não queria falar com Vanessa e sua vontade foi respeitada. As duas dormiram sem nenhuma preocupação, mas ao mesmo tempo em que estavam tranquilas em Malibu, aconteceria algo muito ruim em Nova York. O homem suspeito que havia entrado na loja de conveniência sacou uma arma de dentro do casaco e atirou para cima.

— Isso é um assalto! — ele exclamou e todos começaram a gritar.

— Abaixa! — Ravi foi para o chão e puxou Rhoda também, os dois estavam com medo.

Luke e Alan também ficaram abaixados no lugar onde estavam conversando e o ladrão foi até a caixa registradora para pegar o dinheiro.

— O que você está fazendo? — Rhoda sussurrou para Ravi, que estava discando um número no celular.

— Estou ligando para a polícia. — ele respondeu, assustado.

— Seja discreto, pelo amor de Deus!

Ravi conseguiu falar alguns segundos com um policial do outro lado da linha, mas foi brutalmente interrompido quando recebeu um tiro no braço.

— O que você pensa que está fazendo? — o bandido gritou enquanto Ravi chorava de dor.

Rhoda tentou pressionar o local para parar o sangramento e de repente foram ouvidos os sons de sirene, então o ladrão saiu correndo para o lado de fora do mercadinho, contudo não teve muita sorte e foi pego pela polícia. Logo em seguida, Luke e Alan foram até Ravi e a senhorita Chesterfield, eles viram o sangue no chão e o asiático logo chamou alguns policiais para ajudar.

— Ravi, seja forte, por favor! — disse Luke, desesperado ao lado do irmão.

O garoto foi levado às pressas para um hospital e tanto Luke quanto Rhoda e Alan foram junto. Ao chegar lá, eles tiveram que ficar na sala de espera e o irmão mais velho estava chorando, então Alan o abraçou.

— Eu vou... ligar para alguém da sua casa. — disse Rhoda, abalada.

A ruiva pegou seu celular e fez uma ligação com Bertram, que ficou chocado ao receber a notícia, então em menos de vinte minutos ele, Jessie e Zuri chegaram no hospital.

— Como ele está? — perguntou Zuri, preocupada.

— Ainda não tivemos notícias... — respondeu Luke, triste.

Depois de algum tempo, um médico chegou na sala de espera e questionou se eles eram a família de Ravi.

— Sim, somos nós! — respondeu Jessie.

— Está tudo bem com ele, conseguimos retirar a bala na cirurgia.

— Graças a Deus!

Todos ficaram aliviados com a notícia e o doutor avisou que ele teria que passar alguns dias no hospital para a recuperação.

— Precisamos avisar à Christina, ao Morgan e a Emma! — disse Jessie, nervosa.

— Tem razão! — Bertram concordou com a ruiva — É melhor você fazer isso.

— Eu?

— Sim, Jessie.

— Está bem...

A babá ainda estava nervosa, mas criou coragem e foi para um local mais calmo onde ligou para os pais de Ravi pra avisar sobre o ocorrido e também contar que o garoto estava bem. Nesse meio tempo, Alan levou Luke até o lado de fora do hospital para respirar um pouco de ar fresco.

— Está melhor?

— Sim, agora que sei que meu irmão não corre mais nenhum risco. — respondeu o rapaz, aliviado.

— Escuta, Luke... Hoje eu senti muito medo lá na hora do assalto.

Luke prestou bem atenção no que Alan tinha para dizer, ele não quis interromper a fala do asiático e apenas escutou.

— Mas não foi só medo por mim, eu estava com medo de você se machucar também! — explicou Alan, seriamente — Não sei se eu conseguiria viver num mundo sem você, Luke Ross.

— Alan, isso é tão fofo da sua parte! — o Ross sorriu.

— Depois do que aconteceu hoje, eu tenho certeza... Você aceita namorar comigo?

Aquele pedido pegou Luke de surpresa, mas ele sabia que era amor e não havia outra resposta a não ser “sim”. Os dois selaram o início do namoro com um beijo e voltaram para a sala de espera logo em seguida para ficarem junto dos outros.