História Emotional Rollercoaster - Light at the end of the tunnel

- Eu sei que vai parecer meio loucura quando eu te falar, mas você precisa acreditar em mim. - Já me sentia mal por ela. Pois ela veio me contar. Eu descobri e simplesmente não falei nada pra ela. Eu sou uma péssima amiga. - Chaz, Justin e os outros são os bandidos que vocês estão procurando.

- Eu sei. - Falei simples e ela arregalou os olhos.

- Não peraí... Não... - Ela riu sem humor. - V-você sabia disso?

- Descobri há algum tempo. - Ela pôs as mãos na boca surpresa.

- Por isso você ficou sumida nos últimos meses... - Ela parecia pensar. - Porquê não me contou?

- É difícil pra mim, sabe... Você e o Chaz estavam felizes, eu fiquei muito confusa.

- Porra, Kylie... Tudo bem. - A olhei séria. - Porquê não entregou eles?

- Não sei... Só não consigo, sei lá.

- Porquê você ama o Justin. - Quase engasguei.

- Quê garota? - Perguntei incrédula.

- Não tente esconder nada de mim, Kylie. Não funciona. Eu te conheço melhor que ninguém e sabe disso. - Respirei fundo. O que eu poderia dizer? - Você lutou muito por esse trabalho, seu sonho. Sei que faria de tudo pra ter sucesso no que quer e a única coisa que te impede de fazer isso, é algo maior... E isso é amor.

- Pensei em você também. - Ela fez uma careta. - Como eu poderia entregar Chaz sendo que você tá com ele?

- É verdade. - Agora parei pra pensar... Meu Deus.

- Ally, você precisa saber de algo... Não é bom. - Ela me olhava tensa. - Eles podem ser presos nos próximos dias.

- Você não faria isso, Kylie. - Falou irritada.

- Eu não fiz nada. - Ela cruzou os braços e parecia um cachorro bravo. - O FBI chegou e as chances deles serem pegos aumentaram muito.

- E agora? - Respirei fundo.

- Eu avisei à eles. - Ela me olhou surpresa.

- Mas, Kylie... E o seu trabalho?

- Não importa. - Realmente eu não tava muito preocupada. Só confusa. - Eles vão embora nos próximos dias.

- Chaz conversou comigo sobre isso.

- E? - Não diga que vai com ele por favor. Não estou pronta.

- Eu vou com ele. - Soltei o ar já sentindo uma dor de cabeça bater.

- Você sabe que isso afeta toda sua vida e a vida que eles levam é perigosa, não é? - Ela assentiu.

- Olha, Kylie... Ainda não aconteceu com você, mas uma hora você vai perceber que a única coisa que importa é ficar com a pessoa que você ama. Uma hora somente isso irá te importar e você será capaz de largar tudo pra não ficar longe da pessoa que ama. - Isso fazia sentido, mas acho muito difícil acontecer comigo.

- E sua faculdade?

- Vou transferir pra onde a gente for, se não der eu começo outra. - Assenti. - Apesar de não saber pra onde vamos.

- Jason e eu iremos sentir muito a sua falta. - Ela riu fraco.

- Jason tenho certeza que sim, mas posso vê-lo sempre que quiser. Já você... - Fiz careta. Onde ela estava querendo chegar? - Tenho certeza que vai estar nessa comigo. 

- Não tenha tanta certeza, Ally. Não sei se o que eu sinto por Justin é o suficiente pra deixar tudo para trás.

- Acabei de te falar sobre isso. Uma hora vai perceber que é mais que o suficiente. - Revirei os olhos. Ela realmente estava convencida disso.

- Enfim... Que furada nos metemos. - Rimos juntas disso.

   P.O.V Justin Bieber L.A 10:23 AM

Acordei após um pesadelo foda. Consequências dessa vida, mas tem que se conter pra não ficar paranoico. Desci as escadas e percebi que já tinha alguém na minha mesa. Chaz. Ele tomava café da manhã, que bom que ele se sente em casa.

- Bom dia, bela adormecida. - Ri disso.

- Que animação é essa, Chaz? Você não tava depressivo?

- Vai se fuder, eu não tava depressivo. - Falou rindo. - Eu só tava triste por causa da Alice.

- Que novidade. - Ele mostrou o dedo do meio. - Então quer dizer?

- Falei com ela, contei tudo. - Quase engasguei. - Não se preocupe. Ela vai com a gente.

- Sério? - Ele assentiu. - Sabe que suas responsabilidades aumentam agora. É uma decisão muito séria.

- Sim, eu sei. Temos certeza que tomamos a decisão certa. - Dei de ombros. - Quando vamos?

- Não sei, Chaz. Não sei. - Respirei fundo.

- Tá indeciso por causa da Kylie, né? Pode falar. - Assenti.

- Sim, Chaz eu tô. Não sei se ela tem coragem de largar tudo... Na verdade eu acho que ela já tá fazendo muita coisa pela gente.

- Isso é verdade. - Apontou. - Chris disse que não podemos demorar, é arriscado.

- Eu sei. - Passei as mãos no rosto. Essa situação toda é uma merda.

Essa merda tá me consumindo. Eu preciso meter o pé mas quero levar a Kylie comigo. Eu sei que não posso obrigar ela à ir comigo. Tem que partir dela, mas sei que não consigo mais ficar longe dela. Essa merda vai me destruir.

Escutei a campanhia tocar, deve ser um dos caras, mas normalmente os caras entram. Franzi o cenho e fui até a porta a abri vendo Tracey parada lá.

- Oi... O que faz aqui? - Ela riu.

- Oi, eu vim ver você ué. - Franzi o cenho pois ela simplesmente entrou. - Como você tá?

- Tô bem e você?

- Tô ótima. - Falou sorrindo e sentou no sofá.

- Justin eu já tô indo mano... - Chaz surgiu e viu Tracey ali. Sua expressão estava bastante clara pra mim. Com o olhar sei que ele me mandou se fuder.

- Até. - Ele saiu negando com a cabeça e ri disso.

- Fiquei sabendo do tiro. - Sentei no outro sofá. - Horrível.

- Sim, digamos que não é muito bom. - Ela riu.

- Enfim, você já parece bem.

- Sim, eu estou. - Ela me olhava com uma cara de safada descarada.

- Então eu acho que você ainda precisa de alguns cuidados. - Ela levantou vindo até mim e sentou no meu colo.

- Qual é, Tracey? Não faça isso. - Ela me olhou feio e saiu dali. - Você sabe que isso não vai mais rolar entre nós.

- Não vejo nada que nos impeça. - Falou com um sorriso safado nos lábios enquanto acariciava meu rosto e revirei os olhos.

- Olha, aquele tempo foi bom. Não vou negar. - Ela sorriu. - Mas foi só aquilo. Não tem mais nada.

- Qual é, Justin? Não seja chato. - Ela se aproximava enquanto falava e acariciava meu rosto, minha vontade era de mandar ela meter o pé da minha casa.

- Não insista por favor. - Falei já sem paciência.

- Kylie? - Ela falou olhando estranho olhando em direção à porta e gelei.

    P.O.V Kylie Houston L.A 10:43 AM

Fomos liberados mais cedo do departamento e resolvi ir na casa de Justin. Mas antes passei em uma lanchonete pois estava morrendo de fome. Acho que não preciso avisar ou algo assim. Os seguranças já me conhecem então não terá problema.

- Obrigado. - Falei com o carinha da lanchonete. - Até mais.

Ele sorriu e saí de lá.

Os problemas que estavam acontecendo na minha vida não abandonam minha cabeça. Minha vida está um caos, eu não sei o que fazer. Tinha momentos em que eu só queria sumir mas a esperança de dias melhores ou de alguém me acordar dizendo que isso tudo é só um pesadelo são grandes. Nunca me imaginei em uma situação dessas, não é fácil. No momento eu só temia Justin ser preso.

Cheguei na casa dele alguns minutos depois e como imaginei, os seguranças não me impediram. Fui até a porta e não vi problema em abrir, acho que Justin não se incomoda. Abri a porta e meus olhos não acreditaram no que viram. Tracey estava no sofá com o Justin e acariciava seu rosto. Senti minhas veias saltarem de raiva e minha respiração ficou descompensada. Que porra ela fazia aqui? Já entendi muito bem na verdade.

- Kylie? - Tracey me notou ali e eu tentava disfarçar a raiva. Justin me olhou tenso.

- Desculpa. Eu não devia ter vindo aqui. - Foi a última coisa que falei ao sair por aquela porta e vi o Justin levantar antes disso.

Andava rápido pelo jardim em busca do portão com uma raiva desgraçada. Você é muito idiota mesmo, Kylie. Muito idiota.

- Hey. - Revirei os olhos ao escutar a voz de Justin e fingi não ter escutado. Continuei andando. Por quê o jardim daquela casa é tão grande? Puta merda. Ele segurou meu braço forte e eu detestava quando ele fazia isso, a vontade era de dar um socão e eu estava quase fazendo isso. - Pode me escutar? Fala comigo.

- Eu não tenho nada pra falar com você. - Me soltei dele e ele veio parar na minha frente.

- Porra, Kylie... Ao menos me escute. - Choramingou mas não dei preço. Passei por ele.

- Não tenho nada pra escutar vindo de você. - Parei pois ele segurou meu braço de novo. - Me solta porra!

Dei um soco forte no seu peito e isso o afastou mas ele parecia não ter sentido nada já que simplesmente veio até mim de novo.

- Você tá fazendo tempestade em um copo d'água. - Foi o que ele falou e parei o encarando, incrédula.

- Sério? Eu venho até sua casa e te vejo aqui com a Tracey... - Ele fez um careta.

- Não é nada disso. - Me interrompeu.

- Eu sei que vocês já tiveram alguma coisa e parece que ainda tem. - Ele negou com a cabeça.

- Não é nada disso, você tá tirando conclusões precipitadas.

- Ah tá e papai noel existe. - Falei irônica e ele riu.

- Essa foi péssima, não tinha uma melhor? - Não segurei a risada. Porra.

- Essa foi a primeira que me veio à cabeça. - Falei rindo.

- Ah, qual é? Vamos lá, Kylie. Me escute. - Choramingou e revirei os olhos. - Por favor.

Olhei no relógio fingindo olhar a hora e cruzei os braços.

- Você tem um minuto. - Falei com os braços cruzados e ele me encarava com um sorriso quase surgindo nos lábios. - O que foi?

- Você é muito linda, fica ainda mais quando tá brava. - Engoli seco e pus o cabelo atrás da orelha.

- Fala logo, Justin.

- Olha, ela veio aqui de surpresa... Só veio perguntar como eu tava por causa do tiro, essas coisas. Eu não sabia.

- Eu vi vocês dois cheios de intimidade...

- Ela só... Tá, ela tava tentando algo mas eu deixei claro pra ela que não queria. - Revirei os olhos. - Isso é ciúmes?

- Sim, é. - Ele segurou a risada. - Não ouse rir.

- Okay. - Levantou as mãos em rendição. - Só acredite em mim.

Não sei se devia, mas eu acreditava sim. Espero não me sentir idiota por isso depois.

- Eu tenho que ir, Justin. - Tracey surgiu.

- Tudo bem.

Ela parecia um pouco envergonhada.

- Até, Kylie. - Sorri falso e vi ela sair.

- Pelo visto você não gosta muito dela, não é?

- Errou. - Apontei. - Eu gosto dela até.

- Então é só ciúmes mesmo? - Falou sorrindo e envolveu os braços em volta da minha cintura.

- Não seja convencido. - Ele revirou os olhos.

- Você tá impossível hoje. - Foi a última coisa que ele falou antes de colar nossos lábios em um beijo lento e intenso. - Vamos entrar.

Assenti e entramos na sua casa.

- Nunca vou acostumar com o tamanho dessa casa. - Comentei enquanto Justin atacava meu pescoço.

Me assustei assim como Justin ao escutar a porta na qual acabamos de cruzar abrir novamente.

- Deu merda, Justin. Temos que ir embora. - Era o Ryan e parecia assustado.

- O que tá acontecendo? - Justin perguntou sério e eu já estava com o coração à mil.

- A cara da maioria da nossa equipe tá estampada em todos os jornais e páginas policiais do país nesse exato momento. - Gelei por inteira porquê agora a coisa tinha ficado mais séria do que nunca. - Temos que ir embora o quanto antes!