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História Enamorarte - Parte Dois - (Hiatus) - Bad time to be reckless


Escrita por: biebscuit

Notas do Autor


Olá!!
Hoje milagrosamente estou adiantada (não fiz mais do que a obrigação, eu sei)
Pois bem, mais um capitulo espero que gostem
Boa leitura <3

Capítulo 5 - Bad time to be reckless


Não comentei nada sobre o exame e Justin também não. Andei prestando bastante atenção nele nos últimos dias, mas o seu comportamento não mudou, ele continua o mesmo, carinhoso comigo, brincalhão com as crianças.... Realmente não sei o que pensar. Alguma coisa está acontecendo e não deve ser muito boa já que ele não quer falar para mim.

Quando não contei sobre trabalhar com o Zack, Justin achou ruim e pediu que sempre contasse tudo para ele do mesmo jeito que ele conta para mim, pelo menos contava. Eu poderia muito bem confronta-lo e jogar essa conversa na cara dele, mas não contei sobre os recortes de jornal que andei recebendo, então não tenho o direito de cobrar nada dele.

                Por isso as coisas estão por isso mesmo, eu finjo que não sei de nada, mas estou me preparando para quando ele quiser me contar. Justin percebeu que ando um pouco distante e pensativa, mas com o julgamento do Robert, tenho uma boa desculpa para o meu estado.

— Vamo visitar o tio Rafa, mamãe? – Denis perguntou. Ele estava sentado na minha cama me observando arrumar a mala.

— Sim, meu amor. Depois vamos visitar o tio Rafael, mas primeiro nós vamos visitar a Lindsay. Lembra dela?

—Sua amiga.

—Isso, mesmo.

—O Cookie vai também?

—Dessa vez não vamos poder levar ele, quem sabe na próxima.

—Queria mostrar o Cookie po tio.

—Você pode convidar ele pra vir aqui.

—Boa ideia. – Ele sorriu animadinho. —Vou contar para ele.

—Você não vai ligar para o Rafael agora.

—Não mamãe, eu vou falar com o Cookie. - Denis desceu da cama e saiu caçando o seu cachorrinho porta a fora.

No começo não gostei muito do Justin ter arrumado o cachorro sem me contar nada, mas vendo o quanto o meu filho é mais feliz com a companhia do bichinho mudei de ideia, fora que o Cookie já me conquistou também.

—Aqui está você.

—E onde mais eu poderia estar? Eu falei para você que ia arrumar as malas das crianças e depois viria arrumar a minha. – Acabei sendo grossa, a expressão do Justin me fez perceber isso. —Me desculpe, precisa de alguma coisa?

— Queria falar com você, mas não é para pedir nada. - Justin se sentou na cama, estava sério, mas não parecia que ia me contar o que eu quero ouvir. —É sobre a viagem, eu não vou poder ir com vocês, agora. Surgiu um assunto que eu preciso resolver antes de ir.

—Você me prometeu que estaria lá comigo. – Minha voz saiu baixa e pelo nó na garganta que estava sentindo, logo acabaria chorando. Eu sou tão fraca que não consigo encarar as coisas sem ficar emotiva. Mudei em tantos aspectos na minha vida, mas parece que nesse estou presa.

—E eu vou estar. – Justin se colocou em minha frente, pegou aminha mão e me fez olhar para ele. — Não vou poder viajar hoje, mas eu vou me encontrar com vocês lá. Eu prometi estar ao seu lado e é o que eu vou fazer.

—Qual é o assunto tão urgente que você precisa resolver?

—Você não precisa se preocupar com isso.

—E você não quer contar o que é. – Me soltei de seus braços e fui para o outro lado do quarto. De costas para ele, fechei os olhos e respirei fundo tentando me controlar.

—Não é nada demais. – Ele tocou meu ombro, mas me afastei. — Você já tem o julgamento para se preocupar, não quero que fique com coisa demais na cabeça.

—Você me acha tão fraca assim? – Me virei para encara-lo. Não sei como, mas acho que estou indo bem, apesar de sentir meus olhos arderem ainda não estou chorando.

—Não. Aurora, eu só quero evitar que você fique com muita coisa na cabeça.

—Me ajudaria mais se você me contasse o que está acontecendo.

—Você sabe de alguma coisa?

—Não e é isso que está acabando comigo, Justin. – Retruquei. —Ficar no escuro sem saber o que se passa e pensar em mil possibilidades é horrível. Você não me ajuda nada fazendo isso, pelo contrário. O pior é que dias atrás você estava bravo comigo porque eu não contei sobre o Zack e agora tem uma coisa muito séria acontecendo e você não quer me contar.

— Esse não é o melhor momento.

—Não vou te forçar a falar nada, não se preocupe. – Fui até a minha mala e a fechei. — Também não precisa mais ir até Madrid, a Ally e o John estarão lá comigo é melhor que você fique e resolva as suas coisas.

—Aurora...

Justin não disse mais nada, até porque não dei oportunidade, sai do quarto e o deixei falando sozinho.  Até a hora que Jonh ficou de passar aqui para nos buscar, eu me mantive ocupada e longe dele. Fiquei arrumando as minhas coisas e as das crianças, depois arrumei as duas e fui me arrumar. Quando meu pai chegou, rapidamente colocamos as coisas no carro. Justin se despediu do Denis e da Lola e eu passei direto. Viajei sem me despedir do meu marido.

Talvez eu tenha exagerado, também não contei uma coisa para o Jusitn, mas entre o que eu não contei e o exame de DNA que ele fez escondido, o segredo dele tem mais impacto em nossas vidas. Um teste de paternidade, o que eu posso pensar disso? Andei quebrando muito a minha cabeça e as opções não são boas. Ou ele pensa que um dos meus filhos não é dele ou apareceu algum filho perdido por aí, e com isso meu maior medo é que o tal filho seja com a Jenny, ex- empregada folgada com quem ele tinha um caso, assim seria a justificativa para o Justin não querer me contar.

A viagem correu bem e assim que chegamos na casa em Madrid Ally ligou para o Adam e o Jonh ligou para a Louise e depois para o Justin, já que eu não quis.  Coloquei as crianças para dormir, arrumei umas coisas e depois descansei um pouco. A tarde saímos para almoçar e dar uma volta pela cidade. Justin tentou me ligar várias vezes, mas não quis atender em nenhuma delas, então ele ligou para o Jonh que quase me obrigou a falar com ele.

Com o meu comportamento logo meu pai ficou desconfiado de que algo não ia bem e me chamou para dar uma volta, mas tarde quando voltamos a casa.

—Pensei ter interpretado as coisas de uma maneira errada quando você não se despediu do Bieber antes de embarcar, mas agora eu confirmei que não vi errado. - Fomos caminhando até uma pequena praça que havia ali perto e nos sentamos em um dos bancos que haviam ali. — Vocês brigaram. Posso saber o motivo?

—Ele está me escondendo alguma coisa. Disse que não é o momento e não quer que eu fique com muita coisa na cabeça.

— Deve ser algo sem muita importância, então ele não quis te contar agora por conta do julgamento

—Se fosse isso não teria problema, mas não. Justin está escondendo uma coisa bem séria de mim. – Jonh estava me olhando a espera que eu continuasse a falar. Estava na cara que ele não sabia de nada e fiquei um pouco em dúvida se deveria contar sobre a ligação. — Ele fez um exame de DNA e não me contou.

—Com a Lola ou o Denis?

—Não sei, pode ser deles ou de qualquer criança que apareceu. Eu descobri por acaso, então não sei detalhes.

 —Agora eu entendo porque você está de cara fechada.

—Não é pra ficar? Tá eu entendo que ele não quis que eu ficasse com muita coisa na cabeça, mas eu tenho o direito de saber.

—Realmente não é certo ele não contar para você, mas vamos imaginar o seguinte; Se o Bieber, chegasse para você antes da viagem, como ele fez, e lhe contasse tudo. Como você ficaria para o julgamento?

—Eu conseguir lidar.

— Mesmo? Pensa no que ele ia dizer.... “Aurora, meu amor, apareceu uma mulher que jura que filho dela é meu, eu acredito que não seja, mas tive que fazer o exame de DNA.” Como isso te faz sentir, filha?

— Se falasse que está tudo bem, estaria mentindo. Eu diria a ele que estaria aqui se precisasse de alguma coisa e que independente do resultado final as coisas entre nós não mudariam.

—Você não é tão impulsiva quanto a sua irmã, mas duvido que reagisse com tanta calma. Você é aquele tipo de pessoa que fica pensando naquilo por um bom tempo é isso acaba interferindo em suas decisões.

—Mesmo que fosse acabar comigo, ainda acho que ele deveria me contar.

—Ele só quer te proteger, Aurora.

— Cuida das crianças pra mim. – Falei, ignorando o que o Jonh disse e já me colocando de pé. — Vou visitar a Lindsay.

Fui até o apartamento da Lindsay sem avisar, torcendo para que ela estivesse em casa e sozinha. Mas caso ela não esteja, pelo menos sai para dar uma volta me fará bem.

— Aurora! – Berrou assim que abriu a porta. — Que bom te ver amiga... está tudo bem?

—Mais ou menos. Podemos conversar?

—Claro, entra aí. Você sabe que esse apartamento sempre será seu também.

— Obrigada.

O apartamento está praticamente do mesmo jeito da última vez que estive aqui. Quadrinhos de fotos nossas com alguns amigos estavam por todos os lados, me fazendo lembrar de quando era a Lola. Admito que sinto um pouco de falta daquela época. Sem responsabilidades de filhos e casamento. Apenas me preocupava em dar o meu melhor no trabalho.

— Então o que aconteceu para você estar assim? É sobre o julgamento?

— Não, são outras coisas.

Contei a Lindsay tudo. Do teste de DNA aos recortes de jornal. Sempre contamos coisas umas para outra é mesmo que eu fique um tempo sem falar com ela ainda confio muito e me sinto confortável em contar coisas.

— O que você acha?

—Bom, não quero escolher um lado. – Lindsay começou quando parei de falar. — Acho que os dois estão errados.  Não sou casada para saber como isso funciona, mas acredito que nenhuma das partes podem esconder coisas.

—É, eu sei, mas é tão difícil.

—Por você acha que ainda estou solteira? – Brincou. Caímos na risada.

Dei um abraço em Lindsay e agradeci por ela me ouvir e ser aquele tipo de amiga que consegue deixar as coisas mais leves. Então foi a vez dela me contar as novidades, como vão os projetos, o pessoal que sempre estava por aqui e até como estava o Liam.

Depois de um bom tempo de conversa Lindsay comentou que hoje teria uma festa de aniversário supressa para um dos nossos colegas das antigas. Ela me convidou e acabei não resistindo, afinal não ia demorar... mas acabei demorando. Fui conversar com um e outro e nisso a hora passou rapidamente.

Quando cheguei em casa, dando de cara com um sonolento Jonh sentado na sala, me dei conta que já eram quase 6 da manhã.

—Olha quem achou o caminho. – Poderia falar que o Jonh estava bravo, mas isso não combina com ele, mesmo que tente parecer assim. — Onde você estava?

—Com a Lindsay. Hoje, bom ontem foi aniversario de um conhecido nosso e ia ter uma festa para ele, fui lá dar os parabéns e perdi a hora.

—Perdeu a hora. – Repetiu. —Não vou começar com aquele sermão de que você deveria ter avisado, porque você já é uma senhora casada e mãe de duas crianças, que passaram a noite toda chamando por você. Você é uma moça jovem ainda, tem direito de sair, mas não custa nada avisar.

Fui irresponsável, eu sei. A festa foi legal, me fez esquecer os problemas que estavam me preocupando, não deveria ter feito isso, mas não fiz intencionalmente.

—Me desculpe.

—Você não precisa se desculpar. Só não faça mais isso. Não tanto por min ou pela sua irmã, mas sim pelo Denis e pela Lola. O que aconteceu para nem o celular você atender?

—Deve ter descarregado e desligou.

— Logo quando você resolve ser irresponsável as coisas acontecem.

—Aconteceu alguma coisa? – Perguntei sentindo meu coração se acelerar com a expressão séria do Jonh.

—Sim, o Adan sofreu um acidente. Foi atropelado quando andava de bicicleta e está no hospital.

—Como a Ally está?

—Mal. Conseguimos um voo para ela hoje as 10 da manhã.

—Eu vou falar com ela.

Deixei Jonh na sala e fui até o quarto da Ally. Minha irmã estava deitada no escuro do quarto abraçada a uma almofada. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, ela encarava um ponto no vazio da escuridão. Como pode as coisas acontecerem de uma vez só? Ver a minha irmã assim só me fez sentir culpada. Que bela irmã eu sou, que hora ruim para ser irresponsável que escolhi.

—Ally? – Chamei, mas não obtive resposta. Adentrei o quarto e fui até a cama, me sentei ao seu lado e peguei sua mão. — Eu sinto muito, irmã. Pelo acidente e por não estar aqui com você. Eu estou tão nervosa e preocupada com as minhas coisas e acabei escolhendo o pior dia para ser irresponsável.

—Não posso perde-lo. – Ela disse. Sua voz saiu baixa e rouca. — Não posso,  eu amo o Adan.

—E não vai. Você vai ver que tudo foi só um susto.

—Eu sempre falei para aquele tonto tomar cuidado. - Ela riu fraco. — Até usar o carro no lugar daquela gerigonça que ele chama de bicicleta, mas o Adan insistia em dar uma de natureba e alternativo.

—Calma, Ally você vai ver que ele vai ficar bem.

—Obrigada. – Ela sussurrou enquanto me abraçava apertado.

Depois de tantas coisas, agora acontece isso. É como se tivessem aberto uma caixa de coisas ruins. Estou me sentindo péssima pela minha irmã e por mim mesma. Na intenção de evitar que coisas ruins aconteçam que é costumo pensar demais antes de sair e fazer besteira. Hoje que resolvi fazer diferente isso aconteceu.

Continuo chateada com o meu marido, mas agora que queria tanto que o Justin estivesse aqui comigo.



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