1. Spirit Fanfics >
  2. Encantando o inimigo - HIATO >
  3. Capítulo 5

História Encantando o inimigo - HIATO - Capítulo 5


Escrita por: Myssih

Notas do Autor


AVISO LEGAL:
Harry Potter e os personagens pertencem a JK. Rowling, a história a seguir é de completa e total autoria minha! Eu posto essa história em cinco sites, e em todos o meu pseudônimo é o mesmo!
PLÁGO É CRIME!!

Eae bonitos como vai essa força?
Ta aí mais um cap! Espero que gostem, é o maior até agora!!

Capítulo 5 - Capítulo 5


CAPÍTULO 05

O garoto não voltou a gritar, mas não parava de olhar para Lucius e para o quadro. Ele com certeza viu a moça do quadro se mexendo e falando, e viu o menino apontar aquela vareta para o quadro e fazer com que ela voltasse a ficar imóvel, como se fosse… mágica. Sem se aguentar em si decidiu acabar com aquele silêncio irritante do outro.

- Marcos Turner. - disse estendendo a mão para o outro, sendo prontamente ignorado.

Lucius olhou para o menino sem entender. A essa altura ele não deveria estar correndo por aí gritando como louco sobre o que acabou de ver? Se bem que, gritar como um louco, ele gritou, muito até… Mas ele parecia mais impressionado do que nervoso ou com medo, isso poderia ser positivo, talvez pudesse contornar a situação.

- Lucius huuun... - pensou duas vezes antes de dizer o sobrenome. Um trouxa não conheceria sua família, então não via porque não falar. - Malfoy.

- Muito prazer Lucius huuun Malfoy. - riu da sua própria piada sem ser acompanhado. Limpou a garganta um pouco constrangido pela apatia do outro - Então… o quadro estava se mexendo não é? Por que se não, eu estou ficando completamente louco. Sabe tem esse livro que eu comecei a ler a uns meses, e meu pai diz que eu tô ficando paranóico com esse lance de Merlin e espadas e etc. Mas como eles podem não estar paranóicos? Quer dizer… o Rei Arthur é até um cara bacaninha sabe, mas não se compara nem um pouco com o grande mago Merlin. O cara era irado demais, ele sabia fazer todo tipo de feitiço que você possa imaginar. Aposto que ele podia fazer esse aí também!

- Eu duvido muito! Meu pai criou esse feitiço, e além dele, somente eu sei fazer. - disse com o nariz empinado, apesar de estar um pouco assustado com o fôlego do garoto.

- Quer dizer que você é um mago? Que nem o grande Merlin? Isso é tãaaao legal! Ai meu deus, por que você não me ensina? Aliás Merlin existiu mesmo? Por que meu pai disse que é só uma história, mas ele também disse que magos não existem e você é real. - se aproximou do outro tocando sua bochecha. - você é real não é?

Lucius segurou a mão do outro que não parava de o cutucar. Qual era o problema daquele garoto hiperativo. A reação dele não combinava nem um pouco com o que se esperava de um trouxa. Ficou encarando os olhos brilhantes do garoto, eles eram uma mistura de mel com verde, realmente bonitos… Talvez, só talvez, trouxas não fosse tão horríveis assim. Olhou mais uma vez para Marcos, ele era um pouco mais alto que Lucius, o cabelo era cacheado e incrivelmente preto, mas era os olhos que chamavam atenção. O garoto era bonito, claro que nada comparado com ele próprio, mas bonito, muito bonito… Corou levemente ao perceber sua linha de pensamento.

Se estivesse certo, o garoto era um aficionado por magia, tanto quanto seu pai era para arte trouxa. Talvez pudesse usar isso a seu favor.

- Você promete guardar segredo?

- Sobre você ser um bruxo e tudo mais? Não acho que alguém acreditaria se eu contasse...

- Eu não posso te ensina. Ser bruxo não é algo ensinado, a magia nasce com você​. - Marcos não podia ter ficado mais decepcionado - Mas acho que não tem problema se eu mostrar…

Lucius foi completamente contaminado pela euforia de Marcos. Não precisou de muito para ele acabar se entregando aqueles olhos e fazendo tudo que ele pedia. No dia em que Marcos descobriu que magia realmente existia, Lucius contou a versão bruxa de Merlin e o trouxa Arthur. E quando estava prestes a ir embora, aqueles olhos pidões imploraram para que voltasse e contasse mais e mais histórias do mundo bruxo. Ele simplesmente não conseguiu dizer não, assim Lucius e Marcos começaram uma amizade tão forte que muitos duvidariam que se tratava de um Malfoy e um trouxa comum.

Marcos era bem mais maduro que o bruxo, talvez pelo modo como crescera, mas muito era pose por ser mais velho e querer parecer forte para o outro, mas sempre que se tratava de magia, ele parecia uma criança de cincos anos com um pirulito gigante na mão. Apesar da pose de menino de classe que Lucius sempre mantinha perto de Marcos, ele esquecia completamente de todas as regras de um bom sangue puro e se tornava tão criança quanto qualquer outra de sua idade.

Marcos era um ano e meio mais velho que ele, e quando descobriu isso começou a tratar o bruxo como um irmãozinho mais novo. Sempre que se encontravam ele cuidava de Lucius, o levando para cidade, mostrando o mundo trouxa para o garoto, e mesmo que ele vivesse fazendo careta para tudo, ele sabia que o mais novo tinha curiosidade pelo mundo trouxa, assim como ele tinha pelo mundo bruxo, ok, talvez não tanto quanto ele, mas ele existia interesse.

Sempre que Abraxas se distraia era uma oportunidade de Lucius obrigar um elfo doméstico a leva-lo até o museu para se encontrar com Marcos, e passar mais um dia mostrando um novo feitiço que aprendera, contando histórias bruxas ou até mesmo ouvir algumas histórias trouxas, e é claro aprontar alguma.

Um dia resolveu levar Lucius até a casa que vivia com seu pai, sua mãe também havia morrido, mas fazia tanto tempo que Marcos quase não se lembrava do rosto dela, ou pensava que lembrava por causa das fotos. Aquele foi o único dia que viu Lucius fraquejar, a morte da mãe dele ainda era uma dor muito grande para o garoto, mas como um Malfoy, Lucius não era permitido e nem se permitia chorar pela morte da mãe.

- Vocês acreditam em Deus?

- Você quer dizer uma figura imaginária que teoricamente quer o bem de todos, e muito poderoso, mas não ajuda ninguém? - tentou esconder a tristeza atrás de palavras ácidas.

- Vou levar isso como um não. - deu uma risada. Lucius era como uma cobra, sempre atacando quando se sentia coagido, mesmo sem motivo para se sentir assim. - Bom, eu acredito nessa figura imaginária, e eu acredito que exista um lugar especial que as pessoas vão quando morrem, e eu acho que as nossas mães estão lá, talvez elas até se conheçam!

Lucius ficou encarando o mais velho sem dizer uma palavra sobre o que outro disse. As vezes ele fazia aquilo, ficar em silêncio do nada, só encarando a pessoa, como se ela fosse adivinhar o que se passava em sua cabeça. Marcos detestava isso.

- Você não quer ficar pro jantar? Meu pai vai chegar do museu daqui a pouco.

- Seu pai trabalha no museu?

- Ele é o zelador. - disse orgulhoso.

- O que um zelador faz?

- Ah… Ele meio que cuida de tudo lá.

- Entendi, ele é o dono então… - Lucius se sentou na cama do outro. - Por que vocês moram em muquifo desses então?

- A gente não mora em um muquifo. - disse divido entre constrangimento e raiva. - Ele não é o dono, ele só limpa e conserta as coisas no museu…

- Seu pai é um elfo doméstico? - perguntou assustado. Era possível elfos terem filhos humanos? Ou talvez ele fosse adotado…

- O que é um elfo doméstico?

- Bichos feios, baixinhos, narizes enormes e orelhas maiores ainda, que só sabem dizer sim senhor, não senhor, sim senhor, não senhor - disse balançando a cabeça de um lado para o outro.

Marcos queria, mas simplesmente não conseguia continuar bravo com o outro, era impossível para si ficar bravo com o mais novo por muito tempo, mesmo quando ele falava coisas maldosas.

- Não, definitivamente meu pai não é um elfo doméstico. - disse enquanto ria.

Desde que tinha entrado em Hogwarts ficava difícil se comunicar, e de se verem mais ainda. Lucius fazia questão de voltar sempre que podia e mandar cartas dizendo o que tinha aprendido de novo, mas não era a mesma coisa.

O fim de semana seguinte tinha tudo para ser perfeito, iria poder voltar para casa, seu pai iria para mais uma das suas viagens de negócio, então não teria que sair escondido, e seria o aniversário de Marcos. Há semanas estava planejando um presente especial, e se conhecia bem aquele louco por magia, ele iria adorar. O dia tinha começado extremamente frio, mas aos poucos foi amenizando. Era mais um ponto positivo para os planos de Lucius, já que o clima combinaria com seu presente.

Escolheu sua melhor roupa trouxa. Preferia mil vezes usar qualquer uma de suas túnicas ao invés daquela roupa sem graça, mas se até mesmo seu pai achava que era mais sensato usar roupas trouxas para não chamar atenção desnecessária, ele não iria contrariar, mais do que já estava fazendo, as ordens de seu pai.

Tinham combinado de se encontrar no galpão atrás do museu, onde ficavam guardadas as obras que não estavam em exposição. Quando chegou lá encontrou Marcos sentado em cima de uma caixa balançando sem parar as pernas. Era impossível para ele ficar parado, por um minuto que fosse.

- Resolveu pentear o cabelo pro aniversário Turner? - disse com um sorriso de escárnio, se aproximando do outro.

- Lucius, achei que você não ia chegar nunca… Demorou muito pra ensebar esse seu cabelinho? - bagunçou o cabelo do outro.

- Não toca no meu cabelo!

Tirou a varinha do bolso e lançou um feitiço simples para ajeita-lo. Marcos ficou encarando a varinha por vários minutos, inclusive seguia quando Lucius balançava de um lado para outro rindo.

- Fala que você criou um feitiço que vai me tornar um bruxo! - disse ainda seguindo a varinha, era o que sempre dizia quando se encontravam, Lucius nem levava mais a sério.

- Não. Mas eu criei um feitiço pro seu aniversário e tenho certeza que você vai adorar.

- Como​ você pode ter certeza? - levantou uma sobrancelha.

- Ora… Eu sou Lucius Malfoy, tudo o que eu faço é simplesmente incrível. - guardou a varinha no bolso para trazer a atenção do outro de volta. - Seu pai disse que iria ter bolo de chocolate. Os bolos do seu pai são tão bons quanto os da mansão…

- Eu sabia que você tinha vindo pelo bolo.

- Tem outro motivo? - fingiu cara de surpresa.

Fazia tanto tempo que se conheciam, mas aquela implicância um com outro nunca foi deixada de lado, e por mais que brigassem sem parar, sempre estavam juntos, seja nas horas boas ou quando quebraram um vaso que valia uma fortuna na frente do gerente do museu, que saiu enlouquecido atrás do Alberto, pai de Marcos, e quando voltou com o homem o vaso estava impecável sem nenhum tris e os pestinhas com um sorriso nada inocente no rosto. Foi nesse mesmo dia que Lucius conheceu o pai do Marcos e experimentou o melhor bolo que ele já havia comido, palavras do próprio. Desde então ele passou a visitar com mais frequência a casa do amigo. Alberto não sabia que Lucius era bruxo, mas sentia que o garoto era estranho.

- Chega de falar de Hogwarts, quero te mostrar seu presente logo. - disse levemente rosado.

- Não que eu faça questão que você faça alguma magia na minha frente, mas já que você veio pra isso. - disse fingindo pouco caso apesar dos olhos não conseguirem esconder a ansiedade.

- Imperium Ignis

Uma bola de fogo saiu da varinha de Lucius aos poucos primeiro azul e foi se tornando vermelho conforme ia crescendo, não era muito maior que a palma da mão. A bola se afastou da varinha e começou​ a rodar pelo lugar, se dividindo e voltando a se juntar, como em uma dança.

- É um fogo totalmente controlado, se eu quiser que ela fique maior ou menor, se divida, ou mude de cor, basta um aceno da varinha, e ela não queima nada a não ser que eu queira.

- Isso é… incrível.

Várias bolinhas começaram a rodar em volta de Marcos passando bem próximo de sua roupa e cabelo sem queimar um fio se quer. Por fim elas se juntaram e foram pousar em suas mãos.

- É quase como se tivesse saindo da minha mão. - disse rindo, e foi nesse exato momento que as portas do galpão foram abertas.

Quatro homens entraram carregando uma caixa enorme que provavelmente continha alguma obra que seria exposta no museu, os quatro pararam de falar no momento que viram os meninos, um deles soltou a caixa fazendo os outros perderem o equilíbrio e a caixar ir ao chão.

- Mas… que merda…

Eles não tiravam os olhos do fogo nas mãos de Marcos, sem nem sequer perceber que a caixa caíra. Lucius só lembrou de acabar com o feitiço nesse momento, fazendo a bola de fogo sumir na frente dos olhos dos carregadores os deixando mais assustados do que já estavam.

- Bru... bruxaria

Marcos puxou Lucius para trás de si.

- Você precisa ir embora agora.

- Eu não vou te deixar sozinho nessa.

- Eu não quero saber Malfoy! Vai embora, eu resolvo! - olhou para trás com um sorriso no rosto. - Pode confiar.

- Eu… droga… Quando eu voltar é bom você ter resolvido isso Turner!

Lucius correu para trás de um caixote saindo da vista dos carregadores convocando o elfo. Antes de desaparatar, ele viu Marcos piscar para si e ouvir os carregadores.

- Ele é perigoso!

- Isso é coisa do diabo!

- Vai chamar o pessoal.

Antes que pudesse se afastar do elfo e voltar pro lado de Marcos já estava parado em pé em seu quarto.

- NÃO! EU PRECISO VOLTAR SEU ELFO MALDITO! ME LEVA DE VOLTA. - sua expressão era de puro terror- eles vão...

- Voltar para onde Lucius?

Ouviu a voz do pai na porta atrás de si, ele tinha desmarcado a viagem que faria, e passaria o fim de semana em casa. O elfo aproveitou o momento para desaparatar. Seu pai podia ajudar, eles podiam voltar lá e salvar Marcos. Lucius respirou fundo, seu pai não ajudaria um trouxa sem nada em troca, sem falar que teria que explicar porque se envolveu com um ao ponto de se importar com seu bem estar. Talvez a situação piorasse. Colocou de volta a máscara de Lucius Malfoy, o sangue puro, que não se importa com trouxas, que não se importa com Marcos..

- Hogwarts. Eu não peguei um livro que eu precisava para terminar a lição de poções.

- Não seja tolo garoto! Qualquer livro que aquela escola tenha, terá em nossa biblioteca.

- Claro. Obrigado senhor.

Quando ouviu os passos do pai se distanciar​ caiu no chão sem força nas pernas, só esperava que Marcos realmente pudesse cuidar da situação.

Não conseguiu nenhuma oportunidade de ir visitar o amigo antes de voltar a Hogwarts. Passou todo o período mandando cartas, imaginando que o amigo estaria bravo por ter deixado ele sozinho, no dia do aniversário, e voltado para escola sem dizer tchau. Mas não tivera muita opção quanto a isso.

No primeiro fim de semana que voltou para mansão não se aguentava para ir procurar logo Marcos, quem ele pensava que era para ignorar todas suas cartas daquele jeito. No último dia antes de voltar para escola, durante a tarde, seu pai teria uma reunião, e o conhecendo como conhecia, teria tempo o suficiente para ir até o museu falar com Marcos, precisava saber se estava tudo bem depois do que aconteceu no galpão.

Lucius acordou de supetão. Havia se escondido há dias naquele quartinho horrível, nada digno de um Malfoy.  E aquela missão só ia de mal a pior. Olhou pela janela do quarto tentando perceber alguma movimentação do lado de fora. Precisava voltar logo para mansão antes que algo pudesse acontecer com sua família.

Fechou os olhos ainda lembrando do sonho que estava tendo, aquelas eram lembranças amargas, que ele guardava tão fundo na sua alma, que não fora capaz de contar para ninguém. Lembrava de ter ido em todos os lugares que costumava ficar com Marcos, até na casa do garoto chegou a ir sem encontrá-lo. Quando parou próximo a um parque sem saber mais aonde ir, viu Alberto sentado em um dos banco. No dia em que os carregadores entraram no galpão dando de cara com os meninos, não viram Lucius usar a varinha e pensaram que Marcos era algum tipo de demônio ou outra coisa qualquer, e por mais que ele jurasse que não era nada disso, nenhum deles acreditou. Levaram ele para um casebre abandonado e o torturam de todas as formas, o batiam constantemente, mas ele nunca admitiu ser um demônio ou disse onde estava o outro demoniozinho que vivia mandando cartas contando como aprendia coisas malignas. Quando o pai descobriu onde os homens tinham o prendido já era tarde demais.

Lucius fechou os olhos. Sabia muito bem do que trouxas eram capazes. Eram um bando de burros ignorantes que sequer conseguiam identificar um dos seus. Lucius não cometeria o mesmo erro duas vezes. Não voltaria a confiar em um trouxa, e não voltaria a fugir.


Notas Finais


Se alguém tiver ficado ofendido com o que o Lucius disse, me desculpe, eu só quis mostrar como seria o lado dele!
Mais um feitiço de minha autoria, acho que eu deveria trabalhar com isso...
Bjs e até o próximo cap!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...