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História Hogwarts Lendo Percy Jackson - O Encontro dos Escolhidos. - A 5 lei é quebrada.


Escrita por: L_Petsch

Notas do Autor


Então eu normalmente não gosto de fazer isso :v, mas eu acho que depois dos últimos capítulos que levaram semanas para serem postados eu devia a vocês uma prova de que estou escrevendo, e acho que vocês queriam ver essa cena.

Capítulo 13 - A 5 lei é quebrada.


- Vamos Nev – disse Ana Abbott enquanto caminhava atrás do garoto que saltitava às pressas pelos corredores – Hogwarts é enorme, você nem sabe onde eles aterrissaram, nem sabe quem aterrissou.

- Não posso perder a chance – disse o garoto virando em outro corredor e encarando uma das áreas abertas no interior do castelo, comumente usadas para recém chegados com vassouras ou outros meios de transporte alados – E só pode ser a minha família que aterrissou, quem mais viria para Hogwarts no meio do ano?

- Neville você está otimista demais, podem ser pais de outros alunos, pode ser o ministério da magia, pode ser qualquer um – a garota finalmente agarrou o braço do jovem e o fez se virar para encara-la – Eu sei que você quer acreditar que aquele Dionísio curou seus pais, mas...

- Não Ana – o garoto gritou – Eu não quero apenas acreditar eu preciso acreditar... Eu passei anos da minha vida vendo eles uma ou duas vezes por ano, e eles nunca olharam nos meus olhos, eles nunca me reconheceram.

- Neville você sabe que nenhuma coruja saiu de Hogwarts desde que começamos a leitura.

- Dumbledore me deu permissão naquela noite – disse o garoto – ele estava no Corujal, disse que já esperava que eu fosse quebrar as regras e ir enviar uma carta. Ele apenas me pediu para ocultar as informações sobre Percy e permitiu que a coruja fosse enviada. Dumbledore também acredita no Sr. D.

- Dumbledore confia em Percy Jackson – disse Ana Abbott – É claro que ele confia no tal Dionísio, mas você não viu a cara dele quando o Sr. D estava no salão? Ele claramente não gostou nenhum pouco daquela intromissão.

- É claro que ele não gostou, ele entrou aqui transformando um aluno em golfinho.

- Bom saber que você se lembra disso, o que garante que seus pais também não sofreram o mesmo? – disse Ana.

- Por que você veio me procurar? – reclamou o garoto – para tirar minhas esperanças? Para me convencer de que se o Sr. D curar meus pais é tudo parte do grande plano maligno de Percy Jackson para conquistar o mundo?

- Não seu idiota – gritou a garota – Eu vim porque sei o quanto você vai ficar desapontado quando perceber que aqueles que chegaram não são a sua família. Eu vim porque sou sua amiga e estou preocupada com você.

- Se fosse mesmo minha amiga estaria torcendo por mim – o garoto logo se virou novamente e continuou seu caminho em direção a um dos jardins.

Neville tinha uma forte lembrança desse jardim específico, as arvores, os pilares de pedra, dois anos atrás durante o torneio Tribruxo foi aqui o lugar onde Alastor Moody, ou na verdade Bartolomeu Crouch Jr. Havia transformado Malfoy em uma doninha em frente a toda a escola, com certeza era uma memória que valia a pena ser guardada.

O jovem ouviu o som de passos antes mesmo de chegar aos jardins, ele disparou pelos corredores, tinha certeza de que sua família iria para o outro lado, em direção ao salão do diretor Dumbledore, não deviam saber que o diretor já não se encontrava na escola.

Mas para sua surpresa, logo que iniciou a curva ele se deparou com uma figura corpulenta, trombando com ela e caindo de bunda no chão.

- O que está fazendo aqui Longbottom? – rangia Alastor Moody seu olho normal encarava Neville enquanto o mágico estava girando e olhando direto para Ana Abbott – o que os dois estão fazendo aqui?

- Senhor... – Começou Ana – Pedimos desculpas... Pensamos que...

- Ora Alastor não os trate assim – disse Molly Weasley ajudando Neville a se reerguer – Está bem querido? Não se machucou.

- Estou bem – o garoto então correu seus olhos pelos convidados, Fred e Jorge acenaram, Arthur Weasley o enviou um cumprimento com a cabeça, Neville também viu o professor Lupin e uma moça de cabelos arroxeados a qual ele não reconheceu – São só vocês?

- Esperava por alguém Neville? – perguntou o Professor Lupin com um sorriso no rosto e de tempos em tempos olhando para um grupo de três pessoas que estavam mais afastadas no corredor.

- Eu... Eu pensei que poderiam ser...

Neville nunca disse quem ele pensou, um soluço interrompeu a frase enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas, a visão estava embaçada e logo uma voz de choro deixava impossível compreender o que quer que deixasse os lábios do Longbottom mais novo, como um reflexo ele levou suas mãos ao rosto e desabou em lágrimas.

- Desculpem – ele conseguiu dizer, e então sentiu um par de braços o envolvendo e logo um segundo par – Eu pensei que poderiam ser meus pais.

- Ne... – o garoto ouviu um choro frágil e dolorido.

- Eu pensei que eles estavam curados – disse o garoto – eu acreditei que eles estavam.

- Fi... – Disse uma segunda voz, assim como a primeira ela também parecia estar sofrendo.

- Eu vi as vassouras, achei que eram maus avós, meus tios, pensei que eles tinham vindo me buscar para ir vê-los – disse Neville – Eu pedi para que me buscassem ainda hoje caso os dois estivessem bem...

- Neville – o garoto ouviu a voz de Molly Weasley.

- Por favor Sra. Weasley me desculpe – suas lágrimas agora começavam a molhar as mangas da camisa, escorrendo pelo seu rosto até os pulsos que o escondiam – Vocês nem devem saber do que estou falando.

- Neville – foi a vez de Ana, e então o garoto sentiu o abraço ao redor de si apertar ainda mais, como um reflexo ele moveu suas mãos e envolveu as duas pessoas, chorando ainda de olhos fechados em seus ombros.

- Eu me atrevi a acreditar, eu vi Dionísio fazendo tudo aquilo, eu pensei que poderia ser verdade... Eu pensei que ele poderia curar os dois... Ele também me disse que eles estavam curados e eu acreditei...

-  Ne... – disse uma das vozes fracas, dessa vez o garoto percebeu que havia um certo tom feminino na voz, quase imperceptível devido a rouquidão.

- ... vi – a segunda vez pareceu tentar completar a frase, mas sua voz se perdeu em uma tosse seca e dolorosa...

- Não precisam dizer nada – o garoto respondeu, parecia estar aos poucos recuperando a compostura, mas ao mesmo tempo continuava chorando e sentindo enquanto alguém acariciava seus cabelos, até mesmo parecia a forma como sua avó o acariciava quando menor. – Eu... eu vou esperar mais alguns dias... É uma longa viagem de Londres a Escócia... Eles talvez cheguem durante a manhã...

- Ora garoto – gritou Alastor Moody – Quer parar de chorar e abrir seus olhos?

- Você é tão delicado – disse Fred, ou seria Jorge?

- Como um coice de Testrálio.

Neville se afastou e por fim abriu os olhos. Finalmente vendo quem eram as duas pessoas que o abraçavam, ele viu Ana com o canto de sua visão, a garota chorava silenciosamente parecia estar ainda mais surpresa do que o próprio Neville.

- Fi... – disse a mulher que o abraçava.

- ... Lho. – Completou o homem ao seu lado.

- “Ele pode não conseguir falar por um tempo” – Neville se lembrou da frase do Sr. D – “As cordas vocais estão danificadas já que ele gritava o tempo todo”

Quando as duas pessoas tentaram chamá-lo e suas vozes falharam, em sua amargura o mais novo Longbottom pensou serem apenas Molly e outro bruxo que não sabiam o que dizer, mas não eram. “Ne”, “Vi”... As duas pessoas, mesmo sabendo que não conseguiriam falar tentaram chamar seu nome.

No rosto daquele casal escorriam mais do que apenas lágrimas de felicidade por estarem ao lado de seu filho, boa parte deles eram as lágrimas da dor que esse pequeno esforço por apenas uma silaba causava em ambos, lágrimas do sofrimento de um pai e de uma mãe que não eram capazes de dizer o nome do seu tão amado filho, que não eram capazes de pedir perdão por todos os anos em que não estiveram ao seu lado, lágrimas de uma mãe que não podia dizer ao filho quanto ele tinha se tornado um belo homem, e lágrimas de um pai que não pode dizer ao seu filho o quanto ele se orgulhava pela fé.

Neville olhava para seus pais em lágrimas, assim como já os vira durante anos, mas pela primeira vez tanto Alice Longbottom quanto Frank Longbottom olhavam para seus olhos, e sorriam abraçando novamente ao seu filho.

- Vocês... – As lágrimas tomaram Neville novamente.

- Eles foram mesmo curados? – disse Ana.

- Sim srta. Abbott – disse Dumbledore que saia de trás dos convidados – Eu me certifiquei de trazê-los para Hogwarts no mesmo momento em que soube que ambos tinham deixado o hospital St. Mungus. Os dois estavam bastante ansiosos para rever o filho.

- Então o Dionísio – disse Neville ainda em lágrimas. – Obrigada sr. D, obrigada.

- E – a mulher tentou falar e então começou a tossir, Neville dessa vez percebeu que ela tossia sangue, não conseguiu imaginar o quanto de dor ela deveria sentir sempre que tentava dizer algo.

- Não digam nada – disse Neville, ele sorria puxando os pais para mais perto de si – Teremos uma vida toda para conversar, não precisam se apressar.

Para sua surpresa seu pai pegou a varinha de Neville e fez rabiscos no ar, Frank Longbottom devia ser habilidoso na arte de feitiços não verbais, já que rapidamente se via uma mensagem escrita em rabiscos de luz vermelha e dourada.

“Eu te amo”

Alice Longbottom logo segurou a mão do marido, a ponta da varinha brilhou novamente e Alice escreveu uma frase semelhante, mas com uma diferença crucial.

“Nós te amamos, filho”

- Eu também amo vocês – Disse Neville.

Frank o abraçou novamente e deu um rápido olhar para Ana Abbott ele sorriu e rabiscou com a varinha em letras e pequenas e escondidas.

“Essa é sua namorada?”

Alice logo sorriu olhando para a garota e indo até lá para cumprimentá-la.

- Esta é Ana – ele disse escondendo as letras brilhantes – Ana Abbott, uma colega da escola e da Armada de Dumbledore.

- Sr. Neville Longbottom – disse Dumbledore – devemos voltar ao salão e continuar a leitura.

- Desculpe, eu só preciso fazer algo antes – disse Neville – Um de vocês tem alguma coisa comestível consigo?

Fora um dos gêmeos que o entregou uma caixa de formato Octagonal.

- Obrigada Jorge.

- Eu sou o Fred.

- Obrigada Fred.

- É mentira dele, eu sou o Fred ele é Jorge.

- Meninos – disse a Sra. Weasley.

- Papai, mamãe – Neville os chamou – venham comigo.

Os três Longbottoms logo juntaram alguns poucos galhos no jardim e sob um agitar da varinha de Neville eles arderam em uma chama laranjada, o rapaz então olhou para o presente dos irmãos Weasley, uma caixa de sapos de chocolate ainda lacrada.

- Para Dionísio – ele abriu a caixa e viu enquanto o animal usava seu único pulo em vida para se atirar as chamas.


Notas Finais


Servidorzin do Discordzin: https://discord.gg/mqVFk97

Essa cena originalmente ia ser o início do próximo capítulo, mas a introdução provavelmente ia ficar grande demais no próximo capítulo, com a cena da chegada da Ordem eles se espalhando e tendo alguns diálogos com as 4 mesas, e coisas desse tipo. Juntando isso ao fato de que essa cena era por si só um plot inteiro com início, meio e fim eu achei que valia a pena dar a vocês esse capítulo que mesmo sendo meio curto ainda tem muito carinho sobre ele.

Eu queria dar a essa cena um ar de sofrimento para ser sincera :v sim eu sou meia sádica me julguem. Mas eu queria mesmo tentar passar esse sentimento misto de que ao mesmo tempo que os pais do Neville estavam felizes em vê-lo eles estavam sofrendo por não conseguirem dizer nenhuma palavra a seu filho.

Enfim eu queria trazer essa dualidade de que eles tinham tanto a dizer e não eram capazes e isso os fazia sofrer, ao mesmo tempo em que o próprio Neville os confortava e mostrava o quanto eles haviam perdido, já que seu filho que era apenas uma criança da ultima vez que eles se lembram de tê-lo visto agora era um homem adulto que estava confortando o sofrimento dos pais, e eles estavam orgulhosos disso.

ENFIM É ISSO, ESSA É A CENA DO TÃO AGUARDADO RE-ENCONTRO E EU ESPERO QUE TENHAM GOSTADO ;---; Se não gostarem podem me falar eu apago e edito sem problemas o que eu não posso aceitar é que essa cena não faça vocês chorarem ;---;


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