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História Encontro Marcado - Revelações - Parte I


Escrita por: JehCalazans

Capítulo 38 - Revelações - Parte I


Fanfic / Fanfiction Encontro Marcado - Revelações - Parte I

Com os olhos marejados, emocionado pelo que leu, Luis deu partida. Aquela carta lhe deu a certeza de que… ele não poderia abandonar Vitória novamente, muito menos agora, conscientemente.


 

Ele estaciona o carro certo de que ,apesar da hora, ela está acordada.. Ele toca a campainha e como aconteceu mais cedo, é Vitória que abre a porta.



 

O vestido está um pouco amassado, os pés estão descalços… Ela tem os olhos vermelhos de tanto chorar, a maquiagem já não pode mais esconder.


 

Ela parece surpresa, um tanto confusa em vê-lo, mas nenhum dos dois quebra aquele silêncio inicial.


 

— Eu te amo – Ele e abre os braços para ela que o abraça... como se fosse a única forma de sobreviver.


 

— Você está em casa... – ele diz ao seu ouvido – Faremos isso juntos –

 



—_________________________________________________________


 

Os raios de sol invadiam a janela, clareando o quarto… isso fez com que Luís fosse o primeiro a despertar. Um tanto preguiçoso ainda para se levantar, se aconchegou ainda mais ao corpo quentinho da amada. Os dedos calejados acarinhando, delineando cada curva….



 

Ele acabou por sentir Vitória remexer sob suas carícias. Ainda que um tanto resistente, decidiu se afastar… Cobriu as janelas com o intuito de proporcionar maior conforto. Então saiu do quarto para lhe preparar o café.



 

Enquanto isso…O dia ainda nem tinha começado direito, mas Emília estava ligada 220 volts, atarefada, organizando a casa para a chegada de Bernardo. Embora, tenha resolvido trabalhar em casa para descansar um pouco mais e cumprir as ordens médicas.


 

Estava presa em seu escritório, vulgo cantinho particular, quando ouviu o som estridente do celular e para sua surpresa, era Luís.


 

ー Alô ー


 

ー Oi Emíliaー Luís sente as mãos suarem pela nova sensação de estar falando com a filha ー Como está? ー


 

ー Estou bem, Seu Luis. E  o senhor, como anda? ー


 

ー Ando velho, minha filha, ando velho ー Ele zombou de si próprio, fazendo com que ela risse no outro lado da linha. E se ela notou um tom diferente nas palavras “minha filha” não estranhou.


 

ーAh, Luis! Deixe de modéstia ー  E o som da sua risada teve outro gosto para ele ー Mas diga, idoso Doutor, do que precisa? ー E ele não pode evitar achar graça do deboche.


 

ー Apenas um convite para almoçarmos, aceita? ー


 

ーClaro que sim, é só marcarmos. Bernardo chega a noite, então podemos ama..ー

 

ーNão, minha querida. Falo hoje ー


 

ー Hoje??? Mas, Seu Luis, eu….. ー


 

ーAh não! Eu não aceito um não como resposta e olha que no quesito teimosia eu ganho devido a idade ー involuntariamente um sorriso se formou nos lábios de Emília.


 

ー Tudo bem, personificação da teimosia, eu aceito ー


 

Luís sorriu com o gracejo e eles conversaram um pouco mais antes de finalmente desligar. Então ele nota Vitória, envolvida sob o lençol de tecido leve, de pé num canto da sala a observar. E era incrível como ele a achava linda, mesmo com as mechas desgrenhadas e a expressão um tanto  confusa de quem acaba de acordar


 

ー Entendi errado ou você combinou um almoço? ー    Ele percebe que ela não sabia com quem ele falava


 

ーNão, você entendeu muito bem ー Se fez de desentendido


 

ー E esse sorriso bobo no seu rosto é por isso ? ー Vitória pegunta como quem não quer nada, mas é notório seu incômodo ー


 

ー Sim, porque hoje é o primeiro almoço com a minha primogênita ー


 

Um pequeno sorriso se forma nos lábios de Vitória quando ela finalmente entende.


 

ー Você não acha que estamos indo rápido demais? Luis eu .. ー Por mais feliz que ela estivesse, contagiada por Luis, ela não podia esconder a preocupação com as expectativas que seu amado estava criando.


 

ー Meu amor…. foram mais de 20 anos. Nao acha ser tempo suficiente? ー


 

ー Sim, eu só.. Você sabe que ela… Você sabe que pode não sair como você está planejando, não sabe? ー Ele se aproxima dela, a envolvendo em seus braços


 

ー Claro que sei… ー Apesar do sorriso confiante que ele ostentava,  Luis demonstrava seu receio ー Agora, o que acha de saborear o cafe da manhã que eu mesmo preparei? ー Os labios masculinos começam a acariciar a pele macia do rosto de Vitoria, com beijinhos ternos e vagorosos.. Difícil nao derreter-se

 

ーHum.. Como diz a sua filha, acho que estou preparada para uma indisgestão ー Os dois riem, ele a pega no colo, apesar dos gritinhos da amada, guiando-a até a cozinha.

 

 

 

—______________________________________________________

 

 

 

E o resto do dia correu agitado,  ao menos para Emilia que estava atolada no trabalho, apesar de estar em casa e de vez em quando mantendo contato com Rosa…  E mesmo em casa, mal teve tempo de pensar nos problemas, nem conseguiu falar com Bernardo direito, que ligara informando que pelo mal tempo, adiaram seu voo para o dia seguinte.... Até que Raimunda bate a porta perguntando se a patroa vai querer algo para comer e Emília percebe o quão tarde está, lembrando do almoço com Luís.  E mesmo atrasada ela se arruma com esmero. Nada como uma boa companhia, uma boa comida…



 

Ao chegar, ela se identifica e os seguranças prontamente lhe deixam entrar.


 

Ela bate com alegria a porta de Luís, e ele mesmo a recebe com um forte e caloroso abraço.


 

ー Desculpa pelo atraso, mas estou enrolada em um caso ー


 

ー A do pai que matou a filha neh? Ainda tem aquele traficante.... Te entendo.ー Luis finaliza o cumprimento, beijando a mão de Emilia, e então, de braços entrelaçados, ele a guia até a sala de jantar. Para Luís o o carinho da Beraldini sempre foi especial, mas agora sabia porque, seu sangue corria naquelas veias, não só o seu, mas o da mulher que sempre amou, ainda ama…


 

ー Quer beber algo? ー Ele oferece depois de acomoda-la.


 

ー Um vinho. ー Responde naturalmente e Luis logo vai serví-la ー Obrigada! ー Emília logo degusta o vinho em alguns goles, e Luís senta ao lado dela, até que ela o percebe nervoso quando ele verifica pela milionésima vez a hora em.seu relógio de pulso.ー Está tudo bem Luís? ー


 

ー Sim está.ー Emília assente como que tudo bem, mas Luís percebe o mesmo olhar de Vitória, aquele cheio de dúvida quando não acredita em algo, e ele se pergunta como não percebeu esses detalhes tão claros antes. Até que ele nota a filha se aproximar mais e pegar em suas mãos.


 

ー Tudo bem... Mas suas mãos estão frias e suadas, você também está tremendo, e já olhou para porta algumas vezes.ー ao ouvi-la dizer isso instintivamente olha novamente em direção a portaー Viu? Fez de novoー ela sorri, ele  nervosamente faz o mesmoー Estamos esperando alguém? Lucrécia? ー


 

ー Não, ela disse ter coisas a tratar hoje o dia inteiro e não vai passar aquiー ele tosse limpando a gargantaー Mas você tem um pouco de razão. Emília, eu pedi para você vir aqui hoje porque… eu.. eu tenho algo muito importante para te contar...


 

ー Pois pode dizer. ー  Ela segura em suas mãos com um pouco mais de força, como lhe passando confiança


 

ー  Eu andei conversando com Vitória e... .ー Ao ouvir o nome da mãe ela se afasta um pouco, soltando as mãos dele ー  Ela confidenciou…



 

Neste instante a campainha toca, a empregada vai abrir. Luís olha para a filha que o analisa, um tanto confusa.




ー Então estamos mesmo esperando alguém ? ー Luís não tem tempo de responder porque nesse instante Vitória entra na sala....



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