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História Encontros - Reconhecimento e espionagem (parte 1)


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Então, minha gente, espero que tenham aproveitado meu presente.
Beijos.

Capítulo 49 - Reconhecimento e espionagem (parte 1)


NARRADORA

Os dias correram rápidos e na mesma rotina: Karl, Ellie e Bardock trabalhavam no palácio, junto com Nappa e Vegeta. A cena do escritório sempre se repetia na hora das refeições e Bardock ficava extremamente incomodado toda vez que a via – não gostava daquela distância que Ellie se impunha, não acreditava ser normal, algo dentro dele o alertava que havia algo errado, mas não sabia como descobrir, então a vigiava.

O humor de Ellie deteriorava a cada interrupção no trabalho e, quando isso acontecia, o alvo era Bardock. Ela, às vezes, tentava se controlar. Mas, toda vez que lembrava que teria que voar até em casa depois de um dia cansativo por causa da teimosia de Bardock e Raditz, ficava irritadíssima. E ela havia avisado que Bardock e Raditz sofreriam com isso.

Raditz encarava o mau humor matutino de Ellie com resignação, ela o tinha avisado. Ele acabou fazendo o que Ellie sugeriu e levava os meninos para a Academia. Para sua surpresa, percebeu que o treinamento de Ellie os tinha preparado para encararem os rígidos programas de treino dos recrutas. Eles surpreenderam a todos, pois eram apenas garotos – filhotes – e suportavam tudo melhor que os adultos, mas eles haviam sido instruídos por Raditz a não mostrarem sua força naqueles treinos. E eles obedeciam.

Finalmente a equipe do palácio estava terminando a defesa do Império Sayajin em tempo recorde, quando algo inusitado acontece.

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ELLIE

O que foi isso? Essa explosão de ki, esse aumento massivo de poder? Olho em volta e Karl está com os olhos pregados em mim. Ele está surpreso que saí de minha concentração sinistra e ainda me pus de pé rapidamente.

Ele tenta falar comigo, mas preciso me concentrar, preciso saber o que está acontecendo. Nenhum dos outros percebeu nada desse aumento de poder. O que só pode significar uma coisa, na verdade, uma pessoa.

- Criança! Sentiste isso não foi? – era “ela”, instintivamente segui para meu lago de meditação.

- Sim. Alguém elevou seu poder de luta muito longe daqui, mas é tão poderoso que conseguimos sentir como se estivéssemos muito próximas! Nenhum dos sayajins sentiu nada, nem Karl – para um poder assim não ser sentido só pode significar uma coisa: está sendo escondido em algum lugar com interferência natural ou tecnologia para isso. Também só existe uma explicação para sermos as únicas a sentir essa elevação: foi Broly.

- Usaste a técnica que te ensinei nele? – ela pergunta e eu aceno concordando. – Então localiza-o, precisamos investigar isso, pode não ser nada, mas pode significar tudo o fato dele esconder esse poder de luta. – ela me apressa e sinto que está certa.

Me concentro e o localizo. Está nas longínquas montanhas congeladas do Norte do Império Sayajin.

Precisamos ir pra lá!

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KARL

Ellie levantou do nada espalhando documentos pra todos os lados, ela está em alerta, procurando algo. Tento lhe falar, mas ela me ignora e compassa sua respiração, está se concentrando em algo, como se estivesse meditando.

Todos os sayajins estão em alerta agora, pois o comportamento dela é estranho.

De repente ela abre os olhos e sua postura mudou. Kakaroto foi o primeiro a reagir.

- O que aconteceu?

- Senti uma elevação absurda de poder. Está localizada nas montanhas do Norte, sei onde, mas precisamos ir rápido para investigar. Vamos precisar de roupas de combate Vegeta, uma que aqueça, pois vamos enfrentar neve. – ela não é mais uma estudiosa ou nerd. Era uma guerreira, um pequeno comandante ditando estratégias. - Precisamos montar uma equipe. Deve ser pequena para podermos nos deslocar e os membros devem saber esconder o ki. Vamos eu, Kakaroto e Karl. – ela determina rapidamente.

- Eu vou. – Vegeta está ansioso por ação, mas Ellie não quer deixar.

- Negativo. Não vou expor meu Rei. Você fica, também deve proteger Trunks, mande chamá-lo agora. Essa é uma missão de reconhecimento e espionagem, se fosse pra combater o levaria. – ela fala rapidamente, mas está irredutível.

- Quem pensa que é pra me impedir de fazer o que quero? – Vegeta está muito contrariado e sinto perigo pra Ellie, tento ficar entre os dois, como é meu dever, mas ela me impede e olha diretamente pra ele, enfrentando-o como poucos.

– Sou sua estrategista, sua mão secreta, sua aliada inesperada, o fator caótico nos planos bem desenhados de alguém. Não vou arriscar você nesse jogo de xadrez. Você é o Rei e deve ser protegido, quando se mover vai ser pra acabar com tudo. – ela responde, encarando-o.

Eu o vejo analisar tudo o que ela disse. Vegeta é inteligente e sabe que ela tem razão, mas não quer dizer que goste disso.

- Nappa, providencie uma roupa pra ela e Karl, assim como armaduras de combate e scouters. – o gigante apenas acena e sai rapidamente para obedecer as ordens de seu rei.

- Vegeta... – ela o chama e ele apenas a olha, Ellie se aproxima e põe suas mãos nos ombros dele. – Me escute: não é que não acredito em sua força, sei muito bem do que é capaz, mas agora não é de suas habilidades de luta que precisamos, mas de suas habilidades de governante. Acha que pode confiar em Nappa? – ele acena ainda calado e olhando para ela. – Então conte o que achar que deve pra ele, deixo a seu critério, mas alerte Raddie e Gohan e acho que Nappa pode fazer isso sem levantar suspeitas. Vamos descobrir o que pudermos e retornar.

Nappa entrou naquele momento com as roupas e armaduras, antes que pudesse deixar a sala para vesti-las, Vegeta pega o braço de Ellie: Tome cuidado, minha prima, Raditz não vai ficar feliz se voltar machucada.

Nappa engasgou e Ellie sorriu pra ele, depois para Vegeta: Vou tomar, seu bobo, não se preocupe. Vamos Karl.

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ELLIE

Vegeta pode ser muito fofo! Ele expôs sua preocupação usando a de Raddie e ainda me disse o quanto Nappa podia ser confiável me chamando de prima na frente dele. Sayajin orgulhoso! Mas gosto dele.

Me visto rapidamente, as roupas de combate de inverno não são tão diferentes das de verão, apenas que cobrem totalmente os braços e pernas e são brancas. Era a primeira vez que eu vestia uma armadura de combate, mas me surpreendi com a leveza da roupa, não pesava nada e me deixava com os movimentos livres – graças a Kami-sama Nappa tinha pego uma versão feminina e minha armadura não tinha aquelas ombreiras horrorosas e nem aquelas proteções nas pernas, pra falar a verdade parecia um corselet e me senti bem com ela; vesti as luvas e calcei as botas e pus o scouter no rosto, ligando-o. Estava pronta.

Encontrei com Karl – ele estava bem com sua armadura sayajin, mas a dele era do modelo masculino que Vegeta usava, com as ombreiras apenas. – e Kakaroto no escritório. Nappa não estava e supus que tinha ido cumprir as ordens de Vegeta, me virei para Bardock e o abracei rapidamente – não falaria nada e nem perderia tempo.

- Kakaroto já esteve nas montanhas do Norte? – perguntei. Tinham se passado somente 15 minutos desde que senti a elevação do ki de Broly e ainda o sentia, mas parecia uma eternidade.

- Sim. Por que pergunta? – ele me olhou com um sorriso de canto.

- Vamos nos teletransportar para lá. Agora. – ele apenas me olha, inclinando a cabeça, e abrindo ainda mais o sorriso.

- Você me surpreende Ellie. Como soube? – eu sorrio pra ele, mas tinha pressa.

– Depois te digo. Nos leve até onde você puder e de lá voamos. – determino.

- Ok. Devem me tocar. – Karl e eu fazemos isso e ele coloca dois dedos na testa nos transportando diretamente para as montanhas do Norte.

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KARL

PUTA MERDA!!!

Esse truque do Kakaroto é muito útil. Vou pedir pra me ensinar.

Olhamos em volta estamos em uma montanha muito alta, em uma cordilheira.

O céu está com nuvens pesadas. Vai cair uma tempestade daqui a pouco tempo.

- Pra onde agora? – Kakaroto pergunta.

Ellie se concentra um pouco, está captando alguma coisa.

- Lá. – Ela aponta uma enorme montanha, quase no fim da cordilheira.

- Montanha Grid. Bom lugar pra se esconder. – Kakaroto está animado com a possibilidade de lutar e Ellie o repreende.

- Não se empolgue. Reconhecimento e espionagem, essa é a missão. Agora vamos voar. – e ela controla seu ki pra apenas conseguir voar a uma velocidade mediana. – Disfarcem o ki, deixem no nível em que está o meu e quando pousarmos vamos ocultá-lo e correr. Kakaroto, encontre uma frequência livre no scouter e vamos todos sintonizar nela, não planejo que nos separemos, mas se for necessário vamos manter as comunicações. Nada de heroísmos tolos.

Todos sintonizamos na frequência que Kakaroto indicou e seguimos as instruções de Ellie. Incrível como ela se transformou de uma hora para outra! Estou surpreso, mas ao mesmo tempo intrigado. Como ela consegue liderar guerreiros como Kakaroto e não consegue enfrentar seus próprios medos? Ellie realmente é um mistério e me sinto feliz que estou do seu lado vendo seu crescimento.

Sorrio selvagemente, pensando na diversão que ainda vamos ter. O conselho que nos aguarde.

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ELLIE

Estamos voando em formação. Estou liderando, pois sei pra onde devemos ir, Kakaroto está no lado esquerdo e Karl no direito.

Karl está pensando em algo divertido. Seu sorriso está selvagem e existe empolgação em sua postura.

Kakaroto está empolgado também, mas está concentrado em alcançar o objetivo da missão.

Nos aproximamos do local onde sinto que Broly está. Ele continua aumentando seu poder! Até onde vai elevá-lo? Qual o seu limite?

Foi quando me dei conta: era isso que ele estava fazendo. Testando os limites do seu poder em algum lugar da montanha ou dentro dela, provavelmente dentro, pois era mais fácil controlar a emissão de poder e evitar qualquer tipo de surpresa ou visita desagradável.

Quando chegamos à tal montanha, pousamos. Sinto mais a presença de Broly, dentro da montanha.

- Está dentro da montanha. Devemos encontrar a entrada, vou tentar me concentrar e ver o que consigo fazer. – penso no meu pequeno “vírus de ki”, fazendo com que pulse levemente, me guiando como uma pequena estrela.

- Já sei como entrar. – aviso aos rapazes.

- Ellie, tem certeza? – Kakaroto me pergunta e é natural que esteja desconfiado, pois até agora ele e Karl ainda não sentiram a pressão absurda de todo aquele poder.

- Tenho. Vamos tomar mais cuidado agora, mas está do outro lado. Vamos voar, mas com o ki muito baixo. – oriento meus parceiros e sigo na liderança.

- Ellie, como pode saber tudo isso? Não sentimos nada e você está nos guiando com uma confiança cega. – Karl me pergunta curioso.

- Aprendi uma técnica nova, muito útil para situações como essas, ela precisava ser testada, por isso não te ensinei. – estava explicando enquanto dávamos a volta na montanha, quando estávamos chegando próximos do ponto onde eu sentia estar a entrada do esconderijo a tempestade de neve começou.

Fiz sinal que parássemos e nos escondemos em uma reentrância da montanha. Dava pra perceber a pequena caverna e dentro dois homens armados, com roupas de neve, era muito fácil defender aquela entrada com poucas pessoas, pois era muito estreita, embora eu pensasse que ela, provavelmente seria mais larga – naturalmente ou artificialmente. – mais a frente.

- Karl. Consegue invadir? – ele observa rapidamente. Não está mais agitado, analisa todas as possibilidades friamente – aquele era o Mestre dos Espiões dos Lanza à minha frente. O meu Mestre dos Espiões.

- Sim, mas teremos que ser muito rápidos. Logo eles notarão algo errado e perceberão a invasão. Em casos como esse é comum uma comunicação regular para verificação e uma troca de vigilância constante. Não sabemos quanto tempo teremos.

- Entendo. Vamos agir mesmo assim, precisamos saber o que se passa dentro dessa montanha. – ele apenas acena.

- Fiquem aqui. Seus cabelos são muito visíveis, esquecemos umas toucas de neve, mas podemos pegar as dos dois infelizes ali embaixo. – eu concordo com um aceno e vejo ele se esgueirar até a entrada daquele lugar.

- Como soube do teletransporte? – Kakaroto me pergunta se colocando ao meu lado e observando Karl.

- Te marquei com um localizador de ki tem um tempo. Quando vi que deu certo com a minha cobaia e que não havia riscos marquei todos vocês, assim eu sempre saberia onde estão. – ele apenas me olha ressabiado.

- Localizador de ki? – pergunta sem entender. Aceno confirmando e continuo conversando com ele, enquanto observo Karl se esgueirar. Ele quase sumiu de nossa visão, está tentando ser o mais cauteloso possível e, graças a Kami-sama, a tempestade de neve aumentou de intensidade, camuflando sua aproximação.

- Eu “marquei” vocês com uma microscópica parte do meu ki, assim sempre sei a localização de todos vocês, como um radar. Eu senti quando você teletransportou uma vez, num momento estava no palácio e no instante seguinte na sua casa, fiquei pensando como fez isso e foi a única explicação que encontrei. É um bom truque, apesar das limitações. – explico pra ele, que continua me observando sério.

- Em quem testou primeiro? – ele pergunta sério agora. Não gostei do tom dele, mas respondi mesmo assim.

- Em Broly, o “marquei” naquele dia que nos encontramos. Ele foi minha cobaia. – então me viro muito séria pra ele e falo olhando direto em seus olhos. – Nunca testaria nada em algum de vocês. – e volto minha atenção para a entrada da caverna. Pude ver um vulto através da neve, mas estava muito borrado, esperei mais alguns minutos e vi quando os dois vigias foram arrastados pra fora.

- Podem vir, sejam rápidos, tivemos sorte. Eles comunicaram por rádio que estava tudo bem antes de eu eliminá-los, mas não sei exatamente quanto tempo temos antes da troca de vigilância. – disse Karl através do scouter.

- Vamos. – disse a Kakaroto antes de sair pulando pela encosta da montanha para chegar mais rápido à caverna.

- Ellie, não quis parecer desconfiado... – Kakaroto tentava falar, mas Karl o cortou pela nossa comunicação do scouter.

 - Mas foi assim que soou. Agora cale a boca, se concentre e depois peça o perdão dela. – ele foi cortante e eu sorri. Karl quando estava empenhado era assim: afiado como uma lâmina.

Quando chegamos na caverna Karl nos entregou as toucas de neve e entramos naquele corredor rochoso. Como eu esperava ele ia se alargando à medida que afundávamos na montanha. Logo chegamos a um local em que Karl avisou possuir câmeras, ele fez então um interessante truque com ki: criou uma miragem, uma ilusão do corredor vazio e pudemos passar normalmente.

Foi assim em todos os lugares com câmeras, ele criando ilusões e eu nos guiando, mas estava ficando nervosa por não encontrar ninguém ali.

- Isso está estranho. Não encontramos ninguém até agora. Onde estão todos? – falei minha inquietação e Karl acenou concordando.

- Esperem um pouco, vou fazer uma coisa. – então ele criou pequenos pontos de ki e espalhou pelo ar. – Vamos esperar um pouco. Estamos no caminho certo? – ele perguntou pra mim.

- Sim, está cada vez mais forte. Chega a ser opressivo. – ele me olhou preocupado, mas eu o tranquilizei. – Está tudo bem, não é doloroso ou nada parecido... Apenas incômodo.

Alguns dos pontos de ki enviados por Karl voltaram alguns momentos depois e vi que seu rosto era uma máscara gelada agora: Sei porque não encontramos ninguém. Estão todos mortos.


Notas Finais


Agora vocês vão esperar um pouquinho.
Mas prometo que vai valer a pena.
Beijos.


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