História Encontros - Luta na montanha Grid (parte 4)

KARL

Eu e Kakaroto estamos lutando ferozmente com Broly. Por motivos similares, mas com objetivos diferentes.

Kakaroto é intrinsecamente alguém que acredita no lado bom das pessoas e isso se reflete na sua forma de lutar: ele quer vencer, mas, ao mesmo tempo, deseja terminar a luta da forma mais limpa possível.

Eu não desejo isso. A dor que Ellie está sentindo deve ser vingada! A morte de Raditz, do companheiro de minha Alfa, deve ser paga com dor, sangue e desmembramento... Não quero dar uma morte limpa a esse puto e não vou.

Lutamos bem em conjunto. Com golpes e técnicas de ki estamos empurrando Broly, o encurralando, minha espada de ki suga sua energia a cada golpe e a transfere a mim, que devolvo uma parte em forma de mais golpes.

Kakaroto golpeia Broly mais uma vez, derrubando-o no chão, naquele fosso de onde ele deve ter saltado mais cedo.

Vamos atrás dele, finalmente o encurralamos e quero começar a tortura-lo. Mas Kakaroto tem outra opinião:

- Vamos eliminá-lo logo. Devemos voltar para Ellie. – ele me fala e fico um pouco dividido, mas me lembro do grito de Ellie.

- Não. Vou fazê-lo sofrer e depois levar sua cabeça para minha Alfa. – respondo a Kakaroto, que apenas me olha.

- Cuidado com essa sede de vingança. Além do mais, estamos falando do assassino de meu irmão, se alguém tem o direito de mata-lo sou eu.

- Aí é que se engana Kakaroto... O direito da morte dele é de Ellie, minha Alfa, e, como seu Beta, ela me deu uma ordem e vou cumpri-la.

- Vocês deviam era prestar atenção em mim. – diz Broly arremessando uma grande quantidade de energia concentrada, Kakaroto ia ser atingido em cheio, mas me ponho na sua frente e corto essa energia em duas, aproveitando para absorver uma parte dela.

- Você fez igual a ela... Que poder é esse? É algo que sua linhagem carrega? – Broly pergunta mais para si, mas eu o escuto e guardo essa dúvida para compartilhar com Ellie, talvez se der algo a ela para pensar e pesquisar evito o pior.

Nesse momento, senti alguma coisa... Algo que não deveria estar sentindo, mas sinto mesmo assim.

Senti o ki de Raditz.

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RADITZ

Karl e Kakaroto encurralaram Broly naquela espécie de arena.

- Baby, precisamos matar Broly. Ele não pode viver. – digo olhando em seus olhos. Não sei o que ela fará, mas preciso ir lá e lutar de novo.

- Eu sei. Aquele desgraçado não pode continuar existindo e sei que quer ir lá. – ela me diz com um sorriso travesso. Ela entende, minha Ellie é realmente uma guerreira. Preciso pensar mais sobre esse lado dela e as necessidades dele. Mas esse não é o momento.

- Sim, vamos Vegeta. – me levanto e caminho para ir encontrar meu irmão e Karl.

Ellie também se levanta: Vou junto. Não serei deixada pra trás.

Vegeta somente a olha e eu também: seu rosto marcado pelas lágrimas que derramou, sua roupa e armadura banhados pelo meu sangue, seus cabelos desalinhados... E ainda assim sua postura é firme e valente. Ela não vai ceder nisso.

- Vamos logo. – digo com um suspiro.

Chegamos na borda daquele fosso a tempo de ver Karl defender meu irmão cortando o ataque de energia de Broly em dois... Como Ellie fez com o ataque conjunto de Seripa e Sari.

Vejo minha Ellie sorrir: Ele está muito mais forte... Esse Karl, sempre escondendo o jogo.

Descemos até o local onde estão lutando e Broly me olha espantado: Mas você morreu! Como é possível?!

- Isso não te interessa. A única coisa que precisa saber é que vai morrer aqui. – falo com aquele bastardo, enquanto me coloco ao lado de Karl e Kakaroto, Vegeta me acompanha e Ellie fica mais atrás. Ela está olhando fixamente para Broly, sinto através do vínculo que ela está fazendo alguma coisa, mas não sei o que é.

Karl sorri pra mim: Bom te ver, otário.

Eu sorrio pra ele e depois olho a espada que ele carrega: Arma interessante... Vamos ver se ela perfura tão bem quanto corta?

Ele sorri ainda mais e olha brevemente para Ellie – que lhe dá um leve aceno ainda concentrada em alguma coisa: Vamos lá.

Atacamos Broly os quatro juntos, por mais forte que ele seja é difícil resistir a um ataque tão massivo e poderoso.

Karl aproveita a abertura que criamos e perfura o peito de Broly com sua espada.

- Como? – ele não acredita, olhando para a espada fincada em seu peito.

- Muito simples... Somos mais fortes. E você vai pro inferno. – Karl fala e Broly abriu os olhos com medo. Karl abre sua mão e a espada começa a congelar Broly, Vegeta dispara energia em Broly usando a espada de Karl como condutora, eu me aproximo daquele desgraçado e falo com ele uma última vez:

- Ela faz as escolhas dela. – e coloco mais energia na espada, expandindo e rasgando o corpo de Broly de dentro pra fora.

- Não! Não me darei por vencido! – ele tenta controlar seu ki para se proteger e empurrar nosso ataque e, a princípio, parecia que ia conseguir, mas Ellie avança e fica ao meu lado:

- Negativo. Não vai sair daqui, não vai sobrar nada de você, nem mesmo a lembrança, será apagado e vai morrer sabendo que isso foi causado por aqueles que considerava menos que insetos. – e murmura – Vampirizar. – Broly enfraquece rapidamente e Ellie se volta para Kakaroto, ela toca em seu ombro – algo aconteceu, pois ele a olha espantado e ela sorri para ele. – Sua vez cunhado.

Meu irmão se prepara e nos afastamos: KA... MEEEE... HA... MEEE... HAAAAAAA!!!!

Broly foi atingido em cheio e de perto. Seu corpo foi incinerado pelo golpe de meu irmão. Não restou nada dele, como Ellie havia dito.

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ELLIE

Quando Broly parecia que ia conseguir revidar o golpe que os rapazes lhe deram eu acionei meus “vírus”. Broly estava fraco e eu mais forte e mais próxima, o resultado foi devastador para Broly. Depois toquei em Kakaroto, lhe transmitindo uma parte da energia que eu ainda sugava de Broly, ele se assustou, mas deu o golpe final.

Eu vi Broly ser desintegrado. Estava terminado.

Todos estavam vivos e bem.

Raddie se aproximou de mim e me agarrou em um beijo selvagem. Não me importei que estávamos sendo observados por alguns machos bem maliciosos. Eu estava nos braços de meu macho, de meu companheiro e sentia a sensação familiar e reconfortante de sua cauda em minha cintura.

- Hei vocês dois! Vamos voltar logo pra casa, assim vocês vão terminar o que estão fazendo no quarto. – foi Kakaroto quem falou brincalhão.

- Raditz! Deixe de ser vulgar e de expor Ellie. Isso não são modos de alguém da família real. – Vegeta repreende Raddie como se fosse um garoto, mas seus olhos me dizem mais que suas palavras.

- Vamos logo! Quero encher a cara depois de tudo isso. Vou sair por aí e pegar geral a mulherada. Talvez leve Gohan, já está na hora do garoto sair daqueles laboratórios. – Karl fala debochado.

- Hahaha! Boa sorte com isso, já tento algo assim desde que ele chegou à maioridade. – Raddie respondeu a Karl depois que me deixou respirar.

Eu não falo nada naquele momento, apenas agarro o meu companheiro em um abraço apertado e inspiro profundamente seu cheiro. Sei que estou excitada e que todos aqueles machos estão sentindo, mas nada me importa, só o que interessa é que o tenho.

- Hei baby, estou aqui com você. Não se preocupe ok? – ele fala e me dá um beijo cheio de carinho nos lábios.

Eu aceno e sem larga-lo me viro para Kakaroto: Vamos pra casa, mas depois você vai me dizer como aprendeu o Kamehameha. Esse é o golpe máximo de meu mestre e eu não consegui dominá-lo quando tentou me ensinar.

- Você também tem algumas coisas a explicar Ellie, mas podemos fazer uma reunião depois e esclarecer as coisas. Vamos pra casa. – todos tocamos em Kakaroto e ele nos teletransporta para o palácio dos sayajins.

Quando chegamos lá, mais precisamente no escritório de Vegeta, vemos Bulma discutindo e enfrentando Nappa e Bardock:

- Minha rainha não é hora para isso... Precisamos ir para o abrigo, se o rei chegar e perceber que não a protegemos como era o nosso dever... – Nappa tentava argumentar diante de uma Bulma muito irritada com as mãos na cintura e claramente em postura combativa, enquanto Bardock olhava e balançava a cabeça incrédulo com o que acontecia.

- EU sou a rainha dos sayajins e é meu dever comandar na ausência de meu rei. E é isso que estou fazendo Nappa. Trunks, Goten e Gohan estão no abrigo. A linhagem de Vegeta e Kakaroto está garantida, meu povo precisa de um líder enquanto meu rei está fora e é isso que terá. Não mostrarei fraqueza agora. Eu sou Bulma Briefs, herdeira da Corporação Cápsula, uma verdadeira gênia. Não deixarei ninguém dizer pelas costas de Vegeta que ele escolheu uma covarde para ser sua rainha. – sorri para Raddie e admirei Bulma por sua postura. Ela era realmente a companheira de Vegeta.

- Basta mulher! Já estamos de volta. – Vegeta nos anuncia de forma lacônica, mas vejo em seus olhos mais do que quer mostrar aos outros: está orgulhoso da posição e da força de sua rainha. – Da próxima vez que lhe der uma ordem direta deve obedecer. – ele fala se aproximando da mulher.

- COMO É?! COM QUEM PENSA QUE ESTÁ... – e antes que ela pudesse falar mais alguma coisa ele a cala com um olhar que a fez corar até a raiz dos cabelos. A noite ia ser boa para Bulma.

- Ellie! Por que está coberta de sangue? Por que não a protegeu moleque? – Bardock se aproximava de mim e gritava com Raddie, que simplesmente cruzou os braços e ficou calado.

- Pai! Não seja tão precipitado! O sangue é do Raditz. – Kakaroto agarra o braço do pai e fala baixo em seu ouvido. – Quase perdeu um filho hoje. – Kakaroto completa.

Bardock olha para o filho e empalidece, mas não fala nada, muito menos pede desculpa por sua acusação, mas isso já era de se esperar dele.

Eu resolvo acabar com aquele clima pesado:

- Kakaroto, nos leve pra casa, por favor. Estamos todos cansados e podemos nos encontrar aqui em três dias para conversar e trocar opiniões. O que acha Vegeta? – pergunto ao rei dos sayajins, que responde:

- Você tem o péssimo hábito de tomar decisões e depois me perguntar se concordo apenas para me adular. Mas aceito sua proposta, depois de hoje precisamos de um descanso. - ele fala um tanto contrariado, mas mesmo assim concordando com minha proposta.

Eu sorrio pra ele e abraço Raddie com força.

- Vou ficar aqui no palácio, tenho que procurar um lugar pra encher a cara e pegar umas mulheres. – Karl nos comunica e eu agradeço mentalmente por sua percepção.

- Vamos. Vou leva-los logo pra casa. – Kakaroto ignora o pai e nos teletransporta de volta para casa.

- Nos vemos em três dias. Até logo. – ele se despede e vamos para o nosso quarto.

- Vamos tomar banho Raddie. – e começo a tirar a armadura de meu macho, que apenas sorri safado.

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NARRADORA

Longe dali.

- Então o que o robô espião transmitiu? – disse a voz masculina de forma autoritária.

- Não tem áudio, pois o choque de energia acabou danificando o sistema e, em alguns momentos, a imagem fica distorcida, mas até que dá pra aproveitar quase tudo. – explica um homem um pouco inseguro quanto ao seu chefe, ele é imprevisível.

- E o que deu pra saber? – a voz autoritária exigiu.

- Esses sayajins são monstros. O tal de Kakaroto é um guerreiro feroz, já o rei sayajin é muito mais frio e estratégico, o outro que chamam de Raditz é forte e rápido. Mas quem surpreendeu foi Karl Lanza: ele demonstrou umas habilidades muito interessantes e também muito poder de luta, tem um ki poderoso. – relatou o homem um pouco mais aliviado.

- E Ellie Lanza? O que dá pra saber dela? – o que parecia ser o chefe exigia saber em detalhes.

- Nada muito concreto. Ela não lutou, mas houve um momento em que seu ki se elevou bastante, mais do que o esperado pelas informações que temos, fora isso não temos dados conclusivos sobre ela. – o subordinado tornou a ficar inseguro.

- Hmm. Isso não é suficiente. Quero ver toda a gravação e analisar por mim mesmo, tirarei minhas próprias conclusões. – decide o chefe. Ele mesmo olharia aquela fita e depois teria as respostas que procurava.