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História Encontros - O Juramento do Beta


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi genteee.
Voltei.
Pensem um capítulo pra dar trabalho. li, reli, revisei, rerevisei...
Mas enfim saiu.
Espero que gostem.
Boa leitura. Beijos.

Capítulo 57 - O Juramento do Beta


 

NARRADORA

Os três dias passaram voando. Ellie e Raditz aproveitaram bastante pra se curtir, apesar de toda vez que saiam do quarto encontrarem a casa silenciosa, sempre havia comida pronta e um recado carinhoso de Gine.

Eles haviam combinado de se encontrar no palácio, então voaram até lá. Ellie vestiu um conjunto de blusa e calça pra ficar a vontade e prendeu seus cachos rebeldes em uma trança.

Raditz apenas sorria da mania dela de se arrumar toda vez que saia, apenas pra ficar descabelada por causa do voo e reclamar da aparência, mas ele não era louco de falar isso em voz alta. Ele conhecia muito bem sua fêmea nesse sentido.

Quando chegaram ao palácio já eram esperados e foram conduzidos até o escritório de Vegeta e todos já estavam lá. Era hora deles trocarem suas impressões e opiniões sobre o que tinha acontecido na montanha Grid.

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ELLIE

No escritório de Vegeta já estavam todos. Assim que cheguei olhei para Karl, que estava muito confortável na poltrona que geralmente ocupava:

- Karl! Não te vejo há três dias! Já preparou a defesa do Império Sayajin? – lhe digo sorrindo.

Ele apenas me sorriu, um pouco malicioso e um pouco debochado. Raddie já tinha escolhido uma poltrona para ele e eu estava sentada no braço dela, seu braço estava em minha cintura e ele observava Karl.

- Antes de responder essa pergunta Ellie quero te ensinar e ao Raditz a fazer a redoma de ki. Imagine uma bolha crescendo e envolvendo vocês, essa bolha não pode deixar escapar nenhum som. – ele espera que eu faça o que mandou e, mesmo sem entender o que pretende realizo o que me disse, afinal esse é uma técnica muito útil.

Consigo fazer uma redoma pequena, que envolve a mim e a Raddie. Testo pra ver se eles podem me ouvir:

- Karl? Consegue nos ouvir? – Karl apenas faz um sinal para que eu desfaça a redoma.

- Não está perfeito, mas quase não se ouve o que você falou. Tem que treinar mais um pouco e vou te ajudar nisso, também tem que controlar a quantidade de ki que usa para mantê-la, mas isso é o mais fácil. – ele se vira então para Raddie e dispara – Agora, garanhão, vocês vão poder selar o quarto e deixa-lo à prova de som; desse jeito não vão perturbar ninguém quando estiverem se divertindo.

- KARL! – estou coradíssima, não sei onde enfiar minha cara, me lembrando dos gritos de prazer que dei nesses três dias... Agora entendia a casa vazia.

- Venha Ellie. – Raddie me puxa para o seu colo e segura meu rosto, ao mesmo tempo que faz sua própria tentativa na redoma à prova de som. – Nunca se envergonhe do que fazemos em nosso quarto ou do prazer que te dou. É minha companheira, é meu dever e prazer te satisfazer.

- Mas Raddie... – eu estava muito envergonhada, mas ele me interrompeu com um beijo rápido.

- Sem “mas”. Não ligue pro Karl. – ele me abraça e sinto seu cheiro, que me acalma.

- Está bem. Libere a redoma. – peço a ele e depois que faz o que pedi, me volto para Karl, tentando ignorar o que ele havia falado, mas ainda estava muito corada.

- Karl, eu disse que você era meu Beta, realmente quero isso. Mas você quer? – isso era algo em que tinha dúvidas, pois Karl podia recusar. Eu ficaria triste, mas entenderia, pois o posto de Beta o prenderia pra sempre a mim e a Raddie.

O vejo sorrir e me olhar longamente antes de me responder.

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KARL

Ensinar a técnica da redoma à prova de som para Ellie e Raditz acabou se tornando uma necessidade depois que eles se trancaram no quarto.

Caralho! Os barulhos que dava pra escutar na casa inteira ME deixaram corado. Bardock e Gine estavam extremamente constrangidos e, depois do primeiro dia, simplesmente fomos pra casa do Kakaroto, que levava Gine pelo teletransporte apenas para deixar comida e voltar.

Mesmo assim, houve duas vezes que Kakaroto voltou com um olhar assombrado e Gine muito embaraçada.

É claro que eu entendia a necessidade dos dois, mas mesmo assim... Tinha coisas que até pra mim eram demais.

Eu vejo Ellie e Raditz conversarem. A deixei muito envergonhada e ele a estava tranquilizando. A redoma dele foi melhor do que a dela e não conseguimos ouvir nada do que dizem.

Quando desfazem a redoma Ellie ainda está muito corada, mas tenta ignorar isso.

É quando me pergunta se quero ser seu Beta.

Ela disse que queria, mas está preocupada se esse é o meu desejo. Ela realmente é muito diferente de Lars, se ele tivesse me nomeado seu Beta não teria escrúpulos em perguntar; o posto de Beta é muito honroso, mas também pode se tornar um fardo pesado e, ao me perguntar, Ellie me mostrou que se preocupa comigo e com o que desejo para minha vida.

Minha Alfa é honrada demais para impor isso a alguém. Me sinto orgulhoso dela e satisfeito pela minha decisão de ficar ao seu lado.

Levanto de minha poltrona e me ajoelho à sua frente – Ellie ainda está sentada no colo de Raditz e ele a segura protetoramente, o braço esquerdo dele em sua cintura, o direito sobre suas pernas e a cauda enrolada na panturrilha esquerda dela – isso a surpreendeu e fez Raditz levantar uma sobrancelha interrogativamente:

- Ellie Marine Lanza, eu já havia jurado fidelidade a você e em seu momento de maior necessidade buscou minha força, não como uma ferramenta, mas como um guerreiro de valor. Você reconheceu minha força, quando a maioria não o faria. Sim, estou disposto a aceitar a honra e o fardo de ser seu Beta.

Ellie agarrou a mão de Raditz, que olhou brevemente para mim e se focou nela por alguns momentos, depois voltou seu olhar pra mim. Sorri pra ele.

- Está disposto a fazer o juramento do Beta? – agora era ela que me deixava surpreso.

- Como sabe do juramento? Está quase esquecido e somente os guardiões da tradição lembram dele. – perguntei a ela curioso. Ela me dá um sorriso muito zombeteiro e responde:

- Tenho minhas fontes Karl. Vai fazer o juramento? – ela insiste e eu sei bem o motivo disso... Se os registros forem verdadeiros.

- Raditz sabe das consequências dele? – resolvo perguntar porque conheço esse lado dela. A necessidade de controle.

Ela morde o lábio. Ela não havia conversado com ele. Agora terá que explicar tudo na frente de todos.

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RADITZ

Quando Karl se ajoelhou na nossa frente, comecei a sentir as ondas de emoções de Ellie: estava contente por ele aceitar, mas também preocupada com ele. O que será que significava exatamente ser Beta e Alfa para o clã dos Lanza? Para Ellie? Para nós? E o que era esse tal juramento?

- Karl faça a redoma, por favor. – Ellie pediu e foi prontamente atendida por ele.

Depois me olhou e começou a explicar:

Já devia ter tido essa conversa com você Raddie, pois é o meu companheiro.

O clã dos Lanza é muito antigo, de um tempo em que os grandes clãs tomavam o espírito dos animais para simbolizá-los. O espírito guardião do clã representava as características que o clã tinha ou desejava ter.

O guardião dos Lanza é o Lobo.

Por isso o casal líder é chamado de Alfa. O segundo em comando e sua companheira são os Betas. E o mais fraco da família é o Ômega.

Nem sempre o filho do Alfa será o Alfa. É possível que outro, mais apto se torne o Alfa, mas ele precisa ter o sangue dos Lanza correndo nas veias e provar sua capacidade. Também deve ser reconhecido pelo Conselho, que são os mais experientes, a geração anterior.

Quando um Alfa assume ele deve escolher um Beta. O Beta é seu braço direito, ele acompanhará e protegerá o Alfa, aconselhando e agindo quando o Alfa não puder. Como Karl fez quando se colocou entre nós e Broly. Ele não se preocupou com ele, agiu instintivamente para proteger aquele que considerava seu Alfa, pois eu não podia deixar você.

O juramento do Beta é muito sério. Não é somente uma troca de palavras, Karl vai se comprometer a nos proteger e aos nossos filhotes enquanto estiver vivo, também vamos estabelecer um vínculo telepático; ele não vai acessar somente minha mente, mas a sua também e poderemos fazer o mesmo com ele e a sua companheira. O vínculo existe porque o Beta é o braço direito, mas também, geralmente, aquele que está ao lado do Alfa nas batalhas, é uma forma muito eficaz de comunicação. É claro que é possível bloquear o acesso à mente dos dois lados, para evitar constrangimentos e coisas assim. Não seremos um livro aberto a Karl e nem ele a nós.

Por isso é preciso ter muita confiança entre o Alfa e o Beta, para que não haja nenhum abuso de nenhuma parte no vínculo telepático. Isso é muito importante, pois um pode destruir a mente do outro.

- Quer dizer que isso vai significar que o otário vai poder acessar nossas mentes?! Ellie você vai mesmo querer ter Karl dentro de nossas mentes?! – esse vínculo telepático parece interessante do ponto de vista das batalhas , mas quando se fala em mentes é perigoso presumir que os outros vão respeitar os limites.

- Eu confio em Karl. Sei que ele não vai ultrapassar nenhum limite e também deve se lembrar que ele deve confiar em nós, pois, como você me aponta às vezes, é uma via de mão dupla. – ela me explica.

Sei que todos estão esperando minha resposta, fico pesando em todas as possibilidades do Karl pisar na bola, mas também tenho que pensar no contrário. Ele ainda não tem uma companheira, mas pode ter ainda e isso vai afetá-la também, então acho que essa possibilidade pode contê-lo mais que qualquer outra.

Estranhamente concordo que esse desgraçado irônico e sarcástico é confiável.

- Está bem Ellie. Vamos fazer isso, mas Karl não se esqueça de uma coisa: se você pisar na bola vou poder te surrar na sua mente também. – dou um sorriso cruel pensando nessa possibilidade... Seria interessante e divertido.

- hunf! Como se fosse conseguir com essa sua mente pequena... – ele me provoca, mas depois olha assombrado para Ellie – Mas se fosse Ellie que me ameaçasse com uma surra mental... A história seria outra.

Ellie apenas sorri docemente: Ainda bem que sabe.

Vejo Karl suspirar e me provocar:

- Ainda bem que posso te bloquear. Imagina as besteiras sem sentido que devem passar nessa sua cabeça. Vamos fazer o juramento Ellie. Estou ao seu lado e do idiota até o fim.

- Vamos começar. – Ellie fica séria.

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NARRADORA

Até o momento todos os presentes: Vegeta, Kakaroto, Bardock e Nappa só observavam.

Os outros não foram convocados a participar, depois dariam a eles um resumo. Além do mais, Gohan e Bulma estavam ocupados produzindo mais pílulas de cura e tentando quebrar a criptografia do HD que Karl havia pego na montanha.

Vegeta, principalmente, estava muito curioso para ver como funcionava esse tal vínculo telepático, já Bardock estava pensando que, talvez, Raditz pudesse desvendar o mistério da extrema concentração de Ellie quando trabalhava.

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ELLIE

Raddie concordou. Agora temos que começar o juramento.

- Já sabe onde quer colocar a marca Karl? – pergunto a ele.

Como sempre ele dá um sorriso irônico e finge pensar, eu rolo os olhos esperando mais uma brincadeira sem graça.

- Eu devia fazer esse sayajin passar vergonha, mas como tenho que pensar em você e nas consequências disso... Acho que vou querer a marca acima do meu cotovelo. – ele fala.

- Que seja. Tire a camisa. – enquanto ele obedece me viro pra Raddie e lhe digo como vamos fazer:

- Você vai colocar a mão sobre a minha e nossos kis tem que se harmonizar e ficar no mesmo nível. Karl vai fazer a mesma coisa. É importante que o nosso ki esteja no mesmo nível durante todo o tempo da cerimônia. Ele vai fazer o juramento e então vou começar a fazer a marca nele. Não importa o motivo, não interrompa e não tire a mão da minha.

- Tudo bem baby. Vamos começar? – eu aceno e seguro sua mão começamos a elevar o ki devagar e constantemente, ainda estou sentada no colo de Raddie e olho em seus olhos negros enquanto fazemos isso. Está se tornando um ato tão íntimo quanto fazer amor, ele percebeu isso e me deu um sorriso de canto; continuamos a elevar nosso ki, mais e mais – a redoma de Karl está protegendo o sigilo da reunião em mais de um sentido percebo agora e o olho de canto: ele me deu um sorriso e piscou o olho. Sorrio balançando a cabeça, ele é impossível e pode ser intratável, mas ainda assim gosto dele. – já estamos em um nível bem alto e me volto pra Karl.

- Se aproxime Karl. Equilibre o ki com o nosso. – ele faz o que eu pedi e, à medida em que eleva o ki, o ar à nossa volta está esfriando, foi como na caverna e percebo que Karl passou por algum tipo de evolução em seu poder, assim como eu. Quando seu ki se harmoniza com o nosso falo com Raddie:

- Agora Raddie, coloque a sua mão sobre a minha. – sua grande mão cobre a minha, escondendo-a e conduzo até o local que Karl escolheu, em seu braço esquerdo, o braço do escudo. – Faça o juramento Karl.

- Eu, Karl Lanza, aceito a honra e o fardo de ser o Beta do casal Alfa dessa geração dos Lanza – Ellie Marine Lanza e Raditz, do Império Sayajin. – Juro agir pelo bem de minha Alfa e seu companheiro e protege-los e aos seus filhotes enquanto houver suspiro de vida em mim. Sua presa será minha presa; sua honra será a minha honra; seus inimigos serão os meus. Lutarei, caçarei e matarei ao seu lado de hoje até o último de meus dias e, quando esse dia chegar, que eu seja honrado pelo uivo de nossos antepassados. Assim eu juro.

Karl estava sério e concentrado enquanto fazia o juramento, mesmo que não houvesse o vínculo telepático ele honraria o juramento, eu sinto isso. Me emociono e lágrimas caem, mas com voz firme eu recito minha parte:

- Eu, Ellie Marine Lanza, te honro com o posto de Beta. Meu caçador, meu conselheiro, meu espião, meu amigo. – nesse momento Karl arqueia a sobrancelha, pois ele sabe que estou alterando a fórmula do juramento, mas algo em mim grita para que eu diga as palavras que brotam em meus lábios e sinto que devo ouvir essa voz. – Te confio minha segurança, a de meu companheiro e a de meus filhotes, quando eu ou ele não pudermos agir. Não abusarei de nosso vínculo, mas o usarei com sabedoria, somente na hora certa e com tua permissão. És meu braço direito, minha espada afiada, mas também é meu sangue, meu primo, te honro pelo que é: um guerreiro valente, forte e honrado. Que nossos antepassados nos escutem agora e uivem em júbilo, pois nós faremos os lobos Lanza correrem livres e honrados novamente e nossos inimigos temerão a nossa passagem. Assim será, eu juro.

Então para minha surpresa e de Karl, Raddie começa a falar:

- Será como minha fêmea disse, Karl Lanza, pois te honro por tua força e tenacidade. És um guerreiro digno de caminhar e lutar ao lado dos sayajins, eu que sou orgulhoso de nossa força e honra, te reconheço. Eu, Raditz, guerreiro de Elite do Império Sayajin, juro.

Nesse momento começo a imprimir a marca em Karl. A dor deve ser grande, mas ele não treme e não demonstra. Nosso ki, meu e de Raddie se mistura para produzir a impressão, enquanto o de Karl age para fixa-la. Uma lembrança de como nosso relacionamento deve ser.

De repente a ouço:

- Criança. Guerreiro Sayajin. Guerreiro Lanza. Aumentem seus kis. Agora! – Vejo Karl me olhar espantado. Ele a ouviu! Aceno para ele, indicando que deve obedecer. Raddie aperta minha cintura. Obedecemos minha fera.

Aumentamos nossos kis em conjunto, o deslocamento de ar aumenta. Percebo mais que vejo os outros se levantarem surpresos.

Um turbilhão de energia começa a se formar, nos envolve e sinto que algo muito antigo é despertado naquele momento. Sinto um formigamento em meu braço esquerdo, mas não olho, devo me concentrar em guiar minha energia e de Raddie, não posso falhar nisso ou machucarei Karl.

Depois do que parece ser uma eternidade a ouço de novo:

- Ouçam todos nesta sala, testemunhas que são de um renascimento: Hoje os lobos Lanza retornam. Com nossas presas e garras destroçaremos nossos inimigos e honraremos os amigos e aliados. Juntos lutamos, caçamos e matamos.

Sou impelida, assim como Raddie e Karl, a repetir: Juntos lutamos, caçamos e matamos.

Termino de marcar Karl.

Dois uivos são ouvidos na sala. Nossos kis começam a diminuir e o turbilhão de energia se desfaz.

Então dou de cara com ela, na minha frente, de Raddie e de Karl, fora de minha consciência! Mas não está sozinha. Outro quase idêntico a ela está ao seu lado:

- Vem criança. Quero te apresentar meu irmão que dormia em teu primo.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado da surpresa no final.
O juramento me deu um trabalhão, espero que tenha ficado bom.
Beijos.


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