Levy que estava deitada ao meu lado, na minha cama sorriu da animação de Juvia, enquanto a ruiva sentada no chão com as costas apoiadas na cama soltou um suspiro.
- Você fala como se não tivéssemos saído ontem, até dormimos na casa da Lucy, pra matar essa sua carência. - Erza disse, se referindo a Juvia.
- Eu não estou carente. - A azulada murmurou, deitando em cima de mim.
- É sim! - Eu falei rindo. - Esta carente a semana inteira, só porque o Gray está ocupado com a faculdade.
As bochechas de Juvia ficaram vermelhas, era sempre assim quando se era o mencionado o nome do rapaz em nossa conversa, e aquilo me preocupava, Juvia está apaixonada e eu tenho medo que isso a machuque.
- Está bem, então vamos sair. - Eu disse e a azulada saiu de cima de mim e começou a dar pulinhos no meu tapete. - Mas para onde nós vamos?
- Eu topo sairmos para comer. - Levy disse. - Eu estou morrendo de vontade de comer um hambúrguer, hoje.
- Eu tive uma idéia! - Juvia gritou toda agitada, as vezes eu acho que a Juvia bebe escondido, essa animação toda não é natural. - Vamos ao shopping, comemos alguma coisa na praça de alimentação e depois vamos compras as nossas roupas para o aniversário da Lisanna hoje!
- Eu não vou nesse aniversário. - Falei olhando para o teto.
- Sim, você vai! - Levy disse me fitando. - Não pode fugir da Mira, pelo resto da vida.
- Além do mais, Lisanna só nos convidou, porque sabia que iríamos te puxar para essa festa! - Erza disse. - E você vai, nem que tenhamos que te arrastar para fora desse quarto a força.
As vezes eu detesto as minhas amigas.
- Está bem, vamos logo pro shopping.
- Avisa o Tio Jude, que nós vamos voltar para se arrumar aqui.
Tiramos nossos pijamas e colocamos roupas sociais e nos arrumamos, quarenta minutos depois, nós descemos as escadas e encontramos o Sting na sala, assistindo alguma coisa na televisão.
- Sting, estamos saindo. - Avisei.
- Lucy antes a gente pode conversar? - Meu irmão perguntou, desligando a televisão.
- Estamos te esperando lá fora. - Levy disse.
Minhas amigas saíram de casa e eu fui me sentar ao lado do Sting, estava acontecendo alguma coisa, eu podia sentir e pela tensão do meu irmão, era alguma notícia péssima.
- O que aconteceu, Sting? - Perguntei olhando para ele.
- Papai e Laxus, pediram para mim te dar essa notícia. Então por favor não pira. - Ele falou calmo e me olhando.
- Fala de uma vez, Sting!
- Mamãe está voltando pra casa.
- O que? - Minha voz saiu baixa.
Ele só podia estar brincando né? Como assim, aquela mulher está voltando pra cá? Ela devia ficar o resto da vida na França e deixar a minha família em paz.
- Ela disse que se cansou da França e vai voltar para o Japão. Ela vai vir nos ver.
Me levantei do sofá com tudo, assustando o meu irmão.
- Quando ela chega? - Minha pergunta não passou de um murmúrio.
- Hoje a tarde, provavelmente. Lucy por favor, eu sei que você não quer vê-la, mas é a nossa mãe.
- Aquela mulher não é minha mãe! - Eu gritei com raiva. - Mãe de verdade se importa com os filhos! Ela não se importa com ninguém, além dela mesma!
Sting se levantou e tentou me tocar, mas eu fui para trás o impedindo.
- Eu não vou conviver na mesma casa, que aquela mulher! - Gritei. - Eu não vou!
Sai de casa correndo, enquanto eu ouvia meu irmão e as minhas amigas gritarem o meu nome.
Por que ela está voltando pra cá? ! Ela deveria continuar na França, com as suas obras de arte, com a sua vida de madame sem filhos, sem se importar com o que acontece com a gente aqui!
Eu a odeio! Com todas as minhas forças eu odeio Layla Heartfilia, se ela não era capaz de cuidar dos próprios filhos e iria abandoná-los com o marido, porque teve três?!
Senti algo puxar o meu braço com tudo para trás e quando olhei para frente vi um carro passar em alta velocidade, o sinal de pedestres estava vermelho.
- Você por acaso é louca?! - Aquela voz, eu conhecia aquela voz. - Pessoas normais olham para o sinal! Não saem correndo por aí!
Olhei para trás e encontrei os olhos verdes, o cabelo rosa bagunçado.
- Você está chorando. - Natsu me virou para eu ficar de frente pra ele. - O que aconteceu? Por que você está chorando, Luce?
Eu nem tinha percebido, até aquele momento, que lágrimas grossas escorriam pela minha bochecha. Abaixei a cabeça para que ele não me visse chorando, mas já era tarde demais.
- Quer tomar sorvete? Wendy sempre me fala, que quando mulher está triste, sorvete é o melhor remédio. - Ele falou, parecia que tinha um sorriso nos lábios. - Então, aceita um sorvete? Eu mesmo pago.
- Está bem. Eu aceito. - Sussurrei.
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