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História Encostar na Tua - Reencontro II - Almoço com ciúmes


Escrita por: KAPYTU

Notas do Autor


Bienvenidos mi corazon!

Gente! Nem vou me retratar pelo capítulo de hoje, leiam e me digam lá no cometário, mas sem violência tá, sei que muitos só pela capa já vão deduzir e querer arrancar minha pele de Lebre!
Bem...Voltamos a parte em que tudo nesse reencontro parece ser anúncio de grande confusão e é o que vamos ver ainda mais, pois o Loiro vai enfrentar junto a Hinata uma teia de intrigas ou como costumo citar: " No amor e na guerra tudo é justo" - Provérbio!

Capítulo 17 - Reencontro II - Almoço com ciúmes


Fanfic / Fanfiction Encostar na Tua - Reencontro II - Almoço com ciúmes

NARUTO

Enquanto eu tentava organizar toda aquela emoção de dar de cara com a garota dos meus sonhos em pleno local de trabalho, eis que a porta é aberta bruscamente pela pessoa que jamais queria ver naquele dia.

 

-KIBA!

 

-Bom dia pessoal!

 

Ele olhou na minha direção e de Tsunade, mas quando viu Hinata, praticamente correu até a mesa dela e sem nenhuma cerimônia, pegou sua mão e foi cumprimentando todo atrevido.

 

-Bom dia flor da aurora!

 

-B...bom dia Sr. Kiba!

 

-Bom dia o cacete! Quase horário de almoço seu...

 

Tsunade me deu um beliscão no braço e gemi de leve encarando mortalmente a velha vovó.

 

-Aprenda com o Kiba pelo menos como se deve cumprimentar uma pessoa e não fale palavrões no ambiente de trabalho, seu...

 

-Grrr...

 

-Nada de Senhor, “gatinha”, eu te chamo de Hinata e você me trata por Kiba. Certo?

 

-Tudo bem...Kiba.

Eu estava muito puto da vida com a aproximação de Kiba, o pior é que Hinata retribuía as palhaçadas dele, estava até sorrindo, minimamente, mas estava e aquilo me deixou louco.

Tsunade arrumou mais argumentos para ficar me atazanando e ele se jogando praticamente sobre ela, comendo-a com aqueles olhos de cachorro vadio e creio que eu o mataria se não fosse todo aquele alarde dentro da minha sala.

Não conseguia acompanhar a falação da coroa, tinha meus olhos cravados em Kiba e Hinata. Foi quando ele praticamente sentou ao lado dela para mostrar no computador a área de atuação dos vendedores externos.

Se apoiou no encosto da cadeira e foi aproximando seu rosto do dela, indicando com os dedos, as localizações, e num dado momento se debruçou quase por cima de seus ombros delicados para digitar alguma coisa. 

Gritei como um louco assustando a todos na sala, ficando de pé e quase acertei o ombro na cara de Tsunade.

 

 -Kiba! Deixe que eu explique sobre essa parte para ela!

 

-Não esquenta chefinho, tô sem fazer nada agora, é um prazer.

 

-Isso mesmo Kiba, enquanto puder ajudar, passe as informações para Hinata, pois é uma bela atitude.

 

-Deixa comigo! Hoje você vai entender tudo do mapa minha querida Hinatinha!

 

-Fico grata, Kiba!

O velhaco sabia como envolver uma garota e eu estava louco para jogar meu notebook na cara dele a cada momento que respirava perto dela.Estranhamente, Hinata parecia mais solta, fazia inúmeras perguntas sobre o trabalho externo e ele todo pomposo falando e falando sem parar. Chegou a sentar na ponta da mesa com pose de maioral.

“-MATO ELE, VOU DESPEDI-LO, OU MELHOR, VOU DESPEDI-LO E DEPOIS MATO ELE. “

 

-Grrrr...

 

-O que está rosnando aí Naruto?

 

-Nada Tsunade, nada! Que droga! Podemos parar agora, é quase hora de almoçar.

 

-Verdade a hora passou rápido!

 

-Só se for a passo de tartaruga.

 

-Como reclama Naruto! Bem...

 

A bela coroa parecendo adivinhar em como me ferrar ainda mais o dia, vira para o imbecil e pede algo que me faria perder completamente o apetite.

 

- Kiba, poderia levar Hinata e mostrar nosso refeitório?

 

-O QUE????

 

Ele sorriu todo faceiro, ajeitando a jaqueta e passando as mãos no cabelo, fazendo charme na cara dura para minha linda assistente.

 

 

-Claro Sra. Tsunade! Vou fazer melhor, vou levar esta gata para almoçar comigo. Topa Hinata?

 

-Er...claro Kiba.

 

-VOCÊ TEM QUE TRABALHAR KIBA, TÁ AQUI SUA PASTA!

 

-Pare de gritar Naruto, ele não é surdo e depois de almoçar ele volta a trabalhar.

 

-Ah, meu cara...

 

- E pare de exploração!

 

Levei outro beliscão de Tsunade; queria matar alguém ou jogar pela janela. Não era possível, o desgraçado não ia sair com Hinata – “mas nem que a vaca tussa”. 

 

 -Ah, sim! Meninos, depois do almoço terminamos o resto do assunto.

 

-Ainda tem assunto Tsunade, pelo amor de kami!

 

 

Ela nem mesmo respondeu e foi saindo toda mandona, vi Kiba puxando a cadeira de Hinata para se levantar e acompanha-lo. 

Pulei como um louco na frente dele com ela atrás pegando a bolsa, e assim, desviou o olhar para o chão evitando me encarar novamente.

 

Falei entredentes, contendo ao máximo a paciência:

 

-Hoje quero almoçar com você, Sr. Inuzuka, assim aproveito o tempo para tratar de alguns pontos.

 

-Tá de brincadeira né?

 

-Nunca falei tão sério em toda minha vida!

 

Encarei Kiba no fundo dos olhos e dei um sorriso maléfico. Acho que ele entendeu e ficou meio sem ação. Hinata continuava atrás dele, como se escondendo e aquilo me deixava mais louco, pois na verdade a queria todinha para mim.

Iria almoçar é com ela, estar perto dela, não ia deixar Kiba se aproveitar da situação.

 

Fomos para o elevador e qual não foi a minha surpresa, ao entrar vendo-o a puxar para o canto dele e eu ficando do outro lado, separado por algumas moças do atendimento, dentre elas Shion, que veio ficar de frente comigo e falava num tom baixinho.

 

-Narutinho meu bem, já vai almoçar?

 

-Dá um tempo Shion.

 

-Custa responder, meu loirinho fofo.

 

Mesmo no elevador lotado de funcionários, ela não era nem um pouco discreta. Eu tentava me desvencilhar de suas esfregadas e fui surpreendido com o olhar de Hinata expressando puro desgosto.

Kiba aproveitando toda sua malícia, mandou para jogar mais lenha na fogueira:

 

-Ei loirinha, vem com a gente almoçar, o Naruto tá pagando tudo.

 

-É mesmo? Vamos então Narutinho.

 

Ela saiu me puxando pelo braço e eu quase acertei um soco em Kiba. Enquanto Hinata mudava completamente de aspecto, agora estava irada, me olhando fundo com aquelas pérolas reluzentes.

 

Cheguei a me assustar, pois não imaginava que um rostinho de anjo como aquele, pudesse ter chamas tão ardentes.

Que trapalhada geral. Nunca imaginei que seria assim nosso reencontro, uma lástima e agora um almoço fadado ao fracasso. Kiba apresentou o refeitório todo e logo puxou uma cadeira para Hinata, sentando-se ao seu lado. Eu não tive alternativa e quando ia para a outra cadeira ao lado dela, Shion se jogou em cima de mim e falou toda atirada.

 

-Obrigada gatinho.

Kiba ainda todo falante, pegou minha linda morena pela mão e a chamou para irem se servir, fiquei na mesa bastante contrariado, estava louco vendo aquele atrevido cercando Hinata e ela parecia fazer o jogo dele. Creio que Shion notou, estava mais que na cara para quem quisesse ver.

 

-Qual a razão de tanta animação para o almoço, Narutinho?

 

-Não é da sua conta!

 

-Ahhh... Não seja rude, meu bem.

 

-PQP! Não sou seu bem, mulher, acorda vai!

 

-Ainda fica bravo comigo... é um bom sinal... hahaha

 

-Sinal que você é louca Shion!

 

-Louquinha por você meu bem!

Nesse momento Hinata praticamente atirou os talheres na mesa, com certeza ela pegou as falas da loira e agora estava mais nervosa que antes, de alguma maneira eu gostei daquilo, pois a minha morena não sabia fingir e Kiba voltou a sentar do lado dela. Quando pensei em me aproximar, Shion se levantou me puxando da cadeira e quase caí no chão.

 

-Vamos, vou preparar seu prato, sei bem do que gosta.

 

-Oh cace...

 

Segurei o palavrão em respeito a Hinata e não a perdia de vista. Enquanto isso, Shion escolhia nossas porções toda atrevida. Então vi o idiota do Kiba querendo fazer como um aviãozinho levando um pedaço de queijo até a boca dela. Larguei a loira no buffet e voltei para a mesa surpreendendo os dois.

Ela que já estava corada, se engasgou com meu súbito aparecimento e Kiba aproveitou ainda mais para lhe dar leves tapinhas nas costas, que mais pareciam carícias.

 

“ -VOU DESCABELAR ESSE CAHORRO DESGRAÇADO!”

 

-Aqui está Narutinho!

 

-Para de me chamar assim, que droga!

 

Nesse momento, Hinata olhou seriamente para mim e ficamos um tempo nos encarando, acho que finalmente percebeu que eu estava sendo tão mal interpretado, quanto ela, mas estávamos com ciúmes um do outro, isto era certo.

Ela voltou a atenção para o prato de comida enquanto Kiba e Shion ficaram com cara de palermas, eu não consegui comer nada direito com toda aquela confusão.

Resolvi puxar assunto sobre o ambiente de trabalho e a atmosfera mudou, tudo ficou repentinamente sério e Hinata estava com aquele mesmo semblante estranho, duvidoso e meio triste. Eu não disfarçava mais, olhava diretamente para ela e não aguentei segurar a pergunta, junto aos intrometidos da mesa.

 

-Me fale sobre você Srta. Hinata.

 

-Sim, fala aí gata sobre essa coisa linda que é ser Hinata.

 

-Credo! Que homens exagerados.

 

Hinata, delicadamente limpou os lábios com o guardanapo, olhou para cada um de nós e especialmente para mim sendo direta com outra pergunta.

 

-O que quer saber?

 

A voz dela era de uma frieza que eu mesmo estranhei, estava séria, um tom firme, ergueu a postura e todos nós ficamos um tanto inquietos, parecia que tínhamos mexido em um vespeiro e Shion muito da metida mandou com toda sua antipatia.

 

-Explica o que uma patricinha como você veio fazer aqui?

 

-Para o seu governo, não sou uma “patricinha”, trabalho por necessidade para me sustentar e esta é a mais pura razão.

 

-Uai! Toma loira, bem no meio da testa!

 

-Calado vira-lata, estou falando com ela, não cheguei no canil!

 

-Ei Shion, menos garota!

 

Fiquei com a pulga atrás da orelha com aquela resposta.

“Como assim? Ela é uma garota muito rica.”

 

Estava faltando com a verdade e eu queria saber por que estava fazendo aquilo.

 

-E como soube da vaga?

 

Perguntei sem rodeios e a encarei nos olhos profundamente, não queria acreditar que minha musa era uma mentirosa, seria pior que Shion, pois pelo menos a loira vulgar jogava limpo, era franca, mesmo que isso a tornasse insuportável. 

Secamente, Hinata respondeu sem desviar seu olhar do meu, que era a coisa mais linda do mundo, mesmo com aquele banzé todo, eu estava adorando tê-la ali na minha frente.

 

-Bem, eu liguei aqui e falei com a Sra. Tsunade, pois tinha um anúncio publicado em um site de empregos e ela me convidou em seguida para a entrevista pessoal.

 

-Credo... Mas tão rápido assim e já estava contratada?

 

-Como a Sra. Tsunade disse, eu tenho um currículo excepcional.

Hinata olhou para Shion e deu aquela resposta para de certa forma humilha-la, mas logo percebi que se entristeceu, pois não parecia ser de sua personalidade agir com rispidez.

De repente, o telefone celular dela tocou, ao ver de quem vinha a ser a ligação, seu semblante mudou asperamente, pediu licença e foi para o banheiro, para atender com tranquilidade.

Fiquei sentado, esperando que ela retornasse, mas não aconteceu. Logo Kiba e Shion notaram que o horário de almoço já estava encerrado e se retiraram também.

Observei que o Kiba não perdia tempo e mesmo sem a loira dar chances começou a canta-la. Ela ficou desolada por perceber que eu não dava a mínima para o fato.

Resolvi ir verificar a razão de Hinata não retornar do banheiro feminino e ao me aproximar, pude ouvir os soluços dela atrás da porta, estava chorando.

 

 “Mas por quê?”

 

 Teríamos ofendido ela, ou mesmo eu teria feito algo para magoar minha linda princesa?

 

******

 

A perolada estava morta de ciúmes de Naruto, tudo aquilo acontecendo de uma só vez, o reencontro que tinha sido tão desejado se tornou um show de horrores com Kiba e aquela Loira metida no meio. 

Estava com tanta raiva que poderia jogar o prato de salada na cara dela, mas o pior era ele, estava distante, mesmo parecendo incomodado com os atrevimentos de Kiba, não entendia as perguntas feitas a seu respeito.

Não seria o caso de perguntar mais discretamente, somente entre os dois?

  Agora indo ao banheiro, foi atender a ligação de seu primo Neji.

 

-Boa tarde primo.

 

-Hinata, está no trabalho?

 

-Sim, estou.

 

-Então escute com muita atenção, tenho que ser breve...

 

Hinata sentiu no tom de voz de Neji uma tensão, lembrou pelo horário, que o pai e o pretendente a noivo imbecil já estavam no país e seria sobre isso o assunto.

 

 -Diga, estou ouvindo.

 

-Hinata, seu pai está realmente furioso, nem bem chegou e fez mil perguntas sobre você, percorreu a mansão toda a sua procura, tratou super mal todos os empregados e até mandou o porteiro e um segurança embora.

 

-Oh...céus!

 

-Está louco, completamente descontrolado, apertou Hanabi e eu para saber onde está, mas dissemos não saber de nada, ele até acreditou da minha parte, mas quanto a ela...

 

-Diga Neji... O que aconteceu?

 

-Seu pai bateu no rosto dela, após ouvi-la defender sua atitude e desprezar o noivo arrumado, tirou-lhe o celular e agora está trancada no quarto.

 

-Ah...

 

-Mas está bem, sabe como Hanabi é determinada, bem que ela tentou se conter, mas não iria ficar calada tendo oportunidade de te defender com unhas e dentes.

 

-Minha Hanabi...

 

-Não deve se preocupar, ela é forte e como eu, está te apoiando acima de tudo, mas saiba que seu pai já colocou um pessoal atrás de você, por isso, não tente entrar em contato conosco, por favor.

 

-S...sim...

 

-Conforme entendi, ele vai colocar escutas em tudo, então este celular não será mais seguro, arrume outro aparelho e depois daremos um jeito de nos comunicar.

 

-Entendi.

 

-Tio Hiashi suspendeu todos os cartões de crédito, estará de olho em qualquer movimento que fizer, pois está completamente indignado junto ao Sr. Nagato.

 

Hinata tinha uma raiva explodindo dentro de si, então era daquele jeito mesmo, o pai não era compreensivo e tão pouco amoroso, estava declarando guerra, sem ao menos buscar um acordo de paz. Mas Hinata já tinha feito sua escolha, iria lutar com todas as armas possíveis, como tinha lembrado na última conversa diante dele – “A ROSA DESABROCHOU MEU PAI.”

 

-Hinata! Hinata... Está ouvindo?

 

-Estou sim Neji! Por favor, acalme a Hanabi, quando puder falar com ela, diga que estou amando o novo emprego e que não vejo a hora de estar em casa para aproveitar o presente que me deu.

 

Hinata segurava a firmeza na voz, as lágrimas subiam aos olhos, as palavras cruzando pela garganta como bolas de papel amassadas, mas como o dia exigia desde cedo, manteve-se firme, passou uma confiança ao primo que também se tranquilizou.

 

-Ouça, assim que eu puder, vou dar um jeito de te visitar com a Hanabi, enquanto isso, vamos mantendo contato certo!?

 

-Perfeito Neji, vou mandar o telefone do meu trabalho para você.

 

-Melhor não! Outra coisa, não use seu e-mail pessoal, estará sendo rastreado também, deve esquecer os acessos anteriores, vão fazer buscas, seja muito cautelosa.

 

-Verdade! Como faremos então?

 

-Sakura. Faremos contato através dela.

 

-Muito bom Neji, você é um gênio mesmo.

 

-Gostaria de ser, para não te ver sofrer tanto Hinata.

 

-Fica tranquilo, tá tudo muito bem e vai ficar ainda melhor. 

 

-Isso mesmo! Otimismo prima.

 

-Hai!

 

-Então, logo entraremos em contato. Se cuida!

 

-O mesmo e dá um beijo na Hanabi por mim.

 

-Ok.

 

-Obrigada!

O telefone desligou e assim, Hinata se deu o direito de deixar suas lágrimas rolarem, encharcando todo seu rosto e a gola do vestido, o qual começou num choro baixinho, pensando no pai e suas decisões malvadas.

Refletiu em todo aquele alvoroço que virou sua vida.

Os soluços vieram junto com o choro, pensava agora que por causa de tudo aquilo, tinha conhecido Naruto, o homem que entrou em sua vida, adentrou seu coração e a fez desejar mais do que nunca a liberdade de fazer escolhas e de ser feliz.

Agora lhe faltavam forças, ela quase engasgava num pranto desesperador, pois estava ali desprezada pelo pai, sabendo que a família seria penalizada de alguma forma como aquela tapa que Hanabi tinha levado.

Quanto ao reencontro com Naruto, não tinha nada do que almejou em seu coração, recebia somente frieza e desconfiança da parte dele, parecia outra pessoa e aquilo causava uma tamanha dor em seu peito.

O pior foi lembrar-se daquela desavergonhada se jogando em cima de seu loiro. Todo o amontoado de coisas que virou um balaio de gato que ela não sabia mais como lidar.

Chorou alto, ouvindo seus próprios sussurros e incrivelmente, ninguém entrou no banheiro.

Ficou lá sentada no chão atrás da porta, sem forças para retornar.

No fundo sua vontade era de ir embora, de correr sem rumo, sem direção, apenas se afastar de tudo e todos, mas esta atitude iria arruinar sua vida, arruinar todo o empenho das pessoas que apostaram nela como Neji, Hanabi, Sakura e agora a Sra. Tsunade.

E mesmo querendo ou não, até Naruto precisava dela no trabalho.

Buscou uma incrível força interior, ao pensar em sua mãe, e assim, foi secando as lágrimas, se recompondo. Resolveu soltar os cabelos, pois a cabeça estava doendo muito, seus olhos então, mudaram de pérolas para vermelhos.

Debruçou-se na pia e lavou bem o rosto. A leve maquiagem tinha sumido e estava bem corada e seus lábios vermelhos de tanto que os apertou em agonia.

Respirou uma, duas, três vezes, olhando firmemente o reflexo de sua pessoa sofrida e pensou que era hora de sair para a batalha, teria que ser assim, contar apenas com ela mesma.

 

“-TENHA CORAGEM HINATA.”

 

Levou um grande susto ao abrir a porta do banheiro e ver o refeitório todo vazio, mas uma pessoa continuava ali, escorada na parede aguardando-a sair. Era o loiro mais lindo que ela não conseguia ficar indiferente.

 

Naruto olhou para ela com a mesma seriedade de antes e perguntou:

 

-Você está bem?

 

-Si..sim..estou bem!

 

-Humpf!

 

Hinata corou por ter gaguejado, pois Naruto a deixava sem ar, começando a sentir o mesmo tremor nas pernas. Virou os olhos para o chão ouvindo-o a chamar, pois tinham que retornar ao trabalho.

 

-Vamos.

 

-Si..sim.

Enquanto se dirigiam para o elevador, Naruto pensava: “-Cara, essa garota tem algum mistério, como pode ser assim, uma hora fala com toda convicção, mas comigo fica nessa gagueira. Eu sei que estava chorando, por isso não deixei ninguém mais entrar no banheiro para ela ficar à vontade e agora sai e diz que tá tudo de boa. Qual é a dela?”

Ele apertou o botão. Hinata estava uns dois passos atrás; ele notou que ela não queria conversar.

 A morena sentia como uma nuvem negra ao seu redor, mas estar perto de Naruto de alguma forma a satisfazia o suficiente, como ouvir-lhe a voz, sentir finalmente o seu perfume, tudo que ela desejava em um homem ele tinha de sobra e infelizmente muitas outras pensavam o mesmo.

O elevador chegou e ambos entraram, quando Naruto pensou em falar com ela, um atrasadinho segurou na porta e entrou, deixando os dois em silêncio até chegar ao quinto andar.

Naruto esperou Hinata sair e foram caminhando devagar. Ele queria de todo jeito arrumar um motivo para conversar com ela, mas a tristeza dela era tão grande que evitava até o olhar. Do nada ela parou e disse bem baixinho com a voz doce, feita de puro mel para o ouvido do Uzumaki.

 

-P...preciso falar com a Sra. Tsunade, volto logo que terminar.

 

-Tudo bem.

Naruto entrou no escritório e sentou procurando a pasta de Kiba para despacha-lo o quanto antes, não iria aturar mais ele dando em cima da Hinata, estava calmo agora, mas se tudo começasse de novo, iria dar merda.

“-O que Hinata foi falar com a vovó, estaria pensando em ir embora, se demitir, tanto choro e agora aquilo?”

 

Enquanto isso Hinata estava diante de Tsunade e lhe pedia gentilmente a atenção para o assunto, que dava para perceber ser bastante delicado.

 

-Tsunade, peço que ainda não me registre, por favor.

 

-Como assim Hinata, não entendo?

 

-Preciso muito que atenda este meu pedido, gostaria de ter um tempo de experiência e então depois, podemos conversar sobre me registrar na empresa.

 

-Que pedido mais estranho menina? 

 

-Tsunade, peço que entenda que...é necessário para mim.

 

-Entender, não entendo mesmo, mas seja lá como for, vamos então deixar três meses de experiência. 

 

-Será perfeito.

 

-Depois desse prazo, conversamos então.

 

-Com toda certeza.

 

-E de resto, está tudo certo? Me parece deprimida.

 

-Oh! Sim, está sim.

 

-Naruto a está tratando bem?

 

-C-claro que sim, ele é um cavalheiro.

 

-Naruto!?! Cavalheiro!?!

 

-É!

-Hahahaha... Vejo que deve conhecer poucos homens dessa natureza minha criança.

Tsunade gargalhava tão gostoso, que Hinata acabou acompanhando a piada, mas na verdade para ela seu loiro de olhos azuis era um príncipe, mesmo que agora, um pouco distante.

 Conversaram sobre outros detalhes e o tempo passou sem que se dessem conta, e assim, o interfone da gerente tocou. Era ele, perguntando de Hinata com certa impaciência.

Ela se admirou e Tsunade também.

 

-É melhor ir logo, ele não é de muito esperar, mas fico contente que já esteja a tua procura para o trabalho.

 

-Er...Até mais Tsunade.

 

-Até Hinata, bom serviço.

 


Notas Finais


Arigato babys!
Me perdoem pela demora, mas tem sido muita correria para esta Lebre saltitante, mas tentarei de tudo para voltar a postar em 5 dias no máximo, ou até menos, conforme o desejo de vocês e por isso vou seguir o conselho de minha Parça-Cham (Nathy), que me orientou a convidar cada um de vocês a participar com mais afinco nos comentários, expressando suas opiniões, críticas, elogios e etc...sou madura o suficiente para lidar com isto, pois além de autora-má, me chama também de "senhora das tretas".....kkkkk...desde que seja saudável tá!
Obrigada pelo carinho de ler e apoiarem minhas loucas ideias.
Quero saber o que acharam e vou testar se estão mesmo acompanhando cada etapa que avançamos.
Beijos de chocolate trufado em todos!


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