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História Encröachment - Poison


Escrita por: TheUnspoken

Notas do Autor


Hello dolls! Eu estou um pouco atrasada, mas cheguei dentro do prazo ^_^
Esse capítulo não está grande coisa, eu honestamente não goste e esperava mais de mim mesma, mas fazer o que :P
Enfim, espero que gostem ^^
Ah, e pra quem se interessar, eu encontro um video do Andy fazendo Streep Chease durante um show 👀 dear God
Nunca tinha visto antes, mas meu Deus
Para quem quiser, o link está nas notas finais ;)
Boa leitura :)

Capítulo 14 - Poison


Já haviam se passado duas horas, e como Chris prometera, o treinamento ficava cada vez mais difícil. Telecinese apenas parecia ser algo fácil, porque era absurdamente complicado.

A parte difícil de se compreender é: quanto mais leve uma coisa é mais pesada ela fica quando você a move com Telecinese, assim como quanto mais pesada a coisa é, mais leve ela fica. A lógica realmente é complicada, e você deve estar pensando: se a coisa pesada fica mais leve, então ao menos essa parte é fácil. Mas não, não é nada fácil. Quanto mais leve, mais rápido a coisa se move, e mais você precisa se concentrar. Quanto mais pesado, mais devagar a coisa se move, e mais força você precisa fazer.

Chris havia dito para empilharmos alguns troncos de pinheiros caídos por aqui, e estava sendo surpreendentemente difícil. Eu quase matei Andy uma vez, quando, com um movimento brusco demais, o tronco praticamente voou em sua direção.

Andy havia acabado de terminar antes de mim, já que estava alguns troncos a minha frente, mas eu não havia demorado muito.

Após muito mover troncos superleves, ele havia dito para que enchêssemos um pequeno pote com formigas. Odeio formigas, e isso só dificultou o trabalho. Elas pareciam pesar toneladas, e aparentemente, minha mente não era muito forte.

- Do fundo do meu coração, eu não aguento mais - me joguei no chão, que ao menos era de grama macia, olhando para o céu, estranhamente exausta. Minha cabeça estava doendo, e eu queria descansar.

Sem pressa alguma, Andy se sentou ao meu lado, delicadamente, ao contrário de mim. Ele me olhou por alguns segundos, sem dizer nada.

- É, eu também estou cansado - suspirou, deixando a pose de lado e se jogando ao meu lado também - Ainda temos mais o que fazer?

- Não sei. Acho que sim - bufei.

- Sim, vocês têm mais o que fazer - Chris surgiu repentinamente, me assustando - Mas por enquanto, podem vir almoçar. Temos algumas coisas a discutir.

Nos forçamos a caminhar para a casa de Chris, e quando entramos, fiquei surpresa pelo interior dela. Era um lugar aconchegante, com sofás grandes e confortáveis em uma sala, separada da cozinha por um balcão, com uma grande TV. Até parecia um lugar normal, se você não prestasse atenção mas nas grandes estantes de madeira escura encostadas nas paredes. Todas eram lotadas de livros antigos e gastos, porém limpos e organizados.

- Não se acostumem com isso – Chris mandou enquanto colocava dois pratos de pizza sobre o balcão. Como dois mortos de fome, eu e Andy corremos para lá, como se a pizza fosse fugir de nós - e a essa altura do treino, eu não duvidava – Vocês foram muito bem nessa parte, melhor do que eu esperava. Então acho que podemos continuar.

Chris colocou dois copos de refrigerante no balcão, e eu até estranhei tamanha hospitalidade. Com certeza, havia algo por trás de toda essa boa vontade.

- Não sei se contou para ele, Drizzle, mas nós vamos ir para o Alasca – com essa notícia de Chris, Andy quase engasgou com sua pizza – Nós precisamos de aliados para um evento maior que futuramente virá a acontecer. Por enquanto, É melhor termos o menor número de pessoas sabendo, então é desnecessário que saibam.

Eu e Six nem falávamos. Ouvíamos atentamente o que ele tinha a dizer, mas sabia que assim como eu, Andy estava deixando para matar suas dúvidas depois.

- Mas enfim, quando formos ao Alasca, eles não levarão vocês a sério se não conhecerem seus próprios poderes – Chris continuou – Nós vamos viajar no próximo final de semana, e vocês têm de descobrir qual a sua especialidade até lá. É em geral, os médiuns demoram anos para descobrir seus poderes.

- É você quer que a gente faça isso em uma semana? – Andy desdenhou.

- Não exatamente – Chris disse calmamente – Vocês têm muita sorte de ter um usuário de necromancia como instrutor. A morte sabe de tudo. Tudo do passado, presente e futuro. Então, há um modo de descobrir seus poderes.

Não estava gostando muito do que ele parecia estar querendo fazer, mas apenas o observei se levantar. Chris fez um sinal, dizendo para segui-lo, e assim o fizemos. Subimos as escadas de madeira escura até que chegamos em um corredor. No final dele, Chris puxou uma escada no teto, que levava a um sótão.

Assim que entramos lá, senti um calafrio. Assim como os livros, parecia velho e gasto, mas ainda assim, limpo. Era em formato retangular, de madeira escura, e nas duas paredes menores, haviam duas pequenas janelas redondas, fechadas. Mas nas duas paredes maiores, estantes com livros e objetos curiosos davam um clima misterioso ao lugar. Ali era mais frio do que o resto da casa, e eu me escolhi, mesmo com o moletom.

Chris deixou que nós dois entrássemos e fechou a entrada. Todo o ruído foi imediatamente abafado e substituído por um silêncio avassalador. Olhei por uma das janelas. As nuvens carregadas eram iluminadas por relâmpagos que cortavam o céu rapidamente, indicando o início de uma tempestade. O vento parecia castigar o mundo ali fora, visto que várias folhas voavam por ali. E o dia nublado lançava uma estranha iluminação pálida e azulada sobre nós, aumentando a sensação de frio.

- Sentem-se – Chris pediu, pegando uma caixa de madeira negra, com entalhes estranhos que eu não compreendi, e se sentando no chão. Nos sentamos próximos a ele, formando um triângulo no centro da sala.

Chris colocou a caixa no meio de nós, e só então compreendi os desenhos entalhados. Na tampa, havia algo como um demônio, com uma expressão agressiva e avassaladora. A cor que mais se destacava na caixa residia em seus olhos, vermelhos. No restante da caixa, cenas de mortes cruéis foram entalhadas. O sangue que escorria dos mortos fora pintado da mesma cor que os olhos do demônio, em um vermelho penetrante.

Chris a abriu, revelando vários objetos. Pegou um punhado de velas grossas, nos rodeando com 7 delas. Tirou de lá um pequeno frasco com um líquido vermelho como sangue. De dentro, tirou também dois bastões de giz branco, daqueles que as professoras usam em quadros negros, e entregou um para mim e um para Andy.

- Vamos perguntar para a morte. Ela sabe qual é o poder de vocês – O encarei incrédula, assustada com a ideia, e Andy fez o mesmo – Pode não parecer uma boa ideia, mas contanto que vocês façam tudo o que eu disser, nada dará errado.

- O que pode acontecer se der errado? – Andy perguntou.

- Vamos ficar presos no terceiro plano.

Chris o encarou pelo canto do olho, ascendendo as velas. Andy engoliu em seco, esfregando incomodamente as mãos. Chris logo me entregou o frasco vermelho.

- Tome isso – mandou – Eles não vão poder te possuir assim.

Obrigada por deixar claro para Andy que eu sou virgem, Chris! Peguei o frasco, analisando o líquido. Vermelho e forte, parecia sangue. E eu suspeitava que fosse. Senti meu estômago embrulhar olhando para aquilo. Eu sabia que deveria obedecer Chris, mas aquilo era muito nojento.

- O que é isso?

- É melhor você não saber.

- Não vou tomar sem saber o que é.

- Sangue de demônio – suspirou, contrariado, e eu o olhei assustada – Ao contrário do sangue de anjos, é completamente impuro. Vai te sujar por um tempo.

Olhei para Andy, meio que assustada com a ideia. Ele não esboçava reação alguma, apenas encarava o frasco. É, eu não tinha escolha. Várias dúvidas rodavam minha mente, desencorajadoras, mas tudo já não era mais uma questão de coragem a muito tempo.

Abri o frasco. Tinha cheiro de sangue normal, só que bem mais forte, se espalhando rapidamente pelo cômodo. Suspirei, sentindo um calafrio subir minha espinha. Olhei para Chris, e ele assentiu, me incentivando a continuar.

Andy olhou para baixo, repentinamente interessado sem suas mãos. Apertei os lábios, e de uma vez, virei o frasco goela a baixo.

O sangue desceu frio por minha garganta, mas ao mesmo tempo me aqueceu. Tinha o gosto metálico de sangue normal. Senti uma sensação estranha, como se tivesse feito algo errado. Aquilo embrulhou meu estômago, e eu senti vontade de vomitar, mas tampei minha boca e engoli, me segurando.

- Certo, bom trabalho, Drizzle – Chris foi gentil comigo pela primeira vez em um longo tempo.

Chris fez um gesto para que déssemos as mãos, e assim fizemos, fechando um triângulo, mas continuamos segurando os bastões de giz. Quando minha mão tocou a de Chris, levei um choque. Não como quando eu tocava Andy - ou ele me tocava, mas senti que algo dele estava em mim. De certa forma, provavelmente estava mesmo, já quem nos levava ao terceiro plano era ele.

- Agora, eu vou levar vocês ao terceiro plano. Algo além do Duat, mais complexo. Nesse plano, apenas a morte habita. Então, em hipótese alguma, abram os olhos - Chris advertiu extremamente sério - Teremos demônios nos observando. Se morrermos aqui, nossa alma será do inferno.

Se preparem. Chris murmurou. Ele abaixou a cabeça e fechou os olhos, então eu e Andy fizemos o mesmo.

Senti Chris apertar minha mão. Comecei a sentir uma forte pressão em meu peito, um presságio. Uma premonição falsa. Comecei a sentir minha morte.

O lugar ficou mais frio, meu corpo se arrepiou. Me senti observada de todas as formas possíveis. Senti vários olhos sobre mim, mas nenhum som, apenas um silêncio tão pesado quanto o ar.

Repentinamente, senti algo esbarrar em meu braço. No braço esquerdo, o lado em que eu segurava a mão de Andy. Algo como um tecido. Parecia água. Mas não me molhava e não tinha temperatura alguma, e isso me assustou.

Andy apertou minha mão, tenso, esfarelando um pouco o giz. Me senti tentada a abrir os olhos e ver o que acontecia. Mas ainda assim, não era uma boa ideia. E além disso, já tive muito tempo para treinar a parte de aguentar a curiosidade e manter os olhos cerrados.

Ouvi Biersack murmurar alguma coisa, mas não entendi o que era. Logo, o aperto em minha mão diminuiu, mas ele ainda estava trêmulo. Lentamente, ele soltou minha mão, levando consigo o giz que segurava. Segundos depois, ouvindo giz tocando o piso de madeira, como se alguém escrevesse algo.

Repentinamente, o ar tornou-se ainda mais pesado, e meu peito apertava cada vez mais, eu estava ficando sem fôlego. O frio aumentava, e eu comecei a tremer. Apertei a mão de Chris, e ele retribuiu, num incentivo silencioso.

Mas então, senti Andy segurar minha mão, já sem o giz. Ele a apertou levemente, num incentivo como o de Chris.

Senti aquilo esbarrar em mim novamente, nas minhas costas. Parecia atravessar a minha roupa e eu. Me dava calafrios, e aumentava o aperto em meu peito.

O que deseja saber?

A voz que perguntou era indescritível. Soou diretamente em minha cabeça, mas não era feminina ou masculina. Era algo mais. Algo além do que eu conhecia.

- Qual o meu poder? – sussurrei, com medo do que viria a seguir.

Então, sem que eu quisesse, minha mão direita, trêmula, segura pela de Chris e com um giz levemente esfarelando, se moveu para o chão. Eu não via nada, mas sabia que “ela” me controlava mesmo de olhos fechados. O aperto em meu peito aumentava, e eu sabia que se continuasse assim, passaria de um pressentimento.

Escrevi alguma coisa no piso, lentamente. Só recuperei o controle de meu braço quando minha mão estava unida a de Chris novamente.

Então, aquilo que tocava minhas costas se distanciou. Eu diria que foi na direção de Chris. Mas ainda assim, o aperto não foi aliviado.

Escutei Chris murmurar alguma coisa. Alguns segundos de silêncio, e então, as velas se apagaram.

Subitamente, o aperto em meu peito sumiu, mas eu ainda tinha uma sensação estranha, como se ouvisse uma cicatriz ali.

- Podem abrir os olhos.

Imediatamente, abri os olhos. Andy fez o mesmo. Chris nos encarava, e eu percebi que ele suava frio.

- Realmente, estou orgulhoso de vocês. Achei que iríamos morrer aqui.

Chris passou as mãos pelo cabelo, ofegante, tentando normalizar a respiração. Eu estava trêmula, e tinha certeza de que estava pálida. Olhei para Andy. Ele me olhou, com uma expressão provavelmente como a minha. Só então reparei que ainda segurava sua mão. Imediatamente, a soltei, sem jeito. Andy olhou para baixo, tão embaraçado quanto eu.

- Teremos sempre loucuras assim? – Perguntou, arregalando os olhos e franzindo o cenho para Chris.

- Você acha que isso foi uma loucura? – Chris o olhou irônico, e Andy apenas engoliu em seco, da mesma forma que eu.

Olhei para o que havíamos escrito. Andy havia escrito Umbracinese. Não faço a menor ideia do que é isso. Eu havia escrito Oneirocinese. Que. Porra. É. Essa?

Chris olhou para o que Andy havia escrito e fez uma cara de quem está impressionado. Mas quando olhou para o meu, começou a me encarar com os olhos arregalados.

- É tão ruim assim? – Comecei a entrar em pânico, porque Chris me encarava demais.

- Drizzle... – Chris balbuciou. Ele olhou novamente para o que eu havia escrito.

Então, uma risada escandalosa cortou o silêncio que me pressionava. Chris começou a rir, e eu não entendi nada. Olhei para Andy, e ele assistia Chris com a mesma cara confusa que eu.

- Meu Deus, Drizzle, eu poderia te beijar agora – Chris voltava ao normal, mas continuava olhando maravilhado a palavra.

- Pelo amor de Deus, para de suspense e explica isso logo! – Andy se desesperou.

- Ela simplesmente tem a habilidade mais rara entre todas. Drizzle pode controlar sonhos.

Senti um calafrio. Sonhos? Como Morfeu? Eu podia então entrar na cabeça das pessoas dessa forma?

- Você não tem noção do que pode fazer depois de muito treinamento – sorriu – E Andy, seu poder também é bem interessante.

- O que é Umbracinese? – perguntou.

- Sombras. Controle sobre sombras. É muito útil, poderá facilitar nossas viagens.

Fiquei olhando para Chris com cara de tacho, e Andy fez o mesmo. Como assim, sonhos e sombras?

- Eu acho melhor explicar tudo para vocês depois. Eu pretendia começar a treinar isso tudo hoje, mas pelo nível de suas habilidades, terão de estar bem descansados.

Depois da declaração de Chris, ele decidiu nos levar embora. Nos mandou descalçar e nos preparar, pois assim que possível, ele nos levaria ali para treinar novamente. Fiquei me remoendo, tentando descobrir como exatamente meus poderes se entrelaçavam a sonhos, e tinha certeza de que Andy também pensava sobre seus próprios poderes.

Encostei a cabeça na janela do carro de Chris. Um cigarro agora viria a calhar. O vento rugia do lado de fora, e eu previa uma tempestade para hoje.

Depois de muito andar, Chris finalmente estacionou em frente a casa de Andy. O carro de seus pais não estava ali, e não havia nem anoitecido ainda, ele teria muito tempo sozinho.

Ouvi a porta de Andy se abrir e depois fechar. Quando achei que ele havia ido embora, sua voz me chamou, pela janela que eu deixei aberta.

- Você me deve uma visita, Drizzle – afirmou, abrindo minha porta.

Chris, que olhava para estrada, moveu o olhar para mim, com um sorrisinho de canto.

- Andy, eu acho melhor não – tentei escapar, estendendo a mão para fechar a porta. Andy segurou meu pulso.

- Vamos, Drizzle – sorriu, e Deus, que sorriso – Não quer conversar sobre hoje de manhã?

Senti um calafrio subir por minha espinha. Querer eu até que sim, se é que me entende, mas a coragem não aparecia. Balbuciei alguma coisa, sem saber o que responder, e Andy apenas me puxou.

- Chris – fez um leve aceno, e Chris retribuiu. Andy fechou a porta e ele me abandonou ali. Acompanhei o carro de Chris com o olhar, o vendo se distanciar, incrédula. Que tipo de primo é esse? – Não quer entrar, Drizz? – Biersack me puxou pela cintura.

- Não – resmunguei enquanto ele me puxava em direção a casa.

- Ah, não seja assim – pediu, fechando a porta atrás de mim e me colocando contra ela – Ainda temos muito tempo para discutir. Ainda temos muito tempo – mordeu meu pescoço - para qualquer coisa que você desejar.

Eu só quero me trancar com você em seu quarto e brincar de mamãe e papai. É isso que você queria ouvir, não é? Bem, também é o que eu queria dizer. Mas não foi bem o que aconteceu depois de Andy me colocar contra a porta. Eu simplesmente entrei em pânico e sai correndo. Para onde? Boa pergunta.

Fiquei atrás do sofá, o deixando entre eu e Andy, que ria descaradamente do meu desespero.

- Do que você está fugindo? – riu, tentando me pegar.

- De nada – Comecei a rir também, só que da cara dele depois que eu acertei uma almofada em seu rosto.

- Agora você tem um bom motivo para correr – Contornou o sofá rapidamente, e eu tive de sair correndo. Subi as escadas de forma absurdamente rápida.

Cheguei no corredor, e sem pensar muito, corri para a primeira porta que encontrei. Entrei e fechei a porta, mas não havia chave. Porra. Olhei em volta. Era um quarto. Eu diria que de hóspedes, já que não haviam objetos pessoais.

A porta se abriu em um estrondo, desviando minha atenção. Andy entrou, lambendo o piercing. Agora fodeu.

Quando ele começou a se aproximar de mim, seu a volta correndo e tentei sair pela porta. Andy, num movimento rápido conseguiu me segurar num abraço desajeitado, mas eu tentei fugir, então de alguma forma, nossos pés se enrroscaram, e nós dois fomos ao chão, e eu acabei ficando por cima dele. 

Nos encaramos por alguns segundos, e então começamos a rir. Deitei a cabeça na curva do seu pescoço, rindo do quanto somos idiotas. Andy me abraçou, rindo como eu.

Ficamos alguns segundos assim, sem falar nada, até que eu me ergui e o encarei. Não sei porque o encarei, mas apenas fiquei admirando ele, como sempre fazia. As duas joias azuis fizeram a mesma coisa comigo. Andy levantou a mão, colocando uma mecha loira atrás de minha orelha.

Sem que eu percebesse, comecei a me aproximar. As mãos de Andy, que estavam em meu cabelo, desceram para minha cintura, me incentivando a continuar.

E então, de olhos fechados, colei  nossos lábios em um beijo calmo. Minhas mãos acariciava seu peito enquantonas dele apertava minha cintura, e a delicadeza daquele beijo chegava a me assustar.

Andy me puxou para baixo e ficou por cima, explorando minha boca com um pouco mais de desejo. Minhas mãos foram para sua nuca, e eu comecei a puxar um pouco seus fios. Lentamente, Biersack me levantou pelas coxas, nos colocando de pé para em seguida, me prenssar contra a parede mais próxima, fazendo com que eu arfasse. Andy cortou o beijo com um sorrisinho levado, mordendo meu lábio inferior. Desceu seus beijos para meu pescoço, dando leves mordidas ali, fazendo com que eu o puxasse para mais perto, querendo mais daqueles arrepios.

- Vamos para o meu quarto – Andy apertou minhas coxas, me levando até lá dessa forma, me olhando de um jeito safado.

Passei o nariz por seu pescoço, sentindo seu cheiro, absorvendo tudo, e o arrepiado. Sorri com isso. Quando entramos em seu quarto, que era em frente ao que estávamos, Andy apenas chutou a porta e caminhou comigo até a cama. Ele se deitou lentamente, ficando por cima de mim.

Sua cama ainda estava da mesma forma que ele deixara de manhã, com o mesmo edredom azul marinho. Me acomodei em seu travesseiro, o cobertor sob mim. Andy me olhou por alguns segundos, examinando minha expressão – provavelmente um pouco apavorada.

- Você quer fazer isso? – hesitei em responder. Querer eu até queria, mas estava com um pouco de medo do que viria a seguir – Não se preocupe, eu não vou te machucar – Biersack me deu um selinho, me tranquilizando.

- Está bem – suspirei, fechando os olhos numa súplica descarada por um beijo. Sem demora, ele atendeu meu pedido. Me beijou com avidez. Mesmo que nosso beijo tivesse um claro desejo intenso, aquilo que acalmava. O sabor de nicotina em seus lábios me viciava, mas não tanto quanto o gosto adocicado deles.

Andy passou as mãos por minha cintura, puxando minha pele, me beliscando. Coloquei as mãos dentro de sua camisa, passando as unhas levemente de seu peito até a barriga, até segurar o cós de sua calça. Andy arfou, me fazendo sorrir.

Biersack passou a tornar a tudo mais intenso, apertando meu quadril com força e descendo os beijos para meu pescoço. Ele mordeu desde o lóbulo da minha orelha até meu colo, deixando uma trilha de beijos molhados, me fazendo morder o lábio e segurar um gemido.

Eu bagunçei seu cabelo, jogando a touca em qualquer lugar, querendo mais daquilo. Suas mãos desceram em curvas pela minha cintura e retiraram meu moletom. Levantei as costas para facilitar seu trabalho, e depois de fazê-lo, Andy aproveitou a oportunidade e enroscou minhas pernas em seu quadril, ficando entre elas. Ele voltou a me beijar com um pouco de agressividade, explorando minha boca com desejo. Suas mãos foram para meus quadris, e ele pressionou sua excitação contra mim. Ele ainda não estava tão excitado, mas caramba! Não consegui segurar o gemido, que saiu entre o beijo. Andy sorriu, arranhando minhas costas. Sem perceber, levei as mãos para baixo, tentando tirar sua camisa. Ele se distanciou um pouco, a retirando rapidamente e voltando para mim.

Desci as mãos por seu peito, sentindo cada movimento dele. Achei fofo que ele se arrepiasse toda vez em que eu tocava sua barriga com as pontas dos dedos, e só por isso o fiz, fazendo-o me olhar, malicioso.

Biersack desceu seus lábios novamente, agora beijando minha barriga. Ele manteve o olhar fixo no meu, os olhos escuros e banhados de malícia, enquanto lambia meus quadris, bem em baixo do umbigo. Apertei o cobertor, tentando me controlar. Andy sorriu, vendo o que fazia comigo.

Com as pontas dos dedos, Andy começou a acariciar minha cintura enquanto beijava logo abaixo dos meus seios, e eu achei que morreria ali. Ele desceu os beijos, e lentamente, começou a puxar minha calça. Ele se ajoelhou, a tirando por completo e me mostrando o quanto já estava excitado. Na mesma hora, fechei as pernas, quase tendo um treco, tanto pela vergonha quanto pelo tamanho do volume em sua calça. Biersack apenas sorriu. Ele me examinou. Eu cobria meus seios, mesmo estando de sutiã, e mantinha as pernas coladas. Andy lamber o piercing, parecendo gostar do que via.

- Drizz, não precisa ficar assim – Andy passou as mãos por meus joelhos, carinhosamente – Eu não vou te machucar – Abriu minhas pernas, pacientemente, e eu cedi. A partir daí, não havia como voltar atrás.

Ele me beijou de forma carinhosa, me passando mais segurança. Suas mãos foram para minhas coxas, arrumando minhas pernas ao seu redor. Em pouco tempo, seu beijo voltou a ter o desejo de antes. Repentinamente, ele desceu, ficando de frente para minha intimidade. Ele me olhou, com seu sorriso mais malicioso, me fazendo corar. Fechei os olhos, tentando reprimir a vergonha. Eu me sentia molhada, e a ideia de Andy saber que me deixava assim não me tranquilizava.

- Olhe para mim, Drizz – Me forcei a olha-l. Andy lambeu minha coxa esquerda, de cima para baixo, me encarando, e eu quase arranquei sangue do meu lábio inferior ao tentar me controlar. Ele chegou a minha intimidade, e puxou a lateral da calcinha com os dentes. Dessa vez, não consegui me controlar, soltando o gemido e fazendo Andy sorrir. Ele segurou as laterais da calcinha, a puxando para baixo lentamente. A cada vez que sua respiração quente batia na parte interna da minha coxa, eu queria gritar, tamanho o desejo.

Andy se ajoelhou, abrindo o cinto e retirando a calça. Devo ter virado um tomate quando vi a excitação sob uma boxer azul marinho. Olhei para o teto, tentando não olhar para aquele lugar, o fazendo rir. Ele se colou sobre mim novamente, e eu me contorci enquanto seu membro embarrava em mim, mesmo com a cueca.

- Me diga, Drizz - Andy desceu em uma trilha de beijos do meus pescoço até meus quadris, e quando chegou em minha intimidade, abriu um pouco mais minhas pernas. Ele se abaixou entre elas. Ficou de frente para minha intimidade e a soprou. E com esse pequeno gesto, eu não pude segurar o gemido, de novo – Você gosta disso? – Ele lambeu minha intimidade e eu gelo alto, fazendo-o sorrir – Responda, Drizz – Andy começou a fazer movimentos com a língua por toda a minha intimidade, lentamente, e eu me segurei no travesseiro, sem nem mais tentar conter os gemidos. Eu concordei com a cabeça, sentindo sua boca, mais fria, me levar a loucura.

Andy se distanciou um pouco. Lentamente, ele introduziu um dedo em mim, e eu arqueei as costas, mal conseguindo respirar. Eu gemi e ele introduziu mais um dedo. Começou a fazer movimentos de vai e vem, e a cada investida, meu corpo se eletrizava e eu sentia uma corrente elétrica me arrepiar por completo.

Andy voltou a beijar minha intimidade, sem parar com as estocadas. A cada investida, eu ficava ainda mais curiosa sobre como seria com ele dentro de mim. Minhas pernas se enrigeceram, e eu estava simplesmente delirando com aquilo.

- A-Andy - gemi. Estava com tanta vontade de pertencer a ele. Ele entendeu o recado e subiu, ficando cara a cara comigo. Senti sua excitação roçar minha intimidade, e uma curiosidade tomou conta de mim.

Timidamente, desci minha mao direita, mas fiquei com vergonha no meio do caminho. Andy percebeu minha hesitação, e lentamente, colocou sua mão sobre a minha e a desceu. Criei coragem e acariciei seu membro por cima da peça íntima. Andy fechou os olhos, mostrando o quanto gostava disso.

Uma de minhas mãos estava em seu peito, e eu, numa coragem repentina, coloquei a outra dentro da peça íntima. Envolvi seu membro e o apertei levemente. Estava duro e quente, ocupando todo o espaço. Desci lentamente por ele, e depois subi. Andy gemeu. Sorri, repetindo o movimento mais vezes. Conforme minha vergonha ia passando, mais rápido eu o fazia, e ouvir Andy gemer me deixava ainda mais molhada.

- Porra – Andy mordeu o lábio inferior, tirando minha mão delicadamente e rolando para o lado. Ele retirou a cueca, e eu me senti em chamas com a visão dele nu. Andy abriu a primeira gaveta de seu criado mudo e tirou de lá uma embalagem prateada. Ele abriu o preservativo com os dentes, e eu quase gemi só de vê-lo fazer isso. Cuidadosamente, ele colocou a camisinha, sem se acanhar por estar sendo observado tão atentamente por mim. Ele voltou e se colocou entre minhas pernas, retirando meu sutiã. Lutei bravamente contra a vontade de esconder meus seios sob o olhar malicioso de Andy.

- Você tem certeza de que quer fazer isso? – parei para pensar.

Eu tinha absolutamente todos os motivos para dizer não. Tinha quase completa certeza de que Andy amava Taylor, e eu poderia estar sendo apenas um caso de uma noite, ou uma tarde. É além disso, como viemos parar aqui? Eu deveria estar em casa agora, pensando nele e no quanto minha vida é uma merda. Enfim, a lista era longa. Mas simplesmente, eu o queria de forma absurda. Eu o amava. Mesmo que eu odiasse isso, eu o amava. E além disso, o desejo estava acima de tudo no momento.

Mas então, me lembrei de algo que eu achei estar enterrado suficientemente fundo. O sonho. O sonho que tive com Andy. Nele, a sensação fora horrível. Estremeci, e Andy percebeu.

- Drizz, você confia em mim? – hesitei.

- Confio – olhei em seus olhos – Não foi atoa que não deixei Chris te mandar para o inferno – ele sorriu.

- Se confia em mim, não precisa ter medo – Me deu um selinho – Eu quero você, Drizz. Quero muito.

Não era um “Eu te amo”, longe disso. Apenas desejo. O que posso fazer? Nunca serei Taylor. Olhei fundo em seus olhos, me tranquilizando, e assenti. Andy se preparou, e senti um pequeno choque quando seu membro tocou minha intimidade. Lentamente, Andy começou a me penetrar. Aquilo doeu, e mesmo com esforço, não pude disfarçar.

- Tudo bem? – Me olhou preocupado. Indo tão devagar, seria pior ainda.

- Não demora – pedi, me segurando em seus braços.

- Tem certeza? – assenti. Andy suspirou, e eu me preparei. De uma vez, Andy entrou completamente em mim. Definitivamente doeu muito, e eu cravei as unhas em seus braços, serrando os dentes e engolindo o grito. Andy gemeu alto, provavelmente pelas minhas unhas.

Ele me abraçou como podia, esperando meu sinal para continuar. Aos poucos, a dor foi passando, e eu passei a sentir uma pressão até boa dentro de mim. Soltei seus braços e apertei um pouco minhas pernas ao seu redor, dizendo que podia continuar.

Andy começou os movimentos, lentos e profundos. Meu corpo se eletrizava e eu me arrepia, me fazendo gemer baixinho. Não podia haver sensação melhor. A dor se tornara apenas um detalhe que eu podia ignorar.

Andy me olhou nos olhos e começou a aumentar o ritmo, me fazendo gemer mais alto. Seus cabelos negros caiam em volta de seu rosto, e sua expressão de prazer simplesmente me fazia delirar. Suas mãos foram para minha cintura, e ele aumentou a força. Seu ritmo era alucinante, e tudo estava na velocidade dele.

Biersack passou as mãos por meus cabelos, os tirando do meu rosto. Logo, sua mão esquerda foi para minha nuca, e ele puxou minha cabeça para trás, cheirando meu pescoço. Andy depositou alguns beijos ali, me fazendo suspirar com todas as sensações do momento.

Andy desceu até meus seios. Ele chupou meu seio esquerdo com força, e eu lutei para não gritar. Biersack mordiscou e beijou meus seios, e aquilo era simplesmente maravilhoso. As estocas que alimentavam o ritmo me fazia delirar, e eu me sentia apertada e quente, com um calor  descomunal por todo meu corpo.

Andy ficou de joelhos e me levantou pelos quadris. Segurei o travesseiro, calando mais um grito enquanto ele investia com força. Virei a cabeça e fechei os olhos, simplesmente delirando.

Andy voltou para cima de mim, apertando minha cintura com força.

- Você é deliciosa – Andy gemeu em meu ouvido – Fica tão gostosa molhada desse jeito.

Biersack colocou a cabeça na curva do meu pescoço. Então, repentinamente, ele tampou minha boca.

- Desculpa por isso, mas eu estou muito duro – Com força, Andy mordeu meu pescoço, no lugar em que apoiara a cabeça. O grito só não encheu o quarto por que Andy havia tampado minha boca. Ele lambeu o local, a língua tão quente quanto minha pele. 

Não sei o que dizer sobre isso. Doeu, de qualquer forma, mas ainda assim, foi bom. Muito bom. Ao perceber que eu não iria reclamar, Andy me mordeu novamente, dessa vez em meu ombro. Mordeu meus seios e meu pescoço, e a dor simplesmente me enlouquecia. Andy já havia liberado minha boca, e eu gemia alto a cada mordida, mas era bom para os dois lados.

A cama estalava embaixo de nós. A chuva que começara a cair lá fora foi simplesmente ignorada. Nós dois éramos o mundo, e não importava mais ninguém. Seus olhos me examinando, sua pele na minha e suas investidas fortes eram tudo o que existia. Eu faria tudo o que ele quisesse contanto que não parasse.

Em questão de segundos, um calafrio cortou meu corpo, e eu me senti quebrar em milhares de pedacinhos. Em um piscar de olhos, eu estava cansada e sem fôlego. Andy me penetrou mais um pouco, e parou em uma última estocada, gemendo alto e depois caindo sobre mim.

Nós dois estávamos ofegantes, mas eu poderia morrer ali. Andy se aconchegou em mim e eu passei a acariciar seus cabelos.

Andy me abraçou, ainda dentro de mim. Não queria sair dali nunca mais. Lentamente, Andy se distanciou, e tentou disfarçar que tirava a camisinha, não mais transparente, mas toda branca. Observei aquela bunda magra indo até o banheiro, e logo depois ele voltou. Deus, eu poderia olhá-lo para sempre.

Andy se acomodou na cama e jogou o edredom sobre nós. Me deitei em seu ombro, simplesmente esquecendo de que o mundo existia.

- Andy – O chamei, sem pensar. Ele sorria, e eu não sabia o que pensar sobre isso. Tinha um sorriso lindo – Eu te amo. 




"Eu derrubei meu coração sobre as estacas, É a unica maneira de me sentir bem."

Falling in Reverse


Notas Finais


Eai? Ta horrível ou péssimo?
Andy the stripper: https://www.instagram.com/p/BQA__m9jA3k/


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