História End of the Beginning - Drink My Blood

Jessica POV:

Ouvir o grito de Sooyoung me fez parar no meio do caminho. Uma sensação desesperadora foi transmitida através dele, e quando eu me virei, meu peito apertou-se ao ver Seunghyun morrendo.

Ele era como um irmão pra mim. Ele fazia parte da família.

O golpe fora certeiro.

Quando achávamos que tudo acabaria bem...

Levei meus olhos até Sooyoung e ela permanecia estática. Parecia ela a ter sido golpeada.

Dara sorria debochada.

Vi os punhos de Sooyoung fecharem-se e as veias saltaram em sua pele. Ela queria vingança.

- SOOYOUNG, NÃO!

Eu gritei mas foi inútil.

Dara saltou por um muro e correu em direção a floresta e Sooyoung não hesitou em ir atrás.

- Droga...

Olhei em direção ao corredor que levava até onde Hyori estava com Luna e olhei na direção da floresta.

- É bom que Hyori cumpra com o seu papel. - Falei antes de correr atrás das duas.

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Dara POV:

Eles estavam enganados se pensaram que eu me renderia ou algo do tipo. Bom estava morta, aquela bruxa maldita iria fazer de tudo para tirar Appa do corpo da idiota da Luna. Mas eu não fugiria sem antes deixar minha marca. Não mesmo.

Matar Seunghyun foi tão... Revigorante! A surpresa que tomou o rosto dele, a tristeza nos olhos de Sooyoung... Ah, nunca senti tanto prazer em tirar a vida de alguém.

Agora eu corria pela floresta tendo a certeza de que ela estava me perseguindo.

Porém eu sou mais velha que ela, sou mais experiente. Ela jamais me alcançaria. Agora só me restava o exílio, o esquecimento... Argh, jamais conseguiria reunir aliados para vingar a morte de minha irmã, vingar a frustração dos nossos planos. Jessica estaria mais forte do que nunca, ainda mais tendo aquela maldita Kwon ao seu lado. Droga!

Continuei correndo pela mata, sentia que aos poucos a presença de Sooyoung ficava mais fraca, eu estava conseguindo despistá-la.

Olhei pra trás e não vi qualquer vulto a me perseguir, e foi aí que esbarrei em algo e caí no chão.

Fiz menção de me levantar rapidamente e logo dois pés parados a minha frente invadiram meu campo de visão.

Levantei meu rosto apenas para que meus olhos se conectassem àqueles olhos negros.

Aqueles.

Ficamos por alguns instantes nos encarando, eu ofegante e ela com um sorriso jocoso.

Até que eu decidi finalmente falar e quebrar aquele silêncio.

- Me ajude... Me ajude a fugir.

Ela arqueou a sobrancelha e desfez o sorriso, confusa.

- O que está acontecendo? - Perguntou.

- Não há tempo para explicações! - Falei já em pé. - Me ajude a desaparecer daqui agora!

Ela ficou me encarando como se estivesse assimilando o que eu estava pedindo. Às vezes eu me esquecia do quanto ela era lerdinha.

- CARALHO, CL, ME AJUDA!

- Tudo bem, vamos. - Disse antes de pegar em minha mão e desaparecermos.

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Sooyoung POV:

Eu sentia o cheiro podre dela por perto. Eu sentia o seu rastro. Ela não ia fugir, eu não ia deixar ela fugir.

Era como se uma parte de mim tivesse sido arrancada...

Seunghyun era o melhor irmão que eu podia querer. Tinhamos lá nossas brigas, coisas de irmãos, mas eu o amava tanto... O que eu iria dizer para os meus pais? Minha mãe irá desabar...

Corria desesperadamente por entre as árvores, sem me importar com mais nada.

Senti o rastro de Dara enfraquecer e acelerei o máximo que pude, mas logo o perdi.

- ONDE VOCÊ SE ESCONDEU, SUA DESGRAÇADA?! - Gritei me afogando em minhas próprias lágrimas. - APAREÇA, SUA COVARDE!

O silêncio reinava.

- VOCÊ NÃO FOI CAPAZ DE ATACAR MEU IRMÃO PELAS COSTAS? SEJA MULHER O SUFICIENTE PARA LUTAR COMIGO CARA A CARA! EU VOU ACABAR COM VOCÊ, SANDARA! EU VOU DESTRUIR VOCÊ! TE MANDAREI PARA O INFERNO JUNTO COM SUA IRMÃ E SEU PAI!

Eu estava desesperada.

- APAREÇA! APAREÇAAAAAAAA!!

Logo ouvi um barulho atrás de mim e me virei rapidamente, encontrando Jessica.

- Sooyoung... - Ela disse enquanto me olhava profundamente.

- Não tente me impedir... - Falei ofegante. - Eu vou encontrá-la...

- Ela já deve estar longe, Soo... Talvez nunca mais sejamos capazes de descobrir seu paradeiro...

Jessica continuou parada me olhando enquanto eu olhava em volta, até meus olhos encontrarem os seus novamente.

- Não me olhe com pena... - Falei amargurada. - Eu não preciso dela...

- Venha, Soo. - Ela disse caminhando em minha direção. - Temos que ir.

- Se afasta! - Gritei.

- Sooyoung, por favor! - Jessica insistiu.

- Não me faça bater em você.

- Tente. - Desafiou-me.

Respirei fundo e fechei meus punhos com força. Jessica continuou ali parada me encarando, sem mover um músculo sequer.

Desferi um soco e ela desviou. Tentei acertá-la novamente mas Jessica desviou outra vez e ainda me empurrou pelas costas.

- Vamos ficar nisso por horas. - Disse me encarando com firmeza.

Senti a raiva correr por minhas veias e tentei acertá-la de novo, mas dessa vez Jessica segurou meu pulso com força e me puxou pra perto dela, conectando nossos olhares intensamente.

Ficamos nos encarando daquela maneira por alguns instantes, até que eu quebrei o silêncio.

- Ela... Levou o Seung... Ela... O tirou... De mim... - Falei já sentindo minhas pernas enfraquecerem. - Eu nunca mais... Vou ver meu irmão novamente...

Fui deixando meu corpo amolecer e segurei na gola de Jessica, enquanto íamos lentamente de encontro ao chão.

- Nunca mais eu... - Falei socando o peito de Jessica quase sem forças. - Eu... Seung...

- Eu sei, Soo... Eu sei... - Ela disse passando a mão em minha cabeça e me aconchegando em seus braços.

Não sei por quanto tempo ficamos ali. Não trocamos nenhuma palavra, o único som ali era o do meu choro descontrolado.

Logo percebi Jessica mover a cabeça levemente e senti uma presença.

- Senhorita Jung. - Reconheci a voz de Minho. - Hyori-ssi terminou o ritual.

- Está bem. - Jessica respondeu. - Sooyoung...

- Vamos logo. - Falei me levantando rapidamente e secando as lágrimas.

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Jessica POV:
 

Assim que chegamos ao salão onde Hyori e os outros estavam, me deparei com a bruxa sentada sobre os degraus com uma das mãos na cabeça, que estava baixa. Ela parecia exausta.

Sooyoung foi diretamente até ela, enquanto eu me aproximei de Luna.

- Você está bem? - Perguntou Sooyoung um tanto quanto preocupada.

- Estou... - A bruxa respondeu e eu senti certa fraqueza na voz dela. - Só me sinto um pouco... Cansada...

- Ela está quente... - Falei passando a mão pelo rosto da menina desacordada diante de mim.

O rosto de Luna parecia sereno.

- Deu certo? - Indaguei encarando a bruxa.

- Sim, Jessica. - Ela suspirou e me encarou. - Deu certo.

- Quanto tempo você acha que ela vai ficar dormindo?

- Não sei, Jessica. - Hyori disse levantando-se com a ajuda de Sooyoung. - Talvez ela...

- Como assim não sabe? "Talvez ela" o que? - Falei preocupada.

- Jessica, esse ritual é intensamente mais cansativo e pesado do que o primeiro. - Ela se aproximou ainda com dificuldades. - Se eu, que apenas o realizei, sinto como se metade de toda a minha força tivesse sido drenada, imagina o quão cansado deve estar o corpo dessa pobre criança? Ela passou por coisas demais. Possessão, poderes além da capacidade do corpo dela, o ferimento no peito que ainda não se curou totalmente... Exorcismo. Ela pode acordar amanhã, semana que vem, ou daqui há dez anos.

- De renascida do inferno à bela adormecida... Era só o que me faltava.

- Só nos resta esperar. - Ela finalizou.

- Seungri, diga-me a situação atual. - Falei em desistência ao tópico anterior.

- Alguns inimigos conseguiram escapar, mas a maioria fora capturada. Senhorita Sojung e Senhorita Kwon já devem estar no abrigo recebendo cuidados à essa hora.

- Ok... Assim que chegarmos ao abrigo, coloquem todos os capturados no calabouço. Depois eu decidirei o que fazer com eles.  - Falei e ele assentiu. - Minho... Fique aqui com um grupo menor. Quero que coloquem fogo nesse castelo inteiro.

- Sim, Senhorita Jung. - O outro servo disse curvando-se levemente.

- Mas... Onde está Seunghyun? - Disse Hyori.

Olhei diretamente para Sooyoung e ela abaixou a cabeça, enquanto fechava os punhos. Eu apenas balancei a cabeça em sinal negativo para Hyori e logo entendeu do que se tratava.

- Vamos.

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Hyoyeon POV:

Já havia anoitecido e ninguém mais tinha chego até o abrigo. Todos estavam preocupados que tivessem sido emboscados no meio do caminho.

Taeyang não saiu de meu lado um instante sequer. Mas sua expressão permanecia curiosa, ele estava pensativo.

- Hey... - Sussurrei.

- Shh... - Ele disse me encarando de canto. - Você deve descansar.

- Eu... Não vou morrer... Por conversar um pouco...

- Aish, você é teimosa até mesmo toda ferrada! - Ela disse rindo levemente.

Logo uma comoção tomou conta da entrada do abrigo.

- Eles estão chegando! - Gritou um caçador qualquer.

- Omo! - Ele disse tentando se levantar. Taeyang ficou sentado ao lado de meu leito improvisado o tempo todo.

- Ya! Você não devia... Se levantar também... Fica quieto aí! - Resmunguei.

- Shiu.

Não demorou muito até que alguns caçadores conhecidos entraram. Suzy, Jiyoon e alguns outros que eu não lembrava os nomes. Logo o encarregado do abrigo foi até eles e a expressão de alívio em seu rosto e a comoção entre as pessoas confirmou que a batalha na catedral havia acabado.

Suspirei aliviada enquanto via eles acomodarem outros feridos no pouco espaço que tinhamos.

Vi quando Suzy levou os olhares até nós e parou em Taeyang. Ela mexeu os lábios como quem fosse dizer algo, só que então foi interrompida.

- TAEYANG!

- Seohyun!

Levei meus olhos instintivamente até atrás da garota e encontrei Tiffany, aquela tal de Taeyeon, e ela, a minha Sulli de mãos dadas com uma pequena criança.

Ela levou uma das mãos à boca e seus olhos encheram d'água. Eu tentei me mexer mas essa foi a ideia mais estúpida que eu podia ter, tendo em vista que meu corpo estava todo machucado. Tiffany sorriu levemente e pegou a criança nos braços, enquanto Sulli vinha lentamente em minha direção.

- Hyo... - Ela disse ajoelhando-se ao lado de meu leito.

- Annyeong... - Falei sorrindo levemente.

Sulli levou suas mãos trêmulas ao meu rosto e o tocou-o levemente. Senti um calor preencher meu peito.

- Você... - Ela disse com a voz fraca. - Está tão machucada...

- Não se preocupe... Eu sou dura na queda. Você vai ter que aguentar até o fim dos seus dias... - Falei e ela me encarou com as lágrimas já escorrendo por seu rosto.

- Eu tive tanto medo... - Ela olhava por cada parte do meu corpo, cada ferimento. - Tanto medo de te perder.

- Shhh... - Falei segurando a mão que repousava em meu peito. - Está tudo bem agora. Eu não vou a lugar algum, araso?

- Araso... - Sulli disse e me deu um sorriso tímido.

Olhei ao redor e notei que a criança me encarava, escondida atrás das pernas de Tiffany.

- Amor... - Sussurrei. - Quem é essa criança?

- Ah... - Ela disse e olhou para a menina. - Ela é uma sobrevivente que encontramos na catedral...

- Ah... - Falei já entendendo que se a criança estava com elas, é porque tinha ficado órfã.

- Vem aqui, vem! - Sulli disse docemente pra criança que me olhava com curiosidade.

Ela me olhou com desconfiança e foi se aproximando a passinhos leves, até segurar em um dos ombros de Sulli e aproximar o rosto de seu ouvido.

- Unnie... - Disse sussurrando como se fosse um segredo. - Quem é essa moça?

- Essa é a Hyo... - Sulli disse sussurrando também e entrando na brincadeira da criança.

- Ela está doente?

- Sim, um pouco. - Sulli disse ajeitando a franja da pequena. - Quer conhecê-la? Ela é uma pessoa muito legal e especial para mim.

A garota ficou me olhando ainda apreensiva, até que eu decidi dar o primeiro passo.

- Olá, Senhorita.

- Oi... - Disse com receio.

- Está gostando de passar um tempo com Sulli?

- Sim! - De repente a criança iluminou-se. - Eu gosto muito da unnie... E das outras unnies também. Elas são boas.

- Eu sou boa também. Quer ser minha amiga? - Indaguei fazendo um biquinho.

- Não sei... Temos que nos conhecer melhor primeiro. - Disse arrancando gargalhadas dos próximos.

- Hyo... - Seohyun disse ajoelhando-se do outro lado do leito.

- Hey, bobona. - Falei e ela riu levemente.

- Que bom que vocês estão bem... Nós achamos que...

- Esqueça isso, Seo. O importante é que todos nós estamos bem. - Falei e então dei por falta de uma pessoa. - Onde está a Yuri?

- Ela disse que tinha que ir a um lugar e depois viria pra cá. - A garota disse preocupada.

- Aquela teimosa, aish... Onde ela se meteu?

- Acho que ela foi até o centro do conflito, onde Jung e seus aliados iriam enfrentar os Park. - Disse a tal Taeyeon.

- Mas o que a Yuri tem a ver com isso? - Taeyang indagou confuso.

- Acho que isso só ela poderá explicar à vocês. - Taeyeon finalizou e eu tive certeza de que ela sabia de algo que não iria nos contar.

- Então vamos esperar até que ela volte. - Finalizei.

Yuri teria muito o que nos contar.

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Jessica POV:

Não demorou muito até chegarmos ao abrigo. Assim como ordenei, Seungri e seu grupo logo prenderam os servos de Park nos calabouços. Outros levavam sangue aos feridos, para que se recuperassem mais rápido.

Sooyoung logo se dirigiu ao seus aposentos, eu sabia que ela precisava ficar sozinha. Hyori, exausta, também dirigiu-se aos seus.

- Como está Krystal?

- Agora ela está dormindo, Senhorita. - Respondeu Sangdo. - Algumas das suas feridas já se curaram, ficando apenas as mais graves.

- Okay... Logo irei vê-la. - Falei e ele assentiu. - Vamos ficar por aqui até que os feridos estejam bem o suficiente para que possamos voltar à mansão. Ajude os outros no que precisarem.

- Sim, Senhorita. - Disse curvando-se e saindo logo em seguida.

- Yonghwa.

- Senhorita Jung. - Disse logo ao meu lado.

- Yoona?

- Em seus aposentos descansando.

- Você levou o que eu ordenei?

- Sim, Senhorita.

- Ela bebeu?

- Sim. Quando eu retornei aos seus aposentos a jarra estava vazia.

- E como ela está?

- Deitada em sua cama, Senhorita.

- Tudo bem, pode se retirar. - Falei e ele logo sumiu. - Pelo menos ela não é tão teimosa quanto Yuri... - Suspirei. - Yuri...

Comecei a andar em direção aos corredores que levavam até onde Yuri estava e me deparei com Chanyeol correndo em minha direção, com o semblante levemente assustado.

- O que houve?! - Falei preocupada.

- A Senhorita Kwon... Ela está fora de controle!

Corri até o quarto onde Yuri estava e me deparei com uma enorme confusão. Havia jarras e taças jogadas no chão todo ensaguentando.

- Eu não vou beber isso! - Ela gritava contorcendo-se na cama.

- Senhorita, por favor! Seja razoável! Eu imploro! - Um servo tentou aproximar-se dela, mas ela o jogou contra a parede.

- Ela se recusa a beber, Senhorita Jung. - Chanyeol disse nervoso ao meu lado. - Ela jogou longe todo o sangue que trouxemos... Um desperdício. - Falou e eu o encarei com os olhos vermelhos. - Me desculpe, Senhorita.

- Teimosa...

Yuri estava encolhida e ensanguentada num canto, devido ao ferimento que sofreu na batalha, suava e tremia muito.

- Yuri!

- Esse cheiro... Está me enlouquecendo! - Gritou e me encarou com os olhos tão vermelhos que até fiquei surpresa.

- Você precisa disso!

- NÃO!

- Para de ser teimosa!

Me aproximei de Yuri e ela tentou me repelir. Ela estava fora de controle e apesar de ferida, tentava resistir aos seus instintos.

- Aceita quem você é!

- AH! - Ela gritava e seu ferimento não parava de sangrar. - Eu não... Vou beber esse sangue!

- BEBA O MEU SANGUE ENTÃO! - Gritei a prensando contra a parede.

Todos ficaram quietos no mesmo instante. Até mesmo Yuri.

Ela me encarou ofegante, como se estivesse processando o que eu havia acabado de dizer.

- Senhorita...

Não era muito comum um nobre oferecer seu próprio sangue dessa maneira, mesmo que fosse a outro nobre. Era uma espécie de tabu.

- Beba o meu sangue.

Ela não poderia recusar. Eu não era nenhum "inocente", eu era um vampiro, assim como ela.

- Saiam todos. - Ordenei.

- Mas Senhorita... - Disse Chanyeol.

- Eu estou ordenando.

Os servos se entreolharam e se curvaram, me deixando sozinha com Yuri.

- Jessica... - Ela disse com a voz falhando.

Yuri ficou me encarando, até que eu afastei algumas mechas do meu cabelo para deixar meu pescoço livre. Ela continuava a me olhar, como se não acreditasse no que eu estava fazendo.

- Beba. - Falei rasgando levemente a pele de meu pescoço, fazendo uma fina linha de sangue escorrer pelo mesmo.

Logo os olhos de Yuri tornaram-se vermelhos novamente. Ela ofegava, suas mãos tremiam enquanto seguravam a gola de meu vestido.

Ela aproximou seu rosto de meu pescoço e o cheirou levemente, fazendo minha pele se arrepiar no mesmo instante. Roçou os lábios de forma delicada e logo senti sua língua passear da base do meu pescoço, até o meio do mesmo.

Eu sentia o corpo dela vibrar contra o meu, e tinha certeza que ela sentia o meu vibrar também contra o dela.

Yuri subiu sua mão direita até minha nunca, e seus dedos perderam-se em meus cabelos.

E no instante seguinte suas presas rasgaram minha pele.

Agora meu sangue era dela também.