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História End of the day - 2 - 168 hours


Escrita por: signof_thetimes

Notas do Autor


Boa leitura ♡

Capítulo 35 - 168 hours


Fanfic / Fanfiction End of the day - 2 - 168 hours

...1 semana depois... 

 

Cabelo arrumado, olhos destacados, boca milimetricamente desenhada e roupas que gritavam sucesso. 

 

Nova York há uma semana, de volta à grande Nova York. De volta para onde esta jornada havia começado e me deixado completamente sem chão. Haviam no total oito mãos em mim, mas não de um jeito ruim. Mãos que me faziam cada vez mais bonita.

 

Eu estive sentada, com a coluna totalmente ereta e pernas cruzadas, em uma cadeira mais ou menos confortável, de tom bege sem graça, pelas últimas duas horas. 

 

Um vídeo publicado em meu perfil pessoal mostrando mais ou menos a minha mais nova “pegada”, um vídeo publicado em meu perfil pessoal com uma prévia excitante (ao menos para mim) onde se era possível ouvir metade de um single gravado e, de fato, metade de um single gravado. 

 

Sete dias, cento e sessenta e oito horas, quinze pessoas, dois músicos, um estúdio, três contratos, quarenta folhas de papel, sete carros, vinte e cinco garrafinhas d’água, trinta assinaturas e mil ou mais palavras.

 

E, neste exato momento, vinte perguntas para cada um minuto. 

 

-Eu não consigo responder tão rápido assim!! 

 

A olhei sentindo o desespero atravessar meus pulmões. 

 

-Continue! Continue! 

 

Era uma boa pessoa, divertida e sincera. Cabelos na altura do ombro, ondulado de forma perfeita e natural, cor da noite, pele beijada pelo sol, altura mediana que não a fazia justiça e dedo anelar direito preenchido por um anel prateado.

 

Nathalia era um pouco mais velha do que eu, mas muito experiente. A garota queria ter o mundo em mãos e, naquele momento, eu era o mundo dela. 

 

-Apenas mais cinco... 

 

Ela disse, mas meu olhos se perderam na notificação que apareceu na parte superior do meu celular. 

 

H: Desci, vou direto para o endereço que me mandou XX 

 

-Mais duas Lauren! 

-Oh sim, ok!! 

 

Pressionei os lábios, impedindo um sorriso de escapar e me concentrei nas últimas duas perguntas que ainda precisavam ser respondidas. 

 

Enquanto eu respondia pelo celular, Nathalia monitorava pelo computador do meu lado. Era um jogo rápido de perguntas e respostas onde eu, claramente, respondia algumas perguntas de fãs ou futuros fãs ou o que quer que sentissem por mim. 

 

-“Podemos nos animar para um futuro vídeo?” E aí? 

 

Li a pergunta em voz alta para Nathalia, que olhou para mim e pareceu pensar por um segundo. 

 

-Diga que sim, que está mais perto do que pensam. 

 

Lauren: Com certeza, já trabalhando nele :))

 

-Muito bem bonitinha, mais um dia vencido! 

 

Nathalia exclamou ao me ver bloquear o celular e jogar a cabeça para trás, completamente vencida. 

 

-Venha, bate aqui! 

 

Fizemos um toque e todas aquelas pessoas que estavam conosco de repente estavam juntando as suas coisas para irem embora, descansar. 

 

Eu fiz o mesmo, porém direto para Harry. 

 

Sete dias e cento e sessenta e oito horas sem vê-lo. 

 

[...]

 

Harry não pôde dizer nada. Pulei no colo dele e afoguei meu rosto em seu pescoço, da mesma forma que minhas pernas fizeram um laço em sua cintura. 

 

Ele me agarrou imediatamente. Harry empurrou a porta com o pé direito e caminhou para dentro do quarto, apenas me sentindo. Oh e como eu havia sentido falta da sensação de seus braços em volta de mim...

 

Era um abraço longo e apertado, onde eu podia sentir o coração de Harry bater frenético contra o meu.

 

-Eu te abraçaria o dia todo se pudesse..

 

Cochichei, me soltando dele. Harry entrelaçou nossos dedos e sorriu com os lábios, me mostrando suas covinhas. Ele usava uma camiseta verde, uma calça preta de um número maior e um sapato bege, ultimamente os seus preferidos. 

 

-Ótimo porque eu preciso de um abraço de duas horas de duração para compensar todo esse tempo.

 

Sorri. 

 

-Obrigada por ter vindo. 

-Eu viria de um jeito ou de outro baby.

-Não vai te prejudicar com as gravações? 

 

Perguntei preocupada e Harry apenas sorriu, encostando seus lábios na minha testa. Envolvi a cintura dele com os braços e fechei os olhos, sentindo sua respiração quente.

 

Honestamente, eu não conseguiria encontrar as palavras certas para dizer o quanto sou grata e feliz por tê-lo em minha vida.

 

-Eu vi os vídeos e algumas das respostas, você estava ótima! 

-Oh, Nathalia estava comigo.. Ela meio que me dizia o que responder em quase todas. 

 

Harry riu, como se já soubesse que essas coisas funcionavam assim.

 

-Ainda assim, você estava ótima e os comentários foram bastante positivos.

-Eu estou animada ao mesmo tempo que tenho medo também, mas sinto como se Nathalia pudesse fazer qualquer coisa possível. 

 

Harry se aproximou devagarzinho e juntou meus lábios aos dele, de uma forma macia e doce. Ele tinha um gosto doce. 

 

-E sobre aquela festa que eu te falei? -abri um sorriso pidão- Já estou até pronta! 

 

Harry fez uma certa carinha, uma carinha que parecia a de alguém que iria para um shopping ficar sentado a tarde toda, mas eu sabia que era charme. 

 

Nós iríamos a uma boate fechada onde eu, Beatriz e Alice costumávamos fazer de tudo para conseguirmos entrar, quando elas ainda falavam comigo.

 

Chamamos um Uber e eu não podia soltá-lo nem por um minuto. Era o que a saudade fazia com você. Harry desceu primeiro e olhou para os dois lados, chegando a conclusão de que parecia tudo normal. 

 

Desci logo em seguida e estiquei o braço para que ele me segurasse e abrisse caminho. Na entrada, pelo fato de Harry ser Harry, o segurança ranzinza sequer pediu convites. Exigiu apenas nossas identidades e com um passo estávamos lá. 

 

-Esse lugar tem cheiro de coisas pelas quais eu me arrependo até hoje. 

 

Falei olhando em volta, Harry riu baixo ao mesmo tempo que me reprovava com o olhar. Harry segurou minha mão direita mais forte e me guiou lado a lado no meio de pessoas alegres. 

 

A cada dois passos, alguém o cumprimentava. Eu realmente o conhecia como uma pessoa normal, mas eram em momentos como aqueles que você percebia o quão querido e não normal ele era. 

 

Pessoas diziam oi, acenavam com as mãos, mostravam seus rostos surpresos e sorriam largo. Sempre causando sorrisos onde quer que passava... 

 

Mas uma dessas pessoas havia me chamado atenção de uma forma que eu não queria. Harry parou e junto dele meu corpo todo. 

 

Eles cumprimentaram um ao outro e eu não queria nem saber de onde, como e porque se conheciam. 

 

Dei um passo para trás e levei meus olhos até aquela figura masculina, tão conhecida por mim.

 

Era Fernando, alguém pelo qual eu já havia tido um relacionamento. Alguém pelo qual tive o meu coração duramente partido. Alguém pelo qual eu me deixei quebrar.

 

Mas ele parecia diferente. Seus fios loiros estavam um pouco mais longos, seus braços mais fortes, sua pele mais queimada, um pouco mais alto talvez e um sorriso bem maior do que aquele que eu conheci um dia. 

 

Meu peito doía por ver Harry perto dele. 

 

-Baby, vamos... 

 

Cochichei por trás. 

 

-Lauren? Não vai falar comigo? 

 

E então aconteceu, aquela voz estava dizendo o meu nome de novo. Fernando inclinou a cabeça para frente, para me olhar e eu fui obrigada a sair de trás de Harry. 

 

Coloquei o cabelo para trás da orelha e desejei explodir naquele momento. 

 

-Oh vocês se conhecem? 

 

Harry perguntou, eu queria vomitar. O olhei sem saber o que dizer, mas Fernando sempre saberia. 

 

-Como você está? Cecília?

-Bem, obrigada. 

-Amor, fale com ele. O que há de errado?

 

Fernando sorriu sem graça, Harry me repreendeu baixo. Ele nem sonhava.

 

-E seu pai? O cara é uma figura, vamos combinar de assistir um futebol com ele! 

-Ele morreu. 

 

Falei sem sentimento e vi o cigarro que ele pressionava contra os lábios tocar o chão. Me virei de lado. 

 

-Harry, vamos por favor? 

-Lauren, o que foi? 

 

Ele cochichou de volta e, por aquele segundo, Fernando parecia ter se distraído com o resto dos amigos idiotas dele. A música estava alta, falávamos todos próximos um dos outros. 

 

-Nós já namoramos, por favor vamos para outro lado. 

-O quê? Oh, tudo bem. Tudo bem, quer dizer, -raspou a garganta- foi antes de mim. Certo? 

-Harry.. 

-O quê foi casal? Oh, deixe-me nos apresentar direito porque eu tenho a impressão de que Lauren não fez isso. 

-Fernando! 

 

Tentei. 

 

-Nós já namoramos. -apontou para mim- É, temos história. 

 

Sorriu sem desviar o olhar. 

 

-E eu sabia que você ia acabar nesse ramo de artista aí. Não desse jeito, mas eu já sabia. Ela tem talento, você sabe não sabe? 

 

Era como se Fernando vomitasse palavras em nós, de tão bêbado que estava.

 

-Lauren adorava cantar, cantava o tempo todo. As vezes até demais. 

 

Me encolhi, fitando o polegar de Harry sobre o meu.

 

-O que? Você não gostava de ouvi-la cantar? 

-Eu gostava. Eu não gostava era de outras coisas. 

-Harry, vamos. -interferi-

-Vamos sim.

 

Dois passos à frente. 

 

-Poxa, eu pensei que gostariam de ficar aqui conosco. 

 

Fernando falou mais alto, pegando o cigarro do chão e abrindo os braços. Havia uma garrafa enorme de vodka pela metade em sua mão esquerda, que eu não tinha prestado atenção antes. 

 

-Nós podemos nos falar quando ela não estiver Harry, sair outras vezes, ver as fotografias que víamos com a galera. 

-Até mais Fernando. 

 

Quatro passos à frente. 

 

-Espere, espere, eu tenho uma pergunta. 

 

Harry não deveria ter parado. 

 

-Vocês parecem fofos.

 

Fernando apontou para nós dois. 

 

-Mas deu certo? Ela deu? Quero dizer, quando namorávamos ela não me deixava comê-la, então eu tive que terminar. 

 

Seu semblante havia mudado. 

O semblante de Harry havia mudado. 

 

-Porque óbvio, como continuar um relacionamento quando a garota não libera pra você huh? 

 

Ele riu sozinho.

Eu me arrependeria para o resto da vida.

 

 


Notas Finais


O que você faria nessa situação?
Como acham que Harry deveria agir nessa situação?
Obrigada por me darem um alô sempre tão carinhosos!!
Até a próxima ❤️


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