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História Enlace (Larry Stylinson - ABO) - XXX. Um momento que vale a vida


Escrita por: podolska e Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Sim, eu sumi e sei que vocês querem me matar, mas eu realmente fiquei muito enrolada com centenas de coisas, tipo semanas de provas, meu aniversário, cansaço, outras fanfics e afins, mas vocês sabem que eu jamais abandonaria qualquer das minhas fics. Só tenham paciência mesmo, porque criatividade nunca falta, mas tempo está cada vez mais difícil. Não me abandonem, eu amo vocês <3
Boa leitura!

Capítulo 31 - XXX. Um momento que vale a vida


Fanfic / Fanfiction Enlace (Larry Stylinson - ABO) - XXX. Um momento que vale a vida

Dormir foi difícil essa noite. Havia um incômodo pequeno na parte baixa de minhas costas e embora dormir já fosse normalmente difícil agora que entrava no último mês de gestação, essa noite era estava ainda pior.

Louis ressonava baixo ao meu lado, a mão protetoramente sobre minha barriga e a respiração calma fazendo cócegas em meu pescoço. Em noites comuns, eu me concentraria nele até pegar no sono novamente, mas hoje nem isso fazia com que eu voltasse a dormir.

Atribuí essa pequena dor ao estresse que estava passando nos últimos dias: era nossa semana de provas finais, Louis saberia se iria para a faculdade e isso incluía a faculdade há 5 minutos de casa ou na capital, muito longe de mim.

Eu sabia que ele não queria ir para longe, mas o medo crescente em mim fazia com que a minha mente me traísse. Eu não queria que o bebê pesasse tanto em nossas decisões sobre o futuro, mas agora isso parecia cada vez mais inevitável e era assustador.

Eu estava com medo e por mais que soubesse que Louis está totalmente ao meu lado, eu não conseguia me livrar dessa sensação. Em pouquíssimo tempo eu teria um bebê em meus braços que dependeria de mim para tudo e eu passava o tempo todo pensando em como eu não saberia o que fazer. E, acredite, nada poderia ser mais desesperador do que isso.

Só consegui dormir muito tarde, pouco antes do relógio despertar nos lembrando do primeiro dia de estresse coletivo no colégio.

Louis tentou fazer panquecas no café, era para ser uma surpresa e ele fez tudo enquanto eu tomava banho. Eu costumava demorar mais do que o habitual agora no final da gravidez, por isso, ele teria tempo o suficiente para preparar tudo, mas era Louis e ele era um completo desastre em trabalhos domésticos.

– Não ria. – Ele avisou assim que colocou o prato a minha frente e não poderia ter um efeito pior do que teve, porque eu imediatamente tapei a boca para evitar o riso.

Em um mundo ideal, haveria duas robustas e lindas panquecas no prato, prontas para serem banhadas por mel e frutas ou manteiga, mas diferente disso, havia pedaços de panquecas, alguns queimados, provavelmente porque faltou habilidade para virá-las na frigideira.

– A aparência não é boa, mas o gosto deve estar bom. – Engoli a risada e tentei animá-lo, pegando um garfo e colocando na boca, mas foi uma ideia pior ainda.

Estava cru e com um forte gosto de ovo, aparentemente, a massa torrou por fora e ficou totalmente cru por dentro, provavelmente porque usou um fogo muito alto.

– Está ruim, não é? – Ele percebeu no momento em que eu passei a mastigar com dificuldade. – Deixa, a gente come alguma coisa no caminho. – Tirou o prato da minha frente.

– Não! Está bom. – Menti para agradá-lo.

– Sua voz me diz que está bom, mas sua careta me diz que está horrível. Não precisa comer, vai fazer mal. – Virou para colocar o prato na pia. Imediatamente eu me levantei e abracei seu corpo.

– Não fique assim, estava bom, eu juro. – Tentei me redimir.

– Deus, isso está horrível! – Cuspiu na pia e eu comecei a rir, sendo acompanhado por ele. Gargalhamos tanto que perdi o fôlego, mas me senti totalmente preparado para encarar o que estava por vir.

– Vamos trabalhar suas habilidades culinárias no futuro, vamos ter tempo para isso.

– Tipo a vida toda? – Sorriu e me abraçou.

– Exatamente a vida toda. – Enlacei seu pescoço e o beijei demoradamente, mas fiz uma careta e interrompi o beijo quando a dor voltou.

– Está tudo bem? – Me olhou preocupado.

– Sim. – Sorri. – Vamos logo porque estou realmente com fome e quero muito aquele croissant de queijo suíço maravilhoso.

Me deu mais um beijo e fomos para o colégio. Diferente do que acontecia normalmente, todos estavam tensos e carregando anotações pré-provas, como estávamos perigosamente atrasados, apenas demos um beijo e nos despedimos, desejando boa sorte um ao outro.  

Não é como se a prova de literatura estivesse difícil, eu gostava da matéria e tinha lido os dois livros do bimestre, mas eu não conseguia me concentrar nem por um minuto. A dor tinha piorado bastante e agora parecia estar ainda mais frequente.

Me desesperei.

Anotei qualquer coisa e entreguei a prova, recebendo um olhar preocupado de Niall, que provavelmente estava estranhando o fato de eu entregar a prova tão rápido.

Entrei no banheiro mais próximo e senti outra onda de dor, me contorcendo com a intensidade. Deixei uma lágrima escorrer quando me dei conta do que estava acontecendo: meu bebê não podia esperar mais.

Sai do banheiro e comecei a andar em direção à sala de Louis, mas paralisei em meio ao corredor vazio e silencioso quando outra onda de dor veio e eu senti minhas calças molharem.

– Harry? – Uma voz conhecida me chamou em meio ao corredor vazio. – Merda! Não me diz que... – Zayn estava à minha frente, olhando assustado de minhas calças molhadas para meu rosto apavorado.

Sim. Minha bolsa havia estourado. William queria vir ao mundo e queria agora. Meu choro se intensificou, eu não sabia o que fazer.

– Senta aqui. – Zayn passou a mão em meu corpo, abraçando e me levou até um dos bancos próximos. – Eu vou chamar o Louis, ok? – Assenti, fazendo uma careta em seguida por conta da dor.

Zayn correu pelo corredor e eu voltei a estar sozinho. Meu desespero aumentou e eu chorei de novo quando a dor voltou. Mas antes que eu pudesse gritar de desespero, Louis surgiu no corredor em disparada, sendo acompanhado por Zayn e por Liam.

– Amor. – Ajoelhou à minha frente e acariciou meu rosto antes de beijar minha testa.

– Ele vai nascer. – Coloquei as mãos sobre minha barriga e chorei.

– Nós precisamos ir agora. – Louis passou os braços por meu corpo e me puxou para seu colo.

– Está doendo. – Choraminguei.

– Vai ficar tudo bem, ele só quer vir conhecer esse papai maravilhoso que tem. – Brincou, me acalmando enquanto me levava até o carro. – Liam, ligue para meus pais e os pais de Harry.

– Certo. – O alfa assentiu. – Vou ligar, pegar o Niall e vou te encontrar lá. – Louis concordou.

– Zayn, pegue a chave em meu bolso e dirija.

– O quê? – O beta parecia meio perdido.

– Eu vou ficar com Harry, você precisa dirigir. – Louis destravou a porta do carro e me colocou sentado. – Posso contar com você? – Encarou o beta.

– Claro. – Pegou a chave das mãos de Louis e foi até o banco do motorista.

Louis passou o tempo todo ao meu lado, segurando a minha mão e acariciando meu rosto, dizendo que estava tudo bem, que me amava e que não via a hora de ver o bebê. Eu podia ouvir o seu coração acelerado e o sorriso não deixava seu rosto nem por um segundo.

Louis me acalmava e me fazia crer que tudo daria certo.

As coisas passavam por mim como vultos e borrões, eu estava alheio ao mundo a minha volta, afogado em dor e me concentrando no aperto reconfortante de Louis em minha mão.

Fui levado à sala de cirurgia, cercado de pessoas desconhecidas. Louis não estava ali enquanto me trocavam e eu tinha que passar pelo incômodo da anestesia, o que me deixava mais agitado do que o recomendável. Mas quando ele finalmente apareceu, usando toda a vestimenta necessária e sorrindo para mim, eu voltei a me acalmar.

Seus olhos ficaram o tempo todo juntos aos meus, ele sorria e dizia o quanto me amava, unindo sua testa à minha e quando finalmente ouvimos o choro, ele se virou para olhá-lo.

Os olhos de Louis brilharam e as lágrimas escorreram, e eu juro que não sabia ser possível alguém sorrir tanto. A imagem de Louis era tão linda que eu tinha certeza que guardaria para sempre em minha memória.

E quando deram o pequeno para ele segurar, tudo se intensificou. Louis olhava dele para mim como se buscasse as palavras certas para descrever o momento, embora eu saiba que nunca haveriam palavras o suficiente para isso.

– Diga oi para o papai, Edward. – Louis se abaixou cuidadosamente ao meu lado com os braços cuidadosamente em torno do embrulho de lençóis.

Eu o vi e todas as barreiras dentro de mim se romperam.

Meu pequeno bebê. A coisa mais linda e preciosa do mundo. A proporção exata entre eu e Louis. Edward William Styles-Tomlinson. Ele e seu narizinho pequeno e arrebitado, seus cabelos escuros e, para nossa surpresa, um sorriso lindo com uma única covinha, que nos fez rir.

Meu filho perfeito à minha frente, pronto para ser tocado por mim.

– É a coisa mais perfeita do mundo. – Acariciei seu rosto com a ponta do dedo, completamente hipnotizado.

– Nosso pequeno. – Louis se juntou a mim na carícia e outro sorriso inocente apareceu no garotinho.

Não foi fácil deixá-lo ir quando a enfermeira o pegou, mas a anestesia ainda me deixava tonto e eu sabia que era por um bem maior.

– Cuide dele. – Disse para Louis antes de me levarem para a sala de recuperação, recebendo um sorriso como resposta.

Era angustiante ficar sozinho, olhando para o teto enquanto sabia que meu bebê estava em algum lugar daquele hospital, mas tudo o que eu podia fazer era me concentrar em ficar acordado e bem.

Quando finalmente o Dr. Winston veio me liberar, eu fui até o berçário, mas não foi reconfortante ou bom. Meus pais, os pais de Louis, Niall e Liam olhavam pelo vidro enquanto Louis acariciava o bebê que estava na incubadora, com algo preso ao nariz.

– O que houve? – Perguntei desesperado.

– Você estava grávido de oito meses, o bebê adiantou um pouco e estava tendo algumas dificuldades para respirar, então achamos melhor deixá-lo ali, em observação para monitorarmos tudo. – O Dr. Winston explicou.

– Mas ele tem que estar bem. – Senti meus olhos marejarem.

– Ele vai ficar bem, será só por um ou dois dias, já vamos providenciar todos os exames e ver se está tudo bem para liberá-lo.

– Fui eu? – Perguntei desesperado. – Eu fiz algo que o machucou?

– Não, Harry. Está tudo bem, ele só precisa de ajuda agora no início, logo tudo se normaliza e você poderá levá-lo para casa. Oito meses é um pouco mais delicado, apenas isso.

– Ele vai ficar bem?

– Ele já está bem, só estamos ajudando um pouquinho. – O médico piscou para mim e me levou para mais perto do bebê e de Louis, que sorriu. – Tenho que ir agora, passo mais tarde para te ver. – Assenti.

– Eu não entendo, ele não deveria ficar aí. – Disse a meu alfa.

– Ele respirava com dificuldade, os médicos acharam melhor deixá-lo aqui.

– Eu quero segurá-lo.

– Eu dei leite para ele há pouco tempo, então na próxima mamada, eu irei chamá-lo, Hazz, e você poderá segurá-lo. – Minha mãe, que estava trabalhando hoje apareceu. – No momento, o melhor a fazer é ir até o quarto e descansar.

– E se ele precisar de mim antes disso? Como eu posso descansar e deixá-lo aqui?

– Tenho certeza que vão chamar você se precisarem de algo, Hazz. – Louis intercedeu. – Mas você precisa estar descansado para ajudá-lo, sim? E é a sua mãe quem está aqui para cuidar dele e garanto que colo de vovó é muito aconchegante. – Minha mãe sorriu.

– E quando meu turno acabar, Jay é quem vai assumir. Então ele estará cuidado pela família o tempo todo. – Ela ajoelhou à minha frente. – Vamos estar aqui sempre para vocês, meu amor. – Eu assenti, porque sabia que sempre poderia contar com ela. – Parabéns, você tem um bebezinho lindo. – Os olhos dela marejaram.

– Parabéns para você também, vovó. – Trocamos um abraço choroso antes de me levarem até o quarto, não sem que antes eu pudesse deixar um carinho em meu bebê.

Ganhamos muitos presentes da família e de Niall, que me deu um grande abraço parabenizando e todo alegre disse que tinha o sobrinho mais lindo do mundo, arrumando briga com Lottie e Gemma, que insistiram em dizer que jamais deixariam o ômega roubar seu sobrinho. Mas logo éramos só eu e Louis novamente e, eventualmente, o sono me venceu.

Quando acordei, já era noite e Louis estava sentado na poltrona ao lado da cama, concentrado em um livro.

– Preocupado com as provas de amanhã? – Perguntei com a voz rouca pela falta de uso.

– Oi, amor. – Sorriu para mim. – Na verdade, é um livro sobre bebês. – Riu e me mostrou a capa. – Estou lendo coisas sobre amamentação, quero te ajudar com isso, porque, sinceramente, eu descobri que é muito mais difícil do que parece.

– Não é bizarro que eu e você estamos aqui, em um hospital, com um bebê na incubadora, preocupados com coisas como amamentação enquanto nossos amigos estão revisando a matéria para a prova?

– Sim, é bem bizarro, mas fazer o que se a nossa vida é muito mais animada do que a deles? – Brincou e eu ri.

Louis se tornava ainda mais especial quando me fazia rir sobre coisas tão sérias.

– Você é o melhor. – Disse rindo e ele levantou, se aproximando da cama.

– Não tive a oportunidade de te dizer antes, mas eu queria agradecer. – Pisquei lento olhando para seu rosto que, embora cansado, ainda era absurdamente bonito. – Obrigado por ter decidido encarar tudo isso, não foi fácil até agora e a tendência é piorar, mas você esta aqui firme. Obrigado por ter confiado em mim, eu juro que nunca vou te decepcionar quanto a isso, mas não garanto que não decepcionarei outras vezes em que for tentar cozinhar. – Eu ri de novo. – Obrigado por ter me permitido te amar e por descobrir que me ama também, porque todas as vezes em que diz que me ama, eu cogito a hipótese de que estou em um sonho, mas aí eu lembro que não teria criatividade para um sonho tão longo e tão bom. – Ri de novo, mas dessa vez já tinha os olhos marejados. – E obrigado por me dar um filho, o que eu vivi hoje foi disparadamente a melhor sensação da minha vida e viver isso ao seu lado, dá um novo sentido à minha vida. Eu te amo, amo nosso bebê e amo cada momento que passamos e vamos passar juntos.

Ele deixou um beijo em minha testa e as lágrimas escorreram. Louis era mesmo especial e tudo o que viveríamos daqui para a frente seria ainda mais intenso, mas nada no mundo me faria arrepender.

Edward fazia tudo valer à pena. 


Notas Finais


Sim, Edward chegou ao mundo, podem comemorar, nossos irmãos está entre nós haha'
Eu tentei retratar da melhor forma possível, embora não saiba quase nada sobre gravidez e bebês, então não cobrem que eu faça tudo certinho. Eu só sei que realmente tem alguns probleminhas quando o bebê nasce de oito meses, porque foi assim com meu sobrinho, mas não se preocupem, é só um contra tempo.
A fanfic entra em reta final agora, embora eu não saiba exatamente quanto capítulos a mais eu farei.
Perceberam que Zayn voltou? Então, vou dar um final para ele também, ok? ;)
Eu quis fazer um momento bem fof entre eles, mas como gravidez e filhos não são um mar de rosas, é claro que eu vou retratar algumas bads também, porque o objetivo inicial da fic era esse.
Eu realmente espero que tenham gostado e me desculpem pela demora, eu prometo que vou tentar melhorar nesse quesito <3
XO


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