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História Ensina-me a te amar - Capítulo 44 - Epílogo


Escrita por: JustAFujoshi17

Notas do Autor


bem bem bem bem
PEÇO MUITAS MUITAS MUITAS DESCULPAS PELA DEMORA EM POSTAR OS CAPÍTULOS;
POR QUALQUER ERRO HISTÓRICO QUE TEM AS PENCAS AQUI;
POR ERRO DE ORTOGRAFIA;
POR QUALQUER DETALHE NA FIC QUE VCS NÃO TENHAM GOSTADO.
Obrigada a quem acompanhou e leu até aqui!
Reta final dessa fic que me deu trabalho pra escrever.
não é fiel ao Alexandre o Grande histórico, foi apenas baseada no filme de 2004.

de MISTRESSOFDESIRE: OBRIGADA A HeyCowboy, minha co-autora, que me ajudou bastante.
ATÉ A PRÓXIMA!

Capítulo 44 - Capítulo 44 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Ensina-me a te amar - Capítulo 44 - Epílogo

Depois de terem conseguido que a família de Adelpha e a própria saíssem do palácio, Fillipe ateou fogo ao documento que tornava o príncipe casado. Hephestion, corado, não podia acreditar enquanto via as chamas arderem, consumindo o papel como no fogo do mundo inferior. Alexandre, ao perceber o amado tão encantado olhando as chamas lambendo o papel, ou o que sobrara dele, abraçou-o por trás.

— Livres.

— Sim, livres afinal.

Beijaram-se.

Fillipe limpou a garganta e disse, meio rude:

— Alexandre, não vás pensando que poderás esfregar teu amor por esse general na frente de todos nós, todos os dias. Os outros anciãos do conselho não enxergam com bons olhos.

— Meu pai, o príncipe sou eu. Os anciãos terão de se contentar com a mudança de meus costumes. Um rei amado e feliz será um rei justo. Amo Hephestion e nada me fará desistir desse amor.

— Hephestion quase morreu em meio a essa confusão toda. O que ele acha disso? Afinal, é o maior interessado também. – Disse Fillipe, e o general ficou surpreso com a preocupação do rei em relação a sua pessoa.

Hephestion corou. Respondeu: - Majestade, rei Fillipe, estou honrado com sua preocupação a meu respeito. Declaro que amo seu filho com o mesmo ardor e intensidade com os quais ele me ama: Quando aqui cheguei, como escravo, odiando a todos vocês, e mal falando o grego, ele soube conquistar meu amor. E de forma inesperada.

— Sou o rei. Devo me preocupar com todos. Quanto a vocês, não consegui separá-los nem com o casamento de meu filho e a verdade é que até desisti de tentar. Contra as armadilhas de Afrodite e Eros ninguém pode.

Olímpia olhou com certo amor incontido pelo esposo, aquele homem com quem ela brigara por tantos anos... algo havia mudado nele. Quando se tornara tão sábio e justo de repente? A convivência com Aristóteles lhe havia feito um imenso bem. Ela tinha de agradecer ao sábio por isso, pela melhoria no comportamento de seu cônjuge.

Mas, como rainha orgulhosa que era, não diria isso na frente de todos. Somente mais tarde, na alcova, quando ela e o marido estivesse a sós... quem sabe.

— Meu pai, o senhor quer dizer que nós dá vossa benção? – Alexandre, os olhos brilhando, dirigiu-se ao pai, verdadeiramente admirado. Fillipe respondeu:

— De que adiantaria minha bênção? Tu só fazes o que bem entendes. Teu coração é indomável como o do próprio Zeus, ou o de Aquiles, Alexandre Magno.

— Mas ainda assim, como seu filho e herdeiro, quero vossa bênção. Quero me sentir como numa família de fato, deixando a política e os interesses de lado, ao menos uma vez.

— Tens então a minha bênção para que possas prosseguir com esse amor, que como uma lava de vulcão, saiu cobrindo tudo, sem que ninguém pudesse fazer nada a respeito. Mas como uma condição.

— Qual, meu pai? – Alexandre quase ficou triste novamente.

— Se fores te casar novamente, o que eu não sei se farás, nem por um herdeiro, trates de conhecer bem a esposa. Não queremos outra maluca tentando nos matar.

Alexandre corou. Riram todos.

— Se bem me recordo, foi o senhor quem insistiu para que eu contraísse matrimônio com Adelpha.

— É verdade, a culpa foi minha. Mas foste tu o responsável pela escolha da noiva.

— Não falemos mais em matrimônio por ora. Tenho todo o tempo do mundo para pensar nisso. – E trocou doces olhares com o não menos doce Hephestion Amintoros. Deram-se as mãos, como casal apaixonado que eram. Hephestion tomou as mãos de Alexandre e beijou-as, e este repetiu o gesto.

— Temos muito a fazer. - Disse Alexandre.

— É verdade! – Disse Hephestion, lembrando-se da viagem para a conquista da Pérsia, como Alexandre gostava de chamar a empreitada.

********

— Tens certeza? – Disse Cassandro a Jano, enquanto este preparava-se para seguir o amado na viagem com Alexandre e os outros militares.

— Absoluta.

— Vais deixar de voltar para a Sicília onde está tua família, para me seguir? A Pérsia é perigosa, assim ouvi falar.

Jano virou-se para ele, e segurou seu rosto com carinho.

— Estás me mandando embora? Desde que cheguei aqui, só tenho pensado em ti.

— Tolo. E terei eu algum motivo para te mandar embora? Eu que te amo com o ardor das lavas de Pompéia! Pois eu te ordeno, Jano, que me sigas até os confins do mundo.

— Seguirei.

Beijaram-se, os lábios grossos de Cassandro encaixando-se com perfeição nos finos de Jano.

*********

DIA ANTERIOR AO DA VIAGEM PARA A PÉRSIA

— Mandou me chamar, Alteza? – Disse Bagoas, ao chegar perto de Alexandre.

— Tenho uma proposta para ti, Bagoas. Mas se é algo bom para ti ou não, depende. É mais como um presente do que uma oferta.

— Sim, senhor?

— Não sei se tens desejos de voltar para  a Pérsia, tua terra natal. Se quiseres partir conosco... eu ficaria muito feliz em libertar-te. Devolver-te ao teu solo pátrio.

Bagoas, surpreso, resolveu perguntar:

— O senhor Alceu... irá também?

Alexandre sorriu consigo. Respondeu:

— Não, ele ficará aqui, entre os soldados mais velhos que guardarão a segurança do palácio.

Bagoas corou. Sorriu. Pensou um pouco e afinal respondeu:

— Alteza, és muito justo, e tenho a certeza de que serás um excelente rei. Saí muito menino da Pérsia, e tenho saudades do harém onde passei alguns anos de minha vida; lá conheci muitos prazeres carnais desde cedo, e lá dancei para muitos nobres; mas aqui na Macedônia, creio que, mesmo como um mero criado da cozinha, encontrei meu lugar. Alceu vai cuidar de mim, ele prometeu. Ele me ama. E eu começo a correspondê-lo. Não, Alteza, agradeço imensamente a oferta a esse humilde servo, mas ficarei. Aqui é meu lar.

— Fico contente em ouvir isso, pois lavrei o documento que oficializa tua liberdade. Toma. Vais ganhar algumas terras de meu pai, e agora, poderás viver em Pélla com Alceu, se assim o desejares. Vocês terão uma grande qualidade de vida, com conforto o suficiente para o fim de seus dias.

Bagoas pegou um papel que o príncipe lhe estendia, mal acreditando nas palavras que havia acabado de escutar. Era um sonho?

O jovem persa estava tremendo de felicidade e incredulidade.

— Alteza...? Isso é... oh, pelos deuses! – Bagoas ficou de joelhos, agradecendo a todo o momento pelos presentes que havia acabado de receber.

Fizera bem em não retornar para a Pérsia, afinal.

*************

PRIMEIRA NOITE DA VIAGEM PARA A PÉRSIA.

Os militares do exército de Alexandre Magno, estavam ainda descontraídos, a caminho do Oriente. Muitos temiam não mais voltar; outros, ansiosos, estavam loucos para conhecer terras distantes das quais apenas ouviam falar.

Os mais calados pensavam nas famílias que haviam deixado para trás. Cassandro e Jano, calados, pensavam no momento em que todo o mundo calaria a boca e eles ficariam a sós nas tendas, partilhando de momentos íntimos. Todos tentavam esquecer por uns instantes, o medo de que talvez não fossem mais voltar das batalhas.

Quanto ao casal protagonista, Alexandre e Hephestion, trocavam volta e meia olhares cheios de significado, talvez desejando intimamente também ficar a sós, perdidos em mundo de sensações somente deles.

Ao montarem acampamento, Hephestion procurou por Alexandre para ouvir as instruções dos dias seguintes.

DÉCIMO DIA DE VIAGEM

Mais um dia no deserto, e a noite aproximava-se.

Tinham de montar acampamento. Mais e mais chegava perto o dia em que teriam de enfrentar Dario da Pérsia.

Na noite do décimo dia, Hephestion surpreendeu seu amado orando para a estátua do deus Fobos, aquele para o qual os soldados dos reinos gregos daquele tempo, apelavam ante o medo da iminente morte.

Hephestion teve uma grande ternura naquele momento por seu namorado teimoso, que tinha de viver como se fosse sempre forte, mas que era feito de carne, humano, tão humano. Um quase semi-deus, como Hércules, mas talvez, apenas humano.

— Fobos. Estás com medo?

Alexandre virou-se para encarar o amado.

— Medo de nunca mais te ter novamente.

Beijaram-se, ante as velas que ardiam para o deus do pavor da guerra.

Partilharam do desejo na tenda de Alexandre, a tenda ainda cheirando a incenso.

333 a.C, DIA DO CONFRONTO DO EXÉRCITO DE ALEXANDRE E O DE DARIO DA PÉRSIA

 

Alexandre despertou com seu doce Hephestion ao seu lado na tenda, adormecido, como em macio leito conjugal. O príncipe cheirou os cabelos do general, acordou, e a muito custo, teve de acordar também o amado. Convocou uma assembleia com seus companheiros mais próximos; encontrou Parmênio no caminho, atravessou o Pilar de Jonas e acampou na costa. Pouco depois lhe chegou a notícia de que Dario estava bem atrás dele, do outro lado do Pilar de Jonas. Quase podia sentir o fungar de seus cavalos em suas costas!

— Dario cortou nossa linha de suprimentos; e se ele permanecer onde está, nosso exército será  obrigado a se render por causa da fome. – Disse Alexandre, desolado. O ladino Dario esperara muitos dias em Sóchi, onde uma planície se adequava a seus números superiores de soldados e sua cavalaria. Muito esperto. Ele sabia que o exército de Alexandre estava dividido por conta dos militares dispersos atrás de notícias suas, e supôs que Alexandre ficaria em Tarso.

Por isso, Dario marchou com seu exército para norte, cruzou a Serra de Amano na passagem de Bahce e atingiu a costa em Isso.

Por acaso do destino, Alexandre havia marchado de Tarso a Miriandro durante exatamente os mesmos dias em que Dario seguia seu caminho pela passagem de Bahce. Tudo estaria de acordo com os desejos dos deuses... para mal ou para bem. Nessa batalha, conhecida como Batalha de Isso, Dario massacrou os soldados da Macedônia, até os enfermos.

Posteriormente, na Batalha de Gaugamela, Alexandre com seu implacável exército massacra o exército de Dario da Pérsia, o que torna o príncipe, futuro Alexandre o Grande, vitorioso.

Alexandre vai ao palácio do falecido Dario, e conhece a herdeira deste, uma bela jovem, a quem trata com toda a cordialidade, a despeito de ser o lado vencedor. Os seus soldados queriam saquear tudo, mas Alexandre os repreendeu, dizendo que não eram mercenários.

No caminho, de volta para a casa, levando notícias, Alexandre e sua comitiva encontraram um cesto com um bebê chorando de fome, largado pelo caminho. Fora abandonado, com certeza.

O príncipe estaca, desolado. – Parem! – Ordenou ele aos companheiros, que obedeceram, curiosos.

Hephestion sentiu tristeza ao ver o pequenino bebê no colo de Alexandre.

— Pobrezinho... tão jovem e já conhece as mazelas desse mundo.

— Deve ter uns oito meses... - Disse Alexandre.

— Vamos fazer o quê? Procurar pela mãe dele?

— Não. Vou levá-lo para a casa. Não há sinal de alguém responsável pelo bebê por perto. E Hephestion, tu me ajudarás a criar essa criança.

Hephestion arregalou os olhos.

— Mas..

— A coroa precisa de um herdeiro. E terá.

Ao olhar nos olhos do amado, Hephestion viu que o príncipe estava determinado e que falava sério. Sem contar que a pobre criança precisava de comida e de um lar. Como poderia resistir?

Voltaram para a casa, depois de longos dias e noites de viagem.

Alexandre não casou novamente, e viveu anos felizes com Hephestion e o menino adotado ao seu lado, a quem batizou de Ícaro. Fillipe faleceu e Olímpia ficou sendo a rainha até que Ícaro tivesse idade suficiente para governar. Aristóteles, infelizmente, já de idade avançada, faleceu antes de dar aulas para Ícaro.

Alexandre voltou para a Ásia, onde viveu por muitos anos ao lado do amado.

Alexandre o Grande foi tirano? Foi um conquistador, um déspota? Um governante justo, amado, idolatrado por muitos?

Não saberemos, talvez nunca.

Às vezes, o mito ofusca o que é o homem real. Mas de uma coisa teremos certeza: Ele foi um rei escravo do amor do seu precioso Hephestion Amintoros, para cujas coxas nunca foi páreo em uma luta.

FIM


Notas Finais


ESSA É UMA história ficcional, VIU GENTE:
NA VIDA REAL, ALEXANDRE CASOU-SE COM ROXANA, OU ROXANE;
A 10 ou 11 de junho de 323 a.C., Alexandre morreu no antigo palácio do rei Nabucodonosor II, na Babilônia, aos 32 anos. Existem duas versões a respeito de sua morte. De acordo com Plutarco, cerca de quatorze dias antes de falecer, Alexandre deu uma festa ao almirante Nearco e passou aquela noite e a próxima bebendo. Então uma febre, que foi piorando até o ponto de não poder mais falar. Aos soldados comuns, ansiosos por causa da saúde do seu rei, foi permitido passar por ele silenciosamente e acenar. A segunda versão, de Diodoro, afirma que Alexandre passou a sofrer de fortes dores após tomar uma enorme porção de vinho, em uma festa a Héracles. Permaneceu fraco por onze dias; não teve febre e morreu depois de dias de agonia. Plutarco afirmou que esta última versão não seria verdade.
Hephestion Amintoros, amante e amigo de Alexandre, era na verdade filho de Amíntor, aristocrata macedônio. Foi educado juntamente com Alexandre III da Macedónia, portanto, não era estrangeiro.


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