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História Ensinando Minseok a Amar - Sentimentos ocultos


Escrita por: froggitt e CahN

Notas do Autor


Oui nenéns, é a Cah 'ㅅ'. Como estão!? Postamos rapidinho dessa vez, não? Kkkkk. Algum milagre caiu sobre nós e nos fez escrever bastante kkk. >Que esse milagre continue para que possamos ser bem rápidas para vocês!! <

Espero que gostem, boa leitura!! ❤

Capítulo 11 - Sentimentos ocultos


Me assustei e dei um pulo para trás assim que vi o alfa adentrar a porta do quarto. Joguei a caixinha das cápsulas na minha gaveta junto às meias e sorri meio sem graça para disfarçar.

— O que foi? Viu um fantasma? — Ri ainda nervoso e suspirei aliviado.

— Na-não... Eu me assustei com um inseto — Sério, Minseok? Tanta coisa para você inventar e fala logo "um inseto"?

— Medroso! — Ri anasalado e fechei o guarda roupa, seguindo até o alfa, que sentara na beirada da cama, ainda vestido com seu terno preto, agora não tão engomado e seus cabelos perfeitamente bagunçados. — Você está maravilhoso.

Corei levemente, eu não era acostumado com elogios tão repentes. Eu ainda estava com meu terno branco e com os cabelos arrumados, não era tão hiperativo quanto o alfa.

— Obrigado, Dae. Você também. Você está... sexy — Escapei meu pensamento e engoli em seco, fitando o chão. — Quer dizer... Você ficou ma-maravilhoso também. — Ri sem graça e notei a carinha pervertida de Jongdae.

— Adorei sua colocação. — Dou um tapinha no seu ombro, rindo, ainda meio envergonhado.

— Não seja infantil, alfa! — Ri anasalado e comecei a ajeitar seu cabelo desengonçado.

— Você quem disse, ômega!

— Shhh. — Segurei em seus braços, o arrastando mais para o centro da cama. Encosto minhas costas na cabeceira e começo a acariciar seus cabelos calmamente enquanto sua cabeça permanece pousada em meu colo.

— Isso me faz sentir saudades da minha mãe. — Notei um sorriso nos seus lábios, o que me fez sorrir junto e brotar uma curiosidade tremenda em mim.

— Você nunca me falou sobre ela.

— Bem... Minha mãe é totalmente dócil comigo. Na verdade, tanto meu pai quanto minha mãe... Eles se amam muito e vêem a mim e meu irmão como símbolo da união deles.

Sorri ainda mais, inclinei meu rosto e dei beijinhos por seu rosto, o que nos fez rir brevemente.

— Conte mais, Dae. — incentivei, empolgado.

— Assim como nós, eles tiveram casamento arranjado, porém, sempre se amaram. Segundo minha mãe, foi à primeira vista, quando ela olhou no fundo dos olhos dele. E, meu pai, disse que foi assim que ele ouviu a voz doce da minha mãe.

— Parece história Disney princess — Rimos e clamei que continuasse.

— Eu nasci um ano depois que Junmyeon. Sou o segundo "presentinho" dela. — O alfa riu anasalado e encarou o teto, como se estivesse lembrando dos momentos com seus pais e seu irmão. — A história deles me faz lembrar do Yixing-hyung e meu hyung. Eles se amam muito.

— Por isso temos aqui. Esse alfa manhoso com ascendência em ômega! — Disse brincando e me deitei ao seu lado.

— Enfim... Eles são muito felizes. — Seu sorriso se desmanchou e seus olhos passaram a me encarar. — Será que vai ser assim conosco? — Arqueei as sobrancelhas com sua pergunta e me senti encurralado enquanto corava. Eu não sou tímido, tudo isso é culpa desse alfa aqui!

— Não quer tentar? — Rio e me levanto da cama. — Vem! Vamos recriar a cena dos seus pais para ver se dá em amor à primeira vista!

— Hyung! Você é doido. — Rimos. O maior se senta e corro para fora do quarto.

— Três, dois, um... — Depois da contagem entro no quarto andando de forma afeminada, contendo o riso junto ao alfa. — Com licença senhor... Por acaso eu seria a sua destinada? — Falei com o mesmo toque afeminado, me sentando ao seu lado na cama com a cabeça baixa, disfarçando o riso.

— Ah! Que bela voz. Deixe-me olhar seus olhos. — Jongdae levantou minha face com delicadeza e me encarou. Ficamos assim por um tempinho, o que me fez notar algo estranho na coloração dos seus olhos. Estavam avermelhados, deveria me preocupar? Esperei que falasse, mas ele só conseguia olhar profundamente nos meus olhos.

— Jong- Jongdae? — Perguntei ao vê-lo pressionar seus lábios e puxar-me pela cintura. — Jongdaaae! — Resmungo manhoso, me afasto e levanto, indo até o outro lado da cama.

— Minseok... Eu quero muito lhe beijar. — estranhei sua tranquilidade em dizer tais palavras. Logo Jongdae, um pouco tímido e fofinho. Sorri de canto e fui lentamente até o alfa que ofegava devagar. Ok... Só um beijinho não mata. E olha que os beijos dele são viciantes! Aiin... Tá.

Passo meus braços em volta do seu pescoço e logo o maior me aproxima mais de si, puxando-me pela cintura colocando seu rosto na curva de meu pescoço, me surpreendendo com seus chupões naquele local sensível. Permiti, era algo novo para mim, mas não era nada demais.

Depois de deixar marcas no meu pescoço, o maior logo tomou meus lábios, ainda mais ofegante. Seu beijo foi profundo e com necessidade, transparecendo, suas mãos que alisavam minhas costas logo desceram para as coxas, apertando as mesmas com vontade, fazendo-me arquear as costas e cessar o beijo com um gemido baixinho e sem propósito.

Seu corpo me empurrou e logo fui forçado a me deitar, jogado na cama. Engoli em seco e novamente tive os lábios tomados e as coxas tocadas, sendo apertadas. Estava assustado, não sabia o que fazíamos no momento e muito menos até onde iríamos. Nem eu entendia mais a mim mesmo. Estava indo rápido demais.

Suas mãos seguiram meu corpo inteiro e começaram a retirar meu terno rapidamente. Cessei o beijo e empurrei seu corpo para o lado, sem sucesso. Eu já estava sem camisa e paletó, já sentindo seu calor em meu peito. Corei rapidamente, fazendo minhas bochechas queimarem. Não queria ficar nu. Não queria nada!

— Jongdae, para.

O maior parecia não ter me escutado e agora, retirava sua roupa devagar enquanto distribuía beijos descendo ao meu peito. Me mexi, tentando sair de baixo do seu corpo, mas sua força era grande e não conseguia contê-lo. Sua mão apertou minha bunda fortemente e foi aí que não consegui me conter.

— JONGDAE, PARA! — Gritei o mais alto que pude, o que fez o mesmo jogar o corpo para trás e esfregar seus olhos rapidamente. Puxei a coberta e cobri meu corpo, que só estava coberto pela calça e o seu, pela cueca e o paletó. Desviei meu olhar, assustado. Nunca imaginei que ele poderia fazer isso. Novamente, sentia aquelas dores em meu peito, as conhecidas pontadas de tristeza no coração.

— Minseok! E-eu não... Me perdoe. Eu não sei o que aconteceu! Eu não conseguia me controlar. Só conseguia ouvir sua respiração e sentir seu calor... Me perdoe, por favor.

O olhei de canto. Ele pedia perdão sem se importar com sua vestimenta. Suspirei e engoli em seco.

— O que há com você? — Perguntei baixo enquanto me acalmava e tentava não agir sem razão.

— Eu... Eu acho que meu período está chegando. — Ele se tratava do seu cio. A única coisa que eu sabia disso era que o alfa ficava com vontade extrema. Me aliviei, afinal, havia sido instinto. Assim como já me toquei quando tive meus primeiros cios.

— Eu acho melhor não dormirmos juntos. É perigoso. — Disse rapidamente enquanto me vestia, fazendo o maior puxar o travesseiro para cobrir seu corpo.

— E-eu sinto muito mesmo. E-eu não fui capaz de controlar. Me sinto envergonhado. Me perdoe... Por favor. — Suspirei e lhe entreguei a coberta assim que me vesti.

— Tudo bem... Eu acho que entendo. — Me levanto e suspiro pensadamente esperando-o vestir-se e sair do quarto.

— Então... Dormirei no quarto de hóspedes. — Assenti e o olhei, já vestido. — Quando isso acontecer mais... Quer dizer. Quando meu cio estiver bem próximo, acho melhor que vá para a casa dos seus pais. Por apenas uns dias.

Suspirei, preocupado. Ir para minha antiga casa novamente nunca me veio à mente por conta do meu pai. Porém, por uma grande excessão, vi como a saída de passar por isso novamente. E também, teria mamãe para me ajudar com isso e me proteger.

— Boa noite, Min. Desculpe — O respondi e o esperei ir para então trancar a porta. Segui ao banheiro e me banhei. Meu pescoço apresentava marcas, não tão fortes, mas notáveis. Logo me deitei para dormir, me enrolando totalmente à coberta, abraçando o seu travesseiro, o imaginando ali.

--x--

-Alguns dias depois-

-Semana seguinte-

A semana havia passado rapidamente. Jongdae pedia perdão inúmeras vezes e me tratava tão bem que me fez esquecer o episódio rapidamente. Seu cio se aproximava e os sinais eram claros. Comia bastante, me olhava faminto, mas controlava seus desejos, suava e muitas outras coisas estranhas. Sentia saudades da sua quinturinha de noite, que me fazia dormir rapidinho, aconchegado. Me sentia um pouco distante do alfa. Me sentia triste e solitário na enorme casa.

— Minseok! — Me virei assim que ouvi sua voz enquanto andava pelo jardim.

— Hm? — Sorri de canto e parei à sua frente. Logo senti seu cheiro mais forte, fazendo-me afastar sem que percebesse.

— Como pode ver, não tardará para meu cio. Acho melhor que vá para casa dos seus pais ainda hoje.

— Hoje!? Eu não me preparei para isso, Jongdae...

— Eu já imaginava... Acabei de pedir que arrumassem algumas coisas que precisaria. — Sorri de canto e o abracei brevemente. — São só três dias! — riu anasalado e me afasto.

— Vou conversar com as paredes! — rimos e noto o assanhamento do maior evidenciar-se. — Se controla. — O alfa voltou a si e corou a nível hard.

— Perdão. — Assenti e lhe mandei um beijinho evitando nossa aproximação.

— Vou me arrumar para ir. Me aguarde na sala

Saí andando a passos longos. Tudo já estava perfeitamente organizado numa mala. Alguém havia mexido na minha gaveta de meias. Corri e chequei se a caixinha estava no mesmo lugar e me aliviei ao vê-la em perfeito estado como antes.

Depois de um banho desci com a mala e dei com o alfa a minha espera, não antes de pegar algumas camisetas especiais e colocá-las mala.

— Tchau, Min — Nos abraçamos rapidamente e dei um beijinho em sua bochecha rapidamente.

— Nos vemos depois, Dae. — encostei rapidamente nossas testas — Fica bem — Sussurrei e sorri quando me cumprimentou.

Saí com a mala e adentrei o táxi, dando um tchauzinho com a mão enquanto ainda conseguia vê-lo. Sua carinha triste me fez ficar com um aperto no coração, parecia um criança perdida da mãe. Suspirei e olhei a paisagem pela janela assim que comecei a reconhecer a trajetória de casa.

A ida até a minha antiga casa, naquele banco do carro de táxi, fora recheado por um silêncio. O taxista beta me encarava, de vez em quando pelo espelho, já que eu não parava de dedilhar o vidro do carro.

Eu estava completamente curioso e tendo alguns flashes anteriores.

Lembrava de que enquanto beijava Jongdae, seus olhos foram mudando de cor conforme o beijo prosseguia. Seus olhos mudaram do castanho escuro para o vermelho. Então aquilo era um dos indícios de um cio de alfa?

Percebi também que o alfa comia duas vezes mais durante a semana. Ele passou a dormir sem camiseta, alegando estar com calor, por mais que a noite estivesse fria.

Pude perceber que Jongdae estava mais intenso. Isso estava me trazendo certa curiosidade.

Era isso? O alfa fica intenso antes do aluamento? O cio de um alfa é intenso?

Eram tantas duvidas que mal percebi que o carro havia parado. Só pude ter noção quando o taxista me chama.

— Senhor, chegamos.

— Ah!

Paguei pela corrida, agradeci e saí do carro.

Olhei para casa, nada simples em que eu morava, bateu até uma nostalgia. Lembrava das vezes que eu corria com minha mãe pelo jardim, das vezes em nós cozinhamos juntos, que cantamos e dançamos. Até aquele dia. Aquele maldito dia, um dos piores da minha vida. O dia em que minha infância acabou completamente.

Enfim.

Toquei a campainha e quem me atendeu fora a empregada de casa, uma beta muito simpática, YulHan. Ela me olhava supressa, até sorri.

— Oh! Min!?

YulHan, dentre todos os outros empregados da casa, era a que eu possuía mais intimidade, por isso ela não me chama de senhor e blá blá blá, mas apenas na minha frente, na frente do meu pai, tinha que ter respeito.

— Olá Yul! — minha recepção foi bem calorosa, logo ela me deu um abraço bem apertado.

Ela dizia que estava com saudades de mim enquanto estávamos entrando em casa, me perguntou como minha andava a minha vida e quando eu ia responder o motivo de estar ali, com uma pequena mala, meu pai apareceu, usando seus trajes formais e com sua maleta de trabalho, prontamente Yulhan se curvou perante deu patrão e eu, como demonstração de respeito fiz o mesmo.

— O que faz aqui, Minseok? — questionou ríspido como sempre.

— Ficarei aqui durante três dias, senhor.

— Motivo?

— Meu alfa está no cio, senhor.

— Oras! — ele ficou indignado repentinamente — Sua obrigação de ômega é satisfazer seu alfa num cio!

— Ele preferiu que eu passasse os dias aqui.

— Ou será que você, Minseok, está sendo um péssimo ômega, hein!? — ele usou o tom autoritário, imediatamente me encolhi — Será que é tão imprestável ao ponto de não satisfazer seu próprio alfa!?

— Não, senhor.

— Dessa vez passa, garoto. Dá próxima vez que eu chegar na minha residência e encontrar você aqui com a desculpa que seu alfa está no cio, eu vou te colocar para fora. Tá entendido!? — Ele praticamente estava em cima de mim. Nenhum empregado se encontrava na porta da sala, todos possuíam medo de meu pai, até mesmo eu.

— Sim, senhor.

— Durante esses três dias, não quero ver tua cara.

Ele saiu batendo porta. Até que enfim pude respirar. Ainda permanecia perto da porta, parado, sem fazer bem falar absolutamente nada.

— Seokkie? — escutei a voz suave de minha mãe, na mesma hora sai do meu transe e corri até ela.

— Mamãe!

Por mais que não nos víamos a mais ou menos uma semana, eu já estava com saudade do seu calor, do seu abraço e do seu cheiro que me acalmava.

Prontamente a abracei. Era óbvio que ela havia escutado a conversa que eu tive com meu pai, então começou a murmurar algo como "Está tudo bem".

— Você está fazendo uma carinha tão pensativa, meu bebê. — minha mãe me analisava enquanto passava suas delicadas mãos pelo meu rosto. Sorri. — Quer me perguntar algo?

— Me explique sobre o cio de um alfa. — Disse de primeira, precisava saber sobre isso. Corei um pouco, oras, é um assunto tão constrangedor!

— Vamos para o jardim, querido, aqui não é um bom lugar para lhe explicar tal acontecimento. — sorriu-me enquanto pegava a minha mão, me levando para o nosso lugar favorito daquela casa. O jardim.

Nos sentamos no banco de madeira, um ao lado do outro, ela se virou um pouco para o lado, cutucando minha bochecha.

— Você ainda toma aquele remédio par-

— Não vamos falar sobre isso. — a cortei.

— Tudo bem.

Ficamos um tempinho em silencio, apenas ouvindo os pássaros cantando.

— O alfa fica mais, vamos dizer, perverso — a ômega mais velha cortou o silêncio — ele vai te agarrar constantemente, porém não se assuste, nesta hora, na verdade é o alfa interior dele querendo dominar o corpo do seu alfa...

— Pode chamá-lo de Jongdae, Mamãe. Ele não liga para isso.

Mamãe foi criada para não chamar nenhum alfa pelo seu nome, foi lhe ensinado que isso era uma tremenda falta de educação.

— Sério? Que ótimo! Sabia que se- — sorriu travessa para mim. Adorava seus sorrisos. —... Jongdae é um ótimo alfa. Ponto para ele.

— Sim, ele é um ótimo alfa. — sorri envergonhado, porém tratei de tirar do sorriso do rosto.

— Eu vi esse sorriso, hein! — ela riu — Enfim, além do alfa ficar “foguento”, ele come praticamente duas vezes mais e sente muito, muito calor. Provavelmente você já presenciou tudo isso, estou certa.

— Sim. Agora me conte sobre o cio.

— Bom, o cio de um alfa é totalmente diferente do cio de um ômega. Diferentemente do ômega, o alfa não responde por suas ações, ele fica mais agressivo e só busca pelo seu prazer não o prazer de seu parceiro. É bem doloroso, admito, porém se você souber controlar o alfa, ele deixa de ser tão bruto, portanto ele não irá te responder, no cio todo ele não irá falar, apenas gemer.

Assunto um pouco constrangedor, mas serviu para entender melhor o porquê que Jongdae pediu para que eu viesse para cá. Também sei que há outros motivos, como, nossa primeira vez juntos não deverá ser num cio, obviamente e também, porque está muito cedo ainda. Quem sabe, mais para frente, quando estivermos bem mais íntimos. Pera... no que estou pensando? Credo!

— Entendo.

— Agora me fale, como é Jongdae? — ela me sorriu e confesso que fiquei um pouco mais animado. Poderia desabafar sobre ele.

— Acho que ele nasceu com a classificação errada.

— Como? — confusa, ela perguntou.

— Mamãe, ele age feito um ômega, sabe? E isso é incrível! — ela sorriu feliz para, retribui o sorriso — Ele é todo carinhoso e manhoso, sempre me pede carinho. Sabe cozinhar e...

— Opa! Opa! — ela me interrompeu — Um alfa que cozinha!? Que incrível!

— Sim! — ri da sua animação — ele não é controlador e nem um pouco mandão, é engraçado e... — fui abaixando o tom — beija bem. — Eu tinha que contar isso para ela!

— Olha, filhote, se eu fosse uma alfa até ouviria o que disse.

— Ele beija bem! — exclamei e fiquei envergonhado, olhei para mamãe e ela sorria maliciosa na minha direção. — Não me olha assim dona MinYeon! Só é isso! — Ri baixinho e sorri de canto.

Ela riu.

-x-

Passamos a tarde toda conversando sobre coisas banais e sobre a minha nova vida.

Já estava ficando tarde e logo meu pai voltaria da empresa.

Tomei um banho bem quentinho. Pensei em Jongdae também, confesso que estava com um pouco de saudade das nossas noites que assistíamos filme ou apenas ficávamos conversando até madrugar.

Terminei o banho e troquei de roupa, coloquei uma camiseta um pouquinho maior que meu corpo, aliás, roubei algumas camisetas do Jongdae. Gosto do seu cheiro.

Desci para sala e sentei ao lado de minha mãe, ela assistia à um dorama.

— Goblin de novo, mamãe?

— Claro, querido. Tenho que ver o ceifador!

— Ah! Danadinha! — ri junto dela. Por um momento ela me encarou, encarou a camiseta que eu usava e voltou a me encarar.

— Sua camiseta está com cheiro diferente. Cheiro de alfa.

— Não é minha.

— Não é?

— É de Jongdae. — eu falava automaticamente e olhei minha mãe, novamente, estava sorrindo maliciosa.

— Depois nega que gosta do alfa.

— Mamãe... É pela convivência!

-x-

Quando meu pai havia chegado, eu já me encontrava no antigo quarto que eu dormia. Ainda estava cedo, nove da noite.

Me deitei na cama e me cobri, olhando para o teto.

Sentia um vazio no peito. A vontade de ter Jongdae deitado ao meu lado, me abraçando ou apenas conversando era tanta, que eu tive que pegar uma de suas camisetas e abraça-la para ficar em paz e ver se a saudade passava.

Ledo engano.

Nem assim passou, só se alastrou mesmo.

Esse sentimento era tão estranho. A saudade, não era igual a saudade que eu possuía de minha mãe, era diferente, não sei explicar.

Aish. Jongdae me faz sentir cada coisa!

Não diria em voz alta, porém, eu não via a hora de poder abraçar o alfa novamente.

-x-

-2 dias depois-

-De manhã-

Esses dois dias na minha antiga sem ver Jongdae e sem falar com ele, serviu como um empurrãozinho.

Mamãe, nesse meio tempo me dizia que eu logo me apaixonaria por Jongdae, mesmo que eu não soubesse como era isso, eu ia gostar. E ela não parava de me provocar também.

Por sorte, não vi meu pai desde aquele dia.

Meu coração batia em expectativa, afinal, hoje o cio do alfa teve seu fim e ele me mandou a seguinte mensagem:

“ Bom dia, hyung! Espero que esteja bem e com saudades de mim. Hoje, antes do almoço irei te buscar, okay? Esteja pronto. Beijos. Estou com muita saudade.”

Ele mandou-me esta mensagem umas oito da manhã. Eu estava nervoso e ansioso. Meu coração batia freneticamente e eu andava de um lado para o outro pela sala.

— Desse jeito vai abrir um buraco no chão. — mamãe se sentou no sofá. — Está com tanta saudade assim do seu amor?

— Ele não é meu am- — a campanha tocou e eu sai correndo para atende-la.

— Ate que enfim! Não aguentava mais você falando de Jongdae.

— Eu ouvi!

Respirei fundo contando até dez. Enfim, abri a porta dando de cara com um Jongdae sorridente, usando roupas informais. Abri um largo sorriso.

— Dae!

— Hyung!

Corri até ele me jogando em seus braços que estavam abertos, antes de enfiar meu rosto envergonhado na curva de seu pescoço, o puxei para um beijo repleto de carinho e saudade. Minhas mãos foram para sua nuca e as suas foram parar na minha cintura. Tal ação foi até um tanto desesperada da minha parte, afinal, eu não era assim tão próximo dele para isso. Parecíamos até um casal mesmo... Quer dizer somos um. Melhor, um casal apaixonado.

— Eu estava com tanta saudade. — ele disse no meu ouvido, abraçando minha cintura. Tirei meu rosto da curva de seu pescoço e rocei nossos lábios.

— É, eu também estava. — dei-lhe um selinho e voltamos a nos beijar.

Cessei o beijo assim que lembrei da minha mãe, que devia assistir a cena de fundo. Ri anasalado cessando o mesmo e corei, olhando Jongdae, que ao contrário de mim, não sentia-se envergonhado por isso.

— Senhora Kim... — O mesmo a cumprimentou se curvando respeitosamente e pegou minha mão, aproximando-nos.

— Desculpe... Eu não queria atrapalhar! — Minha mãe olhou-me com carinha pervertida, o que nos fez rir.

Ouvi um barulho na garagem e lembrei do horário. Meu pai havia chegado e a melhor coisa a se fazer era ir embora logo.

— Meu pai chegou para o almoço... Não quero ficar mais aqui — Sussurrei para Jongdae, o que fez o mesmo automaticamente me envolver aos seus braços.

— É realmente melhor vocês irem, ele está uma pilha de nervos com ambos. — Minha mãe acrescentou com semblante preocupado.

— Queria poder ficar mais um tempo aqui, perdão — O alfa cumprimentou minha mãe, a deixando um pouco sem graça, já que na sua vida tal ato não era comum vindo de um alfa a um ômega.

— Tchau, mamãe — A abracei brevemente e sorri.

— Te amo, filho

— Também te amo, mãe — A cumprimentei e segui à Jongdae.

— Podemos ir? — Assenti e o mesmo me puxou até a saída. Andamos rapidamente e por sorte, meu pai não nos viu.

--x--

Voltamos à nossa casa. Ahh, finalmente! Ficar com minha mãe era ótimo, mas ouvir os sermões do meu pai e seus berros com minha progenitora não era nada legal.

— Senti sua falta. Aqui fica tão vazio sem você. — Disse Jongdae enquanto subíamos as escadas.

— Também senti sua falta... — Ri baixinho envergonhado e adentrei o quarto junto ao maior. Me joguei na cama, o olhando enquanto o mesmo andava pelo quarto.

— Sua mãe parece ser mesmo um amor, Min.

O maior começou a desabotoar sua blusa, o que me fez ficar vermelho, me assustando um pouco.

— Ah... Perdão — O mesmo riu e foi ao banheiro. — Eu vou tomar um banho... Achei que não se incomodasse com isso.

Sorri de canto e rolei pela cama.

— Eu não ligo, só me assustei um pouco, foi do nada! Não quero ninguém pelado aqui não. — Rimos e o maior adentrou o banheiro.

— Eu não faria nada que você não quisesse, não precisa se assustar — Sorri com a fala do alfa e abracei o travesseiro.

— Pera... — Jongdae veio enrolado no roupão, o que me fez corar. — Essa blusa é minha?

Corei como um pimentão! Socorro, eu ainda estava com uma roupa dele? Meu Deus.

— É... — Ri anasalado — Engraçado, não? Achei nas minhas coisas! — Menti, não queria dizer a verdade sobre. Aish!

— Uhum, sei. — riu malicioso. Joguei uma almofada nele e rimos.

— Vai tomar seu banho logo! — O mesmo me deu língua e correu ao banheiro com suas pernas à mostra. MAS QUE PERNAS. Ri do meu pensamento e rolei mais uma vez.

Parecia que meus sentimentos por ele estavam crescendo. Seus beijos eram carinho e seu jeito me faziam alegre. Eu até que gosto desse bobo.

Meus sentimentos ocultos estão entrando em ação.


Notas Finais


Comentem o que acharam!!

Perguntinha: Quem tá sentindo falta de Xiuchen nesse novo conceito além de mim? :')

Beijinhos ❤


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