História Entre A Espada E O Amor - Supercorp AU (G!P) - First Season: Chapter Four - Wake Up

Kara gargalhava ao sentir as mãos de sua esposa lhe fazendo cócegas, ambas estavam deitadas na grama do jardim do castelo, Sam estava por cima enquanto Kara lutava para sair dos braços da castanha. Não que ela não pudesse sair com facilidade dali, porque ela podia, mas, estar nos braços da mulher que ama, é de longe o único lugar em que Kara deseja estar.

- SAM - Kara gargalha mais alto - P-ARA - De longe pode-se ouvir os gritos das duas, tanto é que os guardar foram ver o que estava acontecendo, e foi inevitável não rir com a cena das duas princesas, que mais pareciam duas crianças arteiras.

- Só paro se me der um beijo - Fala dando uma pausa, Kara demora para recuperar o fôlego, mas, com seu melhor e mais apaixonado sorriso responde.

- Te dou quantos beijos você quiser, meu amor - Kara não espera nada para agarrar Sam, agora as duas estavam deitadas na grama, com Kara por cima da esposa, ambas se olham com todo amor e devoção que sentem uma pela outra e, devagar, Kara aproxima seu rosto da outra e lhe beija apaixonadamente. É um beijo calmo, um beijo que as faz alcançar as estrelas, que tem como base todo sentimento que sentem uma pela outra e as faz sentir as mais diversas e inexplicáveis sensações.

- Eu te amo - Kara declara com amor, seus olhos brilham quando diz cada uma das três palavras.

- Eu também te amo, meu amor - Sam tem a mesma emoção estampada em seus olhos - Mas, você precisa me deixar ir! - Kara franze a sobrancelha em confusão.

- Ir? Mas, ir pra onde? - Questiona ainda em confusão.

- Não importa onde eu vá, meu coração será para sempre seu - Acaricia o rosto de Kara, a fazendo fechar os olhos pelo carinho recebido - Mas, eu preciso ir - Kara sente seu coração pesar, é um sentimento que ela não sabe explicar.

- Do que você está falando, Sam? - Abre os olhos e vê agora um sorriso triste estampada nos lábios da esposa.

- Se permita amar denovo, querida, seja feliz, e eu estarei feliz também - ignora a pergunta de Kara e continua falando - Eu te amo. Adeus meu amor! - Sam começa a desaparecer.

- Sam! - Kara tenta segurar a esposa, mas, logo já não existe mais uma Sam em seus braços.

***

- Sam! - Lena acorda quando sente Kara se mexer constantemente, ela sussurrava o nome da esposa como se sua vida dependesse disso, era possível sentir a dor carregada em sua voz. A princesa de Auradon não tardou em pegar um pano molhada para tentar abaixar a febre de sua futura esposa, essa tinha seu corpo coberto de suor, sua febre havia aumentado durante a noite e Lena se amaldiçoou por não ter acordado antes.

- Guardas! - Lena chama pelos guardas que protegiam a porta, e não demora para que eles apareçam - Chamem a rainha e a médica real, diga que o estado da princesa piorou - Fala com aflição. Já havia amanhecido, mas, pelo que parece era bem cedo ainda, certamente que o Rei e a rainha ainda estavam dormindo, mas, é da filha deles que estão falando, a futura rainha de Krypton, a primogênita dos reis mais amados dos reinos.

Lena repousou um pano molhado sobre a testa da princesa, pegou outro e começou a passar pelo rosto, pescoço e braços. Kara estava indo tão bem, estava se recuperando tão rápido, e do nada há uma piora dessas. Ela queima em febre e delira, e isso não é bom, não é nada bom.

Não demora para a rainha sendo acompanhada pelo rei, chegar ao quarto da filha, que ao ver seu estado, a evidente preocupação se mostra em seu rosto.

- O que aconteceu, Lena? - Alura logo tomou o lugar de Lena e cuida da filha ela mesma.

- Eu... resolvi velar o sono da princesa e ela estava bem, mas, acordei com ela delirando e ardendo em febre - Fala com a voz trêmula, se segurando para não deixar as lágrimas caírem.

Kara delirava chamando pela esposa falecida, e isso era de partir o coração de qualquer um que visse. Todos sabiam o tamanha amor que Kara sentia pela princesa Samantha, e sabiam também o que sua morte causou à futura rainha. Kara é a última pessoa do mundo que merecia sofrer daquele jeito, mas, infelizmente não puderam fazer nada para evitar tal tragédia. E agora ali, vendo-a chamando por Sam, só os faz lembrar dos dias sombrios que aquela guerra trouxe não só para Krypton, mas, para todos os reinos que mantinham uma aliança com o mesmo.

[...]

Depois que a médica real chegou ao quarto de Kara, a mesma rumou logo em cuidar da princesa. Lena não saiu do seu lado em nenhum momento, nem mesmo quando a rainha e sua mãe insistiram para ela ao menos ir comer, foi preciso que as servas trouxessem seu café e sua mãe lhe obrigar ao menos comer metade do que estava na bandeja, alegando que ela não poderia cuidar de sua futura esposa se não cuidasse nem de si mesma.

Kara descansava, já não tinha mais febre, e segundo a médica, não demoraria mais que algumas horas para a princesa acordar.

Quando o sol já estava se pondo, foi que Kara deu os primeiros sinais de que acordaria. Lena estava sentada numa cadeira confortável lendo enquanto velava a princesa, logo um resmungo soou pelo quarto e ela não tardou em deixar seu livro de lado e se aproximar da cama de Kara, checando se a febre havia voltado, e se surpreendendo quando viu duas Irís azuis lhe encarando.

Lena não soube dizer o que sentiu ao ver Kara acordada. Saber que ela está fora de perigo fez sue coração sentir alívio e felicidade. Kara já nao corria mais perigo, e Lena não poderia pedir por mais nada, porque isso era tudo que ela queria. Que a mulher que ama ficasse bem.

Mas, o sorriso em seu rosto não durou muito, Kara ainda estava pálida, mas, sua feição estava séria, quase irritada e em descrença. Uma ruga surgiu no meio de sua testa, haviam várias perguntas estampadas em seu rosto, perguntas que necessitavam de respostas, mas, apenas uma martelava com força em sua mente.

"O que Lena faz aqui?"

- O... o qu... - Lena nota a dificuldade que Kara tem em falar, ela rapidamente se afasta, vai até a mesa redonda que há no quarto da princesa e pega a jarra de água, despeja o líquido num copo e volta para perto da princesa. Lena apóia a cabeça de Kara para a mesma não engasgar enquanto bebe a água, ela sente o aliviou enquanto o líquido desce em sua garganta. Logo faz a mesma pergunta, agora sendo compreendida por Lena.

- O que tá fazendo aqui? - Sua voz sai rouca e fraca, Lena sente seu peito apertar ao ouvir tais palavras e ver o rosto pálido de Kara, porém, sério.

- E-eu estou.... - Respira fundo buscando coragem - Estou cuidando de você, depois que o traidor te feriu, você perdeu a consciência e a médica fez o que pôde para salva-lá, seus pais não puderam ficar, então me ofereci para vigia-lá - Lena se orgulha por não ter gaguejado, tudo que ela menos precisa agora é ser vista como uma fraca.

- Ok - Fala e um pequeno sorriso nasce em seu rosto, que morre logo em seguida ao ouvir as palavras da Herdeira - Agora já pode ir - Lena a olha como se não tivesse entendido direito.

- Como? - Sua voz sai fraca. É claro que nada mudaria entre elas. Kara ainda a odeia e jamais daria o braço a torcer.

- Não preciso mais de você, então, saia - Sua voz sai impassiva, sem qualquer resquício de sentimentos, apenas.... desprezo.

Tudo que Kara quer é ficar só, ela não quer a companhia de ninguém, muito menos da mulher que a esta condenando a uma vida infeliz.

Por sua vez, Lena não sabe como reagir, nunca é fácil lidar com as constantes rejeições de Kara, ou seu olhar de desprezo. Lena luta contra as lágrimas, ela não seria fraca na frente de Kara, definitivamente ela não seria. A princesa de Auradon tem orgulho própria, mesmo sendo difícil, ela não mostra que as palavras de Kara esmagaram seu coração.

Sem saber o que dizer, Lena se retira do quarto de Kara depois de depositar o copo sobre a mesa. Ela avisou ao soldado que fazia a guarda do quarto de Kara que a mesma já acordou e que era para chamar a rainha, Lena logo já estava correndo para o seu próprio quarto e assim que fechou a porta atrás de si caiu em um choro profundo.

Kara nunca voltaria a ama-la outra vez, a chance que teve, ela perdeu. Agora, está fadada a viver em um casamento sem amor, mesmo amando sua futura esposa, ela sabe que jamais receberá de volta, e isso a quebra por dentro, Lena sente como se arrancassem seu coração de seu peito e o dilacerassem. É insuportável o sentimento.

- Lena, querida! - Líllian adentra o quarto da filha, e a encontra encolhida na cama chorando desoladamente - O que houve tess? - Pergunta afagando os cabelos da filha.

- Ela me odeia, mãe.... Kara me odeio - Fala com a voz embargada.

- Oh querida, isso não é verdade, Kara não te odeio, só acha que não está preparada para se casar novamente - Fala tentando consolar a filha e nega.

- Não, a senhora não vê como Kara me olha? Ela me odeia. Mas, não tiro sua razão, só.... só queria que fosse diferente, porque eu não tive escolha, mamãe, eu tive que mentir pra ela, eu tive que terminar tudo que tínhamos.... por ela e Auradon, eu- O choro compulsivo toma conta de si novamente, não deixando que termine de falar.

Líllian a abraça, deixando que sua filha chore em seus braços. Era tudo que Lena precisava, do colo de sua mãe, que sempre a entendeu e foi sua melhor amiga e condidente.

- Kara está ferida, ela amava a princesa Samantha, e sua morte a destruiu. Kara não te odeia, mesmo que ela diga a si mesma que sim, ela apenas não sabe como lidar com tudo isso - Fala ainda afagando os cabelos negros da filha, que se acalma com o carinho recebido - E mesmo se odiar, a faça mudar de idéia sobre você - Sai do abraço e olha nos olhos de Lena, a mesma fungava baixinho.

- Como eu faria isso? - Com a voz falha pergunta.

- Você sabe como, apenas seja você. Vocês já se apaixonaram uma vez, e nenhuma das duas teve que mudar pra isso acontecer, apenas seja a mulher que Kara precisa ter ao seu lado, uma princesa prestes a se tornar rainha, mas, principalmente seja a mulher por quem Kara se apaixonou, seja a doce Lena que todos adoram, que Kara adorava quando eram adolescentes, seja o amor da vida dela, e não desista na primeira dificuldade. O amor é lindo, é a melhor coisa que pode nos acontecer quando é verdadeiro, mas, ele também requer lutas diárias para manter a chama acesa, ele requer desafios. Então, Lena, Lute pelo amor da sua vida, lute pelo amor de Kara, lute e não desista, pois são com as lutas que conquistamos as vitórias e elas nos tornam mais fortes.... - Lena a abraça apertado, sentindo todo conforto que os braços de sua mãe lhe dão, deixando que suas palavras a tornem forte para que ela faça exatamente o que ouviu: Lutar pelo amor de Kara, por mais difícil que seja, ela só irá deixar de lutar quando finalmente a tiver.

Não muito longe da li, Kara pensava em tudo que aconteceu na sua vida ao longe dos anos. Mas, uma lembrança em especial a fez deixar a primeira lágrima cair. Não uma lágrima de tristeza, mas, uma lágrima da mais profundo dor que sempre esteve em seu coração.

Depois que a princesa de Auradon saiu do seu quarto, Kara lembrou do dia mais feliz e mais trágico de sua vida. Feliz, porque finalmente pediria a mão da mulher que ama ao seu pai, e trágico, porque descobriria que não era a única que amava Sam.

Lembranças On

Kara e Sam se beijavam com intensidade, o amor que sentiam uma pela outra foi o que deu coragem a Herdeira para falar com seu pai. Finalmente diria que amava Samantha para outra pessoa além da própria Sam. Finalmente a teria para si, Sam seria sua esposa, e quando ocupasse o trono, seria a sua rainha. Teriam vários filhos juntas e seriam a família mais feliz dentre todos os reinos.

Quando Kara chegou de sua primeira batalha, não pensou que tomaria aquela decisão, e que tão pouco teria Sam por inteira agora. As duas estavam nuas na cama da princesa, outro dia já havia começado e Kara fazia carinho e dava leves beijos nas costas desnudas da mulher.

Não demorou mais que alguns minutos para a Lady despertar de seu sono, sorrindo quando lembrou da noite incrível que tiverá com a mulher que amava. Sam ergueu o rosto e olhou para a princesa.

As duas nunca se sentiram tão felizes como naquele momento. Ambas tinham selado seu amor apenas numa noite, na qual ficará marcada para sempre em suas memórias e corações. Rao é testemunha desse amor, e nada pode separa-las.

- Casa comigo? - Kara pergunta ao beijar os lábios da mulher, que lhe sorri ao ouvir novamente a pergunta da amada.

A princesa já havia feito o pedido durante a madrugada, e aquilo foi mais do que Sam pôde esperar. É claro que ela aceitou, a Lady não poderia negar de todo modo, não quando seu coração clamava por Kara, não quando respirar já não era sua maior necessidade e sim ter a mulher que mais ama no mundo ao seu lado, é tudo que ela precisa. Kara se tornou sua maior razão de viver, ela é seu bem mais valioso, a dona do seu coração e jamais poderia negar tal pedido. Samantha Árias aceitaria se casar com Kara quantas vezes ela pedisse, desde que tivesse a mulher para sempre ao seu lado.

- Sim - Ela disse, e ambas não puderam conter o sorriso.

Kara não pôde deixar de beijar a castanha, ambas se entregaram uma a outra mais uma vez, antes que Kara concretizasse o que tem com Sam oficialmente.

***

Kara caminhava em direção à sala do trono, Sam tinha seu braço enganchado no da princesa e ambas não tiravam o sorriso do rosto.

Kara mandou que chamassem sua família, ela queria que todos soubessem que a mulher ao seu lado seria sua esposa, sua rainha, mãe de seus filhos. Ela quer que todos saibam do seu amor para com a Lady protegida de seus pais. Seu sorriso era de quase rasgar o rosto, Sam não estava diferente, já que não conseguia conter a felicidade por finalmente ter a mulher que ama, não apenas em quartos longe da vista de todos ou nos lugares privados do palácio. Esse não seria mais um segredo delas, agora todos saberiam.

Nenhuma das duas estavam preocupadas com o que o Rei iria falar, ambas sabem que ele aprovaria seu relacionamento, sobre isso não há o que temer.

Quando finalmente chegaram a sala do trono, notaram que alguma coisa estava diferente. Não só sua família estavam ali, mas, a família do seu melhor amigo também, o Rei Lar Gand e a Rainha Rhea de Daxam. Seu melhor amigo, Mon-El estava ao lado dos pais, nervoso pelo que podia ver, é como se estivesse a ponto de fazer alguma coisa muito difícil.

E quando o Daxamita viu Sam, pela primeira vez, não escondeu sua admiração pela mulher. Seus olhos brilhavam. Mas, nenhuma das duas perceberam isso.

Kara cumprimentou os reis de Daxam e seus pais, não esquecendo de seu amigo que lhe sorriu nervosamente. Sam foi para perto de sua futura cunhada, enquanto Kara não esperou nada para se curvar ao rei mais uma vez e lhe fazer o pedido.

- Tenho algo importante a lhe pedir, pai! - Fala confiante chamando a atenção de todos ali presentes. Ninguém nunca viu a princesa tão feliz e radiante como naquele dia, seu sorriso é de contagiar qualquer um que passe ao seu lado.

- Então peça, querida! - Fala Zor com um sorriso feliz, por ver sua filha tão radiante.

- Certo.... eu.... - Bem, tava fácil demais, o nervosismo que outrora não tinha, veio com tudo.

Kara olhou para cada um naquela sala, todos esperando para ouvir o que a princesa tinha a dizer. Seu olhar pousou em Sam, que lhe sorriu encorajadoramente. Kara respirou fundo, olhou para seu pai e falou de uma vez.

- Quero que me permita casar com Sam! - Ninguém esperava por aquilo.

Alura e Zor tinham um sorriso contente no rosto, Alex tinha uma expressão de "Como você não me contou isso?" direcionada à irmã, porém estava feliz por sua irmã e a família Real de Daxam, bem, esses tinham olhares perdidos.

Era para Mon-El ter feito esse pedido ao rei, mas, pelo que parece não é só o príncipe que tinha sentimentos pela Lady.

Já Mon-El tinha um olhar desacreditado. Não era para aquilo estar acontecendo, não era para Kara ter pedido a mão de Samantha em casamento. Era ele quem iria fazer isso depois que os El se retirassem da presença do rei. Ele quem deveria estar ali em frente ao protetor da Lady, era ele quem deveria estar sorrindo por saber que receberia uma resposta positiva do rei, e não Kara Zor-El, aquela que deveria ser sua melhor amiga, mas, que está a ponto de roubar a mulher que ele ama.

- Se esse também for o desejo da Lady Samantha, tem a minha bênção - Zor fala com um sorriso de aprovação.

Zor-El ergueu-se do trono e caminhou para perto de Sam, que sorriu envergonhada. Zor tomou a mão da Lady, que aceitou de bom grado e a conduziu para perto de Kara. Ambas ficaram de frente para a outra.

- É o que você quer, querida? - Zor pergunta. Mesmo Kara sendo sua filha e futura rainha, ele não obrigaria Samantha a Casar-se com ela se esse não fosse seu desejo.

- Sim, majestade! - Fala agora com o sorriso mais feliz. Ambas sorriem. Kara segura na mão de Sam e lhe beija nas costas da mesma.

- Então, começaremos os preparativos para o casamento das futuras rainhas de Krypton - Zor fala Alegre.

- O QUE? - Mon-El grita chamando a atenção de todos para si, seu olhar desacreditado denunciava que o mesmo não estava de acordo com aquilo. A última frase do Rei foi o suficiente para desperta-lo do transe.

- Algum problema, Mon-El? - É Kara quem pergunta, não entendendo a reação do amigo.

- Você não pode se casar com ela! - Exalta para Sam, ignorando Kara.

- E porque Samantha não poderia se casar com a minha filha? - É Alura quem se manifesta, descendo do trono e parando ao lado do marido, assim como todos, ela também queria entender porque o príncipe de Daxam está tão aborrecido com o noivado de sua melhor amiga com a Lady protegida do Rei e da Rainha.

- POR QUE EU É QUEM IRIA PEDI-LÁ EM CASAMENTO! - Grita não contendo sua fúria.

Kara ficou atônita, sua mente pareceu travar, Sam tinha os olhos arregalados, não acreditando que aquilo realmente estava acontecendo.

- Mon-El, eu.... eu sinto muito, mas, nem amigos somos e eu não tenho sentimentos por você, é Kara quem eu amo! - Sam Conclui se aproximando mais de Kara. Mon-El não acredita no que acabou de ouvir, a culpada é Kara por cada palavra dita pela Lady. Se não fosse por ela, Samantha teria aceitado seu pedido de casamento. Ele não se conforma e por isso faz algo inusitado, até para ele próprio.

Mon-El desafia Kara, ele tira a luva da sua mão direita, que faz par com sua armadura e joga no chão. Em todos os reinos, quando se quer desafiar alguém, se tira a luva e joga no chão, a pessoa que pegar significa que aceitou o desafio e não pode voltar atrás, caso desista depois de ter aceito o desafio, é considerado covarde e desonroso.

- Eu não vou lutar com você! - Kara exclama achando a atitude de seu amigo um absurdo.

- Então você é uma covarde - Aquilo foi o suficiente pra fazer Kara fechar a cara e agachar, pegando a luva dourada. Mon-El exibiu um sorriso sinico.

- O vencedor terá a mão da Lady Samantha em casamento! - Fala pegando todos de surpresa e fazendo Kara querer pela primeira vez bater no daxamita.

- Você está louco? Sam não é um objeto à ser colocado à prêmio! -Exclama revoltada.

- Mon-El, o que pensa que está fazendo? - Rhea se aproxima do filho, reprovando sua ação.

- Estou desafiando a futura rainha de Krypton, e agora que o desafio foi aceito, ela não pode desistir, senão será uma covarde sem honra - Exclama pela primeira vez mostrando um lado seu que ninguém conhecia, nem mesmo Kara.

- Querida - Sam toma o rosto de Kara em seus mãos, tendo agora sua total atenção - Está tudo bem, eu sei que não vai deixar nada acontecer comigo e sei também que ao final desse desafio, terei você como minha esposa - Fala dando um sorriso reconfortante à Kara, que respira fundo e acena positivamente.

A princesa não estava com medo de lutar contra Mon-El, ela estava pouco se importando para aquele desafio idiota. Sua maior preocupação era com Sam sendo posta a prêmio num desafio descabido.

Samantha não é um objeto, também não é qualquer mulher para ser tratada dessa forma. Ela é a Lady de seu reino, que a baixo dos reis e dos príncipes é a que mais tem poder em Krypton, Sam é uma dama e não merece ser tratada como qualquer uma. Não a sua Sam.

- Eu aceito o seu desafio! - Fala ainda duvidosa, mas, sendo firme em suas palavras.

Kara sabe que depois desse dia muito coisa vai mudar no seu relacionamento com o príncipe de Daxam, que desde que a princesa de Auradon partiu de sua vida, se mostrou ser o melhor amigo que qualquer um poderia ter.

Mas, aquele que propôs o desafio não é o seu amigo, não é o Mon-El que conhecerá e é como um irmão para si. Aquele é apenas um bárbaro de orgulho ferido, que faria qualquer coisa para conseguir o que quer, até mesmo trair.

Lembranças Off

Kara saiu de suas lembranças quando a porta de seu quarto se abriu e por ela passou sua mãe, seu pai e Alex, que não tardaram em se aproximar da princesa para saber se ela estava bem.

Zor até tentou se aproximar mais da filha, mas, essa ainda não o perdoou pelo que a está forçando a fazer. Kara pode quase ter morrido, mas, isso não muda o fato de ainda sentir mágoa por ser obrigada a casar com a princesa de Auradon, com a mulher que lhe disse as piores coisas que se pode ouvir, que quase a destruiu por não aceita-lá de jeito que é. Oh, não, isso Kara não perdoaria tão fácil assim.

- O que fizeram com o príncipe de Urkria? - Pergunta depois de um tempo em que Alura levou para verificar se sua filha realmente estava bem e fora de perigo.

- Ele ainda está preso no calabouço - Zor responde, mas, Kara nem o olha.

- Lena sabe que o capturamos? - pergunta indiferente.

Na batalha contra o exército de Urkria e Daxam, Kara achou melhor manter Jack vivo, talvez sua vida ainda tivesse alguma utilidade, e o mantendo vivo, talvez possa trazer paz para Auradon novamente negociando com Urkria, ela pelo menos ficaria satisfeita se tivessem um inimigo a menos. Urkria é um reino próspero, forte, e se Auradon pudesse voltar a ter uma aliança com o reino novamente, seria mais que bem aceita.

- Não, Lionel achou melhor que ela não soubesse e pensasse que você o matou nos portões de Auradon, para não aborrece-lá - Kara bufa e ri irônica.

-Oh, Claro.... - Todos notam a ironia em sua voz, mas, não falam nada.

A médica real a examinou novamente, constando que com muito repouso e cuidado, Kara logo estará totalmente curada.

Alura não se limitou em mimar a Herdeira, Alex a atualizada dos últimos acontecimentos enquanto esteve inconsciente. Zor viu que não era bem vindo ali, então, mesmo contra a vontade de Kara, lhe beijou na testa e saiu rumo à sala do trono, deixando as mulheres sozinhas.

Kara reclamava da sopa que sua mãe a obrigou comer, mesmo estando saboroso, a princesa odiava tomar caldo, e Alex não perdeu a oportunidade de implicar com a irmã e chama-lá de fresca, se exibindo por estar comendo as guloseimas que a cozinheira, que também é sua amiga preparou. As duas pareciam duas crianças quando estavam juntas, o que rendia boas risadas na rainha, que se divertia com a implicância das duas filhas.

Mas, Alura não podia estar mais feliz pelas duas princesas. Ambas eram filhas excelentes, princesas dignas de seu posto, pessoas maravilhosas. Kara está viva, Alex está feliz. Não há nada que ela possa querer mais além disso.

Mas, longe dali, havia alguém que gritava de puro ódio. Kara sobreviveu, todo seu esforço foi em vão, e não podia estar mais furioso com o incompetente que não soube nem ao menos usar uma espada contra uma mulher, que desde que nasceu só tem atrapalhado sua vida e prejudicado seus planos para enfim ter Krypton aos seus pés.