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História Entre Algemas - Capítulo Único.


Escrita por: rescuingstark

Notas do Autor


happy valentine's day! ♥

Capítulo 1 - Capítulo Único.


As ruas de Ebott estavam serenas, era a hora da noite perfeita pra tomar um drink, relaxar na sacada do seu apartamento, ou simplesmente ser assaltado. Uma gatuna estava à solta, era reconhecida por suas artimanhas, e isso só a fazia ficar ainda mais destacada na mira da policia, literalmente. Era conhecida por ter um charme único, além de ser extremamente refinada e sexy para alguém que precisa de dinheiro fácil.

Tinha técnicas sedutoras surpreendentemente espontâneas, e também tinha o apelido de “Mãos Aveludadas”, pelo simples fato de conseguir arrancar algo de você sem que você ao menos pudesse notar, e isso não se aplicava somente a sua carteira. Além de ladra e traiçoeira, uma romântica incorrigível, galanteadora. Não era nenhuma novidade vê-la flertando com homens em bares e arrancando deles: de dinheiro, até peças de roupas.

Cantava diversos rapazes a favor de sua reputação, chegava até a ter relações com alguns deles, e isso ajudava bastante a não ser entregue a polícia, já que, na opinião dos que já provaram de seu beijo, se ela sumisse nas mãos de um policial, faria uma enorme falta.

Língua afiada assim como as lâminas de suas adagas, era comum ter seu nome envolvido em algum desentendimento, mesmo sabendo o quanto poderia prejudica-la, não levava desaforo pra casa. Só os mais tolos e audaciosos tinham coragem de desafiá-la, isso porque não sabiam de seus feitos, mas assim que a face real da garota é revelada para si, só lhes falta ajoelhar e implorar por misericórdia para não terem as gargantas abertas e o corpo jogado em algum beco.

Ela não queria saber de se apaixonar, relacionamentos são superestimados, em sua opinião, não conseguia ver nada demais neles, não tinha alguém que a fizesse ficar com brilho nos olhos ao ouvir seu nome ou pensar nele. Pra ela, todos os caras eram iguais, eles te pagam uma bebida, tiram suas roupas e nunca mais olham na sua cara novamente, ela odiava esses caras.

Mas infelizmente se tornou o que mais desprezava.

Ela se tornou os caras. E começou a entender o seu ponto de vista. Entendeu que lidar com os sentimentos de alguém era muito complicado, e em relacionamentos alguém sempre sai magoado com a coisa mais banal possível. Entendia os caras, uma ficada de uma noite era bem mais fácil de se lidar, e era mais divertida, também.

Mas tinha seu diferencial, não é porque ficou com tal cara uma vez, que nunca mais olharia em seu rosto de novo, ela ficaria com ele de novo, sim, quantas vezes os seus desejos luxuriosos quisessem.

Afinal, um drink de graça não era de todo mal.

Entretanto, até a maior charlatã da cidade tinha suas fraquezas. Bem, e a dela, provavelmente estava sentada no balcão do seu bar favorito, tomando um pouco de Vodka.

Ah, é.

Ela tinha uma fraqueza, e a odiava na mesma intensidade que a amava, ele a fazia se sentir viva, porque ela adorava o perigo, e ele era o perigo. Não se engane pelos angelicais olhos azuis e a aparência desleixada, elas só camuflam um homem extremamente calculista e ambicioso, que fazia o inimaginável pra atingir seu objetivo, o que era uma droga, porque ele era sempre muito certinho, então, o inimaginável, estava sempre dentro da lei, chato.

Mas a inteligência dele atraía a garota. Ele era diferente de todos os caras com quem já teve um caso, e ela, no fundo, até se sentia um pouco mal por fazê-lo ir contra seus princípios. Porque, bem, ele era perfeito, mas só tinha um único defeito, um detalhezinho mínimo.

Ele era um policial.

O correto, obviamente, seria que ele a prendesse e, oh, ele prendeu, mas de um jeito que ela não gostava de admitir. O quão clichê e irônico era o que eles tinham? Ela só era simplesmente uma das mais procuradas de Ebott, nada demais.

Por hoje ser dia dos namorados, ela pensou que todos os bares e boates estariam vazios, mas surpreendentemente estava enganada, pareciam até mais lotados do que normalmente. Porém, não estava indo até lá para fazer suas vítimas, ou transar com algum cara aleatório, estava ali pra vê-lo, a pedido dele, a propósito.

Os saltos de suas botas batiam no chão de concreto fazendo sons marcarem seus passos. Ela ajeitava a jaqueta, estava frio, não que a incomodasse, pelo contrário. Meias arrastão marcavam as coxas e subiam até a barriga, dando um ar mais sensual a garota. As luzes dos postes piscavam quase que em sincronia, o cheiro de gordura impregnava o ar e os sons dos carros se perdiam entre o volume alto da música.

Gostava de boates, mas preferia os bares, eram bem mais baratos, não que ela pagasse alguma coisa neles, de qualquer forma.

Um dos benefícios de ter certa fama por ali, era o fato de que ela não frequentava filas, então não demorou muito pra que conseguisse entrar no local. Acenou para o segurança, entregando ao mesmo sua jaqueta e lançando um beijo no ar. Percebeu algumas mulheres da fila revirarem os olhos, soltou um riso maldoso, quase inaudível e então entrou no meio da multidão.

Luzes de diversas cores se alternavam e fumaça se espalhava pela pista de dança que estava lotada, a música alta era inconfundível e ela se sentia em casa, poderia passar a noite dançando, mas se lembrou do que veio realmente fazer. Cumprimentava rostos amigos pelo caminho, era quase famosa, todos a conheciam, mas nem tanto, nem menos sabiam seu verdadeiro nome, mas ela atendia por Frisk.

Frisk, a dona de um sorriso encantador, belas curvas, uma beleza quase que sobrenatural, ótimos flertes, e também duas adagas afiadas, caso você tenha se esquecido por um momento o quão perigosa ela é.

É uma cobra esperando o momento certo para dar o bote, lobo em pele de cordeiro. Havia até boatos insinuando que ela tinha sete vidas, nunca negou. Mas quando achar que está lidando com a personificação da simpatia, lembre-se das adagas. Elas são afiadas assim como suas presas, que na menor oportunidade estariam cravadas no seu pescoço, de um jeito ruim ou bom, isso depende.

O pouco que sabiam sobre a garota era o que os deixavam ainda mais hipnotizados, ela apareceu do nada naquela cidade, ninguém sabe quando, mas a única certeza é de que desde que chegou, seu olhar nunca mudou, e todos suspeitavam de que por trás daquele olhar, um passado conturbado se escondia. Num baú, trancando a sete chaves.

Frisk era uma verdadeira incógnita, era difícil decifrar suas verdadeiras intenções, mas tinha alguém em especial, que conseguia lê-la como ninguém. E este alguém estava apoiado no balcão, tomando o que parecia ser... conhaque, talvez? Um sorriso largo tomou conta de seu rosto, ela mordeu o lábio e tomou a iniciativa de se aproximar. Os braços rapidamente envolveram o pescoço dele, os dedos brincavam com os cadarços do capuz e ela sentiu as mãos gélidas acariciarem seus braços.

Se soltou e então sentou-se ao seu lado, deslizou o cotovelo pelo balcão, e apoiou a cabeça na mão em punho, fitando-o, os olhos azuis passearam por toda extensão de seu corpo, até pararem nas pernas, onde rapidamente levou sua mão, acariciando a coxa da morena.

Sans na maioria das vezes era de “falar e fazer”, e ele falava enquanto fazia, era focado no objetivo, agia como um vencedor. E realmente era um, ele ganhou o coração de Frisk, era uma sorte grande. Ele talvez, fosse a única pessoa que a garota não se imaginava apunhalando com uma faca, Sans era sua Kriptonita e o seu comportamento quase mudava por inteiro perto dele.

Era um policial dedicado, amava o que fazia, mas às vezes se portava como juiz, pois parecia analisar as pessoas para julgar seus atos mentalmente, o que era irônico, levando em conta que era de um lado oposto ao de Frisk, e estava se envolvendo com ela. A morena sabia o quão arriscado era continuar esse “romance” com o albino, mas a adrenalina e a ideia de ser presa — principalmente por ele — em meio a coisa toda, a excitava.

— Quanto tempo, Francis. — Ele provocou, sorrindo de lado, aproximando-se um pouco mais. A garota bufou, odiava seu nome mais do que odiava o fato de estar sendo tão vulnerável.

— Você quase conseguiu me broxar. — Zombou. — Sorte sua que eu te acho sexy pra caralho.

— Acha, é? — Ele murmurou, rindo fraco.

Sans tirou chaves do bolso, entregando-as a garota que abriu um largo sorriso. Esta levantou-se, puxando-o em direção às escadas, antes que permitisse ser puxado, virou o líquido de seu copo e o depositou no balcão. A música ia ficando cada vez mais abafada conforme subiam os degraus, não muitos andares pra cima, se depararam com o quarto 41.

O carpete acinzentado e as paredes vermelhas davam um ar mais confortável, juntamente com as luzes amareladas todas espalhadas. Frisk colocou a chave na fechadura, virando-a e adentrando o cômodo. Não era nenhuma novidade pra ela, não era a primeira vez que ia com Sans ali, e torcia pra que não fosse a última. Ela correu até a sacada, e Sans fechou a porta atrás de si.

Apoiou-se no parapeito. A brisa bagunçando seus cabelos e a fazendo arrepiar um pouco. A noite estava bonita, vários pontinhos cintilantes enfeitavam o céu, juntamente da lua que estava cheia. Infelizmente as buzinas dos carros estragavam o que era pra ser perfeito. Sentiu braços entrelaçarem-se em sua cintura, a respiração quente bateu em seu pescoço, a fazendo arquear as costas.

A língua gelada percorreu seu pescoço, a garota soltou um suspiro, e então virou-se de frente para o albino, afundando a mão em seu cabelo e o puxando para um beijo. Suas línguas se movimentavam em sincronia, passeando por toda a extensão da boca, hora ou outra, mordiam os lábios um do outro e sorriam em meio ao beijo.

Retirou dele a costumeira jaqueta azul, que rapidamente foi ao chão, junto de qualquer pingo de sanidade, se é que ela ainda tinha. Ainda sem quebrar o beijo, Sans a guiou até a cama, prendendo a morena com suas pernas, enquanto mordiscava a área do pescoço, depositando chupões que provavelmente deixariam marcas extremamente visíveis.

Frisk fechava os olhos, seu peito subia e descia ofegante e ela suspirava a cada toque das mãos gélidas do albino em seu corpo, ele sabia o que estava fazendo, e fazia muito bem, ela arqueava as costas ao mínimo toque, jogando a cabeça pra trás. Sentiu as mãos de Sans acariciando seus braços, voltando a beijá-la.

Click!

Ela abriu os olhos, arqueando a sobrancelha em confusão. Sans afastou suas bocas, e um enorme sorriso se formou em seu rosto, enquanto ele se levantava da cama. Ela tentou levantar-se também, mas falhou, então percebeu que seu braço estava algemado à cabeceira. Tentou-se soltar e falhou miseravelmente, o albino ria da situação.

— Por que tá me prendendo aqui, Sans? — Indagou.

— Porque eu preciso chamar uma viatura. — Ele respondeu, espera, o quê?

— Calma aí, você vai me prender? — Questionou indignada. — Achei que eu era uma exceção pro seu trabalho. — Bufou.

— E era, até assassinar aquele cara ontem. — Disse sério.

— Ele ia levar minha bolsa!

— Percebe o quão irônico isso soa? — Ele riu, pegando a jaqueta do chão e vestindo-a. A garota revirou os olhos.

— Não acredito que me prendeu aqui, no dia dos namorados! — Fingiu falsa indignação, encarando-o. — Você é um péssimo namorado, sabia?

— E desde quando nós namoramos?

— Espera, estou na sua cama e não namoramos? — Disse irônica. — Que ultraje, sou uma mulher correta, e tenho princípios, Sans. — Sorriu de lado.

— Essa não é a minha cama, eu só aluguei o quarto.

— Você pagou pra alugar, então tecnicamente, essa cama é sua, e eu estou nela.

— Se você vê assim. — Ele ajeitou o celular entre os dedos, discando um número.

Sans passou quase meia hora explicando o ocorrido, até finalmente dizer que havia prendido a maior ladra da região, esta, bufava a cada palavra proferida pelo albino, e já estava ficando entediada por ficar presa por tanto tempo, assim que terminou de falar com sabe se lá quem no telefone, Sans encerrou a chamada, guardando o mesmo no bolso.

— Virão em uma hora. — Ele sentou-se na cama. — Aproveite bem o seu momento de liberdade. — Murmurou irônico, afinal, ela ainda estava presa.

— Queria estar gritando seu nome, mas parece que vou ter que gritar por socorro. — Ela resmungou.

— A partir do momento em que você assassina alguém, você não tem o direito de pedir socorro. — Ela bufou novamente.

— Ah eu tenho. — Retrucou. — Você me algemou nessa cama.

— Eu sou um policial, só estou cumprindo meu trabalho.

— A partir do momento em que seu trabalho me impede de gozar, eu já não o considero importante. — Tentou cruzar os braços, mas lembrou-se de que era impossível nas circunstâncias em que se encontrava.

— Sabe, eu só queria que você se arrependesse, e saísse dessa vida. — Ele suspirou. — Não deve ser tão difícil.

— “Essa vida” é divertida. — Comentou. — Mas como pode perceber, estou presa. Em um contexto não-sexual, então já estou me arrependendo, obrigada. — Murmurou com sarcasmo, fazendo Sans soltar uma risada fraca.

— Se você não me odiar até sair de lá, eu te algemo pra outra coisa. — Disse e voltou a prestar atenção em seu celular. Ela queria sorrir, mas não deu o gostinho a ele.

O tempo se passava e Frisk continuava cada vez mais frustrada, a única coisa que a distraía era a música alta que atravessava as paredes. Ela só queria descer e tomar um drink, talvez dançar, mas acima de tudo, queria terminar o que tinha começado. Porém Sans não facilitava as coisas. Ele continuava naquele maldito aparelho, ignorando totalmente a presença da garota que estava praticamente de pernas abertas implorando por algo.

Ela suspirou. — Ok, eu me rendo. — Ele deu sua atenção a ela. — Você sabe que quando a viatura chegasse eu ia me debater até conseguir sair, mas se você fizer o meu último pedido, eu prometo ir pacificamente e cumprir minha pena. — Desviou o olhar.

— E que tipo de pedido é esse? — Perguntou.

— Um beijo. — Disse simples. — Acho que é o mínimo que você poderia fazer por mim, afinal, ainda é dia dos namorados e eu não ganhei nenhum presente. — Fez um biquinho. Sans revirou os olhos, dando a volta na cama e aproximando-se da garota.

A mão do albino acariciou a bochecha da garota, que o encarava com ternura no olhar. Sem rodeios, a puxou para um beijo, calmo, suas línguas valsavam num ritmo lento enquanto seus corpos se aproximavam cada vez mais, a mão livre de Frisk afagava os cabelos platinados, puxando-o cada vez para mais perto. Os dois sentiam o ar se esvaindo de seus pulmões, relutantemente se afastaram, a mão de Frisk se encontrava no rosto do albino, acariciando aquela barba mal feita.

— Posso te perguntar três coisas? — Ele assentiu. — Alguém do departamento mandou me prender?

— O delegado. — Sans suspirou. — Você já feriu gravemente um oficial. — Ela riu fraco.

— Ok, outra pergunta. — Desviou o olhar. — Se eu fugisse agora, você iria atrás de mim?

Ele arqueou a sobrancelha. — Obviamente, esse é o meu trabalho. — A morena deu um princípio de risada.

— Certo, essa é a última. — Ela acariciou seu maxilar, aproximando-se de seu rosto e lambendo do queixo até a orelha, Sans sentiu um arrepio. Parou com a boca perto do lóbulo e então sussurrou: — E como pretende fazer isso, se você está algemado? — Ela disse provocante.

Sans arqueou as sobrancelhas em confusão, e arregalou os olhos ao ver a garota se levantar da cama. Percebeu que seu braço estava algemado a cabeceira, Frisk riu fraco, brincando com a chave das algemas entre os dedos, então colocando-a em seu decote.

— Peguei a sua chave, te algemei e você nem notou. — Deu de ombros, sorrindo sarcasticamente. — Você precisa treinar mais, posso te ajudar, estarei aqui o dia todo. — O sorriso aumentou. — Sans franziu o cenho, certamente irritado. — Uh, plateia difícil.

Ela caminhou até a varanda, passando as duas pernas sobre o parapeito, antes, dando uma última encarada no albino.

— Desculpa Sansy, mas essa é a única vida que conheço. — Mandou um beijo no ar, e então pulou, escorregando pelos canos.

Ele se amaldiçoava mentalmente por ter se deixado cair nos encantos da garota. Ainda era apaixonado por ela, afinal. Sans riu, balançando a cabeça negativamente. Ela era boa.


Notas Finais


poderia ser maior, mas eu tô com sono, me perdoem.
feliz dia dos namorados, meus xuxu ♥
onezinha bem bosta só pra não passar em branco.

fiz uma editzinha frans, tá aqui no canal caso queiram dar uma olhadinha: https://www.youtube.com/watch?v=srr85k2Rxe0

o concurso do falso otp continua aberto: https://www.spiritfanfiction.com/jornais/concurso-otp-falso-11697881

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