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História Entre Diamantes - A Salvadora


Escrita por: JustCry

Capítulo 53 - A Salvadora


Fanfic / Fanfiction Entre Diamantes - A Salvadora

Luna escolheu coreografar para as meninas por motivos óbvios de identificação enquanto James ficou comigo e com Luca. Os solos seriam coreografados por Simone, nossa profissional mais dramática, em parceria maior com os bailarinos.
Conforme as semanas avançavam, estava se tornando mais complicado para mim manter a energia e a constância nos ensaios, porque eu me sentia invadida e ameaçada toda vez que nos tocávamos. O contexto agressivo da história não ajudava, as pegadas eram agressivas, os olhares intimidadores, as vezes me perguntava se ele estava gostando disso.
-Por que tinha que ser ele, hein? -reclamou Michael, enquanto caminhávamos em direção ao metrô
-Por causa da altura -respondi, simplesmente -formamos um par harmonioso porque as alturas combinam. Por isso ele sempre dança comigo ou com a Megan, nunca com a Louise, ela é mais alta do que ele.
-Agora ela fica com o Nic ou comigo -concordou ele
-Eu achei que ela e Megan formaram um casal fofinho -mudo de assunto, aproveitando a deixa -Será que rola alguma coisa? 
-Nem tente fugir, Gabi, estamos falando de você e aquele idiota. Você precisa falar com o James, isso vai te deixar doente.
-Eu não quero que o Luca seja expulso da companhia, só não queria ter que dançar com ele nesse momento.
-E se eu pegar o papel dele, se resolvermos entre a gente, isso nem chega aos coreógrafos. -resolveu ele
-Eu não quero você reforçando o esteriótipo de negro agressor, temos que tomar muito cuidado com essas decisões.
-Ok... -ele olhou para baixo, se sentindo mal por não poder ajudar diretamente. -Mas pode contar comigo, amiga
-Eu sei
Passamos pelas catracas e logo eu estaria em casa.

Como montagem é um processo mais leve, ainda tinha energia para fazer o jantar ou sair com o Kai, quando ele estava animado. Descobri com o passar dos anos que ele tinha mão boa para fazer massas e me aproveitava disso para assar pães caseiros, fazer macarronadas bem italianas e tudo o mais, mesmo que fosse só no final de semana. 
-Amor, não tem nenhuma festa para acontecer não? 
pergunto, manhosa, acompanhando com o olhar ele andando pelo quarto
-Não que eu me lembre, por que?
-Ainda não tive oportunidade de usar o lindo colar que você me deu
-Podemos sair para jantar na sexta naquele restaurante francês do centro.
-Parece ótimo.
E assim ficou marcado.
Na ansiedade dos dias anteriores, escolhi meu vestido, planejei a maquiagem e outros detalhes para deixar a noite ainda melhor.

Cheguei empolgada na companhia, já avisando que pretendia sair um pouco mais cedo. Então além de uma noite maravilhosa com meu amor, ia aturar o Luca por meia hora a menos que o usual. Tudo corria perfeitamente, depois das horas de aula, tinham 15 minutos de intervalo antes que cada um pegasse os ensaios separadamente. Comi minha pequena salada de frutas no camarim, sentada no chão. Logo Luca passou por lá para pegar sua bolsa e levar para a nova sala.
-E aí? -raramente nos falávamos desde Barcelona, era como se estivéssemos fingindo muito mal que nada daquilo tinha acontecido
Quando entrei na sala, fui surpreendida pela ausência de James, ele quase nunca se atrasava, e aquele vazio me deixou nervosa. 
Colocando a música, decidimos passar o que já estava montado enquanto isso, para não perder tempo hábil, mas parecia tão diferente dessa vez. Eu ainda menor, ele mais ameaçador, os toques mais incisivos e meu desespero real para sair de seus braços.
Sem entender o que estava acontecendo, sentia uma dificuldade de respirar fora do comum, não podia ficar ali, então simplesmente fugi. Me tranquei no camarim, ignorando as batidas e os chamados do bailarino confuso. Lutando contra o suor para que o celular não escorregasse das minhas mãos, abri a conversa de Soph e enviei simplesmente "S.O.S."
Em menos de dois minutos ela respondeu que estava a caminho. Pronto, tudo ia se resolver, então por que isso não deixava mais calma?

Coloco a mochila nas costas, ainda em modo de fuga e corro escada a baixo, desviando de qualquer um que encontrasse, inclusive James que passava pela recepção.
-Gabi, o que foi? -ele perguntou, surpreso
-Não posso ficar aqui -era o que se repetia na minha cabeça, em pânico até que saí do prédio.
Mas a calçada, as pessoas, o barulho dos carros, buzinas,tudo me deixou tonta assim que coloquei os pés lá fora, talvez estivesse realmente mais segura lá dentro.
Lembro de ter visto Sophie, da sensação do vento frio e de estar em um banheiro que não o meu para tomar banho. Foi aí que as coisas voltaram ao seu ritmo normal, menos nebulosas e confusas.



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