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História Entre dois Mundos - Luke


Escrita por: Lia_Cielo

Notas do Autor


OIE!
Gente, desculpe pela demora. Mas, infelizmente, por causa da quantidade enorme de matérias(15!), de trabalhos e de provas eu vou demorar para postar os proximos capitulos também. A verdade é que postar não é o problema, o que complica é achar tempo para escrever quando a criatividade aparece.
Porém espero que vocês não fiquem chateados e continuem a seguir a fanfic.
MAS chega de conversa e BORA 'PRO CAP!!!

Capítulo 4 - Luke


POV. Thalia

Um ano se passou e muita coisa mudou desde aquele encontro. Antes eu me culpava pelo desaparecimento do meu irmão e andava pelo país sem rumo enquanto matava monstros, não que isso tenha mudado muito, mas eu não me culpava mais, ou melhor, eu não tinha tempo para isso. Desde o dia em que conheci Astrid, dediquei-me a ela, a sua segurança, seu bem estar e a descobrir uma forma de nos comunicarmos. Confesso que tive um pouco de dificuldades para acostumar-me novamente com a responsabilidade de criar uma criança, principalmente com o ultimo item que falei a pouco – gastamos quatro dias inteiros para descobrir que conseguiríamos nos comunicar através da língua grega –, mas rapidamente me acostumei.

Outra coisa muito importante que deve ser levada em conta é que eu me apaixonei por aquela criança. Eu tornei-me a mama dela e ela tornou-se minha filha. A cada segundo que eu passava com ela, mais queria protegê-la e dar-lhe uma infância normal, na medida do possível para semideuses. Pois era óbvio que ela era uma, os monstros atavam nós duas na mesma intensidade, não tinha como ela não ser. 

Mas apesar de todo o cuidado que eu tomava, de toda cautela, eu ainda cometia erros e talvez seguir Amalteia tenha sido uma má ideia, mas na hora não pareceu.

 

Astrid e eu estávamos em um pequeno rio em Charleston descansando de uma recente luta contra um cão infernal quando ela apareceu. Amalteia, a cabra que amamentou Zeus quando bebê e me guiou quando eu fugi de casa e levou-me a minha loirinha, estava parada ao lado de uma árvore à distância e olhava diretamente para mim, queria me levar a algum lugar. Eu confiava em Almateia e não hesitei em pegar a minha mochila, acordar Asty e seguir a cabra.

- Mama, Πού πηγαίνουμε; – (Mama, onde estamos indo?) A prateada perguntou.

- Ακολουθούμε την κατσίκα. – (Estamos seguindo a cabra) Respondi com simplicidade.

Astrid me olhou confusa, mas mesmo assim confiou em mim e juntas seguimos Amalteia por meia hora até, já fora de Charleston, ela desaparecer na entrada de uma caverna. Eu ia prosseguir, porém senti meu pulso ser segurado, levando-me a olhar para a pessoa que o segurou. Minha pequena estava com medo e, para acalmá-la, lancei-lhe um olhar confiante e a loira relaxou, permitindo-me prosseguir. Adentramos a caverna lado a lado em busca de algo que ainda não sabíamos o que era, mas de uma coisa eu sabia, Amalteia não ia trazer-me aqui sem um motivo importante. Andamos por alguns minutos pelo local escuro que quanto mais adentrávamos, mais quente ficava. Em um determinado momento, no fundo da caverna, um pontinho de luz foi aceso e ele aproximou-se rapidamente da onde estávamos, e quanto mais perto, mais quente ficava. Não foi difícil perceber o que realmente era e minha conclusão se fortificou quando reparei um garoto fugindo da bola de fogo. Antes que eu pudesse mandar Astrid correr, o garoto agarrou nos nossos braços e falou – gritou – para a gente correr. Mas ele falou em inglês, deixando a loira confusa e antes que começasse a questionar, lancei-lhe um olhar – Eu amo lançar olhares – para que perguntasse depois.

Voltei a olhar para frente e continuei a correr até não sentir mais a presença da pequena ao meu lado. Instantaneamente parei e olhei para trás, encontrando-a no chão a poucos metros da gente com as mãos em um tornozelo e expressão de dor. Quando comecei a ir até ela, o garoto desconhecido me barrou e antes que eu pude-se manter ele para o Mundo Inferior, ele tinha ido até Astrid, pegado ela no colo e voltado a correr até a saída em uma velocidade impressionante. Fiquei surpresa com a ação dele, mas não falei nada. Quanto mais rápido sairmos daqui, mais rápido poderei cuidar do tornozelo da Asty ou pelo menos tentar. Eu sou um desastre na área medica.

Não demorou muito para sairmos da caverna, mas mesmo assim continuamos a correr floresta adentro, só paramos quando tivemos certeza de não estarmos sendo seguidos. Tentando controlar a respiração, o garoto colocou Astrid em cima de uma pedra média e olhou para o tornozelo esquerdo dela, olhei por cima de seu ombro, por sorte só tinha torcido. Ele abriu a mochila e pegou uma camiseta velha e néctar, fiquei surpresa com sua ação, porem decidi dar um voto de confiança pois era obvio que o mesmo era um “semideus de rua” assim como eu e a pequena. Deixei meus pensamentos de lado e fui ajudá-lo, segurando uma lanterna na direção do tornozelo para facilitar sua visão. O menino me deu um sorriso agradecido – Como se eu não fosse ajudá-lo a cuidar da minha pequenina! – e voltou sua atenção para o machucado. Primeiro usou o néctar para limpar e depois fez uma tala improvisada com dois pedaços de madeira que encontrou no chão e tiras da camiseta.

Aos poucos a expressão de dor da Asty foi sumindo e dando lugar a curiosidade. Ri baixinho e abracei-a, enquanto analisava melhor o desconhecido, que era o que prendia a atenção da baixinha. Ele deveria ter catorze anos, alto – Se bem que com o meu tamanho só uma criança com menos de 10 anos é mais baixa que eu –, olhos azuis, cabelos loiros mais claros que o da pequena, num tom areia. E possuía um porte atlético e um pequeno brilho malandro no sorriso e nos olhos, porém não me preocupei com isso, me sentia segura.

- Bom, acho que devo desculpas a vocês duas. – O loiro começou nervoso – Aquele é um dragão protetor, só nos atacou porque eu peguei um pouco do dinheiro que ele protegia, provavelmente deve ser de algum deus.

- Quem é você? – Perguntei grossa. Apesar dele parecer ser confiável e eu me sentir segura com ele, eu não podia me dar ao luxo de confiar em minha intuição, eu não era mais responsável apenas por mim, tinha que pensar na minha italianazinha.

- Eu sou Luke Castellan – obriguei-o a continuar com o olhar –, filho de Hermes. Tenho quatorze anos. Fugi de casa cinco anos atrás porque minha mãe ficou louca, desde então viajo pelo país todo, lutando contra os monstros para sobreviver.

Nem tinha mais como manter minha posse de durona, a história dele era mais parecida com a minha do que eu imaginava. Mas o que ele disse me deixou intrigada.

- Eu te obriguei a falar mais de você e não contar sua história. Então por que nos contou sua história?

- Porque vocês são como eu, meio-sangues que lutam para sobreviver.

- Como pode ter certeza?

- Primeiro, em nenhum momento você demonstrou sinal de que não acreditava em mim, pelo contrário parecia se identificar. Segundo, um mortal teria começado a gritar assim que visse o fogo, mas vocês correram e buscaram não se desesperar, um claro instinto de sobrevivência.

Apesar de admitir que o que ele falou fazia sentido, estranhei quando no primeiro motivo Luke falou “você” ao invés de “vocês” e olhei para a pedra onde Astrid estava. A loira dormia serenamente como se não tivesse acabado de torcer o tornozelo enquanto fugia de um dragão. Ri com o pensamento.

- Mas então... – Voltei minha atenção ao loiro – Você me desculpa?

Arqueei uma sobrancelha com a pergunta. Ele realmente achava que eu estava zangada?

 

Mas agora, seis meses depois, vendo Luke roubar o doce favorito de Astrid, chocolate, de uma loja apenas para dar para ela me fez perceber que estava errada sobre Amalteia. Segui-la foi uma coisa boa, afinal, apesar de todos os perigos, ela me leva a coisas boas, como: liberdade, Astrid e... Luke.


Notas Finais


O que acharam? Gostaram? Odiaram? Precisa melhorar em alguma coisa? Eu não vou bater em vocês, pessoal. Podem comentar, cada comentário me deixa feliz. Mas enfim...
Até a próxima.
Bjs, Lia.


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