História Entre estrelas e abraços - Capítulo único.

Jimin passava seu perfume quando escutou seu celular vibrar, indicando que tinha uma nova notificação. Era Jungkook, seu melhor melhor amigo e o cara por quem estava apaixonado. O ômega não podia estar na pior. 

Gostava dele desde… sei lá, muito tempo. Mas como sempre, nunca conseguiu se declarar, pois era medroso demais ao ponto de só pensar que poderia receber um "não vai rolar" e, ainda por cima, estragar a amizade que os dois tinham. 

Deixou os pensamentos de lado por um momento e tratou de sair de seu quarto e descer as escadas, dirigindo-se para a porta da frente.

O casal de amigos havia combinado de dar um passeio naquela fria noite de sábado, já que não saíam sozinhos fazia um bom tempo. Mas não era só isso, obviamente. Jimin havia criado muita coragem antes de marcar aquele encontro, pois seria naquela noite que ele finalmente abriria seu coração para Jungkook e contaria tudo que tinha para contar.

Bom, Jimin pelo menos esperava que fosse assim. 

Assim que trancou a porta, avistou Jungkook, encostado em sua moto enquanto olhava para o ômega, com os cabelos longos bagunçados por conta do vento e com um sorriso lindo nos lábios vermelhos. Vestia um casaco de moletom preto e uma calça jeans também preta enquanto suas orelhas possuíam vários piercings, acompanhando o da sobrancelha e o que enfeitava seus lábios. Estava lindo demais para o pobre coração do Park aguentar. 

Aproximou-se em passos lentos, com as bochechas rosinhas por conta da timidez que sempre tinha quando estava perto do alfa — mas preferia acreditar que era por conta do vento frio que batia contra seu rosto, mas no fundo sabia que não era.

— Pensei que ia me dar um bolo — disse Jungkook, assim que o mais velho se aproximou o suficiente para que um abraço pudesse ser dado. 

Jungkook sempre foi muito carinhoso com Jimin e isso deixava o mais baixo com as bochechas quentinhas. O Jeon nunca deixava passar a oportunidade de dar-lhe um beijo ou um abraço, e Jimin gostava muito daquilo. 

— Eu nunca faria isso com você — disse tranquilo contra o peitoral coberto do outro, apertando-o no abraço. 

— Eu sei que não. — Sorriu, saindo do abraço quentinho depois de deixar um beijo nos cabelos macios do loiro. Pegou o capacete que havia comprado exclusivamente para o mais novo e o encaixou em sua cabeça. — Sobe aí, gatinho. 

Jimin prontamente subiu na moto sem dificuldades e logo depois que o mais novo encaixou o capacete em sua cabeça, deram partida com a moto. O mais velho agarrou a cintura do alfa e quase que imediatamente sentiu o vento frio bater agressivamente contra seu corpo, causando-lhe bastante frio. Mas não era como se Jimin não gostasse. 

O céu estava nublado e ventava bastante, as nuvens eram cinzas e estava bastante frio. Apesar de Jimin ser ômega e ter menos resistência ao frio, amava essa época do ano. Para ele, era a melhor. 

Depois de um bom tempo andando de moto, o veículo parou em uma rua cheia de carros e, ao olhar para a entrada do local, seus olhos brilharam ao perceber que estavam em um parque de diversões. Desde sempre gostou dessas coisas, sua alma infantil chegava a pular de alegria quando pisava em um parque como aqueles. 

A entrada do local era bastante iluminada pelas diversas cores que o letreiro neon emitia e logo atrás podia-se ver os brinquedos gigantes piscarem com as luzes coloridas — e como era noite, tudo ficava ainda mais bonito. 

Jeon ao ver a animação do ômega atrás de si, tratou de sair da moto, ajudando-o a descer, pois Jimin não estava prestando muita atenção nas coisas que estava fazendo de tão admirado com o parque e a beleza que aquele lugar tinha. 

— Obrigado por me trazer aqui, Jun… — Sorriu, finalmente olhando para o alfa, que sorria sem tirar os olhos do ômega. — Eu adorei!

— Eu sei que sim. — Fez um carinho na nuca do outro, deixando-lhe envergonhado. Pegou na mão do mais baixo, o guiando até a entrada do parque, e Jimin podia jurar que explodiria ali mesmo. Morria de vergonha quando o mais novo pegava em sua mão como se fossem um casal, mas amava quando ele fazia isso.

— Aqui é tão colorido… Como você descobriu esse lugar? — perguntou, pois o parque era afastado da cidade e nunca tinha ouvido falar sobre ele.

— Taehyung trouxe Yoongi aqui semana passada. Eu vi na foto que eles postaram e perguntei onde era, e a primeira pessoa que pensei quando recebi a resposta dele foi em você. — Sorriu, olhando para o mais baixo, percebendo que ele havia ficado envergonhado.

— Ah… — Perdeu a fala por um momento ao olhar para Jungkook. Ele estava tão lindo sorrindo daquele jeito… e o melhor, estava sorrindo para Park Jimin!

— Boa noite, quantos bilhetes irão querer? — uma voz feminina diz. Passaram tanto tempo olhando um para o outro que mal perceberam que estavam na vez deles na fila.

— Vamos querer duas pulseiras VIP, por favor — Jungkook disse, retirando o dinheiro necessário de sua carteira e entregando para a ômega. 

— Prontinho. Agora é só vocês irem até aquele homem ali, que ele irá lhes dar as pulseiras. — Apontou para um homem de meia idade logo mais à frente. — Tenham uma boa noite e aproveitem! — Seguiram até o homem, que tratou de colocar a pulseira de papel com algumas informações no pulso de cada um e logo seguiram em frente.

Ao finalmente entrar no parque, os dois pararam para poder admirar a vista. Os brinquedos gigantes piscando era lindo de se ver, junto das crianças correndo para lá e para cá, casais apaixonados andando de mãos dadas e se olhando apaixonadamente e, claro, os pais correndo atrás de seus filhos loucamente.

— Em qual brinquedo você quer ir primeiro? — perguntou Jungkook, puxando a mão de Jimin para que andassem pelo parque. 

— Eu quero começar com calma… — Olhou ao redor, procurando algum brinquedo para que pudessem começar. — Que tal a casa de espelhos? 

— Eu acho uma boa ideia. — Sorriu, antes de puxar novamente o mais baixo, seguindo em direção a casa.

...

— Você não sabe perder, Jungkook. Aceita que eu dei mais batidas e que acabei com você! — disse divertido, depois de saírem do carrinho bate-bate. 

— Nunca, bebê. — Sorriu de canto, arrumando seu cabelo, passando a andar na frente. — O que acha de irmos para o trem fantasma? — perguntou assim que o menor estava ao seu lado.

— Não, esse não — negou, pegando na mão do alfa e o arrastando para a fila da montanha-russa. — Esse é mais legal.

— Eu prefiro o trem fantasma. É mais divertido, sabe? — provocou, abraçando-o pelo ombro.

— Eu não acho. E a montanha-russa tem mais adrenalina. — Cruzou os braços, desviando o olhar.

— Por que eu acho que você está com medo? — Sorriu, provocando-o, abaixando o tronco para olhar para o rosto emburrado do ômega. — Você está com medo, Jiminie?

— Cale a boca, Jungkook. — Colocou a mão no rosto do maior, empurrando-o para que ele não olhasse mais para si, ouvindo o riso do Jeon.

— Não fique assim, bebê. — Beijou a bochecha gordinha, apertando-a logo depois. Jimin arregalou os olhos, sentindo as bochechas ficarem quentes, e logo virou o rosto para que Jungkook não percebesse o quão envergonhado havia ficado. 

— Hm… Já é a nossa vez, v-vamos. — Puxou sua mão, entrando no brinquedo assim que mostraram as pulseiras. 

Assim que o funcionário conferiu se estava tudo certo, o brinquedo começou a se mexer e a subir lentamente. Era quase torturante, porque amava quando chegava lá em cima.

Jimin nunca teve medo de altura e amava o brinquedo, não tinha medo nenhum, então não sentia medo, apenas ansiedade. Mas quando estavam perto do topo, sentiu uma mão agarrar a sua e a apertar nervosamente. Olhou para o lado e se surpreendeu ao ver Jungkook com os olhos fechados e o semblante em puro medo.

— Isso tudo é medo, Jungkook? — Riu alto, atraindo a atenção de algumas pessoas, mas não se importou. 

— Não dê risada, eu só estou nervoso — disse, sentindo que poderia ter um ataque cardíaco a qualquer momento.

— Não se preocupe, eu te protejo.

Sorriu ao se virar para frente e ver que já estavam no topo, e logo sentiu o brinquedo descer rapidamente, fazendo-o sentir um frio na barriga. Jungkook gritava exageradamente ao seu lado e o fez erguer os braços para aproveitar a adrenalina. Jeon estava tenso, mas logo foi relaxando, achando aquilo tudo muito legal.

— Até que não é tão ruim! — gritou com força, ouvindo Jimin gargalhar gostosamente. 

— Eu sei! 

Depois de irem mais duas vezes no brinquedo, decidiram fazer uma pausa para comer, pois ficaram tão animados com os brinquedos que nem perceberam que morriam de fome.

— O que vai querer? — pergunta Jungkook.

— Um hambúrguer completo e um refrigerante, por favor.

— Procure uma mesa enquanto eu espero aqui. — Jimin assentiu, saindo à procura de uma mesa próxima. 

Não muito tempo depois, Jungkook aparece com os lanches, colocando-os na mesa e sentando-se logo após. Comiam tranquilamente enquanto conversavam sobre coisas banais. Estavam se divertindo.

— Vai querer ir em qual brinquedo? — perguntou o moreno, bebendo de seu refrigerante. 

— Fomos em quase todos… — Mastigou sua batata frita tranquilamente antes de dizer: — E eu quero ir na roda gigante. Faz tempo que não vou em uma. 

— Depois daqui eu vou te levar em um lugar. Tenho certeza que você vai gostar. — Sorriu, terminando seu lanche e sua bebida. 

— Para onde vamos? 

— É uma surpresa, não vou te contar agora. — O sorriso de Jimin murchou. Odiava surpresas, elas lhe deixavam nervoso e ansioso. — Fique tranquilo, você vai gostar, eu prometo. — Suspirou, acreditando nas palavras do alfa, pois ele não tinha motivos para mentir. 

Não demorou para que o mais baixo terminasse de comer, então jogaram as embalagens fora e seguiram em direção à roda gigante, entrando na fila. Entraram nas cabines e, sem demora, o brinquedo começou a girar. 

— Olhando aqui de cima é tão bonito — Jimin comentou, com os olhos brilhando ao olhar para a vista bonita. O brinquedo não era muito alto, mas era capaz de enxergar o parque de diversões inteiro, e as luzes dos brinquedos deixava aquilo tudo ainda mais bonito. 

— Vem, senta aqui. — Jungkook puxou Jimin pela cintura, fazendo-o com que sentasse no banco acolchoado da cabine para que o menor tivesse uma experiência confortável. — Está gostando do passeio? 

— Muito! — Gargalhou, apoiando as mãos no vidro da cabine.

— Sabe, quando eu era pequeno, eu fui em um parque de diversões com o meu pai e quando fomos na roda gigante, nós ficamos presos lá em cima. — Sorriu. Lembrava-se perfeitamente desse dia e de como sentiu medo.

— Sério? — O ômega moveu sua atenção para o alfa, arregalando os olhinhos com o que acabara de ouvir. — E como foi?

— Eu fiquei gritando por uns trinta minutos enquanto o profissional não vinha e meu pai tentava de tudo para me fazer parar de chorar enquanto dava risada da minha cara. — Observou a vista noturna, percebendo o quanto ela era bonita. — Foi uma das situações mais radicais que eu já tive na minha infância. 

— Eu queria tanto ter visto isso. — Gargalhou, encostando sua cabeça no ombro coberto do mais novo. — Eu nunca tive situações radicais que nem você, na minha infância. Eu era uma criança muito calma. 

— Eu era uma peste, como diz minha mãe. — Jimin deu risada, lembrando das inúmeras vezes que a mãe do Jeon dizia que ele já lhe dera muita dor de cabeça quando criança. 

— Eu tenho dó dela. — Fez uma careta quando Jungkook lhe estapeou o braço de forma leve e brincalhona. 

— Ei, não fale assim de mim — resmungou enquanto massageava o local do tapa desferido em Jimin, apesar de não estar doendo.

— Ok, senhor Jeon, vamos descer. Acabou o nosso tempo. — Levantou-se, puxando a mão do mais alto para saírem da cabine. — E agora, nós vamos para o seu local surpresa?

— Exatamente, pequeno Jimin. — Sorriu, seguindo para fora do parque, avistando sua moto. 

Não demorou para que pegassem a estrada novamente, logo chegando no destino final. Jimin não sabia muito bem o que era aquele lugar, mas parecia com um morro. Ali não tinha iluminação, a única luz que era possível se ver era a da lua que brilhava no céu, fazendo-o ligar a lanterna do celular para enxergar melhor.

— Onde estamos, Jungkook? — perguntou enquanto descia da moto cuidadosamente.

— Aqui é um lugar especial para mim. — Pegou em sua mão, caminhando para o topo do lugar. — Gosto de vir aqui quando preciso pensar, ou só quando quero ficar sozinho.

— Aqui é tão lindo! — exclamou quando chegou no topo. Era possível ver a cidade inteira dali, além de ver as milhares de estrelas mais nitidamente pela falta de iluminação.

— Ninguém mais sabe desse lugar, só eu. — Estendeu uma manta no chão, que Jimin nem havia percebido, pois estava mais ocupado observando a vista. — Bom, agora você também. 

Sentaram-se lado a lado e passaram a observar as estrelas em silêncio. Enquanto Jimin observava a vista, pensava que aquela era a hora perfeita para abrir seu coração. Então, suspirou, tentando criar coragem para o que estava prestes a fazer.

— Está com frio? — perguntou Jungkook, vendo o ômega se encolher com uma rajada de vento forte que os abateu. Viu o ômega assentir e sem demora puxou-o para se sentar entre suas pernas. — Está melhor?

— Sim… — Repousou a cabeça no peito firme de Jungkook, sentindo a sensação calorosa dos braços do alfa lhe apertarem, o protegendo do frio. 

Seria agora. Seria agora que Jimin abriria seu coração para o alfa e falaria-lhe tudo. Não estavam cara a cara e isso contribuiu para que o ômega criasse um pouco mais de coragem. Ele só esperava que nada desse errado.

— Jungkook… eu preciso te dizer uma coisa… — Engoliu seco, encolhendo-se. 

— Pode me dizer, bebê. — Sentiu as mãos do Jeon em seu cabelo, iniciando um cafuné. Jungkook havia sentido a tensão do melhor amigo e sabia que, com Jimin, a técnica do carinho nunca falhava.

— Eu gosto de você! — Fechou os olhos, apertando-os com força. Sentiu suas bochechas pegarem fogo, mas não desistiria. 

— Jimi-

— Antes que fale qualquer coisa, eu vou deixar bem claro que eu gosto de você pra valer! Eu não penso em você só como um melhor amigo, eu penso em como a gente seria como um casal, sabe? Eu fico 24 horas por dia pensando se vale a pena contar para você e talvez perder a amizade incrível que a gente criou. Eu não quero tomar um fora e também não quero perder a nossa amizade, por isso eu nunca contei pra você. Também é muito provável que você nem goste de mim desse jeito e eu acabei de destruir a nossa amizade aqui, mas eu precisava contar, porque eu não estava aguentando mais guardar isso para mim — soltou de uma vez, sem fôlego, com os olhos lacrimejando e as mãos tremendo. Esperava uma resposta negativa de Jungkook e isso enchia-lhe de medo.

— Sabe, Jimin… — Sentiu Jungkook encostar o queixo em sua cabeça e pegar sua mão. Aquela demora ainda iria lhe matar. — Eu também sinto a mesma coisa… — Jungkook confessou e o Park jurou que seu coração iria sair pela boca. Arregalou os olhos, virando-se para encarar o rosto sereno do alfa, mas esse apenas virou seu rosto, fazendo com que continuasse olhando para frente. — É muito difícil olhar para você todos os dias e não poder te beijar como eu quero, ou dizer que eu te amo mais do que amigos se amam… e agora eu estou tão feliz e tão aliviado por você sentir o mesmo... — Sorriu, apertando o ômega em seus braços. 

Jimin sorriu aliviado, encostando mais uma vez as costas no peitoral coberto. Sentiu duas mãos agarrarem sua cintura e o virar de frente, ficando cara a cara com o alfa. As bochechas ficaram instantaneamente quentes, não aguentando sustentar o olhar do Jeon por muito tempo. 

— Eu amo você. — Ouviu Jimin, antes de Jungkook tomar os lábios gordinhos em um selinho demorado. 

Fechou os olhos, levando suas mãos para o rosto do mais novo e, quando criou coragem, pediu permissão para aprofundar o beijo, não demorando mais nenhum segundo para invadir a boca do outro assim que a permissão lhe foi dada. Sentia a textura perfeita dos lábios finos: era macio, era quente e a textura do piercing gelado que enfeitava os lábios do moreno deixava tudo melhor. Os músculos quentes brigavam por espaço, mas de forma calma; estavam colocando para fora todos os seus sentimentos.

Estavam apaixonados! Não tinha nada melhor do que beijar a pessoa que gostava, e o melhor, que ainda retribuía os seus sentimentos.

Jungkook achava adorável o jeito tímido de Jimin lhe beijar e o ômega sentia que iria explodir a qualquer momento. O alfa beijava-lhe com tanto carinho, com tanto amor, que era quase impossível não sorrir durante o beijo enquanto sentia Jungkook apertar sua cintura. 

Separaram o beijo ofegantes, distribuindo selinhos enquanto tentavam regular a respiração; as bocas não conseguiam ficar longe por muito tempo. Olharam nos olhos um do outro e Jimin podia ver as milhares de estrelas nos olhos de Jungkook toda vez que este lhe olhava. Estava se sentindo inteiramente amado. 

— Eu amo tanto você! — Beijou-lhe mais uma vez, pulando em cima do mais alto. — Eu te amo muito!

— Eu também amo você, bebê! — Gargalhou, contagiado com a alegria e ingenuidade do ômega. — Se eu te pedisse em namoro agora, você acharia muito apressado? 

— Com certeza, não. Eu espero por um pedido de namoro há três anos! Nada me parece apressado. — Sorriu, fazendo um carinho no rosto macio do mais alto. 

— Ok. — Separou-se de Jimin, mesmo a contragosto e ajoelhou-se de frente para ele, tirando uma caixinha imaginária do bolso e a abrindo. — Park Jimin, aceita namorar comigo? — perguntou seriamente, tentando prender o riso.

— Eu aceito! — Sorriu, estendendo o dedinho para receber o anel imaginário.

— Somos namorados de verdade agora! — Beijou o rostinho do ômega, voltando com o abraço. Observaram as estrelas, a única testemunha de tudo que havia acontecido ali naquela noite. 

— Eu amo você! — Nunca iria cansar de dizer “eu te amo”, pois era a melhor coisa do mundo e havia descoberto aquilo hoje, com Jungkook. Beijou os lábios alheios, que estavam geladinhos por conta do vento frio.

— Eu também amo você, hyung. Mais que tudo! — Sorriu, pela milésima vez naquela noite, segurando a mão do mais velho, levantando-se. — Vamos, bebê. Está ficando tarde. 

Pegaram a mantinha que Jungkook havia colocado no chão e seguiram caminho até a moto do alfa, não demorando em dar partida e seguir para a casa de Jimin. 

— Jun? — gritou, pois a moto estava em alta velocidade e o vento que chocava com os seus corpos fazia ser praticamente impossível de se ouvir qualquer coisa.

— Diga, bebê. — Diminuiu a velocidade para que ficasse mais fácil de ouvir o ômega.

— Hm, eu posso dormir na sua casa hoje? Não quero ficar sozinho — perguntou com timidez, mas aproveitou que Jungkook não estava vendo.

— Podemos ir para a sua? Meu irmão está com a namorada em casa, então você já sabe como é. — Revirou os olhos, sabendo que seu irmão nunca ligava se estava fazendo barulho demais. 

— Tudo bem! 

Não demorou para que Jimin pudesse avistar sua pequena, mas aconchegante casa, e suspirou em alívio, pois não aguentava aquele vento frio batendo contra seu corpo. Jungkook estacionou sua moto em frente à residência, ajudando Jimin a descer, e prontamente entraram na casa, sentindo o ar quentinho e deixando o frio lá fora. 

Subiram as escadas rapidamente, pois pretendiam dormir o mais rápido possível. Estavam caindo de sono depois do parque de diversões e da noite cheia de sentimentos. Havia sido incrível. Colocaram roupas confortáveis e jogaram-se na cama, abraçando-se, finalmente aquecidos.

— Eu amei a noite de hoje... — comentou Jimin, lutando para que seus olhos ficassem abertos. — Eu amo você, Jun. Obrigado por tudo. — Sorriu, olhando para os olhos brilhantes de Jungkook, que encaravam-lhe de uma forma apaixonante.

— Eu amo muito você, muito. — Beijou-lhe a testa, logo depois sua boca, de forma suave. — Durma bem, anjinho — sussurrou, fechando os olhos e entregando-se ao sono.

E aquela foi a melhor noite que o casal já teve, pois ambos sabiam que dormiam ao lado da pessoa amada.