História Entre Herdeiros (Pausada) - Hora de comer poeira meu bem.

Carson Walker

Las Vegas – Estados Unidos

22h03min

Depois de vinte minutos com o doutor Henry tentando colocar meu dedo de volta no lugar de onde jamais deveria ter saído, pude sentir o alivio de estar com tudo em ordem novamente. Tive sorte de não ter quebrado, foi o que ele disse, mas, eu não teria me importado nem um pouquinho com um ou dois dedos quebrados se tivesse deformado a cara daquele maldito.

Contei para todos o que Justin queria comigo e com toda a razão ficaram possessos, como uma pessoa inteligente como ele ― porque para ser chefe de uma gangue suponha-se que ele deve ter no mínimo um pingo de bom senso ― foi achar que eu aceitaria uma insensatez dessas?

O que não encaixava era como o meu casamento com ele faria com que Kastiel caísse em ruína. Que droga, devia ter deixado-o terminar de falar, mas também, quem mandou ele me chamar de “uma qualquer”, imbecil, devia ter o acertado com um tijolo e não com um soco.

― Argh, Que ódio! ― rosnei jogando a almofada que estava no meu colo longe.

Já estava cansada de ficar pensando naquele idiota, não conseguia tirar aquilo da minha cabeça, vai e vem estava pensando nisso novamente. Aquele filho da mãe arrogante, que vontade de esganá-lo. Precisava me distrair, precisava de adrenalina, sentir meu sangue pulsar dentro das minhas veias, era isso que estava me faltando.

Ouvi meu celular apitar em cima do criado-mudo e o apanhei, era uma chamada do Will, deslizei o dedo sobre a tela e atendi.

― Fala.

― Que animação toda é essa? ― ironizou soltando uma risadinha.

― Não torra. ― respondi sem paciência ― O que você quer?

― Eu sei que tá em cima da hora, mas vai rolar um racha á uma hora no lugar de sempre, se você quiser aparecer por lá.

― Tudo bem, tô baixando lá daqui á pouco. ― desliguei sem esperar sua resposta.

O Senhor ouviu as minhas preces!

Levantei rapidamente da minha cama, a qual Jason me fez ficar deitada para me recuperar. Fala sério, tanta lamúria por um dedo deslocado, se ainda fosse o pescoço. Fui até a porta abrindo-a em seguida e desci as escadas chegando á sala onde todos estavam esparramados nos sofás assistindo um programa qualquer na televisão.

― Já se recuperou donzela? ― Derek falou com deboche desviando seu olhar para mim que desajeitadamente levantei o dedo do meio pra ele que riu ― Devia ter deslocado esse também.

― O Will ligou tem racha á uma hora. ― falei ignorando a dispensável opinião dele e logo depois me deslocando até a cozinha em busca de água.

― Racha? ― Jason apareceu escorado no batente da porta ― E você vai? ― arqueou uma sobrancelha.

― Mas é claro. ― respondi evidentemente abrindo a geladeira e virando a jarra de água em um copo.

― Você não cansa? ― Alana perguntou adentrando á cozinha.

― E porque cansaria? Eu nasci pra viver e não pra dormir. ― revirei os olhos os fazendo rir e logo depois bebi toda água, que desceu congelando minha garganta. ― Pede pra alguém levar o meu carro na oficina do John pra ver se tá tudo certo, não vou perder uma hoje. ― falei confiante com um meio sorriso estampado no rosto, só de pensar em estar dentro de um carro em alta velocidade pelas ruas de Las Vegas sentia meu estômago formigar.

― Se depender de mim, vai sim. ― Jason retrucou com um sorriso debochado nos lábios.

― Está me desafiando? ― arqueei uma sobrancelha colocando o copo na pia ― Ainda não cansou de perder?

― É por isso que estou te desafiando, porque cansei de deixar você ganhar. ― comentou me fazendo soltar um riso anasalado.

Ninguém vence Carson Walker!

― Vou contar os segundos pra nossa corrida então. ― falei enquanto segurava seu queixo.

Subi para o meu quarto logo depois de lançar um olhar desafiador para Jason que devolveu o mesmo e tratei de tomar um banho rápido. Coloquei um lingerie preto, um short jeans desfiado, uma blusa preta de manga curta que cobria quase todo o calção, com o número oitenta e seis na frente e um Adidas branco com listras pretas.

Sequei meu cabelo e penteei deixando solto e meio bagunçado como sempre. Passei rímel, lápis de olho, um batom vermelho e meu perfume. Não demorou muito para ficar pronta, meu dedo indicador ainda me incomodava, tive que enfaixa-lo novamente, o que me deixava estressada.

Peguei meu celular coloquei no bolso da frente e minha arma na cintura. Desci as escadas rapidamente, estava ansiosa, queria chegar logo. Jason já estava pronto, vestia uma calça jeans preta assim como a camiseta de manga comprida que estava arremangada até o meio do braço e um tênis branco. Ele estava bonito, seus cabelos castanhos contrastavam com seus olhos azuis e sua barba por fazer o deixava muito tentador, admito, eu até ficaria com ele se não o tivesse como um irmão mais velho.

― E os outros? ― comentei assim que cheguei perto dele.

― Derek já está lá fora esperando e a Alana ainda não desceu. ― falou com um sorriso malicioso de canto estampado em seu rosto.

― O que foi? ― perguntei interessada na sua feição.

― Você. ― riu.

― O que tem? ― franzi o cenho sem entender.

― Ficou me comendo com olhos enquanto descia as escadas. ― cruzou os braços me deixando um tanto encabulada, não era para ele ter percebido.

― Convencido. ― debochei tentando não transparecer a vergonha que tinha atingido meu corpo naquele momento.

― Vamos? ― Alana indagou descendo as escadas. Ela usava um vestido preto muito justo tomara que caia, um salto vermelho e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto. Até acharia que ela estava indo para um cabaré se não soubesse que as garotas que aparecem por esses lugares se vestem bem pior.

― Vamos. ― disse saindo primeiro, queria fugir do olhar do Jason que logo veio atrás de mim seguido pela morena.

Assim que saí na porta já avistei Derek vestido da mesma forma que Jason, apenas a camiseta era branca e de manga curta, ele também estava bonito, mas era namorado da Alana, então, era como se fosse uma mulher para mim, além de considera-lo como irmão também, um irmão chato e mandão.

Alana foi no carro do Derek e eu com Jason, tínhamos que passar ainda na oficina pra pegar o Romeu. Ele foi meu primeiro carro, o ganhei do meu pai quando completei dezesseis anos, mas apenas comecei a usá-lo depois que tirei minha carteira de motorista. Romeu e eu fazíamos um ótimo par, éramos invencíveis, ninguém nunca conseguiu me vencer em um racha e eu pretendia fazer tudo continuar como estava.

A mecânica do John não era longe então em poucos minutos já estávamos lá. Desci do carro e fui até dois homens com uma aparência horrível e todo sujos de graxa que conversavam atentamente parados na porta, logo eles voltaram sua atenção pra mim me encarando de cima abaixo.

Nojentos!

― Olá princesa. ― o mais gordo falou.

― O John tá ai? ― revirei os olhos.

― Tá sim, mas você pode resolver comigo se quiser. ― abriu um sorriso amarelado enquanto o outro me comia com olhos me causando repulsa.

― Não quero, vai chamar ele logo. ― mandei já sem saco pra aturar aqueles dois.

― Não precisa já estou aqui. ― John apareceu em meio aos carros que estavam ali, alguns pendurados e outros no chão. Se ele tivesse demorado mais um pouco teria que catar os pedacinhos dos seus funcionários pelo chão. Ele vestia apenas uma calça jeans com alguns rasgos e botas pretas, seu peitoral estava completamente suado dando um ar sexy pra ele, esse sim é um homem que realmente vale a pena se sujar. ― Tudo bem? ― sorriu pra mim com aqueles dentes brancos alinhados que faria qualquer uma cair de quatro e logo depois me cumprimentou com um beijo no rosto.

― Poderia estar melhor. ― falei me referindo aos dois imundos que estavam na porta e ele entendeu perfeitamente.

― Vem, vamos entrar Carson. ― deu ênfase no meu nome fazendo com que eles me olhassem com os olhos arregalados e logo depois saíssem da minha vista, com certeza imaginavam uma garotinha indefesa, coitados.

Segui John pela mecânica e logo encontrei meu carro, que estava lindo e com sua carcaça preta brilhando.

― Cuidou bem do meu Romeu? ― perguntei andando até o lado do motorista enquanto alisava o capô.

― É claro, como sempre. ― disse jogando a chave pra mim que peguei no ar.

― Ótimo. ― falei abrindo a porta estava prestes a entrar quando me lembrei dos homens que tinha encontrado pouco tempo atrás ― Há, um conselho, ― ergui meu dedo indicador até a altura da minha boca fazendo-o me fitar atentamente. ― deveria orientar melhor seus funcionários se não quiser ficar sem eles, é claro. ― ele bateu continência e logo depois riu me fazendo lhe lançar um meio sorriso.

Entrei no meu carro e dei partida saindo pela lateral onde dava passagem para os carros. Assim que cheguei lá fora pisei fundo no acelerador com o câmbio em ponto morto e o freio de mão puxado causando um ronco enorme no motor, isso sim é música para os meus ouvidos.

Derek e Jason entenderam o recado e logo arrancaram com seus devidos carros. Derek e Alana iam à frente, eu no meio e Jason por último. Demorou algum tempo até chegarmos ao local do racha. Era um lugar bem isolado, havia somente campo em volta da rua asfaltada. Vários carros já estavam estacionados e muitas pessoas se aglomerando pela estrada.

Avistei mais a frente à camionete de som do Will com suas dezenas de alto-falantes em cima de onde saia uma batida musical ensurdecedora. Jason e Derek estacionaram por ali mesmo, eu preferi ficar mais perto da linha de partida. As pessoas iam se juntando nas laterais da pista para abrir passagem para mim, andei vagarosamente pela rua em meio a assobios e gritos que podia ouvir mesmo com os vidros fechados.

Assim que passei por todos os carros pude ver Will usando apenas uma calça jeans e um tênis cano alto vermelho deixando seus músculos totalmente de fora. Ele bebericava alguma coisa que deduzi ser cerveja pela garrafa. Estava tão atraente que me fez até pensar em dormir fora de casa esta noite.

Estacionei bem no meio da rua e desci do carro atraindo os olhares de todos que por ali estavam, alguns eu conhecia de vista outros nunca tinha nem se quer imaginado que existiam. Fechei a porta do carro e travei fazendo os faróis acenderem e apagarem logo depois. Fui caminhando em direção ao Will que assim que me viu abriu um sorriso vindo ao meu encontro também.

― Boa noite minha Deusa! ― disse abrindo os braços para mim.

― Sua não, ― falei séria ― do mundo. ― completei o abraçando, ele me espremeu em meio a seus braços fortes e afundou seu rosto em meu pescoço deixando um beijo de leve.

― Chega, ― disse o empurrando ― você tá muito saidinho hoje. ― dei dois tapas de leve em seu peito que riu passando a mão que estava livre em suas madeixas loiras, que para o meu gosto já estavam merecendo um corte.

― Cerveja? ― perguntou arqueando uma sobrancelha e eu assenti vendo se distanciar de mim, acho que para buscar minha bebida.

Fui em direção ao meu carro e encostei-me à sua lataria para esperar Will. Logo Jason, Derek e Alana vieram ao meu encontro.

― Preciso beber. ― Derek falou enquanto se escorava no meu carro também.

― Isso aqui tá movimentado hoje. ― Alana comentou cortando-o e eu ri fazendo Derek revirar os olhos.

― Não vejo a hora de enfiar o pé no acelerador. ― Jason murmurou.

― Somos dois. ― concordei.

As pessoas passavam e vinham me cumprimentar, turma de puxa saco. Algumas garotas usavam trajes minúsculos e se ofereciam a todo custo para os homens que ali estavam bando de vadias. Will demorou tanto pra trazer minha bebida que eu já estava entediada e enojada com as cenas que ocorriam por ali o pior não era isso, mas que quanto mais quieta eu ficava mais pensava no idiota do Bieber e sua proposta inadequada.

― Aqui está. ― o loiro apareceu me entregando uma garrafa de cerveja aberta e jogando uma para Derek e outra para Jason.

― Foi na fábrica buscar? ― indaguei frustrada pegando a garrafa de suas mãos e dando um gole.

― Não encontrava o abridor. ― se defendeu se escorando ao meu lado.

― Sei que tipo de abridor você estava procurando. ― ironizei olhando uma morena quase nua que vinha da mesma direção que Will tinha vindo.

― Está com ciúmes? ― sussurrou próximo ao meu ouvido, ri e o encarei deixando nossas bocas bem próximas.

― Eu não preciso ficar com ciúmes ― umedeci meus lábios enquanto ele olhava fixamente para minha boca ― é só eu estalar os dedos ― toquei seu peito com a mão esquerda ― que você está na minha cama à hora que eu quiser. ― completei fazendo uma voz sexy e me distanciando dele logo depois fazendo Alana soltar um riso abafado e os outros dois me fuzilarem com o olhar.

Qual é? Não posso nem me divertir mais, esses dois acham que são meus donos. Dei mais um gole na cerveja que estava em minhas mãos saboreando seu gosto um tanto amargo. Aquilo ali já estava ficando tedioso.

― Vamos, eu preciso de emoção! ― falei alto e saí rebolando deixando Will com cara de tacho.

Eu e ele já transamos algumas vezes, ele é um cara legal e tudo, eu gosto dele. Pode-se chamar daquelas amizades coloridas, mas nunca dei esperanças, não sou de me prender a ninguém e ele sabe disso, além do mais, ele é um mulherengo de primeira categoria.

Todos se aglomeraram no meio da pista para assistir as corridas que iriam começar. O racha inicial seria eu e Jason já que ele queria ser o primeiro a ser derrotado por mim esta noite.

E que venham todos!

...

A adrenalina invadia minhas veias fazendo meu sangue borbulhar. Meu coração batia freneticamente, tentava controlar minha respiração o que era praticamente impossível. Prendi meu lábio entre os dentes enquanto segurava firme o volante do carro. Pisei mais fundo no acelerador assim que vi Jason se aproximando. Dobrei a rua ouvindo o cantar dos pneus no asfalto, passei o sinal vermelho sem pensar duas vezes. O carro do Jason estava cada vez mais perto, mas eu não ia deixar ele me passar, isso nunca.

― Hora de comer poeira meu bem.

Sussurrei para mim mesma e liguei o turbo, senti um grande solavanco me fazendo grudar no banco. A única coisa que percorria a minha mente era ganhar, ganhar e ganhar. A velocidade era tão grande que a cidade de Las Vegas passava como borrões diante da minha vista. Eu só conseguia ouvir o barulho ensurdecedor das turbinas enquanto virava cada esquina. Dei uma rápida olhada no retrovisor e nada do Jason o que me fez abrir um pequeno sorriso de lado.

Mais uma vitória de Carson Walker senhoras e senhores!

Não desacelerei, continuei na mesma velocidade até a chegada. A corrida não foi tão longa demos uma volta pela cidade e o combinado era chegar ao mesmo lugar de onde demos partida. Parei meu carro bruscamente e saí de dentro sendo ovacionada por todos que ali estavam. Will veio ao meu encontro e me pegou no colo, senti suas mãos apalparem minha bunda.

Aproveitador!

Ergui meus dois braços pra cima enquanto a brisa fina batia em meu rosto e eu aproveitava cada instante daqueles gritos e assobios com os olhos fechados. Eu gostava tanto daquilo que chegava ser insano. Fui colocada no chão novamente.

Precisava de uma bebida. Peguei a garrafa da mão de um cara bonitinho que estava ali e virei bebendo tudo depois entregando de volta pra ele acompanhada de uma piscadela enquanto o mesmo me olhava de cima abaixo. Will me abraçou de lado e me puxou de perto do homem lhe lançando um olhar reprovador que me fez ter certeza que a ciumenta não era eu. Começamos a andar para um lugar mais calmo próximo aos carros estacionados. Não tinha quase ninguém lá apenas alguns casais que queriam mais privacidade.

Reconheci o carro do Will mais a frente, um Mercedes Lotec branco, onde ele se escorou me puxando pela cintura para ficar entre suas pernas. Ele segurou no meu cabelo e tentou colar nossas bocas, mas, eu o impedi colocando a mão na frente.

― Qual é? ― indagou decepcionado ― Vai me castigar? ― me olhou com humor.

― Digamos que você não foi um bom garoto me fazendo esperar. ― ironizei tirando sua mão do meu cabelo e ele a depositou em minha cintura alisando ali.

― Aquilo não foi nada, ― minimizou ― a garota estava implorando pra ser comida eu não podia negar, você sabe. ― riu me deixando com raiva.

Se tinha me sobrado um pingo de vontade de transar com ele, tinha desaparecido agora.

― Muito bem pegador. ― zombei colocando as mãos nos seus ombros e chegando próximo ao seu ouvido ― Agora vá atrás dela porque eu realmente não tô afim.

Tirei suas mãos com violência da minha cintura e saí dali sem olhar para trás. Eu não devia, mas estava brava, como não foi nada? Foi muito para o meu gosto, ele preferir comer uma vadia qualquer a trazer uma bebida pra mim. Dane-se ele.

Caminhei até Derek que bebia e conversava alegremente com alguns homens que me fitaram assim que parei próxima a eles.

― Você viu o Jason? ― perguntei me dando conta de que ele ainda não tinha aparecido e ele negou com a cabeça.

Fui até Alana que estava mais atrás com outras mulheres e fiz a mesma pergunta recebendo a mesma resposta de antes. Comecei a ficar preocupada, procurei pelo carro dele e nem sinal. Certo que ele estava bem atrás, mas agora demorar tanto tempo para chegar já era demais. Eu precisava ir atrás dele.

Voltei até meu carro e entrei rapidamente. Pisei fundo no acelerador causando um enorme barulho chamando atenção de todos. Vi Derek vir correndo atrás de mim pelo retrovisor o que não adiantou nada já que eu tinha arrancado e estava fora do seu alcance.

Fiz o mesmo caminho do racha, mas acabei não o encontrando. Então resolvi voltar pelo mesmo lugar observando melhor, com certeza ele não tinha sido abduzido. Fui mais devagar dessa vez e um carro com os faróis acesos em um beco escuro e sem saída chamou a minha atenção.

Estacionei meu carro na esquina mais próxima, tirei minha arma da cintura e fui andando até lá devagar. Assim que cheguei bem perto reconheci o carro do Jason que estava com a traseira virada para mim. A porta do motorista estava escancarada e os faróis da frente piscavam incessantemente.

Fui caminhando com cuidado, não queria ter nenhuma surpresa indesejável pelo caminho. Assim que cheguei rente à porta me virei com tudo apontando minha arma para dentro.

Não havia ninguém lá, o carro estava abandonado e Jason tinha sumido. Meus batimentos cardíacos estavam tão irregulares e fortes que chegava doer meu peito. Guardei minha arma e fechei a porta do carro, um arranhado no capô chamou minha atenção, Jason é apaixonado pelo seu carro, jamais deixaria alguém arranha-lo.

Andei até á frente do carro me deparando com um nome escrito no capô, mostrando a lataria por debaixo da tinta vermelha.

― Kastiel.