História Entre la Cruz y la espada (Camren) - Yo te Amo.

POV CAMILA

Depois disso ficou tudo bem nos víamos o tempo todo, como todo casalzinho, eu fui o aniversário da Lud. A Clara voltou ao trabalho, o Chris (irmão da Lauren) aceitou se internar depois do susto de incendiar a cozinha, e depois de dois meses só de beijinhos, ela aceitou ir a minha casa. Era meu aniversário, era só um almoço em família, só tem um detalhe, a minha “família” é imensa. Sou a mais velha de quatro irmas. Ally 20 anos, Normany 19 e Sofia de 8 anos. Soma-se os namorados das mais velhas, tios, priminhos e melhores amigos, tinha umas 30 pessoas na minha casa. Meus primos tinham entre 2 e 6 anos, então pedi que ela trouxesse a Ludmila. Minha casa fica quase no limite da cidade, cercada por um muro enorme, tem um quintal ainda maior. Minha mãe Shinu, queria uma piscina, mas meu pai Alejandro, preferiu uma churrasqueira e algumas mesas. No fim das contas ele ganhou, acabou fazendo uma espécie de salão.

Na família já havia alguns boatos e rumores sobre eu estar com outra mulher, mas nada confirmado. Quando ela chegou, fiquei estranhamente nervosa. Mila estava sentada na frente, desceu correndo para os meus braços, me entregando uma sacolinha de papel. Lauren estacionou a moto embaixo de uma árvore longe das crianças, fazendo os rapazes ficarem indecisos. Não sabiam se babavam na moto que era lindíssima, ou na minha “amiga” gostosa. Ela veio me abraçar sorridente. Me deu um abraço apertado cheio de saudade, beijou meu rosto e sussurrou um “feliz aniversário” cheio de más intensões. Ficar nos beijinhos estavam deixando minha linda morena louca, e confesso que eu não aguentava mais. Lauren sempre investindo, eu sempre recuando e o Austin me pirraçando. Eu conseguia ver a excitação nos olhos dela quando me olhava.

Eu peguei em seu queixo e lhe dei um selinho, só pra ver o biquinho da Ludmila. Mila me entregou meu presente. Era uma caixa, com um cordão dourado dentro. Nele havia uma medalhinha do sol e da lua. O presente mais lindo que eu já recebi. Mila viu numa noite uma imagem que eu sempre carrego na carteira, e eu lhe expliquei que era como se fosse uma especie de amuleto da sorte. Quando me entregou, eu tive que me segurar pra não chorar, Mila me disse que eu podia esquecer a carteira.

Minha casa tinha mais doce do que em festa de criança. Meus pais vez ou outra estavam se agarrando, não é difícil de acreditar que eles tenham quatro filhas. Se casaram muito cedo, ela tinha 17 anos e estava gravidade mim. Lauren achou o máximo a relação dos dois, realmente eles são uns fofos. Ludmila logo se enturmou e eu apresentei a Lauren ao pessoal. No fim da tarde ela levou a Mila pra casa, enquanto isso eu fui ao meu quarto com o Austin, tomei um banho e ele ficou sentado em minha cama falando o quanto ela era linda e esperando a sua vez. Eu não estava mais transando com ele e até consegui apresentar um colega do curso que também já tinha assumido e eles estavam se entendendo. Eu queria muito que ele tirasse o Louis da cabeça.

Sai do banho de toalha, e o Austin foi tomar o seu banho. Eu fiquei sentada em frente ao meu espelho, me maquiei, me cobri de hidratante e o Austin saiu do banho de toalha. Eu pedi pra ele colocar meu cordão porque minha mão estava suja de creme, e ele ficou em pé atrás de mim. Minha mãe bateu na porta me chamando, eu disse que a porta estava aberta pra ela entrar. Quando ela abriu vi a cara de ódio no rosto de Lauren, que tudo que conseguia ver era eu e o Austin agarradinho depois de sair do banho.

Por um segundo achei que ela iria entrar e quebrar nós dois. Mas não, ela  deu meia volta e saiu tão cega de ciúmes que subiu na moto e sai queimando pneu. Minha mãe entendeu, mas preferiu não comentar. Eu fiquei chateada, mas não iria atrás dela de toalha. Me vesti, liguei pra  Lauren, que não me atendeu, e decidir ir até lá. Peguei o carro do meu pai e fui até sua casa. Ela não estava em casa, era 19h e eu pedi a Clara pra esperá-la. Fiquei no seu quarto, sentada em sua cama, uma hora depois ouço o motor da moto e ela entra no quarto furiosa.

Lauren – vai embora!!!

Eu – não posso.

Lauren estava vermelha de ódio. – por favor, v-a-ie-m-b-o-r-a!!! Você não tem este direito. Não pode fazer isso comigo.

Eu – e o que eu fiz?

Lauren se sentou na cama tentando se conter – como pode ser tão falsa?

Eu segurei em teu rosto fazendo-a olhar pra mim – o que você viu?

Lauren se levantou – diga que nunca transou com ele?

Eu – já sim.

Lauren se levantou de repente, me empurrou contra a porta do guarda-roupa e segurou o meu pescoço com violência. – e o por que veio até aqui? Ela apertou ainda mais o meu pescoço, colou sua testa na minha, ficou quietinha por alguns segundos e desabou no choro.

Eu quase não conseguia respirar, mas tentei me manter calma – porque eu te amo.

Lauren, froxou  a mão no meu pescoço e começou a rir – ama? Mas é com ele que você transa, enquanto eu seguro na sua mão e faço papel de trouxa.

Eu – não. Tenta me entender, é tão difícil pra ele quanto pra mim, mas não há mais nada entre nós. Desde que eu te procurei, eu não consigo pensar em mais ninguém.

Lauren enfim  tirou a mão da meu pescoço – Camila, eu via forma com vocês se olham, você quer estar com ele tanto quanto quer estar comigo.

Eu passei a mão no meu pescoço – não. Eu só preciso estar com você.

Lauren finalmente se rendeu, se sentou na cama e continuou chorando, eu respirei fundo, tentando ignorar a dor no meu pescoço, me encostei nela e levantei seu rosto. Enxuguei suas lágrimas e a abracei, enquanto ela tremia soluçando nos meus braços.

Eu ergui sua cabeça e a beijei. – por favor, acredite em mim.

Lauren – eu te quero mais que tudo. Não quero perder você.

Eu – não vai. Nunca, me ouviu?

Eu voltei a beijá-la, com mais vontade. Eu precisava arrancar o gosto daquela boca pra mim. Lauren me girou me deitando e ficando sobre mim. Me beijava com urgência, cheia de desejo. Seu olhar me deixava completamente sem jeito. Eu tirei um fino lenço dos meus ombros, e ela desceu arrancando minha calça rapidamente e jogando-a no chão. Ela estava de pé, eu estava sentada na beira da cama, tirei sua jaqueta beijando seu pescoço. Ela passou suas mãos na minha cintura levantando minha blusa, mas eu a contive.

Eu beijei sua boca segurando suas mãos – espera!

 Lauren suspirou como se pensasse “não, de novo não!” – diz.

Eu sorri de sua cara de decepção – tranca a porta!

Lauren suspirou olhando a porta entreaberta e foi fechá-la. Voltou ainda mais excitada, me deixando em pânico. Eu segurei suas mãos e as coloquei novamente na minha cintura.

Lauren percebeu minha tensão – certeza?

Eu – sim, absoluta.

Lauren me beijou tirando lentamente minha blusa e me encarou por um instante – eu te amo.

Eu – eu também te amo.

Lauren foi me deitando devagar beijando minha barriga, tirou sua camisa e eu ainda não conseguia respirar direito.

Lauren se ajoelhou no chão, bem próximo a cama. Eu permaneci ali, deitada escorregando com as pernas suspensas. Lauren elevou minhas pernas colocando-as sobre seus ombros para me manter sobre a cama e começou a beijar-me. Primeiro meu calcanhar, depois seguiu beijando minha perna passando pelo meu joelho e por minha coxa deixando um rastro gelado de saliva. Meu corpo tremia por inteiro, minha boca estava seca, minha respiração pesada, e tudo que eu mais queria naquele instante eram poder não estar ali”. Mas apesar do medo, eu a desejava mais que tudo.