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História Entre lidas e vidas - Ao seu lado


Escrita por: gnfeelings

Capítulo 11 - Ao seu lado


Fanfic / Fanfiction Entre lidas e vidas - Ao seu lado

- Só tinha água com gás na banca aqui da frente, mas lembrei que deve ter no camarim. - Alexandre retorna.
- Não quero água, quero que você me explique o que significa isso? - Mostra a tela do celular com raiva.
- Que isso? Você olhou minhas mensagens?
- Não posso? Tem algo a esconder de mim?
- Não tenho. Mas eu não invado sua privacidade.
- Ele tocou e eu peguei achando que era o meu. - Relata. - Ainda bem, né? Porque aí eu descubro logo se to sendo enganada.
- Enganada? Pirou Giovanna? Me dá isso aqui. - Pega o aparelho da mão dela e lê as mensagens.
- Vai dizer que não sabe do que se trata. - Acusa.
- Claro que sei do que se trata. É de uma consulta médica. - Fala pausadamente. - Marcada para as 15h e eu já estou atrasado. - Verifica o relógio.
- Onde é que você vai?
- Preciso acompanhá-la, depois eu te explico. - Pega as coisas e segue em direção a saída.
Encosta-se na parede e respira fundo. Após algumas horas, ele avisa que não voltaria ao teatro. Chateada, entra no táxi e passeia pela cidade, até que resolve parar em um quiosque. Escolhe uma mesa e desfruta da bebida que pediu, ao mesmo tempo que contempla a paisagem do sol se pondo.
"Onde você tá?" - Recebe em um instante.
"No inferno."
"Você tem razão para estar chateada, mas vou explicar."
"Já entendi."
"Não entendeu. Me fala onde você tá que eu vou te buscar."
"Não precisa. Tudo que eu não quero é discutir."
"A gente só vai conversar e esclarecer as coisas."
"Pego um táxi."
"Tá em casa?"
"Não. Em um quiosque."
Ela fornece as coordenadas a ele, que logo chega. Buzina para chamar atenção e ela entra no carro.
- Me lembra de nunca mais pegar carona com você, ao invés de sair no meu carro. - Diz assim que fecha a porta.
- Foi pra não enfrentar tanto trânsito, e você que sugeriu. - Afirma.
- Que caminho é esse? Pro meu apartamento tem que pegar a outra pista.
- Estamos indo pro meu.
- Já falei que hoje tenho compromisso com as minhas filhas.
- Desmarca. Elas têm a vida inteira pra pintar sua cara, mas essa conversa não pode passar de hoje.
Ela liga para casa e deixa recado com a babá, alegando que precisava resolver coisas do trabalho. Pede desculpa e permanece em silêncio o caminho inteiro. Ao entrar no apartamento, ele joga as chaves na bancada e apoia-se no sofá.
- Quer beber alguma coisa?
- Nero, eu não vim aqui pra passar a noite com você.
- É só pra relaxar.
- Vou relaxar quando você me disser o que tá acontecendo. - Cruza os braços. - Porque não é de hoje que você some do nada, dizendo que precisa resolver uns problemas.
- Eu sei..
- Lembra aquele dia? Quando a gente tava na praia e você simplesmente precisou ir embora, sem nem dizer o porquê. - Diz visivelmente magoada.
- É sobre exatamente isso que eu quero falar.
- Ou no restaurante quando tu me deixou  plantada duas horas esperando. - Despeja a irritação.
- Não foi porque eu quis.
- E finalmente eu descubro que esses problemas... - Faz um gesto com os dedos. - São com a sua ex mulher.
- Eu pensei em te contar, mas não queria trazer esse desconforto pro nosso relacionamento.
- Que desconforto? - Ele anda até ela.
- Senta aqui. - Segura-a pelas mãos. - A Karen vem passando mal constantemente.
- Mas é natural, ela tá grávida.
- Não nesse sentido, é diferente, todo dia uma tontura.
- Vai ver ela não está se alimentando direito. - Fala mais calma.
- Não se trata de alimentação. Por isso os exames de hoje.
- E o que ela tem?
- Não sei, os resultados devem sair logo. - Massageia a testa apreensivo. - Eu tô preocupado! Se acontecer algo com esse bebê, eu não vou me perdoar.
- Mas você não tem culpa.
- Terei se não der o suporte que ela precisa.
- Então, vai voltar a morar com ela? - Engole seco.
- Não, de forma alguma. - Alisa o braço dela. - Só quero que entenda a minha situação.
- Eu compreendo. Mas também queria que entendesse a minha, caramba. - Bate no encosto do sofá. - Sabe, não precisa me prometer uma vida inteira juntos, só quero que seja inteiro em todos os momentos. É pedir demais?
- Não, não é. - Sorri conseguindo relaxar. - Desculpa.
- Tá tudo bem agora. E por favor, não me esconde mais as coisas, que eu fico louca.
- Prometo.
- Eu tô do seu lado. Mesmo não sendo a mãe do seu filho, posso te ajudar no que precisar. - Derruba uma lágrima. - Divide comigo, não sou importante pra você?
- É, uma das pessoas mais importantes da minha vida.
- Então, quem sabe eu até possa..ajudá-la também, quando houver necessidade.
- Não te pediria isso.
- Se for pra te ver bem... - Dá de ombros.
- Só o seu apoio já é o suficiente.
- Você vai ver, não vai dar nada nesses exames. - Tenta animá-lo.
- Tomara.
- Seu filho ou filha vai nascer forte que nem o pai.
- Eu te amo, sabia? - Puxa-a para um abraço.
- Também te amo, muito.
A noite é testemunha das inúmeras declarações trocadas ali. Por mais que tivessem empecilhos dificultando, o amor encontrava sempre uma maneira de colocá-los numa caixa de resoluções. A cada discussão, um aprendizado. Fortalecendo assim, um laço que fora destinado aos dois há muito tempo.
 


Notas Finais


Vou dar um tempo nas discussões, o próximo é só amor <3


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