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História Entre lidas e vidas - Mágoas, e mais mágoas


Escrita por: gnfeelings

Capítulo 16 - Mágoas, e mais mágoas


Fanfic / Fanfiction Entre lidas e vidas - Mágoas, e mais mágoas

- Luiza! - Desprende-se rapidamente. - Você ficou louca! Tá confundindo as coisas. - Levanta-se e ao olhar em direção a saída, ver Giovanna encostada na porta.  - Giovanna! Giovanna, espera... - Corre atrás.
- Me solta! Me solta ou eu vou armar um escândalo aqui. - Diz firme, puxando seu braço.
- Vamos conversar, o que você viu ali...
- Não me interessa! - Grita. - Não me siga.
Sai às pressas da festa, sem se despedir do anfitrião. Pega seu carro e dirige para casa. Como ambos foram no automóvel dela, Alexandre chama um táxi e segue o mesmo caminho.
- Droga! - Desconta um soco na porta ao perceber que está sem a chave. Tenta ligar para o filho, entretanto, lembra que ele havia ido, no dia anterior, para casa do Murilo. Após cinco minutos, tentando se acalmar, Alexandre sai do elevador.
- A gente precisa falar. - Diz lento pelo efeito da bebida. - Não foge de mim.
- Você não entendeu que eu não quero falar, que eu não quero ouvir suas explicações, porque eu vi. Tudo que preciso saber, eu vi! - Esbraveja.
- Mas você viu errado! Vamos entrar, antes que o vizinho chame a polícia.
- Eu perdi minha chave, vai embora.
- Não, deixou comigo. Tá em algum lugar na minha carteira. - Derruba alguns documentos. - Aqui.
Arrasta a chave com força, entrando em casa. Ele avança antes que ela possa fechar.
- Sabe o que mais me irrita? O seu cinismo, a sua cara de pau de vir aqui depois do que fez.
- Mas eu não fiz nada, eu não agi, me escuta!
- Não agiu? E o que a sua língua estava fazendo enroscada com a dela?
- Ela me beijou!
- E aí o coitadinho não conseguiu resistir. - Libera um riso nervoso. - Claro, porque a culpa é toda dela! Você, um homem feito, não pode impedir.
- Eu já estava balançado com a bebida, ela me pegou de surpresa!
- Não venha se eximir da culpa, dizendo que foi o álcool. Essa história não funciona comigo.
- Acredita em mim. Ela começou com uma massagem...
- Massagem? - Interrompe. - Foi assim que te seduziu?
- Foi despretensiosa.
- Claro que foi. - Diz brava. - Você tinha acabado de conhecer a garota. Ela tava claramente babando por você. Me poupe!
- Não vi maldade, só uma fã que admira o meu trabalho. E aparentava estar animada, além da conta. Mas não achei que me agarraria.
- Realmente, você é tão inocente, né.
- Acreditei na gentileza, tá.
- Pra começar, você não devia nem ter dado corda pra ela. Sabia das intenções desde o início.
- Eu não dei corda, inclusive a cortei em vários momentos em que foi inconveniente.
- E por que foram tomar whisky, dentro de um escritório, sozinhos? - Acusa-o.
- Eu fui ao banheiro, ela disse que o de hóspedes estava interditado.
- E você, idiota, acreditou. Ou pelo menos fingiu que sim. - Diz magoada.
- Você tá insinuando que eu planejei isso?
- Não sei, homem que trai uma vez, trai duas. - Dá de ombros. - Tá fazendo comigo, o mesmo que fez com a Karen.
- Não vem comparar, são situações completamente diferentes. Olha o absurdo que você tá dizendo!
- Como eu sou burra, meu deus!
- Eu nunca te trai, sempre fui claro com o que eu sinto, sempre joguei limpo. Já você inventa história sobre o término com o Arthur.
- O que?
- Camufla o verdadeiro sentido. Pra que? Vai ver foi por isso que insistiu tanto pra ir nessa merda, ainda ama o ex namoradinho. - Excede-se. Giovanna não pensa duas vezes e desfere um tapa na cara dele.
- Eu... - Arrepende-se no mesmo instante.
- Acho que eu mereci isso. - Alisa o rosto, sentindo a dor.
- Perdi a paciência com você.
- Se parasse pra pensar, enxergaria o que realmente aconteceu.
- Já devia saber que não daria certo. Você é um canalha!  - Gesticula. - Bem que o Léo avisou...
- Tá arrependida de ter largado ele pra ficar comigo?
- Talvez tenha sido um erro sim. - Derrama uma lágrima. - Ele nunca faria isso.
- É, ele é um santo, eu não passo de um cafajeste. - Prossegue irônico.
- É o que está demonstrando ser.
- Você sabe que eu te amo, bem no fundo, você sabe que está julgando errado. Mas tá com raiva, e te entendo. Eu, no seu lugar, também ficaria. - Fala, ao mesmo tempo que o choro vem à tona. - Mas saiba que eu nunca faria algo pra te magoar. Errei, ao deixá-la se aproximar, porque não achei que aconteceria algo do tipo. Esse beijo foi tão insignificante, que eu não consigo encontrar palavras pra expressar.
- Suas palavras não vão adiantar nada agora. - Respira fundo. - Melhor ir embora. Você tá bêbado, e tudo que disser não vou levar a sério.
- Eu tô alterado, tô mesmo. - Cambaleia para um lado. - Mas em nenhum momento me arrependi de ter pedido o divórcio, pra ficar com você. Mesmo depois de saber da sua mentira.
Ela nada responde, apenas abaixa a cabeça implorando para que aquele pesadelo acabe.
- Se é assim que quer, eu vou embora. - Tropeça, quase derrubando um jarro. - Me diz se tá me expulsando da sua vida, que aí eu não volto mais.
- Acho que devemos terminar de vez.
- Tá falando sério?
- Nos precipitamos, vai ver nem era pra gente tá junto. Começamos de um jeito errado, pra acabar não seria diferente.
- Não quero que seja assim.
- É o melhor pra nós dois. - Limpa o vestígio de lágrima. - Amanhã você pega suas coisas.
- Giovanna...
- Nero, por favor. Só sai daqui.
Ele não insiste, não queria brigar mais. Foi para casa, organizar os pensamentos, passando a noite em claro. Assim como ela, que debruçou-se na cama, voltando a chorar.
 



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