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História Entre lidas e vidas - Desejo você


Escrita por: gnfeelings

Capítulo 20 - Desejo você


Fanfic / Fanfiction Entre lidas e vidas - Desejo você

- Oi, o que aconteceu? - Entra rapidamente. - Não era pra você está no sítio com a sua mãe?
- Sim, mas eu só ia depois com meu pai.
- E cadê o Murilo? - Desconfia.
- Ele não vai poder me levar, por isso eu te chamei.
- Por que não?
- É alguma coisa do trabalho.
- Pietro, essa era a urgência?
- Sim.
- Pô, achei que a casa tava pegando fogo, sei lá.
- Vai poder me levar? Nem fica tão longe daqui, vai.
- Tá, mas...a sua mãe e eu...
- Eu sei, não estão mais juntos. Você nem precisa falar com ela, só me deixar lá. - Tenta convencer, mas no fundo espera que os dois se entendam.
- Tá, também não posso te deixar aqui sozinho. Vamos.
Alexandre pega estrada com o filho mais velho da amada. Quando estavam a uns 30 km da casa, o carro para, alegando falta de gasolina.
- Ah, não! Droga. - Bate no volante.
- O que foi?
- Acabou a gasolina.
- Quem esquece de abastecer o carro?
- Eu abasteci, impossível ter acabado. Deve ser algum problema no tanque. - Ele sai do carro para verificar.
- E ai?
- Consumiu tudo, que estranho. Tem algum posto perto daqui?
- Acho que não.
- Que ótimo, estamos fodidos! - Irrita-se. - Desculpe o palavreado.
- Qual é? Com quem você acha que eu aprendi a xingar? - Refere-se a mãe.
- Falando nela, vai me matar quando souber que fiquei preso na estrada com você.
- Quem sabe passa um carro e a gente pede ajuda.
- Pior que vamos ter que esperar mesmo, porque o sinal tá péssimo. - Ergue o celular.
No sítio, Giovanna se preocupa com a demora. O filho já devia ter chegado, e mesmo se ainda estava com pai, tinha que ter mandado pelo menos uma mensagem avisando. Impaciente, liga para Murilo.
- Giovanna, meus parabéns! - O ex marido atende animado.
 - Obrigada, Murilo. Vem cá, que horas você vai trazer o Pietro?
- Pietro? Tava marcado pra eu levá-lo em algum lugar?
- Pera aí, ele não tá com você?
- Não, nem falei com ele hoje.
- Ai, meu deus. - Desespera-se.
- O que foi?
- Ele disse que ia pra sua casa primeiro e depois você o traria pro sítio.
- A gente não combinou nada. - Fala apreensivo.
- E porque ele mentiu?
- Não sei. Já tentou ligar pra ele?
- Já e só dá caixa postal. E se aconteceu alguma coisa, Murilo?
- Calma, não aconteceu nada, tá. Com certeza deve tá na casa de algum amigo ou namorada.
- Namorada? Não é hora pra me deixar mais nervosa, pô!
- Desculpa. Onde você o deixou?
- Em casa, ele disse que você ia buscar.
- Eu vou lá e te ligo.
- Rápido!
A metros dali, Alexandre e Pietro continuam esperando por ajuda.
- Conseguiu sinal? - O menino pergunta.
- Não, nada.
- Isso não tava nos planos. - Suspira cansado.
- Que plano?
- Eu menti. - Confessa. - Inventei que meu pai ia me buscar, pra levar você pro sítio e falar com a minha mãe.
- O que? Tá dizendo que a gente tá preso aqui por sua causa? - Surpreende-se.
- Na verdade, a culpa foi do seu carro que parou de funcionar.
- Pietro, a sua mãe sabe disso?
- Não, ou ela não teria me deixado. Ela acha que tô com meu pai.
- Não podia ter feito isso, olha a enrascada que colocou a gente.
- Só queria ajudar.
- Ajudar?
- Eu vi a briga de vocês aquele dia. E a minha mãe sofrendo nos dias seguintes, porque gosta de você.
- Ela te disse alguma coisa?
- Não, mas dá pra perceber. - Justifica. - Vocês adultos são muito complicados.
- Não queira crescer nunca. - Concorda.
- Nero, seu Geraldo! - Lembra de repente.
- Quem é Geraldo?
- Ele tem uma pequena oficina a caminho do sítio. A gente já passou por alguma?
- Que eu me lembre, não.
- Então é perto daqui.
- Tem certeza?
- Tenho, vem.
Alexandre tranca o carro e segue o loiro. Encontram a oficina, pegando gasolina suficiente para encher e retornam para o veículo. Enquanto ele resolve o problema, o garoto pula de um tronco velho.
- Se eu tivesse com meu skate aqui, dava altas manobras.
- Cuidado aí.
- Nero, olha o que eu sei fazer. - Chama-o e falha ao tentar dar uma cambalhota.
- Ai! - Sente a dor ao pisar em falso.
- Ei, tá tudo bem?
- Tá doendo.
- Será que quebrou?
- Não, acho que só torci.
- Consegue levantar?
- Mancando, sim.
- Vamos, antes que você se machuque mais e sua mãe coloque a culpa em mim. - Dirige em direção ao destino.
- Calma, Giovanna.
- Calma? Calma, mãe? Não sei onde tá meu filho e me pede calma?
- O que o Murilo disse?
- Que ele não tá lá. - Choraminga. - Vou ligar pra polícia.
- Você sabe que não vão agir de imediato.
- Então vou voltar. Não vou ficar parada esperando acontecer o pior.
- Não vou deixar dirigir nesse estado.
- Eu... - Não termina a frase, pois avista o filho chegando com Nero. - Com que direito você pega o meu filho sem avisar? Onde vocês estavam? Sabia que morri de preocupação? Se queria me ver louca, conseguiu! - Grita furiosa.
- Devia procurar saber o que realmente aconteceu antes de me acusar.
- Você só faz tudo errado, já espero por isso. - Pi, você tá bem?
- Tô bem, mãe.
- Graças a Deus! Tive tanto medo de ter acontecido alguma coisa.
- Não houve nada demais.
- O que aconteceu com seu pé?
- Eu cai, sem querer.
- Aposto que foi culpa desse irresponsável.
- Ah, claro! - Alexandre se afasta, caminhando para longe.
- Coloca gelo, tá inchado. - Ordena ao filho. - E você volta aqui que eu ainda não acabei de falar.
- Mas eu acabei, seu filho tá entregue.
- Pra onde tava levando?
- Ele que armou esse circo todo! Pergunta a ele. - Anda mais um pouco, parando embaixo de uma árvore, próxima a casinha de ferramentas.
- Quero que você me diga exatamente o que tá acontecendo.
- Pra que? Pra colocar a culpa em mim como sempre?
- Sabe o que mais me irrita em você?
- O que? Fala!
- Essa sua arrogância!
- Agora eu sou arrogante.
- Seu jeito grosso e estúpido de agir.
- Que mais?
- Essa sua maneira de me deixar... - Tropeça, segurando a barra da camisa dele em vão, fazendo os dois caírem no mato. Ele em cima dela.
- Minha maneira de fazer o que? Continua, quero ouvir. - O ar quente saindo do hálito refrescante, faz Giovanna perder os sentidos.
- Maneira de...
- De que? - Incentiva.
- De me deixar louca. - Com as bocas coladas, arfam por um beijo. - Nero.
- Oi. - Escutam o barulho de uma chave caindo.
 


Notas Finais


Quem será que vai atrapalhar o otp????


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