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História Entre o céu e o inferno - Stitches


Escrita por: DD_Asawtthe

Notas do Autor


OLÁ KIRIDUS! o/
Estou de bom humor hoje então vo postar o primeiro capitulo do spin off tbm o/
Só queria dizer que eu adoro botar meus personagem pra sofrer e.e
Vão lá.

Capítulo 9 - Stitches


Fanfic / Fanfiction Entre o céu e o inferno - Stitches

Castiel

Levo os pratos vazios para a pia, parando para olhar o relógio preso na parede, pensando se Dean voltaria para me ver ainda hoje. Lavo a louça, enxugo e guardo. Volto a caminhar para a sala, onde Nick está jogado no sofá, reclamando sobre estar entediado, suspiro de forma cansada e sento no braço do móvel.

-Você pode ir dar uma volta pela cidade. –O baixinho se apoia nos cotovelos e me encara curioso, prestando atenção em minhas palavras. –Ninguém te conhece e você não é um anjo, então no máximo te mandão cair fora.

Nick permanece em silêncio, pensando.

-Tem razão. –Se levantou em um pulo e catou seu casaco largado no chão. –Então vou lá, dar uma volta.

-Cuidado.

-Vou ter. –Diz abrindo a porta. –Volto logo.

Balanço a cabeça em afirmativo e o garoto sai.

-Ah, sozinho de novo. –Falo comigo mesmo em um suspiro. –O que eu devo fazer agora?

Me levanto para explorar a casa, mas antes que chegasse até as escadas, uma mão me puxa pelo braço de forma brusca, solto um gemido de dor e já ia me virar com o punho cerrado para despejar um soco na cara de quem quer que fosse, no entanto paro no meio do caminho ao perceber que era o demônio de olhos verdes.

-Dean, voltou a su– Fui interrompido.

-Preciso da sua ajuda.

Em um movimento rápido, o loiro com um braço em minhas costas e outro atrás de meus joelhos, me tira do chão.

-H-Hey!

-Não fala nada. –A voz dele soava mais como uma suplica do que uma ordem.

O Winchester estava claramente abalado, balancei a cabeça em positivo e então o mesmo deu partida, correndo com sua anormal velocidade, o vento bagunçava tanto o meu cabelo quanto o dele, segurei em seu tronco e enterrei minha cabeça em seu pescoço, aspirando o cheiro já conhecido, que agora havia uma leve pitada de cheiro de cachorro sujo.

Em questão de uns 3 minutos, chegamos perto de uma construção robusta, um casarão sem um muro se quer, com certeza o proprietário tinha muita confiança em si mesmo ou em seus seguranças, que por sinal, não eram poucos.

Fiz um movimento para que o loiro me colocasse no chão, mas ele apenas apertou mais a mão envolta de meu ombro, o observo rodar os olhos verdes, apreensivos, pelo lugar com certa inquietação; afinal, por que aquele diabinho me trouxe aqui?!

-Dean... –Chamo sua atenção, já não aguentando mais todo aquele mistério.

-Hm? –Grunhe sem olhar para mim, ainda sondando o local.

-Onde estamos? –Pergunto esperando alguma reação do outro, que insiste em não olhar para mim.

-Minha casa. –Diz de forma seca e indiferente.

Sua casa. Okay. Eu esperava algo como um castelo tenebroso, cheio de cães do inferno, grades, espinhos e sangue espalhado pelos muros, mas era só uma casa beeeem grande, e igualmente bonita e estilosa. Ta. O que eu estou fazendo aqui? Quer dizer, se me pegarem estou ferrado né?! Dean não é estúpido a ponto de me trazer aqui apenas para realizar seu desejo de ser mimado não é?!

-O que foi? Não to reclamando de você ter calado a boca, acho ótimo. Mas é estranho.  –O loiro diz e me tira de meus pensamentos. Percebo que finalmente ele havia olhado pra mim, seus olhos se mexiam um pouco, explorando os meus, me deixando ainda mais perdido do que já estava. Dean nota minha confusão e solta um sorriso, um diferente dos que vi até agora, não era de malicia, sadismo e nem de deboche, também está longe de ser de alegria; é um sorriso sôfrego.

-É que eu imaginei a casa do rei do inferno como um grande castelo, como o do Drácula, com caixões e masmorras. –Imaginei que o loiro fosse rir diante da minha sinceridade, no entanto ele respondeu sem ainda nenhuma entonação.

-Na verdade, temos masmorras sim.

Entendi que Dean não parecia estar em um bom momento para conversas e me mantenho calado. Depois de sondar o lugar, o Winchester anda um pouco para o lado esquerdo, em frente a uma janela meio alta, e em um salto se coloca no andar de cima. O cômodo era bem simples, havendo apenas uma cama de casal, onde residia um homem dormindo, um guarda-roupa e uma pequena bancada, haviam duas outras portas ligadas ao, suposto, quarto, uma levava ao banheiro e a outra, creio eu, que levasse para os corredores da casa. O loiro aos poucos me coloca de volta ao chão, se movendo para fechar a porta que levava ao resto do casarão e tranca-la.

-Tudo bem. –Disse indo a passos rápidos até o homem na cama, ficando de pé ao seu lado. –Preciso que cure ele.

-Que? –Pergunto exigindo uma explicação. O loiro cossa a nuca, afirmando o que eu já sabia, o loiro odiava dar explicações.

-É o meu amigo que havia sumido. –Diz se sentando na cama, ao lado do homem.

-Oh.

-O médico disse que uma arma danificou seu pulmão direito, e não tem jeito, que não sabe quanto tempo ele vai aguentar. –Dean se esforça para disfarçar a voz chorosa, não adiantando,  de algum jeito eu já o conhecia o suficiente para decifra-lo no momento.

-Okay. –Respondo dando a volta pela cama, ficando de frente para ele, que me olha em uma mistura de alivio e ansiedade e balança a cabeça em positivo para que eu prossiga.

Coloco a mão na testa do homem deitado, primeiramente checando as condições em que se encontra, como sempre faço, para saber o quanto da minha energia tenho de usar.

-Dean... –Falo enquanto me afasto da cama, calculando as palavras que devo usar, mas não havia um jeito bom de lhe dizer algo assim.

-O que foi? Precisa de alguma coisa? Eu faço. –Disse em expectativa, fazendo meu peito se apertar ainda mais.

-Não da. –Foi tudo que consegui dizer, o loiro inclina a cabeça com uma cara extremamente fofa de confusão. –Não há nada que eu possa fazer, me desculpe.

Assim que terminei as bendita palavras que deveria dizer, senti meu estômago embrulhar, ao ver o Winchester cabisbaixo, com um olhar perdido. Meu corpo todo almejava abraça-lo, apertando meu corpo no dele, no entanto, minha mente me obrigava a não chegar perto.

“Dê meia volta e saia dai” –Algo dizia.

-Não. Tem que ter um jeito. Não. Você ta mentindo. –O estado de negação do loiro me acordou de meus pensamentos, me fazendo perceber que o loiro havia levantado da cama e agora olhava pela janela.

“Saia daqui agora.” –Repetia uma voz em minha cabeça.

Dessa vez sem parecer ser minha consciência, mas sim realmente a voz de outra pessoa, não de qualquer um, a voz rouca tão inconfundível quanto seus olhos, parecia a voz de Dean, como quando eu estava quase dormindo e o ouvi me chamar, encontrando-o quase morto em frente a casa de Bobby.

Mas que porra é essa?!

Outra vez acordo de meus pensamentos com o Winchester, dessa vez agarrando a gola de minha blusa, com seus olhos vermelhos de predador, encarando os meus, roubando toda a minha coragem.

-Você está mentindo! Cure o Benny agora! –Gritava, cuspindo as palavras em minha cara sem se importar com o quão assustado eu estava.

-Não tenho como, nem que usasse tudo que tenho conseguiria, só iria servir para eu morrer em vão. –Falo engolindo seco.

Dean se cala, permanecendo com seu vermelho vidrado em meu azul, me intimidando de forma assustadora. Meu corpo não responde e sinto como se se eu mexer um dedo se quer irei ser morto, e só piora quando o loiro arranca a gravata de meu pescoço e amarra minhas mãos juntas, com ela. Ele me bate na parede de forma violenta arrancando um gemido arrastado de dor e levanta meus braços, colocando minhas mãos presas em cima de minha cabeça.

-Pare de mentir e apenas cure o Benny logo. –Deu como se fosse minha última chance.

Mas não é algo a meu alcance, não há nada que possa fazer para salvar o garoto, no entanto, parece que não importa o que fale, o loiro não vai aceitar como verdade já que ele está cego em toda sua negação. O medo que eu sentia vai ao poucos se dissipando, ao perceber que aqueles olhos vermelhos feito sangue estavam diferentes do normal, ele não parecia mais como um leão. Não. Dean no momento era só um porco espinho assustado, se encolhendo como uma bola, erguendo e enfiando seus espinhos sem nem olhar onde.

Ele saca sua espada da bainha e coloca-a sobre a minha bochecha, permanecendo parado ali por algum tempo, esperando para que eu “mudasse de ideia”. Sem receber uma resposta minha ele passa a arma pelo lugar, cortando a pele, fazendo com que o sangue escorresse e um forte ardor passasse pelo local. E assim seguiu, cortando meu torso, braços, rosto, pernas e por último minhas costas, sem parecer enjoar de meus gritos retorcidos e o cheiro de suor misturado ao sangue saindo de meu corpo. Esperei novamente pela sensação da minha carne sendo cortada, minhas asas haviam inconscientemente sido liberadas devido as milhares de retrações, meu rosto se encontrava enterrado na parede me negando a encarrar o Winchester, sentindo que se o fizesse choraria, no entanto, os cortes não vieram, mas meus pulsos permaneciam sendo segurados por ele, e ainda sentia o calor de seu corpo atrás de mim.

“Já se cansou?” –Ironizei em minha própria cabeça.

E lá estava a faca de novo, dessa vez parada rente minha asa, o demônio colocou um pouco de pressão sobre o objeto e foi o suficiente para eu fechar os olhos esperando pela dor, mas o mesmo retirou a força, voltando a deixar a arma levemente posta sobre minha penugem.  E fez isso mais algumas vezes, parecendo lutar contra si mesmo, até largar de vez a espada, fazendo-a ir de encontro ao chão. Aos poucos sinto as mãos em meu pulso afrouxarem e se afastarem, e a presença do loiro atrás de mim some. Desenterro minha cabeça da parede, olhando para ele com certo temor.

Dean estava coberto com meu sangue, as mãos, o rosto, a camisa e calça, seu rosto era um misto de emoções, cansaço, medo, confusão e dor. Caminho a passos lentos até ele, que fugia do meu olhar a todo custo. O loiro dava um passo para trás a cada passo que eu dava para a frente, evitando com que eu chegasse muito perto, em um desses passos ele cambaleou e tropeçou em seus próprios pés, caindo sentado no chão.

Eu estou magoado? Sim. Estou muito magoado. Mas havia muita coisa sobre Dean que eu não sabia, havia muita coisa por trás daqueles olhos vermelhos e dupla personalidade que eu não conhecia. Coisas que de algum jeito eu tinha certeza de que não eram culpa de Dean. Por que por trás de todo aquele muro, ele tinha uma natureza extremamente gentil.  Fora que, nesse momento, ele está mais magoado do que eu.

Sai de meus pensamentos ao perceber as lágrimas que começavam a descer do rosto do loiro aos meus pés, sentado, encarando o nada de forma perdida, desolada enquanto o peito subia e descia de forma descompassada. Toda a trava que existia em minha mente que não me permitia abraçar o Winchester, sumiu diante daquelas lágrimas, que apertavam o meu peito de forma devastadora. Usei o pouco de força que me restava para me lançar em cima do loiro, me encachando entre suas pernas, colocando sua cabeça em meu ombro com uma mão e apertando-o pela cintura com a outra. Após um pouco de relutância, ele desistiu, e enterrou a cabeça em meu pescoço, deixando as gotículas de água correrem junto ao suor e o sangue.

-Me desculpe. –Disse com voz chorosa e arrastada. –Me desculpe, me desculpe. Por favor.

-Pxiii, Tudo bem, ta tudo bem Dean. –Tentava acalma-lo começando a afagar seus fios cor de areia.

O loiro não parava de pedir desculpas, sendo cada uma delas extremamente dolorosa de ouvir, era como se todo o muro em volta de si tivesse se desmoronado levando junto parte do Winchester, que nunca na vida, julgo eu, tenha se desculpado, chorado ou demonstrado fraqueza na frente de alguém, e que agora fazia os três em um estado totalmente vulnerável, se desmanchando em meus braços. Senti a necessidade de em todas as vezes, após o “desculpa” do loiro, repetir que estava tudo bem, como se ele fosse ser levado pelo vento, como pó, se eu não dissesse.

Não sei quanto tempo passamos daquele jeito, mas não foi pouco, e teria sido mais, no entanto os choros do loiro diminuíram e ele ficou repentinamente quieto, estranhei a situação. Afasto-o um pouco do meu corpo, e ele quase cai pra trás, não conseguindo se sustentar sentado, só não o faz por que seguro-o a tempo, envolvendo nossos corpos novamente, ele estava molenga demais, decido levanta-lo e com muita dificuldade o carrego até sua cama deitando-o de forma desajeitada.  Dean parece estar quase desacordado, com uma pequena fresta de suas pálpebras aberta, soando de forma anormal e com uma respiração descompassada até demais. Levo minha mão até sua testa, a fim de avaliar sua situação com meus poderes, no entanto, recuo e travo ao sentir a temperatura no local.

-Quente demais. –Falo para mim mesmo colocando minha mão onde estava antes e canalizando energia.

Mas outra vez sou interrompido. Dessa vez pela mão do loiro segurando meu pulso, ele tentava apertar e a afastar de sua cabeça mas a falta de força  não permitia-lhe nada além de tocar a minha pele.

-Pare. –Pede baixo e arrastado. –Se-Se fizer is-so, ela vai te fe-ferir. –Fala com dificuldade, com a voz tremula devido ao frio causado pela provável febre, chegando a falhar nas últimas palavras.

-Quem vai me ferir Dean? –Pergunto esperando paciente para que o loiro reunisse parte da força que tinha.

-Chame, o Sam. –A mão de Dean em meu pulso afrouxou ainda mais, até que o loiro a pôs de volta ao seu corpo. Retirei a mão de sua testa, decidindo confiar no que ele dizia.

-Seu irmão?

-Ele é muito a-alto. Vai saber q-quem é quando ve-ver. –Acenei com a cabeça em concordância.

 

Ajeitei o loiro melhor na cama e fui a procura do Winchester mais novo.

 

...

 

Muito alto. Ótima dica de quem é, ein.

 

Me escorei pelos corredores, me focando em evitar os passos, bisbilhotando para ver se alguém me chamava atenção, mas no final, não fazia ideia do que ou de quem estou procurando. Suspiro pesadamente quase desistindo de procurar e indo ver o loiro, ajudando-o de meu próprio jeito, mas algo chamou minha atenção, alguém chamou minha atenção.

Wow. Foi realmente uma ótima dica.

Ele era alto, bem alto.

Como assim irmão mais novo?!

O homem está gritando com outra pessoa no corredor, um cara baixo moreno e gordinho, usando um terno preto bastante estiloso.

-NEM OUSE SE QUER OLHAR DE LONGE PRO DEAN! –Esbravejou o Winchester.

Okay. Eu não pretendia espiar a conversa dos outros, mas já que já estou aqui mesmo...

-Por que está tão irritado, alce?! Só quero conversar de forma pacifica com o meu afilhado. –Retruca o baixinho mantendo sua compostura.

Que cara estiloso. -Repeti em minha mente.

-AFILHADO?! Há! Você não liga mais pra ele a muito tempo, Crowley...

Oh! Então aquele era o tio do Dean, meio diferente do que eu esperava. Imaginei ele mais assustador e menos galante.

-Não fale assim, sabe que me arrependo de tudo que fiz a ele. –Dizia o baixinho usando uma voz chorosa que dava para ver de longe que era falsa.

O tal do Sam ficou parado o encarando incrédulo por alguns segundos.

-Só, vai embora ta. –Finalizou a discursão e voltou a andar. O baixinho não parecia afetado diante da conversa, saindo logo depois do mais alto.

O Winchester, para minha sorte, veio andando na minha direção, quando o mesmo já estava bem perto o puxei pelo braço o prensando na parede do corredor, mas quando fui pôr a mão em sua boca para que o mesmo não gritasse; em um movimento quase invisível aos meus olhos, ele girou nossos corpos, trocando de lugar comigo e colocando suas garras coladas uma nas outras, mirando meu pescoço.

-Novak?! Mas que por– O interrompi, não tenho tempo para me explicar agora.

-Olha, depois você me pergunta o que quiser. Mas seu irmão está ardendo em febre, eu não sei o que fazer e ele pediu para que eu te chamasse.

-Q– O cortei outra vez.

-Então, por favor, não faz perguntas e vem comigo.

O moreno balançou a cabeça em positivo e me seguiu, com a preocupação pelo irmão mantendo-o calado apesar da visível curiosidade em seus olhos. Assim que adentramos o quarto do mais velho Sam saiu correndo na direção dele, colocando a mão na testa e dois dedos no pulso, chamando pelo loiro de forma desesperada.

-Estou bem Sammy, pare de gritar que nem uma menininha. –Resmungou arrastado, fazendo tanto eu quanto Sam abrirmos um sorriso.

-Que bom. –Disse de forma sincera, suspirando aliviado. –O que está sentindo? –Perguntou como se pudesse fazer um diagnóstico.

-É a marca, Sam. –O Winchester menor se afastou da cama, preocupação era tudo que eu via em seus olhos. –Só te chamei por que preciso que você ajude o Cas a sair daqui.

“Mas oque?!”

-Cas?! –Perguntou o mais novo desentendido, virando para mim.

-Não vou sair daqui Dean, pelo menos não até você melhorar e me explicar o que está acontecendo com seu corpo. –Afirmo decidido, eu não iria deixa-lo sozinho mesmo ele tendo me cortado, não suportava nem se quer a ideia de fazer isso. Dean estava sofrendo pelo amigo a seu lado, que havia uma sentença de morte sobre a cabeça, provavelmente se apunhalando pelo que fez comigo a poucos minutos atrás e ainda por cima possivelmente doente.

-Ca– Dean tentou falar mas o interrompi.

-Nem tente se livrar de mim, Winchester. Não vou sair daqui.

Ele bufa cansado e vira de lado na cama, de costas pra mim.

-Então, o que ele tem? –Pergunto dessa vez olhando para o mais novo que observava a conversa estranhamente calado.

O moreno hesita em responder, perplexo pela estranha situação em que se encontra, entendo o que se passa em sua cabeça, mas não era uma boa hora para lhe explicar.

-É a marca de Caim. –Diz largando seus braços causando barulho pelo impacto dos mesmos na perna dele em um sinal de rendição. –Quando Dean não está bem, sabe? Da cabeça. Ela o rejeita.

-Como assim a marca o rejeita?! Desde quando uma marca pode machucar alguém? –Perguntei inclinando a cabeça em duvida.

-Encare a marca como uma fechadura e Dean é a chave. –O mais novo tratou de continuar quando fiz menção de falar algo. –E eles prendem a alma de um dragão dentro da espada.

-Dragão? Isso existe?!

-Não mais, O corpo do dragão de Caim já está morto. Só restou a alma, que sempre que pode tenta matar Dean para poder “descansar em paz” ou algo assim.

-Oh. E como podemos ajuda-lo? –Pergunto fitando o loiro na cama, que havia apagado encolhido de lado, virado para seu amigo.

-Não podemos. –Suspira cansado me fazendo voltar minha visão para o mesmo. –Ele só vai ficar bem se quiser ficar bem.

-Do que está falando?

-Já disse, o motivo de estar assim é porque está psicologicamente abalado e por mais que o mesmo odeie admitir, fraco. Então só vai melhorar se ele parar com essa auto piedade. –Sam se afastou de mim e caminhou até onde o tal de Benny estava deitado, desacordado.

Quer dizer que Dean estava morrendo aos poucos e não havia nada que pudéssemos fazer?! Que coisa estúpida.

-E sinceramente. –Completou o mais novo, carregando o corpo de Benny, vendo o loiro resmungar um pouco pelo contato entre sua mão e a do amigo ter sido quebrado. –Eu não sei se dessa vez ele vai sair dessa.

-E se tentarmos conversar com ele?! Convence-lo de lutar e sobreviver! –Digo em um último suplico derrotado.

O moreno riu diante da minha ideia.

-Isso parece fala de peça teatral. –Riu mais. -Já tentei nas outras vezes que aconteceu, mas Dean não é do tipo que escuta o que os outros tem a dizer.  –Concluiu indo até a porta com o corpo de Benny nos braços.

-Você está muito calmo com tudo isso. Ele é seu irmão! –Falei mostrando minha indignação.

-Exatamente por ser irmão dele que estou calmo. –Fez uma pausa. –Olha. Eu vi o Dean se destruir e ser destruído ao longo desses anos. Ele está cansado, destruído e não merece mais isso; vai doer? Vai. Mas é o melhor pra ele, então apenas o deixe ir, Novak.

O mais alto abriu a porta e saiu, batendo-a atrás de si.

Minha cabeça começara a doer devido a pequena discussão, me deito na cama onde antes estava o outro demônio, encarando a face desacordada de Dean, tirando os pequenos fios de cabelo que insistiam em cair em sua testa, rindo bobo ao notar o quanto ele estavam desgrenhados. Os olhos fechados davam mais visão a seus cílios bem desenhados e a cada traço de seu rosto que tivesse passado despercebido, afinal seus olhos eram tão brilhantes que tiravam a atenção de algumas coisas; e pela primeira vez noto suas pequenas sardas espalhadas, não resistindo em toca-las com os dedos, suavemente.

E foi minha última visão antes de apagar com meu corpo inteiro latejando.


Notas Finais


Eu pensei em fazer um Cas dar uns murro no Dean quando ele tivesse no chão mas sla, o Cas é amorzinho de mais pra isso e.e
Enfim galerinha, se tudo der certo o capitulo que vem vai ser arco-iris e melação pra todos os lados. ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Bjunda e obgdo desde ja pra quem comentar e pros gasparzinho tbm :*


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