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História Entre o pecado e a inocência, Na Jaemin e Lee Jeno - Carne Fresca


Escrita por: jaempearl

Notas do Autor


╰┈➤ SEJAM BEM VINDOS.
☄. *. ⋆ Boa Leitura.

Capítulo 2 - Carne Fresca


Fanfic / Fanfiction Entre o pecado e a inocência, Na Jaemin e Lee Jeno - Carne Fresca

Carne fresca. Um apelidinho espalhafatoso, um tanto caricato para os novatos. Com esse detalhe em mente, pode-se detectar a ausência de discernimento no juízo dos felizardos que estudam na Academia de Elite. Porém, se tinha uma observação a ser feito a respeito da bonequinha de pernas longas, cabelos negros como ébano e expressões dignas de uma puritana em transformação — diriam que ela deixaria o demônio da luxúria a possuir —, deveria ser como a primeira-impressão singular de Lee Eunhyun moldara seu caminho na instituição.

Com os braços entrelaçados em Lee Jeno, o estudante que uniformizado parecia um pedaço de mal caminho com o rosto mais angelical possível — fizera questão em deixar explícito sua proteção sobre a melhor amiga —, ao lado de Na Jaemin,  o guitarrista cobiçado o alvo de inveja foi recalculado. 

Eunhyun abominava com todas suas forças o jogo social: como as peças encaixavam, como o maneirismo deveria ser adequado, como todos os adolescentes comportavam-se o mesmo em diversas situações, como deveriam encaixar-se em uma "conduta" moralmente questionável. Preferia não atrair atenção mas, ela passar em branco deveria ser a maior piada de todas.

Diriam que Eunhyun deveria ser uma carne fresca, almejada a ser consumida por todos — da melhor qualidade —, não importavam se estavam famintos por despejar suas futilidades, deixar o peso de suas deficiências e inseguranças sobre a morena questionável. 

Todos queriam um pedacinho de Lee Eunhyun.

Em uma semana de aula, muito ocorreu — mais do que seus melhores amigos imaginavam. Em partes, Lee Jeno esperava que o alto intelecto de Eunhyun chamasse atenção, os altos elogios feitos pelos professores que afeiçoaram-se de imediato com a morena causou um murmurinho, diversos boatos, teorias e suposições mais absurdas que a outra foram feitas após isso.

— Será que ela realmente é namorada do Lee? Isso explica ela ser inteligente desse jeito, duvido que Jeno namoraria uma garota idiota, da última vez não de muito certo.

Reunida na mesa com os amigos de Jeno e Jaemin — ambos que estavam na fila para comprar seus lanches e foram interrompidos por um grupo de pessoas —, Eunhyun fingia não escutar os murmurinhos ao redor. Uma situação decorrente desde que chegara. 

Questionava-se a motivação de tanta polêmica por sua entrada mas a julgar aos detalhes, poderia supor que a ausência de calouros — devido a difícil aceitação de novatos — os fazia ter uma escassez de "carne nova". Para completar, caiu como um filhotinho junto de Jeno e Jaemin, esses que não saíam de perto da morena por nada, um adendo percebido também por seus amigos de sua banda — esses que Eunhyun ainda tentava os conhecer.

— Não achei ela tão bonita assim. Diria que ela tem corpo demais, parece tão exagerado como aquelas atrizes porn...

Retirando-a de seus devaneios, ela forçou um sorriso, ao notar o olhar de Park Jisung — o baterista e também mais novo da banda — em direção a voz, enojado. Uniu as sobrancelhas, tendo que conter o desgosto diante ao comentário. 

No pouco tempo que pode notar, o rapaz deveria ter sido o mais rápido a se afeiçoar — sem deixar Mark Lee e Haechan de lado — com a moça. Dono de uma personalidade discreta mas brincalhona o suficiente para dizerem que seu rostinho angelical escondia os traços de um sagaz rapaz em busca de confusões — na maioria das vezes amorosas. 

— Por acaso acha que ela fez alguma cirurgia plástica?

Fora a vez de Chenle franzindo o cenho. Mark e Donghyuck se entreolharam, se questionaram como ela sentia: mesmo que Eunhyun fingisse não se importar, folheando o livro didático de francês. Como se nada estivesse sendo escutado, puxou o estojo cor de rosa, retirando uma lapiseira, para realizar os exercícios. 

— Por isso Jaemin e Jeno disseram que não saíam de perto dela? — fora o sussurro de Jisung para Renjun, esse que abominava os murmurinhos ditos em relação a qualquer um deu de ombros, evidentemente controlando sua paciência. 

Por mais que Donghyuck estivesse puxando uma conversa ocasionalmente com o resto dos garotos, escutavam o burburinho ao redor. Mark e Jisung torciam mentalmente para que qualquer um dos melhores amigos da garota chegassem ali. Ainda poderiam não a conhecer perfeitamente mas, ficou notório como ela faria parte daquele grupo.

Uma coisinha curiosa, mas alguns dos rapazes a conheciam pelo nome, seria impossível falar da vida dos rapazes sem menciona-la. Apesar de Jaemin optar por mantê-la como seu segredinho particular, os que sabiam do pouco compartilhado por eles, escutaram histórias sobre como Eunhyun deveria ser a única garota os rondando desde a infância.

— De qualquer jeito, isso não importa. Já viu como ela é gostosa?

Chenle encarou com desdém, deveria se tratar de um dos alunos da turma especial — alunos que possuíam classes extras devido a sua pontuação alta —, fato que o fez retrair o maxilar. De repente, o assunto com Renjun, Mark, Haechan e Jisung não lhe chamava tanta atenção.

Trocou um breve olhar com Eunhyun, essa que retirou seus olhos do caderno. A perna que balançava-se por acidente bateu em Renjun o fez arquear a sobrancelha. Forçou um sorrisinho, o que o tiraria do sério em poucos segundos. Permanecerem quietos diante uma situação daquelas não combinava nada com o grupo impulsivo de rapazinhos na mesa.

Chenle franziu o cenho.

— Vai continuar fingindo que...— daria voz ao que incomodava os amigos porém, ela fora mais rápido, puxando uma pasta azulada, entregando-a para o chinês. 

— Pode entregar umas anotações para Koeun? Ela pediu para que eu fizesse porque faltou hoje — Ofereceu, cortando o assunto repentinamente. Citando a namorada do Zhong. Renjun riu em indignação pelo ato. — Aliás...Renjun...por acaso aconteceu alguma coisa com a Giselle? 

— Ela só não quis vir — sucinto, ele respondeu, mantendo a expressão inquisitória. 

Uma saída um tanto covarde — pensou Donghyuck. No final das contas, ele não poderia a julgar. Trazer a tona as namoradas dos amigos os fariam se distrair, ao menos era o que Mark e Jisung estavam acostumados a fazer quando queriam se esquivar dos mais insistentes dali.

— Pelo jeito dela, deve ser uma cínica. Não falou com ninguém além do grupinho de amigos deles. Uma garota em meio a tantos garotos não é exatamente algo muito adequado, quem sabe isso diga alguma coisa sobre ela.

— As únicas que ficam ali é Koeun e Giselle sendo que são namoradas dele. Todos sabem que eles não falam com ninguém fora dali.

— Sabe como eles rejeitam todos, menos as namoradas dos amigo de ficar ali. Se um deles não é o namorado dela... 

— Ah, sabe muito bem o que isso quer dizer. Não deve ser tão difícil ficar com ela, o tipo de garota que precisa de tantos caras por perto deve ser insaciável.

Foi o estopim.

O mais descontrolado deles, Huang Renjun — esse que Eunhyun não descobrira o motivo de ser tão estressado — perdeu a paciência. Bateu a mão na mesa, chamando pouca atenção devido ao barulho ao redor. Criado sob rédeas de uma mulher forte, entrava em conflitos com facilidade quando envolvia situações tão maldosas, mesmo que comentários.

— Isso já está enchendo o saco, não é? Nem a conheço direito mas consigo reparar que te incomoda mas ver você ignorar esses merdas é pior ainda — rugiu Renjun, alterado. Encarou Eunhyun. — Se quiser eu levanto e dou um jeito agora mesmo naqueles porras.

Jisung mordeu uma das bochechas em nervosismo. Puderam obter a atenção de uma mesa de universitários do campus que dividiam-nos. O Huang era uma bomba-relógio, todos sabiam daquilo. Inclusive, não aguentavam mais as gracinhas ridículas dos outros estudantes. 

Poderiam passar anos, mas as manias grotescas permaneciam.

Os dream eram um fácil alvo de comentários devido as suas personalidades fortes e destaques diversos: seja em atividades extras, parentesco com pessoas importantes ou até mesmo o desempenho escolar. Terem uma banda de rock estourando nas rádios locais e nas redes sociais os tornaram populares o suficiente para questionarem a aproximação de desconhecidos, em sua maioria interessados nas "vantagens" que suas amizades poderiam oferecer. 

Não a toa, decidiram que ninguém se aproximaria — com exceção de seus interesses amorosos — deles. Só poderiam contar uns com os outros, mesmo que possuíssem conhecidos, nada era comparado a brutal amizade que fora construída. 

Por isso, se Eunhyun era importante para Jeno e Jaemin, mesmo que sem romance algum, acabaria sendo alvo de comentários pelo simples fato de estar em uma mesa ou na companhia dos rapazes. 

— Renjun, não precisa assustar ela — Donghyuck reprovou, levemente receoso. 

Fazia em torno de uma semana desde que o próprio não havia uma explosão de raiva. Mark ponderou na situação, trocando um olhar com Chenle, como se pedisse suporte.

— O que foi? Só quero que essa porcaria se resolva logo. Nós mal a conhecemos mas sabemos muito bem como é importante para Jeno e Jaemin e sinceramente você é uma garota...— defendeu-se, parando para achar as palavras. —, até que legal 

Eunhyun arqueou a sobrancelha com a fala. 

Mark apressou-se a corrigir a fala do amigo.

— Ele quis dizer que você é maneira, comprou uma melancia para mim e evitou que Renjun desse um soco no meio da cara do Hyuck — listou e os amigos assentiram. Por mais que Chenle achasse que Donghyuck merecesse uma boa surra por ter brincado com o problema sério do amigo, o posicionamento firme de Eunhyun os surpreendeu. —  Aliás, fez o Jisung sentar a bunda e estudar, até conseguiu ensinar análise agroecológica para mim... o que é um avanço e tanto devemos dizer.

A Lee deixou um pequeno sorriso escapar com o detalhe.

— Qual vai ser, Lee? Por que ignora isso? Já faz uma semana, se ninguém vai falar aqui sobre isso, é bom que eu faça você falar, porque isso já tá bem insuportável — começou Chenle, percebendo que os outros beiravam a tocar no ponto. — Esse pessoal não diz nada perto do Jaemin e Jeno porque bem...é meio diferente como tratam eles mas duvido que não saiba se impor.

A própria os encarou, podendo ver como estavam dotados de expectativa. 

Como ela diria que as terríveis experiências no antigo colégio a deixaram traumatizada a ponto de hesitar chamar o máximo de atenção? 

— Não quero confusão, meu irmão foi um aluno modelo na época dele e espero não arrumar problema — sucinta, ela explicou. A típica máscara de boa garota encaixava-se perfeitamente. Isso, caso Chenle não fosse o mais perspicaz, pouco se convencendo.

Ah, é? — um riso debochado escapou-lhe os lábios. — Por que você saiu de onde veio então?

O Zhong queria atiça-la, como de costume, forçava os outros a entrega-lo o que queria por meio dessa pequena estratégia, irritar até tirar o máximo de paciência do indivíduo. Ao contrário, recebeu uma expressão calma mas questionadora. 

— Por que todo esse interesse?

— Suponho que deva ter sido uma confusão e tanta para que precisasse sair a ponto de nem querer comentar sobre — ácido, Chenle concluiu.

Hyung, já tá bom né — Jisung forçou uma risada, enroscou o braço do lado do amigo, forçando um tédio em sua expressão. — Por que eles estão demorando tanto?

— Acho que o Jaemin e Jeno foram literalmente tomar banho antes de virem, isso que dá querer se esforçar demais na prática esportiva — Mark contribuiu para o clima se aliviar. — Eles demoram como de costume, por isso que as garotas falam que eles namoram de vez em quando.

— Isso evitaria a maioria dos problemas que nós temos

Chenle permanecia com aquela expressão para Eunhyun, como se a desafiasse. A realidade era bem mais simples que uma implicância. O resto dos rapazes — incluindo ele mesmo — estavam curiosos para entender tamanha importância da garota a ponto de Lee Jeno ter terminado com a namorada anterior devido Eunhyun (mesmo que a morena não fizesse ideia).

— Fale por você, não sou eu que fico me agarrando pelos cantos com a primeira garota que eu vejo — rebateu Jisung, fazendo Renjun rir de lado. — Não estou certo? Os Hyungs podem provar!

Sentindo-se injustiçado, Donhyuck colocou a mão sobre o peito. 

Mark riu, voltando sua atenção para comer a gelatina de melancia — essa que roubou de um dos presentinhos diários que uma "Noona" entregava a Jisung — enquanto continha as risadas para não engasgar-se. 

— Logo eu, o mais cavalheiro dentro dessa família — ofendido, Haechan dramatizou. — Não acredito.

— Algumas coisas são bem inacreditáveis de provar — balbuciou Jisung, recebendo um olhar feio do Lee.

— É o mais novo mas é o que mais apronta — rebateu, fazendo com que os garotos começassem uma discussão aleatória, como de costume, uma completa lambança. 

Embora o clima tenso tivesse se dissipado e risinhos daqui e ali tivessem sido dados. O Zhong ainda permanecia com aquele rostinho como se soubesse todos os segredos de Eunhye — o que a deixou em nervos —, mal sabia que se o chinês queria saber de alguma coisa, cedo ou tarde ele conseguiria. 

— O gato comeu sua língua?

— Que eu saiba, isso não é da sua conta — unindo as sobrancelhas, Eunhyun tomou uma postura austera. — Agradeço pela preocupação mas assim como vocês, também prezo muitíssimo por minha privacidade e no momento, não confio o suficiente para falar tanto assim sobre minha vida.

— Não foi coisa boa pelo visto

— Não, não foi — afirmou ela, dessa vez querendo deixar de lado o assunto. Lançou um olhar ao redor, notando atenção que recebia por vezes de alunos. Parecia uma celebridade ali, um detalhe bem peculiar pois eles tratavam os rapazes como se fossem, quem sabe eles se tornaria rapidamente com a banda que tinham, mas era um tanto constrangedor. — De qualquer jeito, isso não vai durar muito tempo, não se depende de mim. Não precisam se meter nisso, só vai arrumar mais problemas para vocês.

Jisung olhou com certa pena.

— Noona mas você...

— Você ainda não foi no ensaio da nossa banda. Deveria aparecer lá depois. Ellie quer muito te conhecer direito mas ás vezes ela consegue ser bem tímida com pessoas novas, por incrível que pareça — Chenle relaxou o rosto, alterando sua postura. Pareceu o suficiente, supôs que o assunto deveria ser delicado. Ao citar a própria namorada, seu rosto pareceu iluminar e Mark teve de conter uma risadinha, o chinês mudava completamente quando se tratava de sua namorada. — É só puxar o Nana pelos cabelos que ele te leva.

Eunhye sorriu, como se agradecesse ao loiro. 

Notoriamente, Jisung entraria no assunto mas Chenle o interrompeu, dando seu jeitinho de a incluir no meio de todas aquelas conversas — que na maioria das vezes girava em torno de música ou das incontáveis competições que participariam. 

— Obrigada por entender — agradeceu e Chenle deixou uma risada escapar. — Realmente é um tresour.

A gratidão a fez soltar em francês, causando o estranho imediato na maioria dos rapazes.

— O que é isso? — Donghyuck, Jisung e Mark indagaram ao mesmo tempo. Alternaram a atenção para Renjun devido ao seu talento exímio para aprender línguas. 

O Huang deu de ombros.

— Vocês acham que eu sei? Eu estudo coreano não francês.

Chenle se divertiu com a indignação dos presentes.

— Parece que vai ficar para a imaginação de vocês porque de tanto escutar Jeno praticando aprendi um pouco de francês — afirmou enquanto o resto reclamava, Chenle se inclinou para cochichar no ouvido de Eunhyun. — Agora eu também sou seu amigo, tenho até um apelidinho em francês.

Um sorriso foi arrancado e um assentir por parte da morena.

Ora, pelo menos eu consegui ganhar a simpatia de mais um. 

Pensou ela. Pois, sim. Estar no meio daquele grupo era bem diferente de fazer parte. Poderia perceber que indivíduos como Huang Renjun e Zhong Chenle deveriam ser os mais difíceis de se aproximar. Já que, o resto apresentou-se com uma enorme simpatia. Uma sensação de nostalgia a feriu, realizar novos amigos era uma tarefa que despertava diversas sensações. 

Dentre elas, a que Jeno e Jaemin conheciam muito bem: receio. 

Assim que encontravam-se. Saindo de uma reunião emergencial com o conselho estudantil devido as organizações do futuro festival que ocorreria nas dependências da instituição dependia do compromisso de Na Jaemin — o representante da banda Dream — e como Jeno destacava-se como aluno modelo, costumavam participar juntos. Porém, a sensação de receio queimava Jaemin, a ponto de não conter o nó em sua garganta e dar voz a curiosidade latente.

— Acho que tem algo de errado com Eun — revelou Jaemin, repentinamente. Em meio a uma conversa, o que fez Jeno unir as sobrancelhas, um tanto perdido devido a mudança de fala. — Ela voltou a tomar os remédios.

Foi o suficiente para Jeno assumir uma postura diferente, em alarde. Sabiam que Eunhye tomava remédios controlados na época em que sua mãe foi descoberta com Alzheimer devido ao desiquilíbrio mental da morena que cresceu descontroladamente. Dizia a própria que abandonou o uso, pelo menos era o que ambos acreditavam, até o momento. 

— Aconteceu alguma coisa com a Tia Chaewoon? — Jaemin questionou, fazendo uma pausa. — Porque se isso aconteceu, certamente Eun não me conta se eu não perguntar.

— O estado dela piorou um pouco, mas não é como se fosse tão grave pelo que minha tia me contou e...— Jeno continuaria mas ao ver a expressão do Na, arqueou a sobrancelha. Parecia um tanto pensativo, como se fosse só uma desculpa. — Eu conheço esse rosto, Jaemin. Acha que tem outro motivo?

— Sabe que ela sabe ser bem discreta quando quer, não seria surpresa se estivesse escondendo alguma coisa — retrucou, retorquindo o rosto por um segundo. — Esses boatos vão acabar incentivando trote e os absurdos que fazem por aí. Se lembra de quando tentaram fazer com Jisung?

Jeno fez uma expressão de desgosto.

O mais novo adentrara a instituição a dois anos atrás, se recordavam de como captou atenção de diversos estudantes. Anteriormente, era melhor amigo de Chenle, o facto fez com que suposições fossem realizadas e cogitaram até mesmo que o Park seria herdeiro de algum conglomerado. E, como de costume, quiseram arrancar qualquer informação que pudesse de alguém que andava naquele círculo e fizeram um trote como forma de o "fazer parte da turma".

Um gatilho perfeito para a fúria incontrolável de Huang Renjun.

Os berros de indignação, veias saltadas e expressão vermelha e feroz como o de um touro transformaram o rosto angelical em um verdadeiro demônio possesso. Após o incidente, Jisung parecia realmente parte do "grupo".

— Já tenho uma solução para isso — assegurou Jeno, confiante.

Jaemin uniu as sobrancelhas, pouco acreditando.

— Tem?

— Se continuarem a incomodar, digo que ela é minha namorada. Ninguém tem haver com isso mesmo, não é como se não fossemos próximos o suficiente para entender que é uma questão de cuidado, sabe que os trotes com os calouros podem ser cruéis, ainda mais se...

— Sei muito bem o que quer insinuar. Não é como se alguma das minhas ex namoradas fossem armar alguma coisa. São só os veteranos sendo veteranos — desviou o Na. Sua má fama devido o comportamento em relacionamentos reunia poucas e boas. Incidentes conflituosos envolvendo suas ex namoradas ocorriam a todo tempo. —  Além disso, pensei que você tivesse dito que não iria expor mais sua vida desse jeito apesar de parecer o mais óbvio.

— É mais fácil que eu faça isso do que você de qualquer forma, acho que Eun ficaria mais confortável — O Lee comentou, arrumando a gravata do próprio uniforme. Recebeu um leve empurrão de Jaemin, o que o fez rir. — Que foi? Só disse a verdade, é capaz dela cuspir no meio da sua cara se tentar falar com ela sobre isso, só estou sendo realista.

Viraram os corredores, no refeitório. Onde puderam enxergar Eunhye conversando com um trio de garotas familiar: Ryunjin, Lia e Yuna. Não fazia ideia mas a convidavam para uma festa.

Para Jaemin, um quase indicativo de morte pois havia tido um pequeno caso com as três. Acredite! Boas confusões renderam mas a amizade das moças continuou. O Na recebeu um olho roxo devido a um soco de Ryunjin e poucas e boas de sermões morais mas com um sorriso descarado tentava as acalmar.

Chenle diria que foi o dia mais hilário que presenciou.

Jaemin estremecia e sua voz trêmula fazia a hesitação de Mark em aproximar-se de garotas parecer fichinha. 

— Quem sabe elas estejam sendo amigáveis — observou Jeno. 

Na maior parte das vezes, não compreendia o exagero de Jaemin em relação as mulheres. Ou melhor, poderia julgar o amigo como um completo mulherengo que descontava suas frustrações familiares e pessoais ao tentar aproximar-se de qualquer relação que o despertasse desejo a ponto de o inebriar de sua realidade frustrante. 

Pode ver a risada de uma das garotas junto a Eunhye. Identificou Ryunjin como a morena que conversava gesticulando com a Lee.  

— Depois do que aconteceu comigo, acho que não — incerto, ele comentou. Desviou o olhar, dando um aceno para Mark, que se encontrava na mesa junto aos amigos.

Jeno riu.

— Você mereceu — acusou, fazendo-o levantar a sobrancelha. Deixando o amigo sem resposta, bastou um olhar para que Jaemin soubesse o que o Lee estava prestes a fazer ao andar em direção a bonequinha francesa. 

Aquela mocinha não os enganava. 

Oh não — nem perto.

Assumindo o típico comportamento indiferente, com os olhos dotados de nebulosidade e desdém, Lee Jeno trajou sua persona que esbanjava superioridade ao caminhar em direção a sua préféré. Molhou os lábios, os mordendo de leve, tendo a intenção de tornar suas soluções em realidade. Seu interior gritou como seria brincar com o Diabo dentro de sua carne.

Jeno ignorou.

Preferiu ligar seu som de rock favorito — a ilusão de que tinha tudo sob controle — só para que descobrisse no final que sua melodia favorita seriam os arfares daquela garota, daquela...bonequinha francesa, de sua titi

⋆·˚ ༘ *

— Não acho que tenha me chamado aqui para ficar olhando os céus. 

Encontravam-se no terraço, o local mais particular na opinião do Lee para conversar. Escorados sobre a grade, escutavam os murmurinhos nos andares inferiores, os sons dos pássaros e enxergavam o quão grande era o campus. Sob a visão privilegiada de um pôr do sol magnífico banhado a tons alaranjados e nuvens tão brancas como algodão permaneciam um ao lado do outro.

Moranguinho...— manhoso, Jeno tombou a cabeça para o lado, como uma criança. A voz dengosa e rouca causariam um arrepiar caso ela não fosse tão desconfiada, desvendando os olhinhos a sua frente, cruzou os braços. 

— Por acaso está carente? Faz uns quatro meses desde o seu término, se você quiser pode passar o dia lá em casa e nos empanturramos de tralhas juntos e também pode reclamar de tudo que eu vou ficar te dando apoio moral — indagou ela, ao se virar, balançando as mãos, um tanto animada com a ideia de o ajudar. 

Jeno deixou uma risadinha escapar, arrumando os fios de cabelos que espalharam-se pelo ar devido a ventania gentil naquela bela tarde. O sol beijou sua bochecha a ponto do maior poder analisar seu rosto e ver o quão avermelhada ela ficava ao animar-se com o facto de poder o ajudar.

Ele não queria a perder, de modo algum. 

Embora desconfiasse das motivações desde cedo, achava ser uma confusão de sua cabeça, por isso preferia atribuir tal admiração a amizade verdadeira que os envolvia desde a infância.

Um sorriso escapou dos lábios preciosos, dos que iluminam a face, dos que podem causar um desmaio de amores, aqueles meigos que só são característicos de Lee Jeno. Dentinhos brancos junto a uma risadinha deixaram-na confusa. 

— Nada disso, a superei faz um tempo — afirmou, arrancando desconfiança. — Vim propor algo a você, quero que me escute antes de reagir.

— Não sou tão impulsiva assim, cháton — protestou. Jeno arqueou a sobrancelha. — Tudo bem...só por vezes quando eu me animo ou fico nervosa.

O maior respirou fundo, colocando as mãos na calça colegial. Apoiou-se na grade, dessa vez virando-se para ver Eunhye por inteira. 

— Ser caloura aqui é uma tarefa árdua, sabemos disso por conta de uns incidentes que ocorrem na instituição, as pessoas podem ser bem cruéis e querendo ou não, nunca mexeram conosco porque eles tinham receio de mexer com Chenle por conta da sua família e sabe que o pai do Jaemin é um cantor — explicou com calma. Poderia soar um tanto ridículo caso não conhecesse os detalhes. — Nos mantemos em um grupo fechado por um tempo, por conta da banda, as pessoas tentaram se aproximar, nós brigamos muito por conta dos outros até que decidimos que ficaríamos juntos e ninguém mais entraria senão nossas namoradas, por isso Koeun e Giselle ficam por lá.

Uma luz ascendeu-se na mente de Eunhye.

— É por isso que os boatos ficam cada vez pior, eu não sou namorada de nenhum de vocês — concluiu ao ver Jeno assentir.

— Sei que não gosta de problema tanto quanto eu, podemos fingir que namoramos esse ano, é o tempo o suficiente para deixar de ser caloura e também — ofereceu achando a deixa perfeita.

— Não.

Jeno surpreendeu-se. Uma resposta mais automática e rápida do que esperava. A própria nem pensou para retrucar. 

— Isso não seria sacrificante. Só manteríamos nossa relação normal, sabe que as pessoas desconfiam só por termos uma amizade tão próxima, não vou te forçar a fazer nada, nem nos beijarmos nos precisamos — explicou Jeno, tentando avaliar sua face que permanecia como um quadro em branco. — Sou um pessoa bem discreta.

Eunhye semicerrou o olhar. — Ainda é um não

— Se sua preocupação é seu irmão e sua mãe, talvez isso faça bem para ela....— Jeno deu de ombros. Ela reconheceu o fundo de verdade, não faziam ideia até quando sua mãe viveria, quem sabe no máximo um ou dois anos. A mulher era apaixonada pelo mais novo como um filho. — Não iremos decepcionar eles se deixarmos isso baixo, sei que o maior problema é esse. Só não quero que tenha problemas por conta de sua amizade conosco e fingir que você não existe seria muito pior.

— Na verdade, não é por isso também.

Dessa vez, Jeno cruzou os braços. Esforçando-se para compreender: se não era sua família, nem mesmo ele, não entendia o que a impedia. Aproximou-se, podendo a ver recear. Movia suas mãos, brincando com os dedos, um sinal claro de nervosismo.

— Por que então?

— Nunca namorei, Jeno — confessou ela. O Lee sabia disso. Uma irritação jorrou de sua expressão, semelhante a irritação que nunca pensou existir em Eunhye com tamanha impaciência. Fez um contato visual que o deixou intrigado. — Se eu fingir ser sua namorada, vou ficar curiosa para saber como é, o suficiente para criar expectativas no futuro ou até mesmo me frustrar porque sei que você é um ótimo amigo e quero experimentar certas coisas que...

Ela fitou seus lábios.

Puta merda.

Por um deslize, eles pareceram ser tão apetitosos. 

Sua inexperiência atormentou-a. Quis devorar aqueles lábios por um desejo tão passageiro e pecaminosos livre de qualquer sentimento amoroso — pelo menos ela o amava como um amigo —, isso não o deixaria de ser alvo dos desejos acidentais de Lee Eunhyun.

Jeno notou.

Como um bom chatón, deveria ser livre de hesitações, impossível de deixar detalhes escaparem: o rubor nas bochechas dela, o quão involuntário os lábios de cupido da bonequinha abriram-se e fecharam em nervosismo, o desviar de olhar imediato.

A recostou sobre a grade, colocando seu braço próximo de seu corpo, apoiando-se. Próximo o suficiente para a encurralar, um tanto interessado. Certos comportamentos e ações anteriormente julgadas como atos de intimidades ganhavam um novo significado quando estavam com aquela energia voraz, receosa e dotada de curiosidade hormonal. 

— Continue

— Isso não o deixaria pior? Quero dizer, você terminou seu relacionamento. Pode ser um incomodo, pode acabar se magoando porque pode lembrar dela durante esse percurso e abrir uma ferida que irá demorar para ser curada só por um probleminha meu, somos amigos, pode me dizer! Não quero ser um peso para o meu melhor amigo, nem agora e nem nunca — piscou mais de uma vez, não gaguejou mas falara rápido demais. 

Jeno deixou um sorriso escapar, esse que a fez calar-se. 

— Ficou vermelha feito morango — comentou, fitando as bochechas. 

Ela precisava se controlar para não respirar fundo.

— Como é?!

— Você ficou nervosa, raramente fala o que pensa, princesa — avaliou Jeno. — Por sorte, seus olhos falam mais do que seus lábios, tenho sorte por saber os ler.

Eunhye cruzou os braços, considerou sair dali e agir como uma doida mas parecia presa sobre o efeito da atração. Não seria a primeira vez a um clima tão sugestivo surgir mas revelar tão abertamente que gostaria de experimentar coisas caso se tornasse sua namorada de mentirinha também era uma ação questionável. 

Pelo bem da amizade deles, evitavam situações que culminassem em momentos tão inusitados como aqueles mas pareceu inevitável. 

 Tsc, Tsc... — em reprovação, Jeno brincou com o som de sua boca. Segurou o maxilar com uma de suas mãos. Inalou o cheiro de menta que vinha da pele do maior. Não pode evitar em levantar o olhar, dando de cara com sua expressão um tanto penetrante, como costumava ser em momentos que tiravam-na o fôlego. — Mon bébé, poderia ser mais ingênua do que isso?

A Lee arqueou a sobrancelha.

Um amigo, um amigo, um amigo...

Seu melhor amigo — não uma fonte de desejo ou alvo de seus pensamentos pecaminosos.

— Ingenuidade não é uma palavra que combina muito bem — protestou ela, tirando a mão do maior de seu maxilar. 

Ele riu, assentindo.

— Você diria cinismo — adivinhou. O ar pesava ao redor deles. Encararam-se por segundos, imersos como no oceano em suas órbitas, queriam agir e fugir. Acima de tudo, Jeno decidiu agir na irracionalidade por uma das poucas vezes em sua vida. — Não posso negar que essa característica me é muito familiar mas quero saber se confia em mim, quero te mostrar uma coisa.

Dispensava-se dúvidas sobre a pergunta. Eunhye fez questão de deixar claro quando fez um silêncio estrondoso, deixando o canto de seus lábios levantarem, como se dessem uma discreta resposta, seguido do assentir. 

Ele deu mais um passo, perto o suficiente para que a quentura de sua respiração a causasse formigar e sua pele se arrepiasse. Tocou-lhe a cintura com uma mão, segurando-a com delicadeza e firmeza. Eunhye se condenou por apreciar o quão confortável eram aqueles braços, poderia ter recebidos diversos abraços mas estar tão próxima do maior a concedia uma visão totalmente diferente. 

As orbes incendiavam uma dualidade inexplorada pela garota, essa que segurou nos ombros de Jeno por impulso, sentindo o quão quente ele era — seu precioso ursinho. As intenções estavam tão límpidas quanto o curso de um rio e atribuladas quanto uma tempestade. 

Poderia ser rápido, esquisito, quem sabe nojento e a deixasse por repulsa. Ora, era seu melhor amigo mas, para sua surpresa. O cavalheirismo do melhor-amigo brilhou quando ele levantou com sua mão esquerda sua mão, a beijando com cuidado.

— Me permite? — educado, indagou. 

Poderia a ter nos braços mas jamais saberia que um frio percorreu a barriga da moça. Eunhye possuía a típica expressão controlada em seu rosto (mesmo que temerosa e curiosa) e ao assentir, vidrada em seus olhos, soube ser uma decisão sem volta alguma.

— Claro, confio em você. Me mostre o que quer, mon cháton — brincou com o apelido, o que o retirou um sorriso.

— Feche os olhos, princesa — pediu ele, assim que ela fez o que foi solicitado. 

Pode sentir a aproximação, o erguer de seu queixo. O carinho em sua cintura seguido dos lábios macios de Lee Jeno aos seus, suas línguas se tocaram, concedendo uma experiências que fizera seu corpo se arrepiar devido a intensidade que fora beijada. Nada rápido ou lento em demasia, fora quente como o corpo do maior, tão excitante a ponto de sentir-se febril e molhado pois se derreteria ali mesmo devido ao gosto do beijo tão receptivo. 

Em um ato final, ele selou seus lábios, com carinho.

— Só pude sentir você, não pensei em nada mais. Caso queira saber como é ser minha namorada, podemos brincar como fazíamos quando éramos crianças e deixávamos Nana irritado, repleto de ciúmes — Jeno dissera, mesmo que retomasse o ar. Uma dormência permanecia em seus lábios. Achou-se prestes a entrar em combustão, teve certeza de embarcar em uma loucura e estar prestes a puxar consigo. — Acho que ele merece depois de causar tanta discórdia com o público feminino...e masculino da escola.

Um tanto aturdia e com o juízo desorientado devido ao beijo, ela sorriu.

Como diria ser seu primeiro beijo de língua?

— Como brincar de casinha — repetiu ela, o encarando.

— Como brincar de casinha — afirmou ele, retribuindo o gesto.

Ela mordeu o lábio inferior. 

Gostou mais do que deveria — quis mais ainda.

— Não quero que machuque nossa amizade, Neno — cuidadosa, ela pediu enquanto o encarava. Lee Jeno e Na Jaemin eram suas preciosidades, a única extensão de felicidade que conhecia além de seu pai e mãe. Os perder por conta de um calor adolescente seria um erro imperdoável.

— Não irá. Tudo que irá acontecer é decisão sua — reforçou. Preocupado com o comportamento da morena, franziu o cenho. — Por acaso não gostou?

— Não é isso! — negou de imediato. Um belo sorriso escapou, como se fosse uma criança pequena rindo de uma piada. — Foi engraçado na verdade.

Jeno ficou um tanto perplexo.

— Engraçado? Por que?

A resposta que recebeu foi única e inusitada, como esperado de Lee Eunhye.

— Foi como mascar uma bala de menta — forçou a visão, tombando a cabeça para o lado, arrancando diversas gargalhadas de Jeno, esse que bagunçou os cabelos da menor, recebendo reclamações de imediato.

— Só farei isso quando quiser e quando for necessário, se você quiser. É só uma sugestão, caso não se sinta bem, podemos arrumar outra saída — garantiu de imediato, aliviado com a situação. 

— Se isso não alterar nossa amizade, podemos fazer isso — Eunhye reforçou seu medo, inclinando-se com um sorriso. — Como brincar de casinha.

Igualmente em um comportamento infantil, Jeno se inclinou feito uma criança, podendo ver os olhos adoráveis de sua bonequinha favorita. Caso os vissem, julgariam de sem juízo e pior, ver um cara grandão que agia como intimidador revelar seu interior meigo diante uma mocinha de língua fervorosa a despejar apelidos franceses era o mais inusitado ali.

— Nada irá destruir ela, só no dia que enjoar de mim. Até lá, continuarei do seu lado — cantarolou como uma criança, a fazendo sorrir tão largo como uma. Beijou o topo de sua cabeça, a puxando para seus braços desajeitado a ponto de a fazer tentar se livrar do abraço, gargalhando devido as tentativas de cócegas. — Pegajoso igual ao Jaemin, até quando nós tivermos que amarrarmos ele nas nossas costas para continuar o caminho porque ele é preguiçoso.

Entre gargalhadas, brincadeiras que remetiam a doce lembrança de suas infâncias, perdiam os minutos juntos, selando um acordo tão perigoso que dissiparia toda inocência existente em seus corações, fervilhando o pecado do desejo. Só não avisaram que o amor era um espertinho que adorava crescer em meio a amizade, já que não poderia existir amor mais genuíno daquele que floresce dentro de uma amizade dotada de confiança.

 


Notas Finais


彡 Espero que tenham gostado. Peço que seja gentil e deixe suas opiniões, para mim é muito interessante ler a opinião de vocês. Por sinal, caso alguém queira entrar no grupo que já existe da fic, deixarei o link aqui em baixo nos comentários.


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