História Entre olhares de ternura - Elas deram sinal as 2:30 da madrugada

Lá estava Henrique tomando uma dose de uísque, seu pensamento tinha nome e sobrenome... 

- ei meu irmão..- chegou Raquel perto dele o fazendo voltar a realidade..

- oi 

- vem jantar 

- eu não tô com fome, pode ficar tranquila que eu tô bem

- que isso Henrique...- ela olhava o olhar do irmão que estava marejado, e ela conhecendo bem o homem sabia que se ele chorava é porque realmente estava lhe fazendo mal ao seu coração..

- Henrique por favor, você tem que ir atrás do amor da sua vida, da mulher da sua vida a mãe das tuas filhas.. você não pode achar que esse tempo que você falou vai fazer bem pra vocês, porque não vai..

Do mesmo jeito que você tá sofrendo a Paola também está e junto a ela tem a Fran, que por sinal deve estar muito sentida com você. Eu vi o jeito que ela estava abalada aquele dia, e eu não vou deixar de concordar com a minha sobrinha .. meu irmão a tua mulher tá grávida das tuas filhas esse era o pior momento pra vocês se desentenderam.- Henrique ouvia atentamente cada palavra da irmã.- e tirando o fato de que as emoções que a tua mulher sente se espelha nas pequenas...

- Mas Raquel, como eu posso chegar lá depois disso tudo que eu fiz? Eu sou otário mesmo.- dizia o badboy tentando conter as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos..

- não se julgue, nessa vida todo mundo erra.- ela fazia carinho nas costas dele.- todos nós erramos, para depois aprendermos.. 

- será que a Paola vai querer olhar na minha cara?

- claro que vai Henrique, vocês são casados, mas antes disso tudo melhores amigos, vocês são companheiros um do outro. Do mesmo jeito que você não vive sem ela, ela não vive sem você..

Mas antes você deveria conversar com a sua primogênita primeiro, ela ficou muito abalada com o que aconteceu, e depois de você não ter participado da vida dela quando mais nova, quando você fez isso de se separar da Paola grávida ela se doeu. Conversa com ela, peça perdão a ela, depois com a Ivone... Ela te considera como um filho e de tudo isso que aconteceu, de Jeitinho ou de outro doeu nela também..

Meu irmão olha pra mim. - Raquel se virou de frente pra ele e olhou nos fundo de seus olhos...- você construiu uma linda família, não deixe que isso tudo acabe por insegurança..

- o que eu faço então?- perguntou ele com um tom de voz trêmulo por conta do choro..

- vai ser feliz do lado de quem você ama, e se for preciso faça o necessário para provar seu amor e dar a entender que o amor de vocês supera qualquer coisa.

Os irmãos se levantaram e deram um abraço apertado, ela segurou o rosto dele e com o polegar enxugou suas lágrimas..

[Fran]

Depois que minha mãe fez o curativo em mim, descemos pra mesa de jantar. Minha vó e a dinda tinham terminado de preparar tudo.

- Fran.

- oi vó?

- Pegue a panela lá na cozinha, só cuidado pra não se queimar.

- aqui vó.

- obrigada amor..

- por dios.- disse minha mãe se sentando à mesa

- que sucedió mami?

- estoy con una dor gigantesca na lombar...aaaiiii.. meu deus no fazem assim comigo filhas..aaaii, a mamãe no aguenta, yo no sé porque mas hoje elas estão mais agitadas..

- onde tá doendo mana?

- aqui hermana.- falei mostrando pra ela 

- vamos aliviar um pouco essa dor?, Fran vem cá rapidinho..- eu fiquei de frente pra minha mãe segurando firme suas mãos. Enquanto a dinda fazia massagem..

- aahh que dor.- minha mãe gemia entre dentes

- calma mana, respira..

- tá doendo muito.- ela com a voz, Pouco trêmula, dando a entender que estava pra chorar de dor, com toques firmes e precisos a baixinha massageava a lombar e no quadril, Paola soltava leves gemidos demonstrando a dor que sentia...

Depois de uns minutos massageando a mulher

- Mana, deu uma melhorada?

- si, muito obrigada hermana..

- pra aliviar um pouco mais, mana vamos colocar uma bolsa meio morna?

- hurum.- balançou levemente a cabeça.- pega pra mamãe, meu bem?..

- claro 

- gracias amor

Eu fui rapidinho na cozinha, vejo minha vó terminando de arrumar algumas coisinhas do jantar..

- o que aconteceu  Fran?

- deu a crise de dor na mamãe..

- na lombar né? 

- si, e um pouco nas costas..

- então, temos que ficar de prontidão porque as vezes dores nas costas, junto de uns outros sintomas quer indicar que as pequenas vão nascer..  

- os outros sintomas seriam as contratações né?

- sim meu bem.. agora levá-la pra ela, isso vai ajudar a aliviar..

Eu jogo um beijo no ar pra vovó e volto pra sala, chegando lá eu vejo minha mãe sentada no sofá abraçada na dinda que fazia massagem nas suas costas..

- aqui, mami.- eu coloquei a compressa nas costas dela e pude escutar um suspiro de alívio.

- tá doendo muito mãe ?

- si mi amor, tuas irmãs estão cansando um pouco a mamãe..

- calma, mana.. respira.. você não pode cansar não, eu quero mais uma afilhada.- disse Ana rindo baixo 

- no Ana, por dios.. minhas pequenas nem nasceram, aaaiiii.. e yo no to aguentando.- disse Paola com um fio de voz.. 

- como vamos por aqui?.- disse Ivone

- deu uma amenizada na dor

- quando vocês quiserem jantar tá?.. já tá pronto 

- vamos então..- disse Paola se levantando.

- calma minha filha, se você quiser esperar mais um pouco.

- no Ivone, deu uma amenizada na dor.. Gracias Ana 

- por nada mana..

As mulheres se sentaram a mesa e começaram a comer, 

O jantar fluia tranquilamente

- mami, então que nota a senhora me dá? Até que eu fiz bem né?

- então..- Paola fazia uma cara de suspense 

- mami, no hagas eso, me pongo nerviosa

A argentina começou a rir junto da avó e da madrinha..

- tranquilla mi pequeña, usted cozinhou muito bem..- mandei um beijo no ar pra ela 

- a mana, é até difícil perguntar pra você.- Ana ria.- vou perguntar pra Ivone.

A senhora ria da situação

- Ivone você gostou?

- claro que eu gostei, mas vamos ter que lembrar que meu xodó cozinha melhor né..- disse ela olhando pra Argentina

- huuum, te amo ivone.- disse Paola

As mulheres davam gargalhadas gostosas de se escutar..

Depois de uns minutos que se passaram 

- amores da minha vida, muito obrigada pelo jantar, mas agora eu vou ter que ir.

- já madrinha ?

- sim minha linda, tenho que resolver algumas coisas amanhã de manhã e também, agora o tio patrício tá me esperando em casa, mas qualquer coisa é só ligar que a dinda vem tá

Ana deu um beijo e um abraço na madrinha..

- beijos ivone

- vai com deus meu bem.- elas se abraçaram 

- mana, qualquer coisa que você precisar é só me ligar tá, eu estarei à disposição.. 

- ok, muito obrigada hermana

- um beijo nas minhas princesas, madrinha não vê a hora de ver vocês.- Ana dava leves beijos na barriga da argentina

- usted è muito madrinha coruja né?.- disse paola rindo 

- hurum, as minhas afilhadas são a minha vida..

Por fim ela se despediu da Argentina e foi embora..

[Ivone]

Eu vou começar a lavar a louça, minha filha, você não quer ir se deitar um pouco?

- no, yo voy ficar sozinha lá.. vou ficar na cozinha com vocês..

- tá ok.- eu fui pegando as coisas que estavam na mesa, pratos e talheres e levei pra cozinha.

- Fran?

- oi vó.

- você me ajuda aqui? 

- claro

- então eu vou lavando e você vai secando ?

Ela balançou positivamente a cabeça e começamos..

- Ivone 

- oi minha filha 

- usted nunca me contou sobre você.

- como assim? Eu falei rindo 

- usted nunca nos falou sobre sua vida 

- é vó..

- conta meu bem 

- a gente, acho melhor não 

- aah conta vó.. aonde a senhora conheceu a mamãe?

- então, eu conheci ela lá no início do arturito

- recuerdo cuando nós arrumavamos todos os ingredientes, nos fins de semana fazíamos um almoço para todos os funcionários.

- sim , eu também lembro disso..

Aí depois de um tempo você falou pra eu sair do restaurante e vir trabalhar aqui 

- e eso fue una de las mejores cosas  Que yo hice.- ela olhava com o olhar que brilhava pra senhora

- e com o passar do tempo eu criei um amor gigantesco por vocês, que agora.- ela começou a ficar com a voz tremula.- eu não vivo sem vocês..- ela terminou a frase chorando

- No llores ivone, si no lloro contigo.- Paola já secava as lágrimas que de seus olhos caiam

- te amo vó.- sussurrou a menina em meio ao abraço..

A campainha toca, tirando a atenção delas

- quem será?

- eu acho que é a dinda, talvez ela esqueceu alguma coisa, peraí que vou lá ver..

A menina saiu da cozinha e foi ver quem era..

- madrina aposto que a senhora esqueceu alguma co...- no momento que ela abre a porta, seu coração dispara e seu olhar enche de lágrimas

- PAI

Henrique estava diante a ela, ele segurava a mala e na outra mão as chaves da moto..

- oi minha filha.- francesca nada disse, deu passagem para que o homem entrasse em casa e ela foi correndo pra cozinha, Paola repara que a menina entra agitada e logo se preocupa

- que sucedió bebé, porque  estás nerviosa?

Ela vê o marido entrar na cozinha, e seu coração dá uma leve acelerada 

- oi ivone.- disse homem entrando 

- meu filho.- a senhora foi em direção ao badboy e o envolveu em um abraço apertado sendo retribuída com o mesmo ato da parte da parte dele.- é tão bom te ver aqui.- sussurrou ela, fazendo carinho em seu rosto.- eu quero conversar com a senhora depois.- sussurrou ele, lhe devolvendo o abraço..

- mi precioso.- disse paola com a voz trêmula

- amor.- ele foi em direção a mulher que estava sentada na cadeira diante o balcão da cozinha, ele a  beija  de uma forma carinhosa, uma mão ele leva entre seus fios e a outra descansa sobre a barriga. Eles se beijavam com saudade de sentir um ao outro, intensificando o beijo a língua da Argentina pede passagem pro marido que logo é concedido, seus corações sincronizam as batidas e um suspiro de ambas as partes foi solto, depois que sentiram o ar escapar ele ficou dando leves selinhos na esposa.

- usted no sabes cómo te extrañé.- disse ela de um jeitinho carinhoso

- eu também senti tua falta minha argentina.- ele deu um selinho.-  podemos conversar depois?

- si, más porque después?

- primeiro eu quero conversar com a Fran..

- está bem, cariño..

Francesca estava abraçada na avó.

- filha, eu quero conversar com você

- eu, eu não tenha nada pra conversar.- disse a menina com o olhar marejado

- por favor minha loirinha..

A menina rapidamente corre pros braços da mãe.

- mi amor, vai lá conversar com o papai.- disse a mãe, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha..

- eu não quero.

- eu quero conversar com você meu amor.

Henrique estendeu a mão pra filha, e depois de uns segundos ela pegou na mão dele e os dois foram pra sala.. e lá ia começar uma conversa de pai e filha.

Francesca se sentou no sofá e seu pai se sentou ao seu lado, a menina não cruzava o olhar com ele, e isso estava despedaçando seu coração.

- minha filha, eu queria te pedir perdão pelo que eu fiz e também pelo que eu não fiz anos atrás. Eu errei, eu me arrependo muito..

Me arrependo por não ter ficado do seu lado quando mais precisava, não ter ficado do seu lado pra comemorar algo que conquistou quando criança.- Henrique já não fazia questão de segurar as lágrimas.- de ter faltado em seus aniversários.- Henrique chorava deixando sair toda dor sentia, seu choro era sofrido,  lágrimas pesadas molhavam sua blusa.- me dói o que eu fiz, me dói a decisão não pensada que tomei quando descuti com sua mãe e fui embora.. eu me arrependo muito...- francesca, com toques leves e gentis enxuga as lágrimas do rosto do Henrique..

- calma pai, eu te perdoo .. é só que eu fiquei com medo de que você não pensasse nas minhas irmãs e algo viesse a se repetir novamente, o Nascimento delas vai ser um dia muito importante nas nossas vidas e eu fiquei com medo de você deixar a mamãe sozinha e não pensar nelas também..

- eu jamais faria isso minha filha, vocês são minha vida.. você, suas irmãs, sua avó e sua mãe..

- desculpa pai, se em algum momento eu fui insensível, se eu fui grossa.. e que eu estava nervosa.. 

Nada mais foi dito.. Henrique envolveu sua filha em seus braços em um abraço apertado, um sentia falta do outro.

Em seu coração, Henrique não sabia viver sem sua família..

A menina deixou as lágrimas rolarem em meio ao abraço, Francesca chorava de alívio, aliviada de ter se entendido com seu pai e ter a certeza que a história nunca mais se repetiria novamente.

- te amo minha filha..

- eu também te amo pai.- eles ficaram mais um pouco abraçados até que Henrique da um Beijo em sua bochecha e faz um carinho em seu rosto.

- filha, vou precisar da sua ajuda 

- huum, o que ?

- você leva sua mãe lá pro quarto, pra eu conversar com a sua vó ?

- levo sim..

A menina vai em direção a cozinha e se depara com a mãe e a avó conversando

Paola, vê a menina entrar na cozinha com um sorrisinho leve, seu olhar estava mais tranquilo... Isso tudo fez com que seu coração se acalmasse junto. 

- mami!

- si, amor

- o que usted acha de ir deitar um pouco, hum.. 

- yo no quiero ficar sozinha..- disse Paola de um jeitinho meigo 

- No te dejaré sola mami, eu vou ficar lá .. e só que acho que a senhora precisa descansar um pouco.. hum? Vamo.- francesca entendeu a mão em direção a mãe a ajudando a se levantar..

Paola joga um beijo no ar pra Ivone e sai da cozinha, saindo de lá ela vê o marido na sala... 

Eles trocam um olhar saudoso e cheio de amor.. 

Francesca e a mãe subiram as escadas e foram pro quarto, chegando lá a filha ajuda ela a se deitar..

- já volto mami

- a dónde vas ?

- eu vou no meu quarto pegar o celular e já volto..

De repente Paola leva a mão na barriga sentido uma leve contração..

- que sucedió mami?

- estoy sentindo uma leve dor aqui, mas no e nada de mais

- tem certeza?

- si mí amor, e usted? Conversou com teu pai?.- a menina balançou a cabeça positivamente se aconchegando nos braços da Argentina..

- ele me pediu desculpas, porque da última vez nós conversamos, acabamos discutindo e eu fiquei muito mal com isso 

- porque usted no contou pra mim?.- Paola falou com um tom de preocupação

- no, mami a senhora não estava bem.. eu não queria te ver mais nervosa... Isso não te faz bem e  pra elas também não.- a menina repousou a mão na barriga e começou a fazer carinho.

- mas você não pode ficar mal, se usted no quer falar comigo pelo menos fale com sua avó mas não fique segurando tudo o que sente tá bom..

- hurum.- ela balançou a cabeça positivamente e continuaram a assistir o programa que passava na televisão.

Enquanto isso na cozinha.

- eu fico muito feliz de ver que você entendeu seu erro, e que entendeu que ficar longe de quem ama não vai mudar nada...

- você me perdoa Ivone?

- claro que te perdoo meu filho, nessa vida nós não estamos aqui pra julgar ninguém.- Ivone falava enquanto abraçava ele..- agora eu acho melhor você conversar com a mãe das suas filhas, a sua esposa.

Henrique depois da conversa com Ivone se sentia mais leve, seu coração estava mais tranquilo mas ele ainda precisava conversar com o amor de sua vida.

Ele sobe as escadas em direção ao quarto, pela primeira vez ele demonstra que está nervoso. Sua mão suava frio seu coração estava acelerado.. chegando no quarto ele vê a porta meio encostada, bem devagar ele dá duas batidas e, a abre com delicadeza.

Paola vê o marido parado na porta e não aguenta segurar as lágrimas de saudade que sentia do homem.

- ei loirinha, posso conversar com sua mãe?

A menina deu um beijo nela, se levantou da cama e saiu do quarto..

Henrique ficou parado uns segundos na porta, ele estava muito nervoso.

- cariño.- a Argentina estendeu os braços em direção a ele e o chamou de um jeitinho manhoso, o casal já não fazia questão de segurar as lágrimas.

Em passos largos o marido se aproximou dela e lhe deu um abraço, abraço esse que eles estavam sentindo saudade.. em seus olhares estava nítido o amor, carinho e respeito que um sentia pelo outro..

Nós braços dele, Paola deixou as lágrimas irem... A mulher chorava de alegria em ter e sentir o marido por perto, suas lágrimas significavam muitas emoções. O sentimento de angústia que sentiu esses dias,  a dor que sentia em seu coração e a saudade de ter o amor de sua vida ao seu lado. Henrique se abaixou e deu leves beijos na barriga da esposa.- papai tá aqui meu amores, papai tá aqui.- as pequenas ao escutar a voz dele começaram a chutar fazendo com que a Argentina sentisse uma leve dor..

Paola se emocionava cada vez mais, ao ver o carinho e amor que o tatuado tinha pelas filhas. Ele repousou o rosto sobre sua barriga e ficou fazendo carinho no local..

Depois de uns minutos que ele "interagia" com as filhas..

Ele se ajeitou e sentou do lado da esposa, pegou sua mão que tinha a aliança de casamento e depositou um beijo no local.

- amor, me perdoa pelo que eu fiz, me perdoa por te fazer sofrer e consequentemente fazer nossas pequenas sofrerem também, a Ivone me contou que aconteceu com elas. 

- tô fiquei com tanto medo naquele dia.. - disse ela com a voz trêmula 

- Eu sei que eu fui um otário, irresponsável de ter feito aquilo, falar aquela frase de que "dar um  tempo ia nos fazer bem", foi uma das piores coisas que eu já fiz nessa vida.   nesses pouquíssimos dias que eu fiquei longe de vocês só me confirmou que eu não vivo sem minhas filhas e sem você Paola.

- sem você, yo sentí que faltava un pedaço de mim..- falou ela olhando no fundo dos olhos do marido.- porfavor Henrique, sempre que discutirmos não vamos nos distanciar, por mais que estejamos com raiva um do outro..

- vamos sempre conversar..

- si, cariño... Yo no supporto estar brigada con você

- eu também não meu amor.- ele deu um selinho nela..

- usted me promete eso?.. me promete que não vamos nos distanciar?

- eu prometo meu amor.- os rostos foram se aproximando até que ele a beija De uma forma carinhosa e fica dando leves selinhos nela..

Duas batidas na porta tiram a atenção do casal.. 

- vocês conversaram?- pergunta a filha com a voz trêmula o olhar marejado

- no llores amor, tá tudo bem.. - Paola chamou a menina que foi correndo em direção aos pais.. 

- ei loirinha, não chora.. tá tudo bem agora.. - Henrique deu beijo e um abraço nela..

- agora eu posso dormir com o coração tranquilo, boa noite pai...- a menina deu um beijo e um abraço demorado no tatuado

- boa noite loirinha

- cadê o abraço da mamãe?.- Paola disse de um jeitinho que a filha amava escutar.- huuum, boa noite mami.

- buenas noches mi pequeña, mamãe te ama

- yo también te amo..

Por fim a menina se despediu dos pais e logo foi dormir..

- cariño, vamos dormir também? Estou com um pouco de sono.- Paola se levantou e foi colocar o pijama.

Derrepente ela sente Henrique entrar no banheiro e a abraçar por trás..

- eu tava com tanta saudade de você.- disse ele trilhando beijos pelo seu pescoço..

- ahh cariño.- Paola fecha os olhos, ao sentir a mão do marido apertar seus seios...

- Cariño, por favor no me hagas esto, sabes que no puedo resistir.- cada toque do marido a deixava toda arrepiada.. 

- eu estou com tanta saudade de te satisfazer..- dizia ele acareciando cada curva do corpo da esposa..

- huum, henrique.- disse ela ao sentir a mão dele chegando em sua intimidade.-  no me tortures así..

- vem cá amor..- ele a puxa pela mão e a leva de volta pra cama e a deita delicadamente..

Ele começa a trilhar beijos pelo seu pescoço e descendo pelo seu colo ele chega em seus seios.. o tatuado deposita leves beijos e da levez mordiscadas fazendo com que ela soltasse um gemido de prazer. Ele desce o caminho de beijos a sua barriga que já estava de oito meses. 

Aaahh mi amor.- um gemido manhoso foi solto de seus lábios ao sentir a barba do marido em sua intimidade, Henrique percebendo que sua mulher estava completamente sensível ao sexo oral, o fez com muita mais vontade.

Depois de uns minutos que ele satisfazia sua mulher..

- cariño, yo no sé se voy aguentar aguentar por mucho tiempo..- disse ela de olhos fechados e  agarrando firme os lençóis 

- vai amor..- nessas últimas palavras do marido, a mulher se entrega..

Ofegante ainda, Paola ria baixo ao sentir as gêmeas se mexendo.

- isso e culpa do papai.- disse ela acareciando a barriga.

- mas a mamãe adorou né.- disse ele com um sorriso de canto.

Hurum.- deu um Selinho nela

Ela se levantou e foi colocar o pixama, era uma leve camisola de seda branca, nada que a incomodasse.. Paola se acomodou na cama, e marido passou a mão pela sua cintura a repousando na barriga..

- boa noite cariño

- boa noite amor..

........

O relógio marcava 2:30 da madrugada

[Paola]

Uma leve pressão no ventre faz com que eu acorde e perca meu sono.. minhas constas e minha lombar estavam doendo muito.. yo me levantei e andei um pouco pelo quarto, mas tive que me sentar na cama porque comecei a sentir uma leve falta de ar por causa das meninas..

- ei, amor ... O que aconteceu?.- perguntou Henrique vendo que eu não estava deitava

- cariño, yo no to conseguindo dormir.. minhas costas estão doendo muito e estou sentindo leves contrações..

- amor, sobre as contratações .. elas estão sequênciais?? Ou fortes?

- no, elas estão vindo bem de leve em diferentes momentos, cariño.- Paola o chama de um Jeito manhoso

- oi amor.

- minhas costas estão doendo tanto.- disse ela com a voz tremula quase chorando, ele ao escutar a dor dela, a faz sentar na cama pra que ele tentasse aliviar a dor da esposa..

- tô te machucando?

- no cariño.- disse ela de olhos fechados e com  um fio de voz ao sentir o toque firme do marido em suas costas, depois de uns minutos ele começa a escutar um choro baixo

- cê tá chorando amor?

- si.. tá doendo, e yo no sé se voy suportar eso..

- não fala assim, calma amor, você é forte e vai conseguir.

Minutos se passaram que o tatuado tentava fazer com que a dor passasse, o relógio marcava três horas da manhã..

-melhorou um pouco amor?

- si querido.- ela deu um selinho nele..

- onde cê tá indo linda..

- eu vou lá em baixo pegar um copo d'água

- eu pego amor 

- no, mi amor fica tranquilo eu tô bem..- eu saí do quarto e fui em direção as escadas, mas antes dei uma paradinha no quarto da Fran pra ver como ela estava, ela dormia tranquila com a respiração calma... Dei um beijinho em seus fios e logo sai.

Coloquei a mão no corrimão  e desci os degraus da escada sempre tomando um pouco de cuidado..

Chegando na cozinha eu pego um copo de água e logo volto..

Eu estava no meio da escada e derrepente yo sinto um líquido descendo pelas minhas pernas e uma leve pontada no ventre faz com que eu solte o copo, fazendo com que ele caísse no chão..

Yo tava com medo de escorregar na escada molhada 

- HENRIQUE, VEM CÁ PORFAVOR..

-meu deus o que aconteceu? .- disse Ivone vindo em minha direção..

- eu vim pegar um copo d'água e quando eu comecei a subir as escadas, a bolsa estourou e eu senti uma leve pressão no ventre..

- amor precisamos ir pro hospital..

 Em quanto ivone catava os cacos de vidro no chão, Henrique foi pegar a mala da maternidade e acordar a Fran..

- calma minha filha, vai dar tudo certo.- dizia Ivone tentando acalmar a Argentina

- MAMI.- Fran desce as escadas correndo.- que sucedió

- a bolsa estourou mí amor

- ai meu deus, o papai ligou pra Simone vó?

- ele tá no telefone com ela agora..

Minutos depois ele desce com a mala na  mão.

- vamos ela já tá esperando lá no hospital, Ivone ajudou ela a se levantar e saíram do apartamento..

O relógio marcava 3:20 da madrugada

Eles chegaram no hospital e Paola logo foi encaminhada pro quarto, Doutora Simone pediu pra que ela retirasse a roupa e colocasse o vestido cirúrgico

- Ivone, por dios... Que dor.- falava entre dentes no final de mais uma contração..

- calma minha filha.- falou a senhora massageando suas costas.

- Paola, a que horas você começou a sentir dor?.

- No recuerdo perfectamente pero, acho que era umas duas horas da manhã

- pronto tô aqui....- ele parou para falar com a doutora.- tive que voltar em casa, na hora da pressa esqueci de pegar um documento.

- mi precioso.- ela estendeu a mão em seu direção e o falou de um jeitinho mais manhoso ainda.

- minha vida.- ele chegou perto dela, e depositou um beijo em seus lábios..

- como você tá amor?

- eu tô bem cariño, e só que.- ela segura firme em seu braço e fecha os olhos 

-O que aconteceu?

- contração....- disse ela em um fio de voz..- aaah que dor

-Calma meu amor, eu tô aqui com você, você é muito forte.. eu não vou sair do teu lado.- ela entra, nos braços do marido descansando a cabeça em seu peito.

- cariño, e a Fran? Cadê ela?

- ela tá lá fora com a Ivone e a Ana

-  então como estão indo as contratações?.. perguntou Simone pra enfermeira que seguia ali..

- então.. a cada 8 minutos com duração de 35 segundos a um minuto

 - agora meu bem, eu vou te examinar. Essa parte vai te incomodar um pouco porque você vai sentir dor.. 

No momento que a Argentina sente o toque da doutora ela fecha os olhos e  aperta firme a mão do marido 

- Simone, por Dios ... Que dor....

- me perdoa meu amor, mas preciso fazer isso pra ver como está indo, eu vou te perguntar se uma vez.. 

Querida você vai querer tomar anestesia?

- no, no vou tomar.. é uma dor que consigo suportar..

Enquanto isso na recepção..

Lá estavam a primogênita, a avó e a madrinha.

- Fran, tenta acalmar meu amor..

- aí vó, eu não tô conseguindo.. só vou ficar tranquila quando a Antônia e a Antonella nascerem..

.......

- mas amor, a dor vai aumentar... 

- yo sé cariño, mas yo voy conseguir.. eu tenho certeza..

- claro que vai meu bem..- disse Simone a encorajando.

Paola foi tomar um banho quente com o intuito de se acalmar.. Henrique estava ali do seu lado lhe dando força dizendo que iria ficar tudo bem.

- cariño, me leva pra banheira por favor.- pediu ela com uma voz de que já estava exausta.

Henrique só de cueca, entrou primeiro e depois Paola com a ajuda da doutora entrou depois.. 

Ela deitou com as coisas em seu peito e escondeu o rosto no vão de seu pescoço, as mãos do casal descansavam sobre a barriga dela. Com a vinda de mais uma contração, Henrique sentiu o corpo da esposa se enrijecer e ela apertando suas mãos, um gemido sofrido tomou conta do quarto..

Do mesmo jeito que a Argentina apertava a mão do marido ele a apertava de volta, como se fosse tentando mandar todas suas energias pra esposa..

- amor

- si cariño..- respondeu ela de olhos fechados 

- toma a anestesia

- cariño, no vamos voltar nesse assunto porfavor

- mas amor você tá sofrendo muito 

- cariño, pra passar por tudo isso yo só preciso de usted aqui comigo e teu apoio.. 

- eu estou com você meu amor.. jamais te deixarei sozinha..

Ele levou a mão até a barriga e começou a fazer carinho no local ..

- te amo minha vida- sussurrou em seu ouvido 

- yo también te amo, mi precioso.

Depois de um tempinho de relaxamento ali, Paola foi levada pra sala de parto.. 

........

- PAI.- Henrique saiu da sala de parto e a menina, que não continha a emoção, foi correndo em sua direção...- como tá a mamãe? 

- ela acabou de ser levada pra sala de parto.. daqui a pouco tuas irmãs estão aqui.Henrique abraçou a filha com o intuito de acalmá-la..

A menina fechou os olhos, levou a mão no coração e começou a rezar.. rezar pra que tudo desse certo. 

........ 

- continua Paola, assim mesmo.. - Simone a insentiva, ao ver que ela tentava regular a respiração.- inspiração pelo nariz e solta pela boca, vai Paola mais uma vez.. 

Exaustão, soluços .. lágrimas e muitoa gritos e gemidos

- vai Paola.. ela tá vindo... FORÇA MAIS UMA VEZ.- a Argentina segurou na mão do marido.. respirou fundo, tirou força de onde não tinha mais .. 

Um grito forte, de pulmões abertos, um choro audível.

Era Antonella, Antonella Florencia fogaça..

A enfermeira logo levou ela pra perto dos pais..

- cariño,a nossa menina.. a minha princesinha..- o casal não continha as lágrimas..

Aquele anjinho estava entre eles...

- Paola, força mais um vezes..

RESPIRA se concentra e faz.. vai força Paola.- dizia Simone incorajando a mulher.. 

- yo, estoy sentindo ela voltar.- gemeu a Argentina sem forças mais.. 

- o cordão... Ela está voltando porque o cordão está puxando ela de volta.. 

Paola vamos ter que fazer uma cesária de emergência, os batimentos da Antônia estão diminuindo cada vez mais ..

Eu tentei desenrolar o cordão mas não consegui, e se você fizer força de novo.. talvez ela não aguente.. os batimentos dela estão caindo. 

Paola amedrontada por pensar em perder sua filha começa a chorar desesperadamente

Henrique suava  frio.. seu coração estava acelerado.. nem se passava pela cabeça do pai, que sua filha estava correndo risco..

Simone e sua equipe levou às pressas Paola para sala de cirurgia enquanto Henrique foi na recepção.

.......

- então badboy.- se perguntou Ana ..

- ela nasceu, a Antonella... Mas a Antônia.. o cordão está enrolado nela e agora a Paola está na sala de cirurgia

- Aí meu deus..- 

- como assim pai?- francesca falava em meio a lágrimas 

-  os batimentos da Antônia estavam  muito fracos, e a Simone disse que a sua mãe poderia fazer mais força porque senão não aguentaria porque o cordão está enrolado nela..

Aí meu deus..- a menina sentiu todas as batidas do seu coração errar e tudo que estava ao seu redor parar, ela começa a chorar mais ainda..

- pai, eu não posso perder minha irmã..

- calma meu amor vai ficar tudo bem, sua mãe é forte.. e sua irmã também.. 

........

- calma papai calma mamãe ela está perto de vir, logo logo ela estará nos braços de vocês..- Paola estava em  completa exaustão, ela já não conseguia ficar com os olhos abertos as luzes da sala de cirurgia só  embasavam mais sua visão,  seus olhos em meio a tantas lágrimas já não conseguiu ficar mais abertos

ALTO, FORTE E POTENTE..

nasceu Antônia.. simone aproximou a pequena ainda ligada ao cordão.. 

- a minha menina.- disse Henrique em meio a lágrimas.. 

- vem cá cortar o cordão papai.- Henrique todo emocionado foi em cortou.. a enfermeira foi pegar Antonella e a colocou nos braços da Argentina.. 

- as minha bebês.. as nossas filhas cariño..- o casal olhava com o olhar marejado pras pequenas..

- parabéns meu amor, eu estou tão orgulhoso da mulher forte que você é.. te amo.- ele deu beijo demorado nela

Gracias cariño, pelas nossas filhas.

Francesca, Antonia e Antonella