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História Entre quadros e fotos - Entre o primeiro desafio e o desabafo


Escrita por: NikkiYori

Notas do Autor


Boa leitura.

Qualquer errinho me avisem.

Capítulo 14 - Entre o primeiro desafio e o desabafo


Fanfic / Fanfiction Entre quadros e fotos - Entre o primeiro desafio e o desabafo

 

Sakura

 

Corri até a cafeteria no meio do campus e vi as meninas na nossa mesa habitual, fazendo uma algazarra.

- Chegou bem na hora, testuda. A TenTen acabou de subir lá na rádio para o desafio. – Ino explicou a euforia das meninas.

- Ainda bem, não poderia perder isso por nada. – falei jogando minhas coisas na mesa, escutando a música dos alto-falantes pararem e um microfone ser ligado. Uma voz nasalada saiu deles.

- Bem, meu nome é TenTen e eu sou do 2º ano de educação física. Estou aqui para cumprir um desafio idiota que minhas amigas me fizeram. Eu tenho que me declarar para o Lee, então aí vai. Eu gosto muito de você Lee e estou muito feliz com o nosso namoro. Pronto. – ela falou, desligando o microfone em seguida, e nós ficamos em silencio depois do desempenho dela.

- Mas que merda de declaração foi essa? Isso não vale. – Ino reclamou indignada, enquanto eu, Temari e Hinata gargalhávamos.

- O que vale é a coragem de fazer, e a humilhação pública. E eu já sabia que ela ia fazer isso. – Temari disse, tentando parar de rir.

- É a cara dela essa declaração tão amorosa. – ironizei, roubando uma batatinha do pacote da Hinata e colocando na boca.

Viramos para trás, escutando aplausos. Era a TenTen que estava chegando, correndo, e morta de vergonha, com todo mundo olhando para cara dela.

- Eu vou matar vocês, meninas. – ela disse carrancuda, sentando ao nosso lado.

- Nos matar nada, a ideia foi da Temari, não nossa. Além do mais, eu sou muito nova para morrer. – Ino falou indiferente, colocando toda a culpa na amiga.

- Valeu Ino, muy amiga você é, em. – Temari disse emburrada, fazendo uma careta para a loira.

- Calma, meninas. E eu até que gostei da sua declaração, TenTen-chan. Foi bem própria e peculiar. – Hinata falou, acho que sinceramente, mesmo parecendo uma gozação. Como a Hinata não é de fazer deboches, deduzimos que ela estava falando sério.

- Obrigada, Hina-chan. – TenTen disse encabulada.

- Aposto como o Lee vai adorar também. – Ino brincou, cutucando a garota de olhos da cor de chocolate.

- Não enche, porquinha. Deixa a TenTen em paz. – briguei com ela de mentirinha, afinal era melhor parar de tirar sarro da garota um pouco, ela já estava ficando brava.

Conversa vai, conversa vem, o sinal para o segundo tempo tocou, e tínhamos que nos despedir.

- Meninas, como eu queria ficar aqui com vocês, mas tenho que ir para aula do Gai. Não estou muito animada para correr 50 vezes ao redor do campo de futebol. - TenTen disse, revirando os olhos desanimada. – Tchauzinho, para vocês. – ela se despediu, e ficou em pé, esperando que mais alguém levantasse. Acho que ela estava com vergonha de sair por aí, pelo campus, sozinha, depois do mico leão dourado que ela pagou.

- Ninguém mandou escolher educação física para fazer, agora aguenta. – Ino brincou. – Imagina ficar suada o dia inteiro, que nojo. – a loira fez sua careta de reprovação olhando para a amiga.

- Eu não fico suada o dia todo, sua baka. Tenho aula teórica, também. – TenTen explicou, querendo socar a Ino.

- Sei. – Ino disse cética, realmente acreditando que a TenTen só ficava jogando alguma coisa por aí.

- Bom, eu vou com você TenTen, tenho que correr para aula da Anko, sabe como aquela lá é exigente, melhor não me atrasar. Ainda mais, tenho que ensaiar uma coreografia nova para o festival de dança. – Hinata disse, pegando suas coisas da mesa e acenando.

- E eu também vou com vocês meninas. Hoje tenho uma apresentação de trabalho sobre transtornos mentais, na aula do Orochimaru, e não posso vacilar. E vocês não vão pra aula não? – Temari perguntou, olhando para mim e para Ino, várias vezes.

- A Kurenai faltou, então não tenho aula hoje. – expliquei, sentindo-me uma criancinha do primário.

- Eu não vou entrar. É que não estudei para prova do Yamato, e você não quis me ajudar. – Ino fez um beicinho, expressando sua chateação com a amiga. – E se faltar hoje, posso fazer a substitutiva depois. – ela disse tranquilamente, nem um pouco preocupada com suas responsabilidades.

- Só você mesmo em, loira. Devia é ter estudado como qualquer pessoa normal. – debochou Temari. - Então tchau para vocês. – ela disse, seguindo Hinata e TenTen para os prédios do campus.

- Vamos sentar no nosso banco de madeira, debaixo da cerejeira? – Ino sugeriu, com um sorriso radiante nos lábios.

- Vamos sim, pois eu tenho que te contar uma novidade. – falei receosa, não sabia ao certo o que explicar para ela, mas Ino sempre foi minha melhor amiga.

Seguimos, até chegar ao nosso banco favorito, coberto por uma cerejeira enorme, em frente a um lago artificial cristalino cheio de peixinhos coloridos.

- Então, conta logo, que novidade é essa, testuda? – Ino perguntou curiosa.

- Você não sabe quem me convidou para sair. O Sai. – respondi alegre, mais contente do que deveria, na verdade.

- Aquele garoto esquisito da sua sala? – Ino indagou, franzindo a testa.

- Ele é um pouquinho estranho mesmo, mas é bem fofo também. – o defendi, não sabendo ao certo o motivo. – Você acredita que ele me observou pela janela do ateliê e pintou um quadro meu? Ele deixou esse quadro escondido lá, e nunca tinha reparado nele.

- E você acha isso fofo? Eu acho que ele é um psicopata, isso sim. – Ino disse zombeteira.

- Engraçadinha. – dei um soquinho em seu braço, bem de leve. – Então, eu combinei com ele de nos encontrarmos no ringue de patinação, assim ele também pode se enturmar com a galera, afinal nunca o vi conversando com ninguém. Sai está sempre, na maioria do tempo, sozinho. – confidenciei a ela.

- Legal. Ele até que é bem gatinho, e também gosta de artes, combina bastante com você. Mas e o Sasuke, esqueceu-se dele? – ela perguntou categórica, já sabendo a resposta.

Ino era a única que sabia da minha paixão secreta pelo Sasuke. Conhecemos-nos no ringue de patinação, quando ainda éramos crianças. Minha mãe tinha acabado de se casar novamente, e eu estava totalmente perdida na vizinhança nova. Ela foi minha primeira e melhor amiga, e ainda permanece assim.

- Você sabe que não, mas eu preciso tentar esquecer. Ele está namorando aquela víbora, então ele que se dane. Eu quero mais é ser feliz! – retruquei, tentando parecer confiante. - E parece que o Sai gosta realmente de mim, e eu quero tentar gostar dele também. – desabafei.

- Isso nunca acaba bem, testuda. Pensa bem antes de iludir esse garoto. Ele pode gostar muito de você, e acabar se magoando seriamente. – ela me advertiu, e eu sabia que ela estava certa.

- Eu sei porquinha, não pretendo iludir e nem magoar ninguém. Pretendo ser sincera com ele e contar que eu amo outra pessoa que não corresponde meus sentimentos. E se ele quiser alguma coisa comigo, depois disso tudo esclarecido, eu pretendo tentar. Se ele não quiser nada, continuamos amigos. – disse sincera, convicta em minha decisão. – Mas agora, mudando de assunto, você conversou com o Gaara, resolveu os problemas? - perguntei encafifada.

- Eu não quero falar com aquele demente, nunca mais na minha vida. Minha vontade era dar um murro, naquele nariz arrebitado dele, na próxima vez nos encontrarmos. – Ino falou irritada, cerrando os punhos.

- Então pode fazer isso agora, porque ele está vindo para cá. – ri da cara que Ino fez, quando disse isso a ela.

- Não brinca, testuda. Como é que eu estou? Meu cabelo está bonito, arrumado? E a maquiagem não está borrada, né? – ela perguntava preocupada, alisando os fios loiros com os dedos.

- Sei muito bem o murro que você vai dar nele. – disse com um sorriso debochado no rosto. – E eu vou saindo daqui agora, porque além de não querer segurar vela, o Sasuke está me esperando no estacionamento. Tchau porquinha! – me despedi.

- Vela coisa nenhuma, eu não quero papo com aquele troglodita. – ela disse, mas sabia que não estava me enganando nem um pouco. - Mas tarde eu te ligo para saber como foi a sua conversa com o Sasuke. Espero que ele seja bonzinho. – ela disse sentindo-se culpada pela fuga.

- Isso eu duvido muito, mas não custa sonhar. – disse saindo de cena, para os dois pombinhos conversarem.

 


Notas Finais


Até a próxima.


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