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História Entrevista (Ateez) - Epílogo


Escrita por: Automatic

Notas do Autor


Apenas para preparar o coração de vocês, "Estagiário" terá uma reviravolta e todas as tretas que não rolaram em entrevista, vão rolar por lá. ♡

Capítulo 13 - Epílogo


Yunho:



- Você não devia brincar com os sentimentos de Yeosang. Ele é um cara legal. - Argumentei para as costas da figura parada diante de mim. Sua estatura sendo iluminada precariamente pela fraca luz amarelada do terraço.

Mingi me olhou por cima de seus ombros com descaso. Ao passo que tirou do maço, um cigarro e o levou até os lábios escarniosos. Eu nem ao menos sabia que ele fumava.

- Você está brincando? - Perguntou com seus lábios acirrados, prendendo o cigarro enquanto o acendia ao mesmo tempo que falava. Tragou o tal e guardou o isqueiro de volta em seu bolso. Virou-se para mim e continuou a me encarar seriamente, com suas sobrancelhas juntas em insatisfação explícita. Soltou a fumaça lentamente pelos lábios rosados e começou a se aproximar com passos lentos. Eu nunca imaginei que um dia a proximidade de Mingi me deixaria intimidado. - Não devo brincar com os sentimentos dele por que ele é um cara legal? - Sua pergunta soou com uma rouquidão ainda mais aguçada, proveniente do cigarro recém tragado. - Eu também era um cara legal e isso não foi impedimento para você brincar com meus sentimentos. - Parou diante de mim com a postura imponente e seus olhos acusadores. Os lábios eram adornados por um sorriso cínico ao passo que ele riu soprado mais uma vez, tragando o cigarro e grosseiramente dispersando a fumaça fétida contra meu rosto. - Mentiroso, covarde, manipulador, um exímio cretino e agora decidiu que também vai ser hipócrita? Você só melhora, Yunho.

- Você pode me ofender o quanto quiser, mas essa sua atitude não passa de infantilidade frustrada. - Eu o acusei com meu sangue fervilhando em minhas veias. Minhas artérias queimavam com o fluxo sanguíneo intensificado pelo total desgosto. - Você só está desesperado para me atingir.

- E veja só, está funcionando. - Estreitou o olhar ladino sobre mim, esboçando aquele risinho que aprendi a odiar. - Você está se mordendo, porque pensou que eu seria um imbecil pelo resto da vida e está vendo que não é bem por aí que a banda toca.

- Você está errado em fingir que gosta do Yeosang só pra me causar ciúmes.

- Fingir que gosto? - Ele ladeou sua cabeça e se aproximou mais um passo. Desde quando ele é mais alto que eu? - Sua autoestima elevada é ainda pior que todos os defeitos que citei anteriormente. Mas já que está tão preocupado com Yeosang, quer ocupar o lugar dele? - Perguntou-me com um riso descarado e eu não tinha a exata certeza se aquilo queria dizer o que eu achava que era. - Quer ser meu brinquedo no lugar dele?

- Brinquedo? - Perguntei num estado de choque momentâneo, encarando-o passado, ao passo que ele me aprisionava contra a parede atrás de mim.

- É justo, não acha? Eu fui o seu por tanto tempo. - Aprisionou meu maxilar em sua mão grande e puxou meu rosto para que eu o encarasse de perto. Porcaria. Eu não quero me sentir atraído por ele dessa forma. Não enquanto ele está assim.

- Você pensa que sabe o que aconteceu. Mas você não sabe de nada. - De fato não sabia. Era fácil me culpar quando eu tive que tomar uma decisão por impulso sem ter a chance de pensar direito. Como se eu não fosse humano e não pudesse cometer erros.

- Você fala sobre a sua desculpa de merda sobre ter pensado em mim ao tomar essa decisão? - Arqueou a sobrancelha de modo sarcástico e jogou a cabeça para trás, gargalhando cinicamente antes de voltar a me olhar. Sua destra circulou meu pescoço e o apertou me fazendo grunhir pela surpresa do ato. - Você pensou em tudo. Pensou em você mesmo, no seu dinheiro, na porcaria do seu status, na sua imagem de homem perfeito. Você até mesmo pensou naquela pobre coitada que acredita fielmente que você gosta do que ela tem entre as pernas. A última pessoa em quem você pensou foi em mim. - Ditou entre dentes acirrados, acusando-me impiedosamente. - Seja honesto, você olhou para mim e viu que eu era descartável.

- Pare de me julgar, seu maldito. Você não sabe do que eu tive que abrir mão. - Ele não entendia que para mim, esta escolha também foi difícil. Pois me tirou o sentimento mais verdadeiro que já senti.

- De um pau. - Meu íntimo deu um nó e por um instante eu me senti tão sujo e humilhado como nunca. - Agora você vai ter que passar o resto da sua vida de merda fingindo estar satisfeito com o que aquela víbora venenosa pode te oferecer. Se lembrando de como era a sensação de eu te fazer gemer feito uma vadia até você gozar.

Não consegui ouvir mais nem uma palavra. E antes que eu tivesse qualquer controle sob meus atos, acertei-o com um tabefe no rosto. Me arrependi no momento em que me dei conta do que fiz. No entanto, não tive tempo demais para pensar sobre isto. Meu ato foi retribuído pelo mais novo. Sua destra me acertou um lado da face fortemente e antes que eu tivesse tempo para me recompor, minha outra face fora atingida por sua esquerda. Em seguida ele agarrou meus cabelos e me trouxe de encontro a si, encarando-me com os olhos ameaçadores e irados.

- Masoquista? - Indagou usando o sarcasmo para camuflar a ira que seus olhos expressavam. - Se você passou a ter interesse por esse tipo de coisas, eu posso atribuir isso a você. - O aperto em meus fios ficaram mais fortes, obrigando-me a comprimir os lábios para suprimir gemidos dolorosos.

Estou com medo. Esse não é o meu Mingi. Eu não sei quem ele é.


Notas Finais


Nos vemos em janeiro. ❤


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