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História Épicos - Por pouco


Escrita por: Maras

Notas do Autor


Sugiro que vejam a tradução da música que eles vão ouvir, pois isso vai ajudar a entender as coisas que estão acontecendo na cena.

Capítulo 12 - Por pouco


Pâmela estava com um frio memorável na barriga. Não tinha coragem de tocar a campainha da casa de Peter mesmo sabendo que ele já estava esperando.

“Eu vou entrar na casa do garoto que conheci não tem nem uma semana. Ai! O que eu faço? O que a gente faz depois que um menino nos convida pra ir na casa dele?” Ela para e pensa um pouco. “Tudo o que vem na minha cabeça é gente se beijando, mas a gente não vai se beijar, né? Ele é só um amigo... quer dizer... ele é gatinho, mas é só um amigo e...”.

- Tudo bem com você? –Perguntou uma mulher atrás dela.

- Tudo, dona. –Ela se vira. –Eu só estava procurando a casa do... –Interrompida.

- Você deve ser a amiga do meu filho. –Falou com um sotaque inglês enquanto empurrava a garota pra dentro. –Vamos lá que ele já está esperando.

A mulher a deixa na sala e chama o menino que rapidamente aparece sorrindo.

- Oi, Pâmela!

- Oi, tudo bem?

- Claro. Principalmente agora que você chegou.

Ela ficou um pouco rosada.

- Er... Vamos lá ouvir os álbuns dos Beatles. Onde eles estão?

- No meu quarto.

“O QUÊ?!” pensou.

Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele pegou na mão dela e a puxou escada acima. No quarto não haveria nada de incomum se não tivesse um toca discos.

- Sei que você deve ter entendido que eram CDs, mas acho que vai gostar deles.Herdei todos do meu avô. Ele ouvia todo dia comigo e me contava histórias sobre cada uma das bandas e músicas que ele gostava quando era adolescente. Então, quando ele morreu, eu não deixei que vendessem os discos e nem o aparelho de som. Todas essas raridades são o que restou dele.

Ela notou que eles ainda estavam de mãos dadas, pois quando falou no avô, Peter apertou a mão dela.

- Meus pêsames pelo seu avô.

- Tudo bem. –Ele colocou um dos discos.

Os dois se sentaram no chão ouvindo as músicas uma a uma. Ela fechava os olhos e ele cantava baixinho. Tudo ia normalmente até começar a tocar ‘I Want Hold Your Hand’ dos Beatles.

“Espera aí! Ainda estamos de mãos dadas e...” Ele apertou a mão dela forçando-a a abrir os olhos.

Peter cantava os versos olhando nos olhos dela e estava vindo pra mais e mais perto. 

- Peter! –Chamou a mãe dele. –Vem aqui agora!

- Eu já volto.

- ...

Ele saiu meio aborrecido.

"Ele ia me beijar!" Só agora ela se deu conta disso. "E porque eu estou me derretendo?! Só porque eu nunca beijei ninguém não quer dizer que vou dar mole pra ele e..." Ela olha para a mão esquerda que ainda estava quentinha. "Ele... pegou na... minha mão e... ficou segurando o tempo todo!".

 

Elen estava dentro de uma loja de instrumentos musicais conceituada na região cujo nome era ‘Mac´s Instruments’.

- Os baixos até tem preços bons, mas não acho um que me agrade.

Ela estava com uma blusa larga do Metallica e com os cabelos presos passando discretamente lá dentro.

- Olha só isso! –Disse aproximando-se de um baixo branco com duas rosas pintadas no corpo. –Esse é o contrabaixo mais lindo que eu já vi! –Ela pega a etiqueta de preço. –E esse eu posso pagar!

Elen corre com o instrumento para o caixa.

- Vou levar esse.

- Um jazz bass de quatro cordas, uma capa e o que mais? –Perguntou o rapaz.

- Qual é o amplificador ideal pra ele?

- Aquele. –O rapaz aponta pra um que não era tão barato assim.

Ela conta todo o dinheiro que tem e não era o suficiente.

- Reserva pra mim, por favor. Em uma hora no máximo eu volto com os cem reais que faltam pra levar os dois.

- Pode deixar.

A garota pega uma blusa rosa na mochila e vai até uma loja de roupas caras.

- Com licença. Você gostaria de comprar essa blusa? –Perguntou a uma menina que só usava coisa de marca.

- Desculpe, querida. Só uso peças de primeira mão.

- Eu nunca usei. Ela ainda tem as etiquetas e o cheiro de nova.

- Não acredito em você.

- Por favor, menina. Tive que vender mais da metade das minhas roupas. –Isso não era mentira.

A riquinha se espanta.

- Que horror! Quanto quer pela blusa?

- Duzentos reais.

- Ficou louca? Ela não vale isso tudo!

- Mas ela aparece em um monte de capas de revista de moda sendo usada por gente famosa.

- Agora que você falou, lembrei que ela é a última moda e não sobra em nenhuma loja. Mas esse preço...

- Se esse é o problema, então eu vou fazer uma última oferta. Quero cento e cinquenta reais.

- Cem.

- Feito.

Num segundo ela volta com o dinheiro, coloca o baixo nas costas e leva o amplificador na mão. Detalhe: ele não é pequeno e nem leve.

“Ainda bem que consegui! Esse não é o da melhor qualidade, mas dá pro gasto.” Pensou. “Acho que seria melhor tocar com o meu cello, mas a Samantha tem razão. Seria muito difícil ser aceita em uma banda. É melhor saber tocar tanto o baixo quanto cello e algo me diz que vou gostar disso. Afinal é um ótimo instrumento e...” Ela olha tudo o que tinha nas mãos e arregala os olhos.

- Minha mochila!


Notas Finais


Só um detalhe aqui que talvez vocês não tenham entendido:
Jazz Bass não é uma marca e sim um tipo de baixo. Existem dois tipos (até onde eu sei) o jazz bass e o precision. A diferença está no sistema de captação, ou seja, no som.
Marca de baixo é Fender, Eagle e outras.


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