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História Era pra ser você - Sariette - That's raging on now


Escrita por: Danvers_Luthor1

Notas do Autor


Ok ok. Vocês são incríveis e eu decidi que iria antecipar METADE do capítulo de amanhã. <br />Eu amo os comentários de vocês, não dá

Capítulo 12 - That's raging on now



Sarah não olhou para trás para ver a cara de surpresa que o médico deveria ter feito ao ouvir o seu nome. Ela já tinha conversado com as testemunhas de Juliette, indicando a ordem que elas seriam chamadas e antes mesmo de ter toda a certeza que tinha agora, a loira já havia dito que o homem seria o último. Quem olhou para trás foi Juliette. Ela encarou o amigo e talvez ali já tenha entregado que algo estava errado. Sinceramente, ela não se importava mais. Só queria sua inocência, só queria sair dali e se pudesse não ficava ali para ouvir aquele testemunho. Mas Sarah era teimosa, exigente, não fecharia um acordo e deixaria tudo nas mãos da polícia. Ela tinha comprado uma guerra e a advogada não ia parar até vencê-la. As duas trocaram um olhar rápido, porém sincero. Os verdes da loira refletiam um pedido de desculpas que ela não precisava dar. Mesmo querendo acabar com tudo, Juliette estava ciente das escolhas da sua advogada e tinha concordado com tudo.


- Senhor Araújo. – Sarah se aproximou da bancada da testemunha e sorriu de forma amigável. – Há quanto tempo o senhor conhece Juliette Freire?


- Desde a faculdade. – Bil respondeu um pouco nervoso por estar ali tão antes do previsto.


- O senhor já se envolveu romanticamente de alguma forma com Juliette Freire?


- Não. – Sorriu sem jeito. – Nunca.


- Você me pareceu surpreso com a pergunta. Algum problema?


- Não. Juliette é minha amiga, eu sempre respeitei ela como amiga. Nós nunca tivemos nenhuma inclinação romântica na vida. – Explicou e ficou claramente preocupado com as perguntas da loira, ele deveria falar sobre Juliette ser uma boa pessoa e não sobre relações pessoais.


- Nem quando conheceu ela? Vocês estavam na faculdade, Juliette é uma mulher muito bonita, tenho certeza que era tão atraente na faculdade quanto é agora, então nem quando a conheceu, não teve uma inclinação romântica?


Acrebiano olhou para o promotor. Para o promotor! Sarah fechou e abriu a mão e respirou fundo para não berrar as acusações naquela hora. O desgraçado teve a cara de pau olhar para o promotor e pedir socorro. Graças aos céus, Ayrosa estava mais preocupado com o seu próprio rabo para socorrer qualquer testemunha que estivesse nas mãos de Sarah.


- Não.


Sarah não escondeu em seu rosto a expressão estranha que aquela resposta causava. Até porque ela lembrou do dia em que conheceu Acrebiano 

com Juliette e teve certeza que algo tinha rolado entre eles.


- Como conheceu Juliette Freire?


- Você quer os detalhes?


- Sim, senhor Araújo, eu quero todos os detalhes. Se você lembrar das cores das roupas, melhor ainda! – Seu tom ficou um pouco impaciente, mas ela lutou para se controlar.


- Nós fazíamos a mesma classe de introdução a anatomia. Eu não tinha amigos naquela turma, os caras...eles não ficavam à vontade perto de mim, da minha cor. – Respirou fundo. – Nós tivemos que formar uma equipe, e Camila me convidou para fazer com ela e Juliette. Esse foi o momento que nos conhecemos, e no decorrer do semestre fomos nos tornando amigos e somos assim até hoje.


- Essas são as melhores amizades não são? As que fizemos quando estamos longe de casa, da família, de tudo o que conhecemos e ainda levamos pra vida!


- Sim, definitivamente.


- Você ama Juliette Freire? – Sarah viu o olhar do homem arregalar. – Como amiga, senhor Araújo.


- Sim.


Juliette fechou os olhos e negou com a cabeça. Pegou a água e bebeu. Deveria tentar disfarçar, mas ouvir aquilo era demais. Ela queria gritar com ele, queria bater, queria perguntar o que ele entendia por amor, porque certamente o sentimento não era do seu conhecimento.


- Senhor Araújo, o senhor me disse quando nos conhecemos que estava na fatídica festa por conta da sua função no hospital que a Juliette fundou, correto?


- Isso. Eu sou o diretor do hospital e estive lá como um dos convidados da Juliette.


- Juliette o convidou pessoalmente para ir à festa?


- Não. – Sorriu. – Era um evento público com o nome dos Freires, como diretor do hospital é meu trabalho estar presente. Negócios acontecem em festas como essas, e com todo o trabalho que o hospital faz, conseguimos doações que nos ajudam tanto nas pesquisas quanto na manutenção. É por isso que eu sempre vou.


- Entendi. Você estava acompanhado?


- Acompanhado?


- Com sua namorada, ou algum encontro da noite.


- Não, eu fui sozinho.


- Um médico bem-sucedido como o senhor, com todo o respeito, também bonito, foi em um evento desse porte, sem uma acompanhante?


- Sim.


- Seu namorado não quis te fazer companhia?


Bil até sorria naquele momento, mas ficou sério de imediato.


- Eu não entendi.


- Eu perguntei se o seu namorado não quis te fazer companhia na festa e por isso o senhor foi sozinho.


- Namorado?


- É senhor Araújo, namorado. Adultos costumam ter namorados ou namoradas de vez em quando. – Sorriu.


- Eu não sou gay.


- Tem certeza?


- Só porque eu não tenho uma namorada ou não levei ninguém em uma festa, você presume que eu seja gay?


- Não, só um chute. Me perdoe se o ofendi. – Sorriu falsamente. – Você viu Washington Freire naquela noite?


- Sim, ele fez um discurso.


- Você falou com ele?


- Nunca fui próximo do senhor Freire.


- Você é amigo íntimo da irmã caçula dele. Você nunca frequentou a mansão Freire?


- Sim, eu já estive lá, com Juliette. Washington não participava das festas ou encontros que Juliette proporcionanava em sua casa.


- E fora de casa?


- O que quer dizer com isso? – Acrebiano ia ficando cada vez mais nervoso, perdendo a paciência, não entendia onde a advogada queria chegar e ela estava muito longe daquilo que falou que iria perguntar.


- Em alguma festa em outro lugar que Washington esteve presente.


- Washington não fazia parte de nada que incluísse a Juliette.


- E as férias nos montes Suíços com toda a família Freire, incluindo Washington? Não é você aqui na foto? – Foi até a sua mesa e pegou a imagem, mostrou para o júri e depois para Acrebiano. – Aqui ao lado de Washington?


- Foi só uma vez. Praticamente não falamos com ele.


- Mas isso quer dizer que você conhecia Washington Freire o suficiente para dizer um oi para ele na própria festa, não?


- Washington era afastado de tudo que envolvia Juliette. Ele preferia as coisas desse jeito, não tinha porque ser diferente.


- Washington não participava dos encontros que Juliette promovia, Washington não fazia parte de nada que incluísse Juliette, Washington preferia se afastar de tudo o que envolvia Juliette. – Sarah abriu os braços. – Senhor Araújo, o senhor é amigo do Washington ou da Juliette?


- Juliette.


- Tem certeza? Porque explicou bem bonitinho a ausência do irmão mais velho do ponto de vista dele! – Sorriu. – Tem certeza que não era amigo de Washington?


- Tenho. – Disse com raiva.


- Você pode me dizer então porque ligou para Washington, às 2h da manhã na terça-feira antes dele morrer? – Sarah indagou séria e ligou o projetor mostrando a prova da ligação.


- Eu disquei errado.


- Seu errado demorou 20 minutos de conversa. – Colocou a cabeça de lado e sorriu. – O senhor e Washington Freire tinham uma relação amorosa?


- Não. Eu já te disse que não sou gay. – Elevou o tom de voz e bateu na bancada. Sarah continuou sorrindo e a juíza pediu que a testemunha se acalmasse.


- Tudo bem senhor Araújo. O senhor é bissexual?


- Qual é a porra do seu problema? Que merda é essa? Você disse que precisava de mim para ajudar a Juliette! – Ele gritou de novo e chegou a ficar em pé, dessa vez sendo contido pelos oficiais do tribunal.


- Se a testemunha não se acalmar nós vamos encerrar. – A juíza decretou.


- A testemunha vai se acalmar meritíssima. Até porque ele ainda não me respondeu à pergunta principal do dia! – Sarah disse com raiva no olhar. Era hora do final ou iria perder a sua chance com Acrebiano. Era o quarto homem irritado com ela do dia, esse deveria ser o seu novo recorde pessoal. Apontou o controle para o projetor e falou encarando o médico. – Esse é você, senhor Araújo, e esse com as mãos na sua cintura e a boca na sua, é Washington Freire!


Assim que viu as fotos, Sarah entendeu a fortuna que Washington pagou para mantê-las escondidas. Eram muito boas. Muito nítidas, não deixavam dúvidas quem eram os homens nas imagens. E enquanto a advogada deixou as fotos passando pelo telão, o tribunal quase veio abaixo. Todos falavam ao mesmo tempo, inclusive o júri. Mas era em Acrebiano que Sarah mantinha o seu olhar. Se o homem transitava entre o completo terror e a raiva, a loira era pura raiva. Por tudo o que Juliette passou por conta de Acrebiano, por tudo o que ele fez contra ela, pela cara de pau de se prontificar em ser uma testemunha de caráter, em dizer que a amava.


Quando a juíza teve finalmente o controle do tribunal e decidiu deixar Sarah continuar, é que a advogada desviou o olhar de Bil. Ela olhou para Lumena e fez um sinal com a cabeça para a secretária trocar as imagens por um vídeo.


- A porra do meu problema senhor Araújo, é que eu odeio mentiras. – Sarah apontou o controle para o telão e apertou o play. – Os carros da Freire's têm uma micro câmera escondida que grava tudo o que acontece, 24h sem intervalos. – Ela se virou para o júri. – Esse é o senhor Araújo, roubando o carro da Freire's que era usado por Juliette Freire. É o mesmo senhor Araújo que coloca uma arma "escondida" na parte de trás e depois abandona o carro. Essa é a arma que a polícia encontrou, após uma dica anônima que denominou como a arma do crime. – O vídeo ia passando e Sarah explicando, diretamente para o júri. Ela olhou para Acrebiano. – Por que matou Washington Freire?


- Eu não matei o Washington.


- Ele não queria te assumir? Ser gay era tão vergonhoso para ele quanto é pra você? Ele foi na festa com uma mulher qualquer e você ficou ciúme? Ele terminou com você?


- Eu não matei o Washington.


- Você plantou uma evidência contra a irmã dele a troco de nada! Você foi o mais solícito para testemunhar sobre o caráter de Juliette. Você disse que a ama! – Gritou. Agora já não era mais a Sarah advogada e foi perceptível. A loira se controlou porque Gil ficou de pé e logo sentou, desviando a atenção para si por um momento, mas apenas aplicando uma manobra dos dois para que um deles voltasse a se concentrar no que acontecia, caso os sentimentos saíssem de controle, como agora. Ela pigarreou e encarou Acrebiano novamente. – Por que matou Washington Freire?


- Eu não matei o Washington.


- Três tiros no peito. Ele nem teve chances de defesa, de fugir. O corpo foi jogado de propósito da sacada. Ele ficou completamente destroçado. – Sarah se aproximou de Acrebiano. – Ele ia te assumir não ia? Washington pagou para que aquelas fotos sumissem do mapa, mas porque você pediu, ele não se importava, ele...


- Ele não se importava com nada além dele. – A raiva veio na resposta. – Ele só se importava com ele mesmo. Não se importava que a minha carreira seria destruída com isso, que minha mãe viveria na vergonha o resto da vida. Ele só pensava nele e no que ele conseguiria com isso. Ele quase falou de nós naquele discurso. Eu tive que calar ele.


Primeiro foi um silêncio que preencheu o tribunal inteiro, e então, quando as fichas caíram, o falatório veio novamente. O martelo da juíza Harris batia com força, mas não adiantava era muita informação para tão pouco tempo. Depois de algumas batidas e alguns gritos de silêncio, a ordem retornou mais uma vez.


- Parabéns, senhor Araújo, sua carreira acabou, sua mãe vai morrer de vergonha de você pelo resto da vida pelos seus atos e não pela sua sexualidade. – Sarah disse firme. – E claro, agora todo mundo sabe que você é gay! Não que alguém realmente se importe com isso. A defesa não tem mais perguntas meritíssima.


Mera formalidade. Tudo o que foi dito dali em diante foram meras formalidades. O promotor se negou a fazer qualquer pergunta. A juíza Harris ordenou que Acrebiano fosse detido. Enquanto a mulher ia falando, Juliette sentiu uma mão em seu ombro. Olhou para trás e viu Lilian chorando. As duas trocaram um leve sorriso, antes da milionária ficar em pé ao lado dos seus advogados. As acusações contra ela foram retiradas, e a juíza ainda fez um pedido de desculpas.


- Meritíssima, a defesa gostaria de fazer uma última exigência. – Sarah falou antes que a mulher batesse o martelo encerrando aquele inferno.


- Senhorita Andrade. – Não foi o melhor tom para uma resposta, mas era o mínimo que ela faria depois do que a loira conseguiu.


- Nós queremos um pedido de desculpas público do promotor Filipe Ayrosa e do Capitão Dilson Neto pelas falsas acusações contra Juliette Freire. Já que eles gostaram tanto de falar com a imprensa no decorrer do caso, nada mais justo que expliquem o que aconteceu aqui e peçam desculpas por tudo o que causaram a minha cliente nesse tempo. Além claro, de uma doação para as crianças do hospital, afinal cobraram bem alto o preço da fiança para colocar uma inocente atrás das grades. – Sorriu ironicamente e encarou o promotor. Fez o pedido porque queria provocar o homem, porque queria esfregar a derrota dele na sua cara pelo resto da vida, não esperava que a juíza fosse acatar. Por isso, ela não escondeu a surpresa quando a mulher determinou que o pedido de desculpas fosse público. A doação ficou por opção.


O martelo bateu e aqueles que sempre confiaram na inocência de Juliette comemoram. A milionária estava livre. O primeiro abraço foi em Sarah.


- Obrigada. – Juliette sussurrou.


- Sempre que precisar, estarei aqui. – A loira respondeu e finalmente largou Juliette para que os outros pudessem comemorar a vitória.


---


Foi uma chuva de apertos de mão depois que a sessão terminou. Juliette estava rodeada pelas pessoas que ela amava, Camila, John, sua mãe e pelos novos amigos que fez durante aquela jornada, Lumena, Carla e Gil. O advogado preferiu ficar de fora dos elogios e deixar que Sarah recebesse as honras que merecia. O trabalho duro foi praticamente todo dela. O caso inteiro foi dela, nada mais junto que a sócia recebesse o que era seu direito: o reconhecimento.


E não faltou reconhecimento. O caso de Juliette certamente mexeu com toda Los Angeles e enquanto algumas pessoas ficaram preocupadas em saber se a mulher era ou não culpada, escritórios de advocacia estavam de olho nos estranhos advogados pro-bono que tinham pego um caso daquele tamanho. Até mesmo a promotoria veio cumprimentar Sarah.


- Você tem certeza que não quer vir para o nosso lado? – Um dos principais promotores da cidade perguntou.


- Eu estou bem onde estou. Obrigada! – Sorriu e negou mais uma vez o convite.


- Grande trabalho senhorita Andrade. – Caio Afiune, da corregedoria se aproximou da loira sorrindo. – Confesso que facilitou o meu trabalho.


- Uma mão lava a outra, Afiune. – Sarah sorriu. – Fico feliz que chegamos a um acordo e que consegui ajudar a melhorar o local de trabalho da minha irmã.


- Tenho certeza que a Capitã Rindel vai tirar a suspensão da detetive Diaz assim que ela assumir.


- Fico feliz em ouvir isso.


- Andrade!


Sarah olhou e sorriu para Pocah. Despediu-se do policial e se aproximou da repórter.


- Eu cumpri tudo o que prometi não cumpri? Você vai ter uma exclusiva com a Juliette.


- Eu sei, só fiquei surpresa que me chamou aqui pra nada! – Encarou a advogada.


- Como pra nada? Você teve acesso ao julgamento inteiro! A única pessoa da imprensa que esteve presente desde o primeiro momento, do que tá reclamando?


- Eu decorei todas aquelas respostas sobre a Juliette pra nada. – Bufou e entrelaçou o braço com a loira.


- Coloca na sua exclusiva. – Sarah sorriu, as duas começaram a andar para perto da porta da frente. – Não vai pegar os pedidos de desculpas? – Perguntou ao ver Ayrosa enfrentando a imprensa.


- Eu prefiro uma foto da cara do Ayrosa quando você destruiu as testemunhas. – As duas riram. – E uma fotinho do casal 20... – Pocah ergueu as sobrancelhas para Sarah com os olhos em ansiedade pela resposta da loira.


- Eu mando uma foto do casal 20, mas ei, sou fonte nessa! – Disse tão baixo que era impossível qualquer outra pessoa ouvir. As duas continuaram a conversar, já com Pocah pescando algumas respostas para sua matéria quando alguém se aproximou bem rápido delas.


Sarah não se deu conta, só ouviu seu nome sendo gritado com urgência por Thaís e então se virou para ver o que estava acontecendo. Deu de cara com Dilson Neto praticamente em cima dela e sentiu alguma coisa contra sua pele.


- Enfia as desculpas no seu rabo, sua maldita!


Vieram os tiros, mas eles não acertaram Sarah. Eles foram em Dilson. Várias pessoas gritaram, algumas repetiram seu nome algumas vezes, mas estava tudo em câmera lenta. Todos estavam em câmera lenta. Vivianne gritou segurando seu corpo, Thaís e outros policiais vieram correndo. Ela ouviu Carla a chamando. Talvez Juliette estivesse fazendo o mesmo. O chão foi seu conforto. Ela viu Juliette entrando no campo de visão. A mulher tinha empurrado alguém para se aproximar, talvez Pocah. Ela gritou com Camila. Sarah sentiu algo quente em seu peito, uma dor que começou a tomar proporções inimagináveis e só então viu as mãos de Camila banhadas em sangue. Foi aí que tudo ficou preto.


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Notas Finais


NÃO ME MATEM OK


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