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História "Era uma vez" - 01. Baixando a guarda.


Escrita por: giojoia

Notas do Autor


Oii, antes de lerem o capitulo queria dar apenas um recadinho, as pessoas estão confundindo achando que a fanfic tem alguma coisa a ver com Gossip Girl, gente a fanfic não tem nada a ver com a série! A unica coisa que eu peguei da série foi o sobrenome, o personagem da Sofia em si não tem nada a ver com a Blair. Enfim era só isso mesmo, espero que gostem do capitulo.

Capítulo 2 - 01. Baixando a guarda.


Eu não conseguia acreditar que isso estava mesmo acontecendo, meu coração batia freneticamente e minha barriga começara a se revirar, eu não sabia aonde enfiar minha cara, a vergonha estava estampada em meus olhos, os olhos do garoto a minha frente estava como um ponto de interrogação, ele não tinha um ar debochado como se estivesse tirando uma com a minha cara, ele parecia estar confuso de verdade, virei minha cabeça em direção a minhas supostas amigas, que agora eu já não sabia se elas realmente eram minhas amigas, elas eram umas traidoras, não consigo acreditar que elas me deixaram passar por essa humilhação, os garotos que estavam ao seu lado tentavam conter o riso, eu me sentia envergonhada, mas não deixaria que ninguém percebesse.

Um homem velho com uma cara de quem queria me matar se aproximou de onde nós estávamos em um fração de segundos ele já estava do meu lado, nesse momento eu estava com medo, eu estava em um lugar desconhecido e com um velho me intimidando, tentei fingir que não estava afetada com aquilo, mas quem me conhecia de verdade via em meus olhos que eu não estava confortável com nada disso.

— O que esta acontecendo aqui? Quem é essa garota? — ele chegou já fazendo varias perguntas, seu tom de voz me dizia o que eu já sabia, que ele estava com muita raiva de mim, o olhei de cima em baixo.

— Sofia, Sofia Waldorf — disse com ar de superioridade.

— Eu não te conheço, mas sei que você irá pagar o cachê deles, porque por culpa sua não temos um vencedor e não podemos dar o premio para os dois, então você pagará para o outro — o olhei abismada.

— Você está louco? Não vou pagar nada! — disse com convicção, eu realmente não pagaria nada, tenho certeza que a grana que eles receberiam não era nem o dinheiro que eu gastava em esmaltes, mas eu não pagaria nada, sendo que eu fiz o que qualquer pessoa com o mínimo de bom senso faria. Ele pegou em meu braço com força, olhei para onde sua mão estava, e ali ficaria a marca de seus dedos por dias, os amigos de Ivy finalmente decidiram se prontificarem ao meu lado.

— Ah, você vai sim — ele dizia, ainda me encarando.

— Jorge, qual é, ela é uma garota. Solta ela — o loiro que lutava dizia calmamente.

— Eu duvido muito que esse clube xinfrinho seja algo legalizado, e também duvido que um tipinho como você saiba quem eu sou, porque se soubesse você não colocaria sua mãos imundas em mim, e muito menos me ameaçaria — disse soltando meu braço de sua mão.

— Você está me ameaçando? — ele disse referindo-se a eu insinuar que iria chamar a policia.

— Não, ela não esta dizendo nada — Ryan se intrometeu.

— Pode dar o dinheiro da vitoria ao Liam, eu aceito perder, mesmo que estivesse ganhando, ela não precisa me pagar nada, isso tudo foi um engano — o loiro tatuado que estava lutando disse, e então pegou delicadamente em meu braço — venha comigo — disse em meu ouvido, eu jamais iria com ele em outras circunstancias, mas aquele velho estava me dando arrepios, então o segui, ele ia com uma das mãos tirando as pessoas que estavam em nossa frente, e com a outra ele delicadamente me guiava, eu ora ou outra olhava para cima e via os olhares de raiva sendo direcionados a mim, logo a quantidade de pessoas diminuíam a cada passo que nós dávamos, nós afastávamos da multidão entrando em um corredor um tanto estreito, a iluminação ali era péssima, as luzes eram amareladas e as paredes estava sujas, avistei uma porta no final do corredor, era a única “saída” que aquele corredor levava, então o loiro provavelmente estava indo lá. Assim que entramos naquela porta, ele imediatamente soltou minha mão e se virou olhando em meu rosto com uma cara nada legal

— Você é louca? Enfrentar o Jorge assim, ele iria matar você.

— Isso é ridículo, ele é ridículo, queria que eu pagasse por uma lutinha, era melhor colocar dois galos pra brigar que daria menos despesas, e seria a mesma coisa — disse com raiva, ele revirou os olhos — eu quero ir embora, quero ir embora agora, não sei porque deixei que a Ivy me arrastasse até aqui — ele riu.

— Ah, você então é a tal amiga da Ivy, deveria ter me ligado quando disse que se chamava Sofia — cruzei os braços bufando logo em seguida — pelo que me lembro você é rica, porque o enfrentou e não pagou? Nem deve ser nada para você! — ele disse realmente confuso, eu não queria ficar no mesmo lugar que uma pessoa que eu se quer conheço, ele poderia me matar a qualquer momento, se aceita lutar por dinheiro nem quero imaginar o que mais ele faz.

— Eu fiz um favor a você e ao outro homem que estava lutando, não iria pagar por algo que é justo — disse com certeza — e eu quero ir embora.

— Calma dondoca, você não pode sair daqui sem mim, pode arranjar confusão lá fora, espera só eu tomar um banho e me trocar que já te acompanho — revirei os olhos, e só agora reparei que ele estava sem camisa apenas de bermuda, seu abdômen era algo de deixar qualquer um babando, que corpo, as tatuagens dele eram todas muito bem feitas, apesar de que eu acho uma tolice se encher de tatuagens, mas as dele eram diferentes, eu não sei, elas tinham uma harmonia entre si. Ele levou o meu silencio como um sim e então foi até uma portinha que deveria ser o banheiro dessa espelunca.

Fiquei cerca de 10 minutos o esperando, odeio ficar esperando alguém, as pessoas que me esperam, eu queria sair, mas eu não estava na minha área e não tinha trazido nenhum segurança comigo. Se quer meu motorista tinha vindo, e ninguém sabia onde eu estava a não ser as meninas, ou seja se eu morresse, elas poderiam mentir e ninguém ia nem saber o que aconteceu comigo. Eu olhava por todo aquele cômodo, e ali tinha apenas uma mesa com duas cadeiras e nada em cima, a mesa era uma madeira velha, eu gostava de coisas rústicas, e essa mesa era uma peça agradável aos olhos, as cadeiras não combinavam nada com a mesa, era de uma industria qualquer, elas aparentavam ser de metal, mas não sabia ao certo se realmente eram, ali também continha um sofá velho, que duvido que alguém sentaria em sã consciência. Meu tédio já era visível, o salto enorme que eu estava começará a me incomodar já que estava a muito tempo em pé.

Justin saiu do banheiro com uma toalha amarrada na cintura deixando seu abdômen a mostra novamente, e tinha uma toalha secando o cabelo também, ele estava sexy assim, eu também não tinha reparada em seu rosto que antes estava coberto de suor e um pouco de sangue, agora ele estava limpo, e mostrava seus traços, ele até que não era nada mal, na verdade ele realmente era bonito, mas jamais admitiria isso em voz alta, ele foi até o canto pegando uma mochila e quando percebi ele tinha ameaçado a tirar a toalha, ele iria se trocar na minha frente?!

— EI — dei um gritinho tampando meus olhos — da pra você se trocar no banheiro por favor? Eu não sou obrigada a ver isso — ouvi sua risada rouca, mas não ouvi movimentação, então ele não tinha acatado ao que eu tinha dito e estava se trocando ali mesmo.

Respirei fundo tentando conter a raiva que eu tinha ficado nesse momento, eu precisava ficar de olhos fechados porque o sem educação não conseguia dar três passos no máximo para voltar ao banheiro e se trocar lá dentro, logo minha mente me traiu me lembrando de seus músculos, eu lutava contra a vontade de abrir os olhos, aquilo seria errado, não é mesmo? Ignorei meu bom senso e abri um pouco meus dedos que estavam em frente aos meus olhos, eu o enxergava de costas com uma cueca boxer branca, aquilo era tentador, mas decidi fechar meus dedos novamente para ele não ver que eu estava espiando, isso era tão ridículo e infantil de minha parte, seria uma vergonha a mais pro meu dia de hoje caso ele visse essa minha “deslizada” eu não sabia quantos anos ele tinha, mas com certeza era mais velho que eu, ele me chamaria de criança até o dia em que eu morrer.

— Já terminei — ele disse, e então eu livrei meus olhos de vez. E ele estava devidamente vestido com uma calça jeans, uma camiseta lisa branca, e uma jaqueta de couro preta o deixando com um estilo bad-boy.

— Vamos — disse sem o dar muita conversa, eu não queria conversar queria ir embora.

— Vamos começar com algumas regras — ele aparentava estar bravo ou algo do tipo — não de ordens a mim, não sou seus empregados e muito menos suas amiguinhas que fazem tudo o que a dondoca quer — ele disse sendo um tanto grosso. E pegando sua mochila, revirei os olhos, eu não iria o responder, porque seria totalmente indelicada e ai sim que ele iria me odiar mais ainda — Agora podemos ir, dondoca — revirei os olhos por força do habito, ele estava me chamando de dondoca o tempo todo, que garoto irritante.

— Pare de me chamar assim, eu me chamo Sofia — tentei ser o menos grossa possível, eu nunca gostei de apelidos, sempre foi uma coisa proibida entre mim e minhas amigas e não seria ele que eu deixaria me criar um apelido, ainda mais um ruim quanto esse, ele deu um risinho como quem diz, eu não ligo.

— Prefiro dondoca, combina mais com você — minha vontade era de dar um soco nele, mas não faria isso.

Então saímos daquele quartinho nojento, Justin andava na frente rápido me deixando para trás, eu tentava o acompanhar no passo, mas era um pouco difícil, eu nunca o pediria para ir mais devagar, as vezes eu penso coisas tão idiotas, mas é o meu jeito, não poderia mudar mesmo que quisesse. Agora conseguia ver o real tamanho que aquele salão era, sem pessoas o deixava ainda maior, passamos por ele quase inteiro até sairmos pela mesma porta que eu tinha entrado mais cedo, respirar ar puro era tudo o que eu precisava, apesar de que era o ar do brooklyn que digamos que não é tão puro assim, mas era o mais puro que eu conseguiria de imediato. Meus olhos avistaram minhas amigas encostadas em minha Ferrari com  alguns dos amigos de Ryan em volta, eles todos riam, minha vontade era de matar essas traidoras que me deixaram sozinha, nunca mais eu sairia com elas! Assim que nos viram começaram a rir mais ainda.

— Olha quem chegou, a garota da paz — disse um garoto rindo, minha cara fechada mostrava o quanto eu estava irritada.

— Hailey, você vem comigo? — falei sem rodeios.

— Você já vai embora? — Hailey disse tristonha.

— Ah, mas não vai mesmo — Ivy disse logo em seguida me interrompendo — você prometeu que hoje você deixaria eu te levar para onde eu quisesse, e só se não se divertir não viria mais.

— Eu não estou me divertindo — disse seria.

— Mas esta divertindo todos á sua volta, meu Deus nunca ri tanto na minha vida como hoje — o mesmo cara fez outra piadinha, fazendo todos caírem no riso — Justin, fala ai, como foi sua reação? — ele disse pro garoto que estava ao meu lado, então ele era o Justin que todos estavam torcendo, depois de todo esse tempo com ele não tinha me tocado que ele era o tal Justin, na verdade eu nem me dei ao trabalho de perguntar seu nome.

— Quem é você mesmo? — disse sem achar graça de nada, e interrompendo o que quer que seja que Justin diria.

— Chaz, e você gatinha? — ele disse esticando a mão para mim. Olhei para sua mão e depois para seu rosto.

— Gatinha é um animal, e tirando você nenhum de nos aqui é um animal também, mas caso tenha se referido a mim, eu sou Sofia — disse com desdém. Ele fez cara de tédio.

— Que amiga chata Ivy, todas são legais, porque anda com alguém arrogante como ela? — Ele disse realmente serio, o olhei de cima a baixo.

— Quem é você pra falar assim de mim?

— Que tal pararmos por aqui — Justin se interferiu — Sofia, ele esta brincando.

— Não fala assim dela, Chaz! — Ivy tentou me defender.

— Isso é ridículo, eu vou embora — disse acionando o alarme do carro, para destravar.

— Qual é Sofia, não queremos ir embora — Melissa disse.

— Eu disse que eu vou embora, nenhuma de nos nascemos grudadas, eu vou e vocês ficam. Só preciso que alguém vá comigo para me mostrar o caminho de como sair desse lugar e chegar em Manhattan.

— Eu te ajudo – Justin disse — vou com você e volto de taxi, o que acha?

— Tudo bem, entra aqui — ele entrou e então me despedi apenas com um “tchau” simples.

Fomos á maior parte do tempo em silencio, com ele apenas me falando onde virar, ou quando seguir reto, eu não tinha se quer ligado o radio, essa noite tinha sido um desastre total, mas algo não saia de minha cabeça, o fato daquele garoto ter me chamado de chata, Chaz eu acho que era seu nome, eu geralmente não ligo pra esse tipo de coisa, mas hoje isso me afetou, eu não era chata, eu apenas não queria ficar ali, eu não estava me sentindo a vontade, não estava confortável, esse não é meu mundo, na verdade meu mundo é totalmente diferente desse, e eu não tenho culpa disso, o que me intrigava era que as meninas também eram do mesmo mundo que eu e mesmo assim elas continuavam aqui, e pareciam se divertir mais do que nunca, eu não fazia ideia como elas se divertiam estando aqui, mas isso parecia ser o ápice para elas e todas eram do mesmo lugar que eu, todas tiveram a mesma educação que eu tive, na verdade era diferente, meus pais sempre foram bem mais rígidos que os seus, elas tinham muita sorte de não ter uma mãe como a minha, meu pai em si não dizia nada, ele era facilmente manipulado pela minha mãe, mas minha mãe em si era a pessoa mais fútil que eu conhecia, e ela tentava fazer com que eu fosse uma mine você, e eu era, para mim tudo tinha que estar nos conformes, talvez um pouco disse seja culpa minha, eu sempre a deixei fazer o que quisesse comigo, sem questionar ou negar nada.

— Você tem certeza que não vai querer ir com a gente? — Justin disse me olhando interrompendo meus pensamentos, eu sentia seu olhar, mesmo sem olhar de volta, por estar concentrada no transito a minha frente.

— Esse não é o meu mundo — respondi ainda sem o encarar.

— Você nunca experimentou, como pode ter tanta certeza?

— Qual é Justin, o que vocês podem me oferecer? Nada, exatamente! — disse ainda grossa, talvez seja por isso que as pessoas que não se importam com dinheiro estão sempre se afastando de mim, eu era uma garota fútil, tentava fazer o possível para que as pessoas não se aproximassem de mim, talvez eu goste de viver em uma bolha, sem deixar que ninguém se aproxime.

— Podemos oferecer diversão, você pode ser milionária, bilionária, eu não sei, e também não me importo, mas se tem uma coisa que eu sei, é que sabemos no divertir como ninguém.

— Já estamos quase em Manhattan — falei abaixando a guarda. E então olhei de canto de olho pra ele, ele deu um sorrisinho.

— Gasolina não deve ser algo que você não possa pagar, sei aonde eles vão, vamos com a gente, você vai se divertir — ele fez uma pausa e antes que eu respondesse, continuou — não ache que eu vou ficar implorando pra você ir, porque não vou, ou aceita agora, ou já era. Não tenho o mínimo de saco pra ficar aturando gente indecisa — revirei os olhos.

— Seus amigos não gostam de mim.

— Eles não gostam de garotas mimadas, que acha que podem mandar no mundo, e na verdade eu e nem ninguém gosta disso, talvez você devesse abaixar a guarda e apenas se divertir.

Dei um sorrisinho de canto, e talvez esse Justin tenha razão, ou talvez não, mas isso não era importante agora, eu os daria uma oportunidade. Cerca de trinta minutos depois, nos estávamos estacionando o carro em frente a um barzinho, que era todo fechado, talvez fosse algum tipo de balada também, eu não sabia, na verdade eu não sabia de nada, iria me jogar, e caso não seja legal ou muito menos bom, no dia seguinte eu fingia que nada tinha acontecido, e voltaria a minha vida de sempre.


Notas Finais


Como vocês puderam ver, o capitulo está pequeno, mas eu não podia acrescentar mais nada, enfim comentem o que acharam!!

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