História "Era uma vez" - 22. Loja de ternos.

Hoje era sexta-feira faltava um dia para o baile de debutante, estávamos na ultima reunião que era onde resolveríamos todos os problemas que ocorreram de ultima hora, eu estava animada para o baile e Justin nem se fala, o sorriso enorme em seu rosto que esteve estampado a semana inteira era sem duvida um dos mais bonitos que eu já havia visto, os problemas do baile apareciam em toneladas, de ultima hora o fotografo disse que não poderia ir por motivos de estar doente, ele tinha que ficar doente logo agora? Isso só poderia ser algum tipo de brincadeira.

— Eu não sei quem contratar — Alex disse, nosso professor de inglês aparentava estar exausto, na verdade todos nós estávamos, era cinco da tarde já, teríamos que terminar de resolver os problemas e logo em seguida eu sairia com Justin e Ryan para que eles comprem o terno que irão usar, na verdade o ex-namorado da Ivy não iria comprar um terno e sim acompanhar o melhor amigo, pois ambos estavam de taxi e eu disse que os levaria embora depois.

— Eu conheço um cara — Hailey começou — ele é fantástico.

— O Daniel? — ela assentiu — ele é incrível, também apoio a idéia dele ser nosso fotografo, a equipe dele intera é incrível — dizia animadamente, todas nós éramos amigas de Daniel, ele definitivamente era um cara incrível e não digo isso com outros sentidos, já que ele é um velho e nem um pouco atraente.

— Otimo, ultimo problema resolvido, podemos ir embora? Eu estou exausto — Justin disse tentando convencer todos que estavam ali, eu sabia que ele estava apressando para irmos logo, já que todos estão morrendo de fome e a Catarina como sempre prende a gente aqui.

Justin e Ryan na verdade já tinham sido convidados para o baile, eles estavam participando do comitê então era um tanto obvio que eles já fossem convidados, mas a principio eu não sabia disso, deveria ter me tocado, fora o fato de que metade da escola já tentaram jogar um charminho pra cima deles, umas davam a entender que queriam ir com eles, outras eram bem mais diretas e falava com todas a letras  que queriam a companhia deles, ambos recusaram, Justin iria comigo, Ryan iria desacompanhado, eu estava animada para ver como vai ser quando Ivy o ver lá, sem estar com ela como acompanhante, isso poderia dar merda? Sem duvida.

— Vamos comer aqui na escola, tem um bolinho divino — falei para os meninos que deram de ombros, eles então me seguiram enquanto eu andava ao lado das minhas melhores amigas, Sam ora ou outra brincava contando como havia sido seu encontro do dia anterior, nós perguntávamos detalhes apenas para provocar os meninos que mandavam a gente mudar de assunto, porque ficar falando de homem não era a praia deles e todo esse bláh bláh bláh de garotos, eles sempre falam de meninas na nossa frente, mas não aceitam quando é ao inverso, não entendo isso.

— Ele foi um fofo, me levou flores — Sam dizia com os olhos brilhando, pra falar a verdade ela já havia me contado e tinha sido o pior encontro da sua vida, ela estava mentindo apenas porque os meninos estavam ali.

— Deve ser gay — Justin falou fazendo o Ryan rir.

— Não é porque você é um ogro que todos os caras também tem que ser Justin Bieber.

— Ele te levou flores, vocês foram jantar em um lugar romântico e ainda por cima ele não tentou te comer — todas nós demos um gritinho o repreendendo — tudo bem, fazer amor ou seja lá o que vocês acham que fazem. Se ele não tentou é porque não gosta da fruta, porque você é a maior gostosa, qualquer cara tentaria.

— Você é um ogro — Sam falou me fazendo rir, confesso que o fato do Justin ter dito aquilo de certa forma me incomodou, ele já tinha flertado com ela antes e para mim isso foi sem duvidas um flerte, fingi que nem ouvi o que ele disse, eu não começaria uma discussão por algo tão banal como esse.

Nós comemos sanduíches no refeitório do colégio, riamos cada vez que os meninos abriam a boca, nunca saia nada de bom de lá de dentro. Ivy e Ryan não trocaram se quer uma palavra, o clima entre os dois estava o mais pesado possível, eu tentei algumas vezes os fazerem conversar mais não rolou nenhum pouco, eles fingiam que não me ouvia e continuava a falar individualmente, eu não queria esse clima pesado, mas já havia tentado algumas vezes, eu também não era nenhum tipo de cupido então deixei para lá, nós já estávamos a caminho do shopping, eles me disseram que nunca havia ido no shopping de Manhattan, isso era loucura total, eu nunca havia conhecido se quer uma pessoa que nunca tinha ido nesse shopping.

— Justin, quando eu digo para você virar é pra você virar e não tentar contestar comigo — falei pela milésima vez, Justin discutia comigo que sabia mais do que eu ir para aquele shopping, sendo que ele nunca foi, e eu ia praticamente todos os dias. Eu estava no banco de trás, por motivos de que o Ryan não aceita a ir no banco de trás.

— Você estava errada, o GPS falou outra coisa — ele disse sem me dar muita atenção.

— Justin, eu vou lá todos os dias, aposto com você que eu sei fazer um caminho até lá — falei já começando o irritar, o Butler apenas ria de tudo.

Decidi que ficaria quieta e não falaria mais nada, se ele acha que sabe mais do que eu, ótimo, então iríamos pelo seu caminho. O GPS não estava errado, era um caminho mais longe, assim que paramos no estacionamento, eu desci do carro, sendo seguida pelos dois marmanjos que riam de alguma coisa que eu não estava por dentro.

— Doeu? — Justin falou assim que passou seus braços por meus ombros, revirei os olhos o ignorando.

Desde que entramos eu estava ignorando Justin e conversando com Ryan sobre o jogo dos Yankess, era o time que eu torcia, confesso que não acompanhava sempre, mas como estava morando em um hotel não tinha muito o que fazer então acabei assistindo o jogo da ultima quarta, e tinha sido ganho de lavada pelo meu time que descobri ser o mesmo time de Ryan, Justin torcia para um outro que agora eu não me lembro o nome.

Eu os levava na minha loja favorita de ternos, o que é um tanto irônico já que eu não uso, mas meu pai e Oliver sempre comprava seus ternos nessa loja então evolvi os levar lá.

— Senhorita Waldorf – o que parecia ser o gerente disse assim que eu entrei na loja, o cumprimentei com um beijo no rosto, eu não me recordava seu nome, mas não era algo necessário — O que devo a honra de á ter aqui?

— Viemos comprar um terno para cada um desses garotos — apontei para ambos que permaneciam quietos.

— Você é de casa, podem escolher o que quiserem que é um brinde — ele disse com um sorriso gigante em seu rosto, assenti e então os puxei para ver os ternos.

— O que acha desse? — mostrei um preto lindo para Justin.

— Agora entendi o porque rico sempre continua rico, ele não paga por nada — falou dando uma risadinha, balancei a cabeça negativamente também rindo.

— Meu pai gasta uma fortuna aqui por mês, ele só quis o agradar — falei sem me importar muito.

Tanto Justin como o Butler, eram uma figura, eles fizeram uma zona naquela loja, ficavam provando os ternos e agiam como dois palhaços fazendo graça com a cartola que estava em cima de uma prateleira qualquer, eu apenas ria e mandava-os parar, parecia que eu era a mãe de duas crianças quando estão em publico, eles não se importava com nada que eu dizia, o gerente da loja olhava sempre rindo, ele sem duvida não via esse tipo de coisa todos os dia, pessoas se divertindo de estarem ali.

Pouco tempo depois as duas criança já tinham escolhido seus ternos, que eram bem parecidos, o que diferenciava mesmo era a grava que a de Justin era cor pasteis com alguns detalhes em vermelho, que combinaria perfeitamente com meu vestido, pra falar a verdade havia sido eu que tinha escolhido sua gravata, Ryan pegou uma azul com alguns detalhes em degrade que também era maravilhosa. Assim que saímos do shopping fomos para a casa de Justin e ficamos lá por um bom tempo apenas conversando.

Eu estava animada para amanhã.

Eu esperei por esse dia por muito tempo e nada poderia dar errado.