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História Erase This - Turn it Off


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Notas do Autor


Oi genteee, sim voltei, eu falei que ia terminar essa história e to seguindo nessa meta, perdão pela demora, mas eu vou chegar até o final juro!

Resumo dos capítulos anteriores: os meninos estão em Londres, e a confusão de sentimentos vai atingir com tudo Anabelle e Madson.

Vamos pra reta final galera!

Capítulo 182 - Turn it Off


 

Caralho, aquilo tinha sido intenso, eu ainda estava ofegante enquanto observava Belle sendo levada pelo namorado e um Brian, nada satisfeito,  encarando os dois saírem do local. Corri os olhos pela multidão, buscando as orbes verdes que tinham me observado durante todo o “show”, mas ele tinha desaparecido, assim aceitei a ajuda da platéia para descer. 

Estava mais bêbada do que imaginava, por isso o estado de alegria e euforia me dominavam, tinha deixado enterrado os problemas e decidido curtir a festa, minha conversa com Matt não seria tão cedo… Ainda mais que agora ele tinha sumido no meio da multidão. 

Comecei a andar para a área externa, queria encontrar algum amigo e pegar mais uma bebida. Capturei um copo de gin próximo a saída, encontrando um Jason, notavelmente triste sentado em um dos bancos próximo a um dos muros da área externa, me aproximei dele. 

- Ah não! Não acredito que você perdeu toda a minha performance! - exclamei, colocando uma das mãos na cintura e parada em sua frente - Você é sempre meu fã mais empolgado. - murmurei, fazendo biquinho e seus olhos encontraram os meus, estava estranho. 

- Precisava tomar um ar… - respondeu, vago, ele rodava uma garrafa de cerveja pela metade nas mãos. 

- Hum, sei, mas você está com uma cara estranha. - acrescentei, arqueando uma das sobrancelhas e curvando meu corpo na sua direção, como uma detetive. Ele me encarou por longos minutos, antes de desviar o olhar, soltando um longo suspiro.

- Não foi nada Mad, volta pra festa. - respondeu, simplesmente, sem tirar os olhos do chão. 

    Meu coração apertou com a cena, havia algo muito errado com meu amigo. 

- Ah não, não mesmo, não até você me falar o que tem de errado! - rebati, agachando para ficar na sua altura, ele não me respondia, só continuava a encarar o maldito chão. 

- Eu só preciso de um tempo sozinho… - sua voz estava fraca, como se ele estivesse sofrendo. 

    Um estalo me atingiu, a cena mais cedo quando cheguei com Matt, as últimas semanas em minha cabeça… Eu sabia… Sabia o que era, mas não queria acreditar. 

- Jason, olha pra mim, não é o que eu to pensando né?! - segurei seu rosto com uma das minhas mãos, obrigando que me encarasse. E eu vi, mesmo sem nenhuma palavra, a confirmação em sua expressão - Você me prometeu! - eu gritei, soltando seu rosto e levantando, cambaleando para trás. 

    O maior medo que tinha durante todos esses anos estava se concretizando. 

- Eu te prometi o que Madson? - ele questionou, unindo as sobrancelhas e gesticulando com as mãos. 

- Que a nossa amizade, ela era… - suspirei pesado - Era acima de tudo! - acrescentei, com o tom elevado de novo. 

    Isso não podia estar acontecendo….. 

    Ele levantou, deu um passo em minha direção, havia um misto de sentimentos pairando sobre nós. 

- Isso foi antes Mad… Antes daquele dia no prédio, antes das últimas semanas juntos... - admitiu, sua mão direita tocou a lateral do meu rosto e eu fechei os olhos sob o toque, lágrimas se acumulavam ao redor deles - Eu não posso mais reprimir meus sentimentos e não é fácil estar por perto quando seu ex acabou de chegar. - continuou, vomitando as palavras. 

     Suspirei, o encarando lentamente, havia tristeza em seu rosto, aquilo me desesperou eu não podia perder meu melhor amigo. 

- Jason, por favor… - implorei, erguendo minha mão e depositando sobre a sua, apertando mais seu toque em mim. Meu coração estava batendo forte. 

    Seus olhar queimava no meu, o que tornava tudo mais doloroso, pois eu o conhecia tão bem que podia sentir seus sentimentos transitando sobre mim naquele momento. 

- Mad, eu realmente preciso de um tempo…. Porque obviamente se você não estava pronta para ficar comigo antes, não vai estar agora.... Tô errado? - eu não pude respondê-lo, pois seria mentira dissesse o contrário. 

    Deixei as lágrimas escaparem e desviei o olhar do seu, baixando a cabeça na direção dos nossos pés… Isso era fodidamente a pior situação para acontecer agora. No mesmo minuto sua mão caiu, pesada, deixando de tocar minha pele, ele deu um passo para o lado, mas eu o impedi, segurando seu braço. 

- Jay, não vai embora… - implorei novamente, minha voz já estava chorosa. Eu sentia nossa amizade escapar pelos meus dedos e o problema é que a culpa era toda minha. 

    Havia uma tensão enorme nos envolvendo, seus lábios comprimidos em linha indicavam que ele estava tão magoado quanto eu pela situação.

- Eu preciso colocar as ideias no lugar… Não faça nenhuma besteira Mad. - respondeu, saindo dali, minha mão deslizou pelo seu braço e continuei tentando alcançar o “nada”. 

    Queria correr atrás dele e impedi-lo de fugir para longe de mim, mas sabia que isso só traria mais sofrimento para o momento, quando Jason precisava do “seu tempo” ele literalmente estava sendo sério quanto a isso. 

    Que merda, não fazia nem horas que eles tinham chegado e minha vida já virava de ponta cabeça novamente....

    Desabei sobre o banco antes ocupado pelo meu amigo, levei o copo com a bebida nos lábios e tomei um grande gole, o máximo que podia, tentando aplacar a frustração que sentia com álcool. Rodei os olhos pelo local, e só então percebi o quão cheio ainda estava, pessoas bebiam, pulavam, gritavam e davam risadas, enquanto isso eu só queria desaparecer, afundando para debaixo da terra para acordar descobrindo que tudo não passava de um sonho. 

    Voltei os olhos para meu colo, bebendo cada vez mais rápido do copo que segurava, num ato automático. 

- Iiih, problemas no paraíso? - um corpo se colocou ao meu lado, virei a cabeça e pude ver a loira sorrindo para mim, docemente, ela devia ter trombado com Jason no caminho. 

- Char, acho que Jason acabou de admitir que está apaixonado por mim. - falei, baixinho, pois era difícil confessar aquilo em voz alta. Mas a expressão da garota ao meu lado não mudou nada com a informação. 

- E você está surpresa porque? Passaram as últimas semanas um no cu do outro, agindo como namorados… - respondeu, sem delongas, aquilo foi como um soco em meu estômago. Se nossa amizade acabasse a culpa seria toda minha - Tudo tem limite né Mad, o cara tem sentimentos! - exclamou um pouco mais alto, me fazendo sentir pior ainda. 

- Eu também tenho sentimentos! - rebati, na defensiva. 

- Mas não o suficiente, certo? - questionou, seus lábios comprimidos numa linha, compondo a expressão pensativa. 

Meu silêncio serviu como resposta, porque eu sequer conseguia admitir aquilo em voz alta. Infelizmente era a verdade, nos últimos dias estava começando a lutar para correspondê-lo na mesma intensidade, mas agora parecia tudo diferente. 

    Suspirei pesado e senti sua mão delicada tocar meu ombro, num consolo gentil. 

- Eu estava tentando sabe… - murmurei fraco, minha voz saia quase num sopro - E agora eu acabei de foder completamente tudo! - exclamei brava, mais lágrimas se libertavam e começavam a correr - O maior medo que eu tinha está se tornando realidade e agora a porra da nossa amizade está ruindo bem na minha frente! - cuspi as palavras, agora raiva e tristeza travavam uma batalha dentro de mim. 

    Bebi o que restava em meu copo e o atirei para longe. 

- Mad, há exatas HORAS você nem pensava nisso, estava correspondendo e sendo muito feliz com o Jay, bastou reencontrar o ex e as coisas mudaram… - ela iniciou, em tom calmo, tentando me fazer perceber o óbvio. 

- O que isso tem haver? - resmunguei, fungando, virando meu corpo para encará-la melhor. 

- Tem haver que você precisa resolver seu passado para enfim seguir em frente… É visível que rola algo inacabado entre vocês dois, só pelo que percebi no show. - fechei a expressão, não queria tocar nesse assunto e Charlotte estava cutucando a ferida - To falando sério garota, você precisa tirar esses demônios do peito e colocar um ponto final na história com Matthew. - e estava aí o dono dos meus problemas, só de ouvir minha amiga pronunciando seu nome conseguia me arrepiar. 

- Você mudou completamente de assunto, eu tô falando do Jason. - argumentei, engolindo em seco, não querendo encarar as verdades que ela me dizia. 

- Resolvendo seu passado, você vai acabar com os problemas no presente que incluem essa confusão com o Jason. - respondeu prontamente me encarando com leve sorriso nos lábios, Charlotte adorava bancar a psicóloga - Uma dica, você vai ter que decidir se fica com ele mesmo ou desiste de vez, não dá pra ficar brincando de casinha só quando tá carente. - completou, um pouco mais séria. 

- De quem você tá falando? - indaguei, com a imagem dos dois caras em minha cabeça. 

    Mas porque eu estava pensando em Matthew nesse sentido? Merda. 

- Tá vendo, sua própria dúvida denuncia o quanto você precisa urgente resolver seus problemas enterrados. - finalizou, apontando na direção bem do meu peito. 

    Preferi não continuar o assunto, porque odiava ter que concordar com Charlotte, principalmente nesse assunto. Aquela cabeça loira era uma ótima conselheira que conseguia desvendar todo mundo apenas conhecendo pouco da pessoa. 

- Vou pegar mais uma bebida. 

Levantei e comecei a andar até o freezer na ponta oposta de onde estávamos, minha cabeça rodava com milhões de palavras e acontecimentos, As pernas já estavam relativamente moles e eu sabia que com mais alguns copos poderia apagar em minha cama, acordaria com uma bela dor de cabeça no dia seguinte, mas ainda era melhor do que ter que ir deitar me martirizando com toda a merda que estava acontecendo. 

Enfiei metade do corpo para dentro da caixa de metal cinza e vasculhei quais opções ainda tínhamos, peguei uma garrafa de whisky que estava pela metade, odiava aquela bebida, mas seria ótima para apagar. 

- Isso é muita coisa pra uma pessoa só tomar, não? - Brian estava bem na minha frente e eu neguei com a cabeça enquanto dava risada. 

- Pegue uma pra você se quiser. - acrescentei e sai andando, mas ele voltou a me acompanhar e ergueu sua própria garrafa, um pouco acima da metade - Acho que isso aí é muita coisa pra uma pessóa só tomar. - comentei, o imitando e continuamos andando para fora do aglomerado de pessoas. 

    Sentamos no mesmo banco em que eu estava anteriormente com Charlotte e silenciosamente começamos a tomar o conteúdo das nossas garrafas, de repente Brian tirou um maço de Marlboro do bolso, estendi a mão na sua direção indicando que queria um. Ele me observou com as sobrancelhas levantadas. 

- Agora você fuma? - perguntou, surpreso, enquanto me entregava o cigarro e um isqueiro. 

- Algumas coisas mudam… - respondi, dando de ombros enquanto acendia o cigarro e tragava fumaça para meus pulmões - Mas ok, só fumo de vez em quando. - admiti, relaxando, encostando na parede atrás de nós e tomando mais daquela bebida ruim. 

- Percebi bem que as coisas mudaram… - ele se limitou a dizer, enquanto acendia o próprio cigarro e imitava meus movimentos para trás. 

- Eu não vou falar uma palavra sobre Anabelle… antes que você tente. - comecei dizendo o encarando pelo canto dos olhos - Aquela pirralha pode ter contado minha vida toda pra vocês, mas eu não vou ser uma traidora igual a ela. - acrescentei, tragando mais fumaça em seguida, o moreno soltou uma risada que o fez engasgar com a fumaça. 

- Cara eu estou tão surpreso quanto você nessa merda, isso é coisa do Jimmy e da sua irmã. - respondeu quando havia se recuperado - Eu não tenho notícias suas ou dela há sete anos. - aquilo soou dolorido, talvez ele estivesse tão mal quanto eu pela situação. 

- Nesse caso, podemos unir forças para matar os dois, o que você acha? - indaguei com um sorriso maléfico no rosto, antes de soltar fumaça para o alto. 

    Aquele cigarro tinha levado minha pressão para os pés e o whisky relaxava cada músculo em meu corpo, estava me sentindo como uma geleca presa naquele banco.

- Poderíamos jogá-los daqui de cima. - respondeu o guitarrista, me acompanhando na brincadeira. 

-  Isso seria muita bondade… Estava pensando em amarrá-los no topo de uma fogueira bem grande e atear fogo! - sugeri, encarando o céu acima de mim. Não recebendo mais nenhuma resposta resolvi voltar a encarar o homem ao meu lado e ele tinha uma expressão assustada. 

    Imediatamente caímos na risada, os dois, tão alto e escandalosos que eu desabei de bunda no chão. Brian estendeu uma mão para me ajudar, mas quando o segurei ele caiu ao meu lado e começamos a rir novamente. Desistimos de levantar e continuamos rindo, deitados de barriga para cima. 

- Pra falar a verdade minha vida tava bem tranquila sabe… Sem esse monte de confusão que vocês trazem. - admiti, enquanto tentava encaixar a garrafa de bebida na boca, fazendo um tremendo esforço e me molhando toda com a bebida. 

- Nesse caso muito obrigada, somos memoráveis né, eu mesmo não me esqueceria. - comentou, embolado, estava tão bêbado quanto eu. 

- Cala a boca seu convencido! - exclamei, lhe acertando uma cotovelada, e rindo novamente. 

- Minha vida sempre foi uma confusão depois que Anabelle foi embora.... - iniciou, só então reparei que ele já estava com outro cigarro na boca - Então, bem vinda ao clube. - concluiu, virando o rosto um pouco para me encarar e soltando a fumaça no mesmo momento, engasguei com o cheiro em minhas narinas. 

- Porra Brian! - resmunguei tossindo, elevei o corpo usando os cotovelos para poder controlar melhor a respiração, encarando o muro escuro bem na nossa frente. 

- Eu devia estar me enterrando na saia de alguma gostosa… - ele resmungou um tanto quanto triste. 

    Revirei os olhos com aquela afirmação, tomando mais um pouco de whisky e batendo com a garrafa (agora quase vazia) em sua barriga, ele exclamou um “Ai!”. 

- Vai pra lá então e para de choramingar. - incentivei, enquanto unia minhas forças para sentar corretamente. 

- Eu não posso… ela está em todo lugar, isso é um saco. - murmurou baixinho, virei para encará-lo, seus olhos estavam quase fechados e a garrafa ao seu lado totalmente vazia. 

    É... ele tinha apagado, e eu estava com inveja por isso, queria que o mesmo tivesse acontecido comigo. Tomei o último gole daquela bebida horrível e decidi que precisava levantar, talvez se eu tomasse um shot forte de algo com o bartender conseguiria completar meu objetivo. 

    O impulso que dei para me colocar sobre as duas pernas fizeram com que eu cambaleasse para frente em passos largos, tentando manter o equilíbrio, com muita dificuldade. Parei ofegante, me curvando para as coxas enquanto respirava fundo, acho que já estava bêbada suficiente. 

    Usei as pessoas da festa como apoio para chegar até a escada lá dentro, depois tive que me escorar ao corrimão, pois cada passo se tornava mais difícil, minhas pernas pesavam toneladas e a cabeça zumbia com o som alto tocando na festa. Usei toda minha força em cada degrau, não aguentando mais quando cheguei no topo da escada, desabei ali mesmo, de joelhos. 

    Minha vista estava embaçada, mas senti braços fortes me segurarem, amparando todo meu corpo enquanto caminhava comigo pelo corredor no colo, ainda sem enxergar meu salvador apontei para a porta do quarto certo. 

    Fui colocada na cama e ainda não conseguia enxergar direito quem estava tirando meus sapatos, minhas mão suavam frio enquanto o estômago avisava que a qualquer momento eu colocaria tudo para fora. A pessoa pronta para isso colocou meu cestinho de lixo que estava no canto do quarto ao lado da minha cama e num timing perfeito eu botei a maior parte de tudo que tinha bebido para fora, enquanto mãos hábeis seguravam meu cabelo para trás. 

    Quando senti o estômago vazio voltei ao lugar na cama, me apoiando com os braços para sentar encostada na cabeceira,os olhos começaram a voltar ao normal e eu escutava uma voz conhecida chamar meu nome. 

- Madson, olha pra mim! - aqueles olhos verdes me encaravam e eu abri um sorriso, talvez estivesse sonhando - Madson! - falou mais alto e eu notei seus detalhes, ele estava bem ali, na minha cama, segurando meu rosto entre as mãos. 

    Assustei com a proximidade, dando um sobressalto para trás e batendo contra a cabeceira, pois não tinha para onde fugir. 

- Graças a Deus! - exclamou aliviado, sentando sobre os joelhos. 

    Continuamos nos encarando por alguns minutos, que pareciam uma eternidade e quando ele fez menção de se aproximar novamente meu coração disparou, entendendo o quanto tudo aquilo era real. 

- Melhor você sair daqui. - sugeri, com a voz trêmula, não conseguia estar no mesmo espaço que ele sem sentir que estava prestes a surtar. 

- Eu não vou te deixar sozinha assim… - respondeu, impassível, sua voz ecoava trazendo todas as lembranças à tona, encolhi os joelhos para o peito, tentando aliviar o aperto que se iniciava na região. 

- Sai! - gritei, as lágrimas escapavam dos meus olhos, aquela atitude o fez pular para fora da cama, mas ele se manteve bem em frente parado, cruzando os braços sobre o peito. Fiquei perdida naqueles músculos por um momento. 

    Meu coração batia tão rápido que parecia explodir a qualquer momento, e as lágrimas queimavam meu rosto enquanto todo aquele sentimento nos envolvia. Eu reprimia a todo custo a pequena parte minha que queria se jogar nos braços daquele homem, mas tê-lo tão perto de mim estava tornando isso mais difícil. A pressão em meus pulmões também aumentava, me deixando mais tensa. 

- Sai… - sussurrei, quase sem forças, e ele continuou fixo como uma estaca. Sua expressão neutra indicava que ele iria realmente continuar ali, mas eu não aguentava mais nenhum minuto, as memórias estavam castigando todos meus pensamentos - SAI! SAI DAQUI AGORA MATTHEW! - gritei lançando o travesseiro em sua direção e ficando de joelhos na cama, apontando em direção a porta - SAI! - gritei mais alto ainda com toda raiva que sentia e observei seu vulto finalmente se retirar. 

    Cai curvada para frente, e desmoronei, chorando em plenos pulmões, sentindo o ar faltar por diversas vezes, eu me sentia afundar cada vez mais no vazio dentro de mim, perdida em memórias, declarações, mágoas.

    Rapidamente fui envolvida por braços fortes que me ninaram contra um peito musculoso, fazendo carinho em meus cabelos enquanto eu chorava sem parar, como não chorava há anos. 

- Eu não vou embora, não vou deixar você escapar… nunca mais. - sussurrou aquela voz rouca em meu ouvido. 

    Me agarrei a sua camiseta, aspirando tanto do seu cheiro quanto podia e chorei mais, quanta falta havia sentido, quanto sentimento havia enterrado e nem ao menos me lembrava disso. Tudo me atingia como uma grande pancada no meio do peito, mas ao menos me sentia segura naquela muralha de braços que me envolvia. 

    Deixei as lágrimas caírem até que eu perdesse a consciência, apaguei para o mundo dos sonhos, tendo a certeza de que minha vida nunca mais seria a mesma.

 


Notas Finais


Eai gostaram apesar da enorme demora? kkkkk
Pra quem lê Betrayal fique de olho que sai cap novo essa semana ainda!
Beijos da CrazyShadows.


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