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História Erase This - Blotter


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Capítulo 56 - Blotter


Fanfic / Fanfiction Erase This - Blotter

I only wanted, only wanted just to touch you

I couldn't bear it, couldn't bear it if you leave

– PRESAS? SÉRIO, EU ESPERAVA TUDO! MENOS ISSO DE VOCÊS DUAS! – mamãe gritava enquanto nos dirigíamos para o carro ela foi a primeira a chegar dos pais e fomos obrigadas a deixar os garotos na cadeia.

– Mas mãe eu já disse que posso explicar! – Mad rebatia escorada a porta do carro coma voz embolada pela ressaca.

– Explicar? Não tem o que explicar dona Madson! Vocês foram presas! Não quero ouvir um piu até o caminho de casa, preciso resolver o que vou fazer com as duas ainda! – entrei no carro lançando-me no banco de trás quieta. – Ainda sou obriga a aturar essa sua ressaca! Ninguém merece! – disse olhando para Mad que se ajeitava no banco passageiro.

A partir do momento que encostei a cabeça no acolchoado do banco desliguei meus pensamentos das tagarelices de mamãe que continuava a brigar com nós durante o caminho.

A verdade é que eu estava brava e ao mesmo tempo aliviada por Sam ter saído a tempo da praia, brava, pois se ele havia saído do “ramo” não tinha porque esses caras continuarem o seguindo. Das duas uma, ou ele estava mentindo, ou esses caras eram persistentes... Mas eu descobriria isso mais tarde.

Ao chegarmos em casa voei para o quarto, graças a Deus mamãe tinha se esquecido de minha presença enquanto gritava com Mad sobre como beber aos 14 anos não era algo certo a se fazer.

Sabia que mais tarde seríamos comunicadas com um belo castigo, assim troquei a camisa azul transparente por uma blusa que estava jogada no chão, amarrei os cabelos e desci silenciosamente as escadas, saindo pela porta dos fundos.

Eu precisava de uma explicação de Sam, com passos ágeis cheguei a sua casa e fui recebida por sua avó que tinha uma aparência feliz no rosto, o que indicava que o neto estava em casa.

– Oh Meu Deus! Ainda bem que você está bem! Eu nunca me perdoaria se algo te acontecesse! – Sam me surpreendeu num abraço sufocante logo na entrada, ele estava na sala.

– Posso estar intacta, mas minhas costas estão fodidas! Você já dormiu no banco de uma cela? Não recomendo. – ele se separou de mim cabisbaixo e sem mais palavras fomos para o seu quarto.

– Desculpe Ana, eu sou um tremendo idiota! Não deveria ter te largado sozinha, mas quando eu vi aqueles caras se aproximando o medo foi maior e eu fugi, fugi pensando que se eles não me encontrassem iriam embora. – disse enquanto eu me punha sentada em sua cama.

– Tudo bem Sam, eu não estou brava com você por causa disso... A única coisa que está me perturbando é: por que esses caras vieram te procurar hein? Não vá me dizer que você mentiu para mim sobre ter largado o tráfico! – disse a última frase com mais firmeza.

– Eu já te disse que não dá para sair dessa vida tão fácil! – rebateu andando de um lado para o outro quase afundando o assoalho sob seus pés. – Eu comprava drogas deles para comercializar na região, digamos que estou em débito desde a última leva que comprei mês passado e quando descobriram que eu tinha saído do “ramo” voltaram a me procurar mais bravos ainda! – meu coração se apertava a cada palavra era como se o perigo nos rondasse e eu tivesse certeza de que algo pudesse acontecer.

– Por que você não me disse isso antes? Sam eu posso te ajudar a pagar a dívida, tudo para esses caras saírem do seu pé... Eu faria tudo. – ele sentou ao meu lado com a respiração descompassada e uniu minhas mãos nas suas.

– Não posso aceitar seu dinheiro, estou juntando o meu próprio, acho que no meu terceiro mês de salário consigo a grana suficiente, até lá vou ter que viver fugindo dos caras. – balancei a cabeça negativamente já tendo o rosto possuído por lágrimas.

– Você não entende Sam? Se algo acontecer a você eu não vou suportar... – admiti entre soluços e ele me agarrou em seus braços.

– Shh... Nada vai acontecer comigo e logo esse inferno vai acabar, eu prometo. – assenti agarrando sua camiseta. – Mas até lá é melhor nós não nos vermos mais, você corre perigo ao meu lado e... – não deixei que ele terminasse de falar exaltando-me e livrando seus braços de mim.

– O QUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO DIZER? NÃO SAM, NÃO PENSE QUE VAI SE VER TÃO LIVRE DE MIM, VOCÊ, VOCÊ... – as palavras me faltavam enquanto eu agarrava os cabelos agindo feito uma louca. – EU NÃO VOU TE DEIXAR! VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR! – ele segurou minhas mãos tirando-as de meus cabelos e me juntou para mais um abraço.

– Está bem, está bem... Mas você vai ter que me prometer não bancar a valentona caso esses caras voltem a me perseguir, se eles vierem até mim você vai se esconder ou correr para longe ok? – concordei balançando a cabeça.

– Sam você tem certeza que consegue esse dinheiro em três meses? – perguntei um tanto recuperada levantando o olhar para ele.

– Se tudo der certo sim... – a voz dele estava num tom de mentira, um tom que era possível de se distinguir dos outros que eu conhecia.

– Eu sei que você está mentindo Sam. – ele suspirou escondendo a vergonha no olhar.

– Ok, talvez eu demore um pouco mais... Mas eu vou conseguir. – arfei pesadamente e apertei meus braços em sua cintura.

– Às vezes eu não consigo acreditar nisso.

– Eu também não... Mas me conte, como foi esse lance de cadeia? – afastei-me de seu corpo com a drástica mudança de assunto e comecei o discurso.

– Bom, os caras começaram a brigar com Brian, Jimmy... Enfim, alguém chamou a polícia e nós fomos presos. – resumi a história ao máximo poupando-o dos detalhes.

– Nossa eu tenho que pedir desculpa pros caras depois... E agradecer também, por eles terem te protegido.

– Melhor você não fazer isso eles também querem arrancar sua cabeça. – acabamos rindo.

– Ok, agora vamos esquecer só um pouquinho do mundo lá fora? – ele pediu e eu me tornei confusa à sua pergunta.

Logo a entendi quando meus lábios foram amaçados pelos seus demorei um pouco para corresponder, mas assim que sua língua tomou a minha fui obrigada a esquecer do que se passava do lado de fora das paredes do quarto.

Arrastei o corpo para trás deitado nos travesseiros macios e o tive por cima de mim, passei a mão pelos músculos abaixo da camiseta riscando-os com minhas unhas feitas ele gemeu mordendo meu lábio e enfiou as mãos por baixo de minha blusa acariciando minha barriga.

Abri as pernas para que ele se encaixasse, mas as fechei novamente sentindo sua animação em minha virilha. Sam lentamente direcionou os lábios para meu pescoço deixando um rastro ali enquanto eu voltava a relaxar.

– Não fica tensa... – pediu baixinho em meu ouvido afastando meus joelhos e pondo-se entre minhas pernas novamente.

Mordi o lábio inferior com força quando senti o senti encaixado em mim, mais uma vez seus lábios cobriram os meus e ele levou as mãos para a barra de minha blusa arrancando-a e deixando-me apenas com o biquíni.

O joguei para o lado respirando ofegante e deitei sobre seu peito enfiando a cabeça na curva de seu pescoço e o beijando, ele passou o braço por minhas costas deixando que um arrepio percorresse meu corpo.

Não era preciso palavras para Sam entender quando era para parar, apenas alguns gestos meus e ele já entendia. Costumávamos nos comunicar bastante com a “linguagem corporal” esse era uma das qualidades do Sam que eu tanto apreciava e que era compatível a mim.

– Preciso ir embora. – disse contragosto me levantando após longos minutos deitada ao seu lado.

– Sério? – ele indagou com bico dando-me a camiseta para que eu a vestisse.

– Tenho um castigo para ser comunicado, e uma bronca pelo meu sumiço! – rimos nos dirigindo as escadas saindo do sótão.

– Está bem, eu te acompanho. – ele pediu enquanto íamos para a porta da frente.

– Não Sam, tá tudo bem eu vou sozinha.

– Não, eu vou com você! – teimou bravo.

–Sam é sério! – ele baixou a cabeça e assentiu.

Beijei seus lábios brevemente e saí pela rua a fora tomando cuidado em agilizar os passos e chegar o mais rápido o possível em casa, já devia ter se passado um bom tempo e mamãe deveria estar mais que brava.

– Anabelle! Onde a senhorita estava? – mamãe me surpreendeu logo que atravessei a porta de casa.

– Estava espairecendo mãe. – menti andando para sala.

– Quem te deu o direito de ir “espairecer”? – perguntou autoritária e eu revirei os olhos ela percebendo que eu não falaria mais nada chamou Mad para que a mesma descesse.

– Graças a você fui obrigada a ficar trancada no quarto. – resmungou minha irmã sentando numa poltrona, não entendi direito sua frase. – Você realmente não vai brigar com ela pelo sumiço? – perguntou indignada recebendo um olhar vazio da mulher a nossa frente.

– Bom, o castigo de vocês será uma semana sem sair de casa com os delinquentes da casa da frente! Só botarão o pé pra fora para ir à escola, de resto permaneceram aqui dentro!

Soltamos um “AF” em coro.

– E você Anabelle terá horário estipulado para dormir pelo seu sumiço. 20h na cama e não quero ouvir nenhum “Af” saindo de seus lábios, agora as duas subam para o quarto! – de cabeça baixa fui para as escadas, ter horário estipulado para dormir já era demais.

Mamãe deveria saber que nem eu, nem Mad aceitaríamos esse castigo, de modo que a janela do quarto seria útil para escapadas durante a madrugada.

A senhorita ressaca se atirou na cama e eu na minha, meu corpo estava cansado e minha cabeça ardia de dor, não que eu estivesse de ressaca também, mas meu pobre cérebro deveria estar tentando absorver as informações recentes de Sam.

Uma dor mastigava em meu peito enquanto os flashes da inconsciência começavam a me tomar para o sono profundo, tive uma prévia do sonho, ou melhor, pesadelo que me perturbaria a noite... Algo relacionado a Sam e os caras mal encarados... Quis abrir os olhos, no entanto fui incapaz de qualquer movimento até finalmente dormir.

To feel you there

Touch your face

Keep you whole

Help you see------ my life

Give me your life



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